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Segundo ato por Hanna Quexua

Ver comentários: 2

Ver lista de capítulos

Palavras: 1285
Acessos: 1215   |  Postado em: 29/07/2020

Notas iniciais:

Direitos autorais da imagem: Romero Ceuz

imagem:

https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.romerocruz.com.br%2Fportfolio%2Fprojetos-autorais%2F298246-paisagens_do_corpo&psig=AOvVaw1j8RkIfAAu-K0MYdosoyPg&ust=1596155904354000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCKiCya3e8-oCFQAAAAAdAAAAABAL

 

Capitulo Único

Ela dançava entregando-se a cada movimento como a amante que se atira nos

braços do seu amor. Apesar de sempre mergulhada nas águas, ela brincava com a

mistura dos elementos em seu corpo que exalava uma porção de

encantamento contida em seu suor que saltava da pele nos deslocamentos

mais bruscos. A sua água salgada banhava o chão de madeira seca, ela trazia

o mar dentro de si. O vento na decisão contida em seus olhos. A terra nas

voltas de seu corpo. E o fogo que incendiava o seu desejo. A quintessência era

a junção de todos, era o próprio ambiente criado por ela e pela música que

conduzia suas intenções. As luzes apagaram, era o fim do primeiro ato.

Aplausos. Ela saiu do palco satisfeita com o que havia deixado ali e seguiu

para o seu camarim.

 

Abriu a porta, acendeu a luz e assim que entrou, alguém que estava logo atrás

passou a chave e apagou a luz a impedindo de enxergar. A atriz foi jogada

contra a parede e em um ato de desespero tentou empurrar para fugir da

situação. A outra foi mais forte e com uma das mãos conteve os seus braços

enquanto a outra mão emudecia aqueles lindos lábios.

 

- Shiiiiiii... Não precisa gritar. – Sussurrou no ouvido da atriz. – Primeiro me

escute, depois se você quiser.... irei embora. – Falou baixinho contendo o

esforço que pouco a pouco diminuía. Continuou. – Incrível o solo que fez, mas

não estou aqui para isso... – Tentando controlar a respiração descompassada

devido ao sangue que fervia ao percorrer as veias, prosseguiu. - O perfume

que a sua pele exala me embriaga a razão, os teus movimentos roubam os

meus olhos, até mesmo o teu silêncio soa como canção aos meus ouvidos. –

Falou entre respirações espaçadas e agora segurando a cintura.

 

O esforço para fugir foi cedendo espaço para o tesão. Ela ainda não sabia

quem era aquela mulher, mas o seu desejo começou a dançar ao som

daquelas palavras e a vontade de abrir as pernas estava ficando incontrolável.

 

- Quero adentrar nas tuas matas, escalar tuas montanhas, me banhar em tuas

águas. – Suspirou a mulher ainda escondida na penumbra. - Posso sentir você

latejar antes mesmo de tocá-la. – Ainda sussurrando no ouvido. – Você só

precisa abrir um pouquinho como um sinal de consentimento. – Disse enquanto

a sua mão soltava a cintura da dançarina que mesmo sem enxergar nada

estava excitada e como resposta abriu as pernas bem devagar.

 

A intrusa desceu a mão por sua barriga e em seguida retirou a pequena saia

que fazia parte do figurino e passou sutilmente a mão por cima da calcinha já

molhada. A outra suspirou já entregue as mãos alheias.

 

A desconhecida começou a morder o pescoço suado da atriz, enquanto as

suas mãos molhavam-se em seu corpo. A própria atriz tirou a calcinha. A sua

bucet* doía de tanto tesão e queria ser comida ali mesmo entre os figurinos e

maquiagens, enquanto a peça em seu segundo ato acontecia no palco que

acabara de sair.

 

A mulher da noite derrubou tudo que ficava por cima da pequena mesa colada

ao espelho na parede, após sentá-la ali beijaram-se desesperadamente.

Após uma lambida no rosto daquela que invadira o seu espaço, a dançarina

sussurrou em seu ouvido enquanto a sua língua percorria o ouvido da intrusa.

- Mete. Mete! – Pediu totalmente entregue aquele momento.

 

A desconhecida tirou a sua própria roupa com a ajuda da outra que espremia a

bucet* de tanto tesão. A intrusa após um beijo molhado, desceu com a língua o

corpo suado e chegando aos seios ch*pou um enquanto as suas mãos

acariciavam o outro. Passando a língua em volta do umbigo, a estranha

começou a passar os seus seios no sex* encharcado da atriz que saltou os

olhos com aquele movimento inesperado. O bico do seio, agora conduzido

pelas mãos da invasora, passavam levemente a acariciar o clit*ris ouriçado.

Enquanto os seus seios deslizavam no clit*ris, os seus dedos adentraram o

molhado canal.

 

Enquanto metia, colocou a sua boca entre os pelos e mordeu de leve a

saborosa testa que estava banhada de suor, lubrificação e saliva. Abrindo o

caminho com a língua ela chegou ao clit*ris, onde cuspiu, apesar de já

molhado. Misturava o seu esputo com o liquido que escorria em enxurrada.

Ch*pava em demasiado prazer enquanto metia.

Com uma mão no espelho e a outra a meter com mais intensidade, a intrusa

começou a jogar frases sujas em seu ouvido. As palavras poéticas agora

dialogavam com a selvageria. A atriz, tocando o corpo da outra com

intensidade, soltou um gemido juntamente com o seu gozo. Ficou alguns

instantes abraçada com a incógnita de sua enigmática equação.

 

Ainda sentindo a vibração nas carnes ela lembrou que ainda entraria em cena.

Soltou o abraço, desceu da mesinha em um salto e foi ao banheiro.

Ficou refletindo no que havia acabado de acontecer. E também lembrou do que

ouviu. Saiu do banheiro para questionar e saber quem era aquela mulher. Ao

acender a luz não havia mais ninguém em seu camarim. Apanhou o seu

figurino no chão e o vestiu. Buscou algumas maquiagens caídas e fez o

retoque no rosto. Ficou pensando em quem poderia ser ela.

 

Alguém bateu na porta e a abriu:

- A próxima cena é a sua. – Falou a contrarregra do grupo. – Está tudo bem? -

Surpresa com a bagunça no ambiente.

- Está sim, fique tranquila, já estou subindo.

Ela se aproximou das coxias com as pernas ainda tremulas. Olhava para o

público em busca daquela que invadiu o seu espaço, o seu corpo e extraiu com

precisão o seu prazer. Entrou no palco e entregou a cena com uma

energia a mais do que sempre costumava introduzir ao papel nos ensaios. Era

noite de estreia e o elenco percebeu o brilho a mais que existia em suas falas e

no mover do seu corpo. Como um efeito em cascata as outras atrizes e atores

foram contagiadas com aquela energia. As cortinas fecharam e o público foi ao

delírio. Voltaram para agradecer e com as luzes da plateia acesas ela

procurava por aquela mulher no meio da multidão. As únicas lembranças

corporais, além do cheiro, que percebera foram a estatura que era quase igual

a sua e o cabelo curto. Tentava lembrar de algum detalhe que a fizesse

destacar das outras pessoas.

 

Por fim, voltou ao seu camarim que agora já estava arrumado por um capricho

da contrarregra. Em poucos minutos chegaram amigas e amigos, familiares e

admiradoras para lhe parabenizar. Ela olhava para todas as mulheres com uma

régua em suas lentes que calculava as possibilidades de encontrar aquela que

não permitiu ser conhecida.

 

Após abraços e agradecimentos, ela voltou a ficar sozinha. A atriz arrumava os

seus pertences enquanto retirava o figurino. 

Saiu do teatro ainda pensativa. Andou pelas vielas escuras de

prédios antigos, viu a lua cheia e como sereia saltou ao desconhecido universo

encantado que acompanha as filhas D’Água. Nadando em seu reino, protegida

pela mãe do manto azul, chegou até a parada de ônibus.

 

Após subir no seu

destino e passar pela roleta, ela viu pela janela uma mulher encostada no muro

da estação férrea sozinha acendendo um cigarro. Estava a neblinar e o seu

rosto estava coberto pelo gorro do casaco. A atriz foi caminhando pelo ônibus

acompanhando pelas janelas a mulher que sumia rapidamente de sua vista.

Nos últimos instantes, já na última janela, o gorro foi levantado e numa fração

de segundo surgiu um olhar. Sim! Era ela.

 

Hanna Querxuá

 

Fim do capítulo


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Comentários para 1 - Capitulo Único:
Rosa Maria
Rosa Maria

Em: 03/08/2020

Hanna... você acha que somos de ferro é?? que furacão esse primeiro ato, maravilhoso e intenso. esses líquidos foram demais adorei. Tem certeza que não tem uns "segundos e terceiros atos" nessa sua cabecinha aí? kkkkk

aproveitando tenho uns contos publicados também se puder dar uma olhada agradeço. 

Beijos

Rosa


Resposta do autor:

Que delícia de comentário, Rosa!! 😍 Logo mais irei postar novos contos. Fico muito feliz que tenha gostado. E simmm, vou conferir agora mesmo o seu trabalho. Muito boa essa partilha literária! ❤️❤️

Responder

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bicaf
bicaf

Em: 31/07/2020

Uaauuu. Muito bom. Dava uma bela história. 


Resposta do autor:

Oiiee, bicaf!! Que maravilha que tenha gostado. Quem sabe um dia ele não ganha outros capítulos, né? Rsrs

Responder

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