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Starbucks por obomlugar

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Palavras: 4482
Acessos: 5081   |  Postado em: 15/02/2021

Notas iniciais:

HEY YO voltei lésmicas aaaaa

Dani e Jamie

 

"Quando se é um Luthor, você tem que andar na linha, foi o que me disseram quando tinha seis anos em um dessas reuniões familiares em que você descobre outros cinco primos de terceiro grau que verá somente naquela ocasião e em algum outro momento excepcional. Foram exatamente estas palavras "Mocinha, você é uma Luthor e tem que andar na linha!" mas não me lembro exatamente quem disse, eram tantas pessoas e eu não sou boa com nomes. Depois desta lição me tornei uma obstinada em fazer tudo certo, em ser o mais correta possível e me antecipar a todas as situações para não ser pega de surpresa. Em ser a melhor. Metódica. Eu sou uma Luthor e meu comportamento deve ser impecável então tenho que estar atenta pra não ser outra coisa se não a Presidente da L- Corp."

 

Lena Luthor P.O.V. :

 

Não lembrava a última vez que havia tocado violão e não me permitia mais cantar nem na privacidade sagrada do meu chuveiro mas agora estava diante daqueles olhos azuis que se dilatavam divertidos por terem descoberto uma parte minha que até então era inacessível.

 

Seu olhar me queimava mas não me incomodava, pelo contrário, me sentia estranhamente satisfeita pela sua apreciação silenciosa. Eu queria saber o que ela estava pensando. Será que desafinei? Cantei The One That Got Away no meio do Starbucks não era algo que fazia todo dia e não cogitava repetir. Senti uma onda de emoções me preenchendo subitamente como acontecia quando... bem, quando Lilian e Lionel ainda estavam vivos e me pediam pra cantar Somewhere Over The Rainbow pra eles. Papai e mamãe sempre se emocionavam. Eram dois cafonas. Aquela lembrança repentina me atingiu violentamente e decidi não  dar demonstrações gratuitas das minhas habilidades musicais largando o violão na mesa.

 

- Isto foi sensacional! Não, não só sensacional, foi arrebatador! - A garota que estava gravando pareceu empolgada dando pulinhos de contentamento. - Eu posso postar isto no meu canal do Youtube? Aposto que viralizaria.

 

- Hmm... não acho que os conselheiros da L-Corp aprovariam ver a sua Presidente em atividades pouco usuais na internet. Na verdade seria um oportunidade e tanto pra me trucidarem como nunca.- Disse sincera, ser Presidente de uma corporação como a L-Corp exigia que eu fosse perfeita até na minha vida pessoal, mas também não queria que um vídeo meu cantando Katy Perry circulasse por aí. Eu fingiria que jamais tinha acontecido, era constrangedor demais. - Você poderia fazer o favor de deletar?

 

A garota pareceu desolada mas acabou concordando.

 

- Não dê corda pra Nia, Lena, ela e a Ruby são duas crianças.  - Kara deu um tapinha no ar e mostrou a lingua para a garota que devolveu a careta. 

 

- É realmente uma pena! O mundo está deixando de conhecer uma possível grande estrela da web!

 

- Acho que posso sobreviver com essa perda... E Ruby poderá ocupar esse posto quando for a hora. - Pisquei para a garotinha que sorriu se entusiasmando com a ideia.

 

- Mamãe, quero ser uma grande estrela da web!- Ruby se dirigiu a morena que estava ao lado de Kara atrás do balcão me surpreendendo por que em nenhum momento pensei que ela pudesse ser filha de alguma delas. - Eu poderia ter um canal no YouTube onde mostro o cotidiano dos moradores do nosso prédio... As pessoas realmente precisam saber que ninguém faz uma torta de pistache como a Sra. do 34A ou cuida tão bem da vida dos outros como o Sr. Do 42C... 

 

-  Não creio que o Sr.Jonzz iria reagir bem sendo chamado de enxerido na internet... mas então você está dizendo que desiste da sua carreira de rockstar? Oficialmente? E quanto aos seus milhares de fãs?

 

- Ah. - Ruby bateu na própria testa como se procurasse uma justificativa do abandono de sua carreira musical. - Isto tudo se deve a liquidez do mundo fonográfico. Sabe, é assim que funciona.  Ascensão e queda meteóricas! Mas não estou frustrada... De jeito nenhum! Está na hora de tentar coisas novas e posso fazer essa transição sem medo por que sou bastante versátil... - Ruby era uma garotinha muito inteligente e imaginativa e por um momento pensei como seria se eu tivesse uma filha. Confesso que nunca fui muito boa com crianças é essa ideia era inconcebível mas agora Não me parecia tão ruim. Não vendo aquela garotinha que parecia ter saído de um seriado da CBS. - Ah meu Deus, a minha carreira decolou tão depressa e ruiu tão mais rápido.  - Dramaticamente pouso uma mão no próprio peito e suspirou. - O show business é assim mesmo e já estava na hora de me reinventar. Hey Nia, você me ajuda a criar um canal no YouTube?

 

Eu deixei o violão de lado enquanto Nia e Ruby estavam em uma discussão animada sobre os possíveis tópicos do canal da garota. Voltei a me sentar na banqueta alta no balcão tentando decifrar o que estava escrito naquele menu verde oliva.

 

- Talvez isso possa te ajudar... - Kara tirou os próprios óculos e então pude ver diretamente seus olhos sem o reflexo das lentes. Azul- Infinito.  Eu sei que essa cor não existe mas não consegui pensar em outra definição que se comparasse. Sim, azul-infinito. Era como... era como olhar o horizonte e ver reflexo azul do céu no oceano, não acabava nunca. Eu me prendi no seu olhar por alguns segundo até ela pigarrear e começar a enrubescer com o contato visual. Tão fofa...

 

- Acho que preciso de um oftalmologista. - E eu realmente precisava. Quando coloquei os óculos de Kara senti o desconforto inicial até minha visão se acostumar com as lentes. - Então como fiquei?

 

Kara ficou imóvel e eu podia jurar que sua respiração estava suspensa.  Ela era o tipo de pessoa que deixava transparecer suas emoções, simplesmente não podia conter e suas reações a entregavam. Presumi que ela estava gostando do que via.

 

- Hey Kara, se você abrir a boca um pouco mais vai acabar engolindo a nossa luminária... - A provocação da mãe de Ruby acabou tirando ela do transe e Kara tocou a lateral do rosto em um de seus tiques de mexer na alça as óculos havia esquecido que quem estava com eles era eu o que tornou tudo ainda mais engraçado e bonitinho. A atrapalhada atendente fixou seus olhos em mim com uma expressão afetuosa.

 

- Oh, não me enche Sam! Você está bem, você realmente ficou muito bem com eles. 

 

- Veja só, já estou vestindo seu cardigan e agora seu óculos, estamos parecendo... - Me contive a tempo e não falei o que tinha acabado de passar pela minha mente. " Estamos parecendo um casal. Namoradas que dividem tudo."

 

-Hmm? O que estamos parecendo? - Kara me inquiriu franzindo a testa.

 

- Não é nada... - Desviei o olhar e voltei para o cardápio. A garota do starbucks também podia me deixar ruborizada. Eu estava baixando a guarda mais do que deveria e aquelas sensações inesperadas me atingiam em cheio. Eu não queria pensar muito nisso. Kara era só uma garota que estava levemente atraída, certo? -  Não vou querer um frappucino hoje, talvez algo quente... o que me sugere?

 

- Eu.

 

- Como?

 

- Eu... Eu... sugiro... - Kara começou a piscar rapidamente e me preparei para uma possível convulsão da garota. - Olha, nós temos estas opções aqui...

 

Antes que ela deslizasse o dedo sobre o menu, foi interrompida pela risada estridente de duas garotas que entraram no Starbucks.

 

- Oh meu Deus, nem acredito que continua funcionando! - A loira tirou o casaco percorrendo analiticamente o seu redor. - E não mudou nada! A não ser o quadro de funcionárias... E uau sempre escolhem as mais bonitas!  - E olhou incisivamente para Kara.

 

- Eu não conheço ela... Lena, eu juro que não conheço ela. - Kara deixou uma das mãos cair sobre a minha apertando nervosamente enquanto falava frases desconexas alguns segundos antes de perceber o toque e retirar envergonhada.

 

- Ah, não. Você já está flertando com a atendente! - Riu a outra mulher que vestia roupas menos justas e coloridas que a conquistadora de cabelo incrível mas que era igualmente bonita. Eu havia decidido que não gostava daquela garota meio milésimo depois que seus olhos caíram sobre Kara. Ela me irritava. Ciúmes? Bem, talvez um pouco, eu sou nova nisso.

 

- O que eu posso fazer? Tenho uma quedinha por mulheres  de uniforme verde! - E piscou para Kara que ficava cada vez mais desconcertada. Eu juro que se ela fizer isto mais uma vez arranco aquele maldito olho. Kara Danvers é minha! Espera, o quê? - Tenho até um pasta no pinterest chamada "Garotas do Starbucks". -  Ela se dirigiu ao balcão com o casaco em um dos braços e eu  só percebi que elas eram um casal quando deram as mãos e caminharam assim entre as mesas até nós. A mais desinibida sentou na banqueta ao meu lado nunca tirando os olhos de Kara. Céus, detestava me  incomodar tanto a ponto de ficar a beira de perder a racionalidade. Definitivamente odiava sentir... ciúmes?

 

- Quando eu trabalhava aqui tinha um retrato 16 x 20 bem atrás de você com a foto do funcionário do mês. - A morena de cabelos bagunçados apontou para um local atrás de Kara que agora estava pendurado um pôster de Mama Mia e se podia identificar um Ruby escrito em canetinha vermelha em letras tortas na borda inferior.

 

- E o rostinho de Jamie esteve em evidência milhares de vezes. Era o que mais atraía clientes... - A morena recebeu um beijo estalado da loira no rosto -  A Funcionária exemplar e também a mais gostosa.

 

- Eu era bastante competitiva, apesar de achar toda aquele ranking de pontos causador da maioria das minhas discussões com as outras funcionárias. E tudo por um vale de 40 dólares no final do mês... Foram anos e anos de violência psicológica ainda bem que vocês não tiveram que se submeter ao sadismo do antigo gerente...

 

- É muita sorte que você não tenha incorporado os métodos do  Snapper e feito o mesmo na floricultura com Isis e Barry.-  A loirou se voltou pra mim como se só tivesse notado minha presença naquele instante. -  Ei, eu conheço você... Lena Luthor da L-Corp. Já te vi nas revistas.

 

- Sim. - Respondi secamente fingindo interesse no cardápio.

 

A loira olhou para mim e depois para Kara e foi como se tivesse pego um fio invisível no ar e esticado. Ela percebeu tudo, seja lá o que eu e Kara tínhamos.  Sexto sentido gay , temos esta capacidade exclusivamente lésbica de só olhar para duas mulheres e saber que tem algo rolando ali. A gente sempre sabe.

 

- Você parece mais deslumbrante nas fotos. - Desdenhou empinando o nariz e de alguma forma, sexto sentido lésbico talvez, vi na sua expressão provocativa que ela faria o que fosse preciso para tentar me diminuir na frente de Kara.

 

- Ah, não, não. Você não deve estar falando sério. - Antes que eu pudesse retorquir a loira irritante, Kara se manifestou, a expressão carregada e incrédula. - Não deve mesmo estar falando sério... - Foi quando ela cruzou os braços e encarou sem vacilar a outra garota pra me defender que percebi. Eu estava me apaixonando por Kara Danvers. - Quando vi Lena pela primeira vez eu estava aqui mesmo atrás deste balcão. Era um final de tarde terrível. O fluxo interminável de clientes que entrava e saía me dava vontade de pedir para ir ao banheiro e não voltar mais. Eles balançam seus copos na minha frente quase gritando por eu ter errado o seu pedido. Eu não fazia idéia que as pessoas podem ficar tão furiosas por não ter espuma no seu café... Foi um primeiro dia de cão e teve outros assim depois mas aquele foi especialmente assustador.  Então quando eu estava quase jogando tudo pelos ares e voltando para Smallville Lena chegou. Ela entrou por aquela porta e juro pra vocês que não houve um pescoço que não se virasse na direção dela. Foi a entrada mais bonita que já vi e de repente tudo começou a funcionar e dar certo e eu desisti de ir embora naquele segundo. Então eu só posso supor q ela tem uma beleza sobrenatural que consegue fazer tudo voltar ao seu lugar só com sua presença e olha só ela fica bem até com as minhas roupas.- E apontou para o seu cardigan rosa.

 

Eu não estava esperando por isto. Havia tanto afeto e admiração nos seus olhos que meu fôlego que sempre foi excepcional pareceu estar rareando a medida que o rosto de Kara ganhava  aquela típica coloração  rubra. Ela... ela realmente tinha ficado por mim? Era algo que com certeza perguntaria quando estivéssemos a sós.

 

- Uau, foi a coisa mais adoravelmente gay que já ouvi... Beleza sobrenatural, é? Isto foi um declaração e tanto.- A morena de cabelos bagunçados deixou um risinho divertido escapar- A quanto tempo vocês estão juntas?

 

- Err... n-nós  não...

 

Antes que Kara pudesse negar me adiantei, movida pela apreensão de ter o olhar descarado da outra loira escaneando a atendente de cima a baixo o tempo inteiro. Eu poderia fazer ela engolir todos os seus dentes e fazer desaparecer daquele sorriso idiota rapidamente. Ciúmes definitivamente ciúmes algo que nunca havia experimentado antes, a maneira como aquele sentimento novo se enrolava dentro de mim e tensionava meus músculos era excruciante. Então era assim que funcionava...

 

- E vocês se conheceram aqui, no Starbucks? - O início do relacionamento delas não me interessava mas naquele ponto eu fingiria todo o interesse do mundo para desviar a atenção do relacionamento que não tinha com Kara.

 

- Sim, mas não de uma maneira clichê, sabe?  Quer dizer, as coisas com Dani sempre foram marcadas pelo inesperado desde o começo. Não existe mesmice com esta garota...  - A morena se virou para as mesas como se estivesse procurando por algo. - Estão vendo aquela parede de vidro ali? - Ela apontou para a parede a esquerda da porta de entrada. Curiosamente era o único quadro de espaço do Starbucks envidraçada além da porta, como uma ampla janela, era o meu lugar favorito. Todas as vezes que ia ao Starbucks me sentava lá, de início por que me permitia observar a movimentação tanto do lado de fora como de dentro mas depois passou a ser um ponto estratégico pra admirar a garota bonita do balcão que sorria sempre que me via. - Não foi projetado desta forma. A arquitetura original era toda com tijolos expostos mas Dani deu um jeito de tornar o starbucks um estabelecimento menos rústico e então veio a enorme janela de vidro...

 

- Ah não, Jaime! Você precisa mesmo fazer isto?

 

- Meu amor, adoro esta história. É a nossa história. Aliás encarem isto como um alerta caso se deparem com um  mustang verde desgovernado por aí existe 90% de chances de ser a Dani e o melhor a se fazer e sair o mais depressa do seu caminho. - Jaime recebeu um tapinha nos ombros de Dani.

 

- Eu sou uma boa motorista e isto é uma tremenda injustiça!

 

**** Flash Back ****

 

- Parabéns para mim! - Jamie em um sobrou só apagou a vela solitária que enfeitava seu cupcake. - Ih, esqueci de fazer um pedido...

 

Ela estava completando vinte e dois anos, não que se importasse muito em comemorar, Jamie achava uma festividade desnecessária. A vida, particularmente a dela, não tinha grandes acontecimentos para celebrar então ela passou a maior parte daquele dia de mau humor. Mas o pequeno bolinho tinha sido presente de Viola, a outra funcionária assim que Jamie deixou escapar um "Este é o pior aniversário de todos!" e seria grosseria recusar.

 

Deu três mordidas antes de jogar o cupcake e a velinha no lixo e apagou as luzes do Starbucks. Eram quase 23 horas, se não se apressasse perderia o último ônibus. Balançou o chaveiro brilhante em forma de regador mas antes de trancar a porta de entrada ouviu o barulho agudo de uma buzina.

 

- SAÍ DA FRENTE! - A luminosidade dos faróis a cegaram e antes que ela pudesse ter alguma reação o carro derrapou em uma manobra incrível  evitando atingi-la em cheio. O estampido do impacto do carro com a parede a deixou em estado de choque por alguns segundos até assimilar o que tinha acontecido.

 

- Droga! - Ela correu para o mustang verde já digitando o 911 no seu celular.

 

O carro invadiu parcialmente o Starbucks derrubando a parede de blocos. Snapper iria surtar.

 

- Alô... Eu... eu... preciso de uma ambulância. - Ela se aproximou da janela entreaberta do carro enquanto passava endereço e relatava com confusão o acidente. A adrenalina acelerava seus batimentos, ela tinha se safado por pouco.

 

A motorista felizmente estava de cinto de segurança  lutando para desinflar o air bag o que fez Jamie respirar aliviada. Ninguém se feriu com gravidade.

 

- Uau, desde quando tem um Starbucks aqui? -  A garota que por pouco não tinha atropelado Jamie olhou espantada para os blocos de tijolos destruídos a sua frente.

 

- Você está bem? Eu chamei a ambulância.

 

Dani se voltou para Jamie com a naturalidade de quem já tinha bastante prática em batidas de carro. Surpreendentemente sorriu.

 

- E chamou a polícia?

 

-A polícia? - Jamie franziu o cenho achando que a garota estava atordoada.

 

- Chama a polícia que essa morena roubou meu coração...

 

E Jamie soube qual era seu pedido de aniversário. Era Dani. Queria a garota que quase tinha atropelado ela e que inacreditavelmente flertou usando tiradas de filme da Disney até a ambulância chegar.

 

******

- Já faz 4 anos que comemoro meu aniversário por que não é só o meu aniversário. É também o dia que conheci Dani.

 

- Também é o dia que você quase morreu. São muitos eventos para um só dia. - Ruby ouvia atenta e parecia ter algumas perguntas rondando sua cabecinha curiosa.  - Se vocês são namoradas por que Dani está dando em cima da Kara? Isto é permitido? Você pode flertar com pessoas aleatórios mesmo namorando?

 

- Shiu! - Sam a repreendeu e Kara levou as mãos ao rosto como se assim pudesse desaparecer.

 

- Você é muito espertinha garota. Gosto disto... - Dani riu. - Mas já que está tão interessada Jamie e eu não temos um relacionamento exclusivo. Podemos sair com outras pessoas. O amor na nossa visão não deve prender nem limitar nossas experiências e isto não significa que nos amamos menos do que aqueles que escolhem ter um relacionamento fechado. Apenas não fomos feitas para amar dentro dos padrões tradicionais. Nenhum deles. Estamos comprometidas uma com a outra e temos as nossas regras.- Ela se voltou para Kara modulando a voz. - Desculpe se te deixei embaraçada mas se um dia vocês mudarem de ideia e se permitirem a uma troca de casais por curiosidade...

 

- Não! Definitivamente não!

 

- Calma, Luthor, não vou roubar a sua garota! - Dani riu abertamente, era uma sedutora. - Eu preciso de um M&Ms.- Dany levantou e foi em direção a vending machine sendo acompanhada pelo olhar da namorada.

 

Sam era uma expectadora da cena e me analisava divertida. Eu havia assumido uma posição de defesa como uma ciumenta descontrolada e eu e Kara nem ao menos tínhamos um envolvimento. Droga! Quantas demonstrações ridículas em pouco tempo! Não me reconhecia e aquelas malditas borboletas revoando no meu estômago pareciam se multiplicar toda vez que olhava para Kara.

 

- Então... Então quer dizer que se eu quiser ter uma namorado e uma namorada... ? - O tópico com certeza ficaria na mente de Ruby até ela achar que está tudo esclarecido.

 

- Desde que você tenha vontade, disponibilidade de tempo para atende-los sem que um fique aborrecido por estar sendo negligenciado e que eles saibam um do outro e estejam de acordo... - Jamie foi didática e suscinta como se já tivesse respondido aquela pergunta algumas vezes o que deve ter mesmo acontecido. Não é exatamente comum vermos casais tão seguros de si desafiando a norma monogâmica então, sim, ainda causava estranheza.-  Administrar um trisal exige mais do que você estar em um relacionamento aberto e ter encontros casuais. Mas, claro, você pode ter um namorado e uma namorada se quiser. Não é difícil  entender que existem configurações de relacionamento além da heteronormatividade e monogamia, não é?

 

Ruby balançou a cabeça em concordância.

 

- Eu queria ter um namorado e uma namorada. - Nia suspirou sonhadora ao lado de Ruby.

 

- Porr*! - Dani praguejou enquanto chutava a vending machine - Essa vagabunda engoliu meus cinco dólares e agora fiquei sem meu chocolate e sem dinheiro.

 

- Oh, me desculpe por isto! Vemos tendo problemas com esta coisa a meses! - Sam se apressou em abrir o caixa registradora para restituir os dólares roubados pela máquina.

 

- Espere! Acho que posso consertar. - Não deveria ser difícil, eram apenas engrenagens. Eu já tinha reconfigurado sistemas muitos mais complexos. Me aproximei e procurei por algum compartimento que me desse acesso interno. Encontrei na parte lateral. - Hmm... não terei dificuldade em abrir, aposto que irei encontrar algum fio desconectado lá dentro, só vou precisar de uma chave de fenda e ...

 

- Ah, temos uma caixa de ferramentas na salinha da bagunça, vou buscá-la. - Antes de desaparecer nos fundos da loja Kara falou algo inaudível no ouvido de Sam que só assentiu e olhou para mim como se tramassem algo.

 

- O nosso climatizador é muito ruidoso. Você pode dar um jeito nele também, Lena?

 

- Ruby, os negócios da L-Corp não envolvem fazer manutenção de climatizadores. Lena deve deixar que seus encarregados cuidem desta parte...

 

- Bem, de qualquer forma ela pode mandar um deles  dar uma olhadinha ou... melhor ainda! Pode nos dar um climatizador novo já que é bilionária...

 

- Santo Deus...- Sam massageou as têmporas.- Lena, você pode por favor ver por que a Kara está demorando tanto? - Ela se dirigiu a mim com uma brilho travesso no olhar. - A sala da bagunça é a terceira a direita.

 

Ao caminhar pelo corredor não pude deixar de ouvir a reprimenda de Sam.

 

- Ruby, quando disse que você tinha liberdade para falar o que quisesse isto não incluía pedir que estranhos te deem coisas!

 

  *****

Encontrei Kara em um saleta lotada de prateleiras com os diversos tamanhos de caixas e outras parafernálias.

 

- Hmm... Oi! - Ela se virou pra mim enquanto recolocava um caixote amassado no lugar.

 

- Sam pediu pra mim vir te resgatar. - Esfreguei o nariz. A sala não tinha ventilação, cheirava a mofo e a iluminação era precária. A meia luz pude ver Kara se movendo nervosamente entre um prateleira e outra.- O que estamos procurando?

 

- Er... um malote amarelo... Você pode olhar ali.- Ela coçou a nuca sem nunca manter contato visual e apontou para um amontoado de caixas. Assim que dei as costas ouvi um trinco girar. Trac!

 

Não encontrei nada semelhante a uma maleta de ferramentas e já estava começando a suar quando Kara anunciou:

 

- Poxa, olha só, que cabeça a minha, estava aqui este tempo todo! - Kara tocou na superfície empoeirada da caixa amarela mas sem fazer menção de pegá-la. Por que eu sentia que fui atraída para uma armadilha?

 

- Oh, bom! Espero que a boneca loira não tenho se cansado de esperar e ido embora! -  Parei ao lado de uma Kara tensa estranhando a sua falta de movimentação para abrir a porta. - Está... emperrada? - Forcei a tranca mecanicamente sem sucesso.

 

- Ah, que tempos assombrosos são esses que não se pode mais confiar nem em fechaduras! - Ela cruzou os braços em uma indignação teatral pouco convincente.

 

- Kara se você queria tanto ficar a sós comigo era só ter dito...

 

- Droga! Você é tão esperta! - Ela bufou levando a mão na frente do avental onde ouvi um tintilar metálico. - Mas primeiro... Então somos namoradas?

 

- O quê? Isto é um pedido?

- Er... Não... não, quer dizer... - Ela tocou em seu próprio rosto num trejeito de mexer as alças do óculos sendo que estavam comigo. - A dez minutos atrás você estava agindo como se fôssemos....

 

- Oh, isto... Bem, achei aquela garota inconveniente e não desmenti por que você me pareceu incomodada mas se isto atrapalhou algum plano seu posso desfazer o mal entendido...

 

Kara estava a menos de dois passos de distância e podia sentir seu corpo reverberando de ansiedade. Seus olhos tinham uma vivacidade penetrante e sua boca era uma ideia interessante de se explorar no meio daquela sala suja e parcialmente escura.

 

- Não, você não atrapalhou nada, pelo contrário, obrigada pela encenação, eu iria entrar em pânico se tivesse que lidar com um casal, não tem preparo psicológico para não me ver como uma amante se tivesse que sair com Dani.... Eu e você, namorando... que engraçado!

 

- Pensar em namorar comigo te causa graça, Kara Danvers?

 

- Não... Não... hmm... - Era adorável vê-la corar e se perder em frases atrapalhadas. - Ainda temos um encontro, certo?

 

- Sim, temos. - Kara suspirou aliviada.

 

- Então para onde você vai me levar?

 

- Isto eu não direi.

 

- Oh, certo! Saiba que conheço métodos muito eficientes de arrancar informações. Minha irmã é detetive, esqueceu?- Kara se aproximou em desafio, estávamos muito próximas.

 

- Então me mostre o que você tem de melhor!

 

Ergui o queixo e a encarei de volta com a minha melhor expressão desdenhosa mas Kara não vacilou. Ela estava concentrada no meu rosto com a boca entreaberta. Não havia timidez quando sua mão pousou em mim e senti a maciez da sua palma contra minha bochecha. Sorriu antes de inclinar o rosto na minha direção, o seu hálito varreu minha face mas antes que pudesse beijá-la fomos interrompidas.

 

- LENA KIERAN LUTHOR! CADÊ VOCÊ?

 

Kara em um sobressalto deu gritinho e se afastou ofegante.

 

Eu conhecia aquela voz muito bem assim como toda a confusão que trazia consigo.

 

 Era Sara Lance.

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 7 - Dani e Jamie:
DebSein
DebSein

Em: 20/02/2021

Meu deus sempre tem um desavisado pra atrapalhar tudo >:( Ta demais adorando a estória e ansiosa pra continuação! Abraços

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