Capitulo 01 - Tolerancia Zero
Tolerância Zero
Acordei feliz, debaixo dos lençois abraçada ao corpo de Fleur aconchegada em uma deliciosa conchinha, fingi para mim mesma que não estava quase na hora de levantar e fiquei quietinha aproveitando o clima aconchegante, fechei os olhos com força, como se conseguisse pôr o mundo em pause só para sentir aquele cheiro tão gostoso que exalava do corpo e dos cabelos da mulher que eu amo, coloquei as mãos em suas coxas e desenhei o contorno de suas curvas respirando forte sentindo dentro de mim um imenso desejo crescendo e me esquentando por dentro, já fervia com o calor de verão, mas, o gosto do desejo era inefável. Sorri ao lembrar que em algum momento da noite fui beber água e desliguei o ar condicionado quando vi que embaixo das cobertas meu amor estava toda encolhida, talvez de frio, e levada pelo sono, no lugar de baixar o termostato, desliguei o ar, o problema é que agora de manhã estava quente e sentia seu cheiro junto com um pouquinho de suor que ameaçava escorrer de suas costas, suspirei deixando que minha mão deslizasse em suas coxas e dei uma risadinha quando ela me encaminhou até o seu sex*, enquanto eu mordia levemente seu pescoço.
- Amor?.
- Oi?, o que foi?.
- O despertador amor, vamos perder a hora...
Revirei os olhos e vi que ela tinha razão, nos beijamos ardentemente, depois seguimos para o banho compartilhado de todas as manhãs.
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Colégio Lumen Vitae
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Cheguei cedo apesar de tudo, dei bom dia a turma, fiz a chamada e rabisquei de forma organizada a matéria, dando um tempo para começar a explicação. No meio da minha fala um aluno levantou o braço.
- Professora Samy, a senhora pode me tirar uma dúvida?.
- Sim, claro, pode falar...
Eu jurava que era uma pergunta séria, muito embora que partindo do Lucas jamais poderia ser algo interessante, não podia expor, mas, achava aquele menino um asno, com todo respeito ao animal, claro. Ele soltou um risinho debochado, encheu o peito e perguntou.
- O que a senhora acha da mulher que faz sex* com animal?.
Ajeitei os óculos no rosto, respirei fundo e perguntei com o ar mais debochado que consegui.
- Você tem certeza que quer mesmo que te responda?.
- Tenho!.
Vocês estão vendo, eu dei uma chance para ele desistir, depois coloquei as mãos na cintura para falar e encarei o adolescente que estava no 3 ano e era todo metido a engraçadinho, mas, eu o entendia, se não fosse desse jeito, Lucas não chamaria atenção de outra forma se não tinha beleza, muito menos inteligência.
- Então Lucas...vou te dizer uma coisa, tem algumas mulheres que dão para uns sujeitos tão sem futuro, que não vejo muita diferença...e tem uma coisa bem mais estranha que você não vai nem acreditar...
- O que professora?.
- Você acredita que essas mulheres tem a ousadia de parir, e o pior...anos depois ainda matriculam os filhos nessa escola....
Ele se encolheu na cadeira no auge dos seus dezesseis anos, nunca pensou que fosse ouvir algo do tipo, algumas risadas se formaram vinda de seus amigos que gritaram "se deu mal, otário" e coisas do tipo. Sorri altiva, mas, achei que minha pequena vingança não estava completa, afinal, deixei de me deliciar com um orgasmo da minha mulher para dar aula, então tinha que fazer valer a pena.
- Você tem mais alguma dúvida?.
- Não Professora Samy...
- Que bom não é mesmo?.
Sorri e voltei para lousa me sentindo vitoriosa, ora se tem graça ser importunada por um adolescente metido a besta, quando ia recomeçar a explicação vi que Paula estava na porta, a aluna mais atrasilda da face da Terra.
- Posso entrar fessora?
- luna...
Falei abreviando a palavra aluna da mesma forma que ela abreviou o professora, depois respirei fundo e perguntei.
- Você vai chegar atrasada todos os dias na minha aula, é sério?.
- Se pá eu chego na hora, se pá não chego...
- Entendi, pois somos do mesmo jeito, se pá te deixo entrar, se pá não deixo, hoje é dia do se pá...não deixo, pode descer.
Virei os olhos irritada, e por uns instantes achei que poderia ser mais compreensiva, afinal ninguém tinha culpa de estar puta por não ter tempo de fazer a minha mulher goz*r, mas, é que não resistia aqueles olhos negros e aquela boquinha deliciosa em formato de coração.
Os dois tempos voaram e chegou a hora do intervalo, segui aliviada para a sala dos professores encontrando com Carla, Camilla e Silvinha, três amigas muito mais do que queridas.
- E ai Samy, esse fim de semana vai ser aniversário do meu filho, cola lá com a tua Fleur, trouxe o convite para as duas...
- Obrigada amiga, você não sabe como é importante para nós participar dos eventos dos amigos que queremos bem.
- Imagina Samy, nós que nos sentimos honradas com a presença, o Rick adora vocês.
Eu fiquei realmente contente com essas palavras, gostava de ver minha Fleur enturmada com meus amigos, e Silvinha especial, tinha me acolhido com muita delicadeza desde o momento que cheguei na escola transferida do Rio de Janeiro.
Carla foi buscar um café e trouxe um bolo que havia feito na noite anterior.
- Camillete, pega uma faca ai pra gente...
- Fuleragem, já vai abusar, não é?.
Rimos e o celular tocou, era minha Fleur.
- Oi amor, tudo bem?, que horas você sai hoje mesmo?.
- As 18h, infelizmente um pouco depois de você.
- Não vai ficar se enrolando e conversando com as meninas que hoje tenho uma surpresinha para você.
- Hummm...que delícia amor, adoro suas surpresas.
- Beijos molhados em você...indo e vindo, se é que me entende.
- Oh e como entendo...até mais tarde.
Voltei tentando não lembrar da umidade que surgiu no meu sex*, e segui até o bebedor e enchi meu copinho desenhado com um panda.
- Amiga, eu já te disse que esse teu copo é ridículo, né?.
- Não enche Camilla, meu copo não é menos ridículo que o seu das princesas Hahahahah...
- Eu gosto da Bella...
- E eu de pandas...Hahahahah.
- Quer saber?, tem razão amiga.
Rimos e fomos dar aula, nosso trio era inseparável, infelizmente o intervalo passou rápido e tive que seguir para outro terceiro ano, dei novamente bom dia, anotei uma trabalho, pois essa turma estava mais adiantada, em seguida fiz a chamada e expliquei como seria a atividade em dupla, todos se reuniram e quando as duplas começaram a ser formadas, segui até a minha mesa e passei a fazer anotações nos diários, foi quando uma menina de uma das duplas me chamou.
- Professora Samy...
- Diga Vitória...
- O Ricardinho está dizendo que pareço com a noiva do Chuck.
Eu olhei o rosto da menina e não acreditei, era IGUAL...idêntica, a vontade de rir veio intensa, mordi minha bochecha e falei tentando me concentrar no sorriso gostoso de Fleur e não no rosto da aluna.
- Então...resolvo essa questão já, vocês me dão licença?, volto logo, é rapidinho...
Tive que sair e estourei de rir no lado de fora da sala, acabei contando a história para Marisa, a coordenadora havia passado, me viu rindo e queria entender o motivo, expliquei e sua risada somou a minha, dei um tempo e quando me acalmei voltei a sala.
- Olha Ricardo, quero dizer que não se faz isso, não é certo colocar apelidos nas pessoas...ela não parece nem um pouco com a...noiva do Chuck...
Ele me olhou e como já era meu aluno há três anos, riu e apontou.
- Pode rir Professora, a senhora achou igual...
- De jeito nenhum...não tem nada a ver.
- Olha que a senhora achou, me deu aula no ensino médio todo, te conheço professora..
- Certo, Ricardinho, depois vamos conversar só nos dois sobre essa história.
Sorri e virei o rosto para não rir da situação, sentei e meus olhos passeavam na sala, avistei um aluno com os braços cruzados, ele estava sem par e estava com cara que ia fazer alguma coisa, me aproximei e debrucei para falar com ele.
- Então Pedro, não vai fazer nada?, estamos no terceiro bimestre e você não tem nota alguma.
- Eu não preciso da sua matéria.
- E posso saber porquê?, se não sabe minha matéria reprova e é obrigatória.
- Professora eu sou do pó.
- Ah, você é do pó....interessante, deixa te contar um segredo.
Me aproximei como se fosse confidenciar alguma coisa.
- Eu também sou do pó...aliás, todos nós somos do pó, já leu a passagem bíblica que do pó viemos e do pó retornaremos?...então?.
Pisquei e sai me divertindo com minha resposta, realmente ele não esperava por essa.
O dia passou mais rápido do que pensei, estava louca para encontrar minha Fleur, a saudade batia forte, era um novo dia 16, o tempo voou e havia chegado a mudança da folha do calendário e a noite prometia ser linda, fazíamos questão de comemorar cada mês compartilhado, um mês eu seria responsável pelo pequeno evento, no outro ela, e caprichávamos todas as vezes, quando cheguei o apartamento estava com as luzes apagadas, Fleur pediu que continuasse desse jeito e que não me aproximasse pois ainda estava finalizando as coisas....no caminho para o quarto várias velas pequenas na cor vermelha exalava um gostoso cheiro de baunilha no ar.
- Pode vir meu amor...
Quando cheguei fiquei sem voz, ela estava nua, coberta apenas por um jaleco, vi que na mesinha tinham algumas coisas que nem entendi bem o que era, mas, que com certeza deveria ser maravilhoso.
- Vem amor...
- Eu volto logo, vou só tomar um banho...
- Não precisa, eu quero sentir o seu cheiro, você é tão cheirosa, sua pele tem um gosto, um cheiro único que me inebria...
- Estou suada meu bem, eu volto para você...prometo que não demoro.
Realmente nunca tomei um banho tão rápido na vida.
- Deita aqui amor, sei que nesse dia da semana você volta cansada...
Ela tirou minha toalha e me deitou de bruços enquanto derramou um óleo corporal massageando minhas costas, estava delicioso, mas, seu sex* encostado em mim e seus seios passeando em minha pele me deixavam cheia de desejos.
- Fleur, estou salivando de tanta vontade de você.
- Relaxa amor, amanhã não trabalhamos....temos a noite toda, esqueceu?.
Senti que minhas costas estalaram com a pressão dos seus dedos, em seguida ela me virou pegou uma espécie de tinta comestível e fez desenhos no meu corpo, para logo depois apagar tudo com a língua...nossa noite estava apenas começando, animada tirei seu jaleco e a deitei na cama, passei a mão suavemente no seu rosto fazendo o contorno da sua boca com o meu dedo indicador, em seguida olhei dentro daqueles olhos lindos que ela tem e não tive como não me emocionar.
- O que foi Samy?, porque está chorando amor?.
- É emoção minha linda, só isso....
Ela deitou nos travesseiros fofos que tínhamos e me aninhou em seu peito, e deixou que as lágrimas descessem do meu rosto, nosso casamento era sim de muito tesão, de muito desejo, mas, também de muito carinho, de muita cumplicidade, nos divertíamos muito também, passávamos horas conversando, nos curtindo.
- Ah Samy, eu preparei um jantar, você não tem alergia a camarão, não é?.
- Não amor, só a nozes mesmo.
- Vamos comer alguma coisa?, depois continuamos, hoje não me escapa meu amor.
Vestimos pijamas e seguimos até a cozinha, rapidamente Fleur esquentou o Strogonoff de camarão, e nos serviu de suco de uva integral, comemos nos admirando, eu olhava sua boca e sentia uma vontade imensa de beija-la, ao mesmo tempo que me emocionava com aqueles olhos tão carinhosos e de brilho raro que me olhavam de forma amorosa.
- Sabe Fleur, alguém lá em cima gosta muito de mim, estava tão sozinha...
- Cara de pau, saiba que sei muito bem da fila de suas pretendentes.
- Isso não existe...
- Ah é?, quer que eu enumere?.
Ela falou cruzando os braços e afastou o prato, pronto o bichinho do ciúmes estava na área. Sai de minha cadeira, fiz com que ela levantasse e sentasse no meu colo.
- Minha pequena, não precisa ter ciúmes de mim.
- Não é ciúmes, estou só constatando...e nem vem com essa mão por debaixo da blusa do pijama que não vou ceder, saiba que não quero...
- Espera só um instante amorzinho, agora é a minha vez de te fazer uma surpresa.
Ela sentou com os braços cruzados, na mesma posição que estava antes, afastei minha cadeira, e coloquei o violão e comecei a cantar "Samba em prelúdio".
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Eu sem você
Não tenho porque
Porque sem você
Não sei nem chorar
Sou chama sem luz
Jardim sem luar
Luar sem amor
Amor sem se dar
Eu sem você
Sou só desamor
Um barco sem mar
Um campo sem flor
Tristeza que vai
Tristeza que vem
Sem você, meu amor
Eu não sou ninguém...
.
Ela sorriu, tirou o violão do meu colo e me beijou com paixão, depois saiu, serviu a sobremesa, um pudim de baunilha com uma gostosa calda de caramelo e me levou para o quarto, tiramos rapidamente os pijamas e a puxei para que sentasse no meu colo, de frente para mim, lambi delicadamente seus mamilos, sentindo seu corpo arquejar, ela gem*u docemente em meus ouvidos. A noite estava apenas começando, depois de nos amar, dormimos abraçadas e no meio desse abraço, descobri que ali era exatamente o melhor lugar para se estar...
Fim do capítulo
Espero que gostem...em breve um pouco da história de Fleur.
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Rosa Maria
Em: 20/12/2020
Sabrina...
A Samy definitivamente estava inspirada muito bom conto, criativas e de um pensamento muito rápido as "tiradas" de Samy com os alunos. Sem mencionar o encantamento e felicidades dessas meninas apaixonados muito boa essa série. Parabéns
Beijos
Rosa
Resposta do autor:
Ah Rosa, eu tenho uma coleção de histórias engraçadadas com alunos, resolvi tirá-las e publicar, tem muitas outras e com certeza vou por nas histórias...o encantamento das duas é muito lindo e delicado, vamos seguindo e dando continuidade as histórias delas, bjs
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Rain
Em: 20/12/2020
Bom dia!
Eu rir muito com Samy que resposta boa ela deu, tem alunos que mercerm mesmo uma resposta dessa. Esse Lucas e essa pergunta me lembrou o Miguel também querendo chamar atenção e ganhou a mesma coisa. Rsrsrsrs
Escola é um lugar que a gente ganha cada apelido viu. Tantos os alunos com as professoras...não vou menti falava também rsrsrs tem uns que até me arrependo hoje em dia. Você tem algum? Que saiba?
Verídico, então, isso aconteceu com você que nem a história do hospital?
Eu amo esse momento delas com a Fleur...são tão fofos e apaixonantes, a emoção chega aqui também.
Vamos aguardar a história da Fleur.
Bj, bye!
Resposta do autor:
Bom dia querida,
Sim, todas essas histórias são absolutamente reais e aconteceram comigo, não no mesmo dia, mas, ao longo dos anos...rsrsrs esse Lucas atualmente trabalha em uma barbearia perto da minha casa, encontrei com ele dia desses, está logicamente mais maduro, e rimos muito lembrando o tempo em que era meu aluno...
Menina, os alunos me chamavam de Sabrininha ou de fuleragem, porque eu os chamava assim, tenho uma boa relação com todos, ou com a grande maioria deles, eles gostam do meu jeito debochado, tem outras histórias que quero contar, mas, deixo mais pra frente...
As duas são fofas né?, um momento de duçura e paixão, estou aqui pensando na história de Fleur, mas, vou esperar um pouco...amanhã volto a mais um capítulo de Clarim...
bj e inté...
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florakferraro
Em: 20/12/2020
Ia esquecendo de perguntar duas coisas, primeiro, amanhã sai atualização do clarim?, seguindo quando você e Rosa começam a publicsr a história de vocês, estou em cólicas de curiosidade, já adiantaram quantos capítulos.
Resposta do autor:
Sim, amanhã começo um capítulo, creio que amanhã devo publicar.
Eu e Rosa estamos caminhando na escrita, terminei o 3 capítulo e encaminhei para ela, sabe como é, fim de ano fica corrido, ainda não decidimos quando vamos publicar, vai sair, só um pouquinho de paciência rsrsrs mas, vai rolar...
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florakferraro
Em: 20/12/2020
Ai Sabrina, fazia tempo que não ria tanto, essas histórias aconteceram contigo na sala de aula foi?, deve ser muito legal ser tua aluna amiga, engraçado demais.
E Fleur e Samy cada vez mais apaixonadas, achei lindo a cena, mas, fiquei querendo detalhes da noite de comemoração, conto leve, divertido e bem legal, essas duas prometem, estou curiosa para saber a história da Fleur.
Um excelente domingo,
bjusss
Resposta do autor:
Sim amiga, todas essas histórias aconteceram de fato, eu tenho uma coleção delas, até as amigas tem esses nomes mesmo...ah, Fleur e Samy são amores e apaixonadas...
Aproveita Campos do Jordão,
um excelente domingo, bj
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