Capitulo 31
--Mãe Let eu pensei que a senhora não vinha me ver hoje – A menina pulou no colo da mãe assim que elas entraram na casa
--Logico que não iria deixar minha gatinha sem beijinhos – Beijava a barriga da filha. – Boa tarde dona Zilda – Cumprimentou a sogra.
--Boa tarde – Disse seca –Vou acabar o jantar, vai ficar para nos acompanhar Leticia?
--Vou sim – Disse uma Leticia espantada, a sogra a chamando para jantar? Isso sim era novidade.
--Vem mãe Let, ver meu desenho, é difícil pintar só com uma mão – Disse puxando a mãe para o quarto.
--Vocês voltaram ou não? – A senhora perguntou enquanto elas faziam o jantar
--Estamos nos entendendo mãe, mas não achei que iria gostar
--Você sabe que eu não posso aceitar essa vida, imagina o que as irmãs lá da igreja não pensaria – Cleo virou o olho – Mas sei que você ama essa mulher, e ela cuida bem de vocês, ela querendo ou não é sua mulher mesmo não terem um papel passado, eu sei que hoje em dia isso pode, espero que ela trate de providenciar isso
--Serio isso que estou escutando? Dona Zilda querendo que eu me case com a Leticia é isso mesmo? – Estava surpresa.
--Eu só acho que isso ia ajudar você e dá mais segurança.
--Mas vamos com calma, estamos voltando sem pressa.
--Você que foi uma tola em acabar com ela por causa da primeira vagabunda que apareceu, nem parece minha filha, uma vez descobri que seu pai estava com uma mulher em um bar eu fui lá conferir, quando vi era uma amiga minha, eu fiz questão de esfregar a cara dela no balcão do bar e ainda fiz uma vergonha a seu pai que ele passou mais de ano sem ir no bar, mas eu não acabei com ele, deixei ele mais de um mês sem nada. – Cléo gargalhou, não lembrava da ultima vez que teve uma conversa descontraída com a mãe – Serio minha filha você tem que segurar ela, sua mãe é velha mas deixava seu pai doidinho, mesmo ele sendo um safado mulherengo, mas nunca me trocou por nenhuma dessa putinhas – Cléo viu Leticia chegar atrás da mulher que não percebeu e continuou falando—Quando eu chegava vestida na camisola que eu tinha que deixava minhas pernas de fora ele faltava babar.
--Err... – Estava encabulada – Volto outra hora – Cleo não se seguro eu gargalhou
--O que foi? Eu sei que você não é nenhuma santa – A mais velha pareceu não se abalar.
--Não pensei uma coisa dessa dona Zilda – Pegou um copo e encheu de agua.
--Eu estava aqui falando para a Cleonice que era para ela te obrigar a casar de papel passado para esfregar na cara de qualquer uma que se insinuar para você – Leticia engasgou com a agua. – E nem invente, se você estiver querendo mesmo que ela volte vai ser assim entendeu? – Ela falava gesticulando com uma faca na mão e Leticia estava com os olhos arregalados
--Mãe vai com calma ai – Cléo apenas sorria.
--Agora vão já tomar um banho o jantar está quase pronto – Leticia quase que correu dali
--Cléo é sério, eu pensei que ela iria me esfaquear.
--Calma Let, parece agora que ela é do team Leticia, eu estou é besta.
--E eu aqui com a cena dela com uma camisola mostrando as pernas- Fez uma careta.
--Para com isso – Cleo não segurava o sorriso, encantando Leticia- Vem vamos tomar banho – Pegou a mão de Leticia
--Isso é um convite Dona Cleonice? – A abraçou por trás
--É sim, eu tomo banho no meu quarto e você do da Isa
--Uma pena, devo ressaltar
--Deixa de ser atirada, agora ver se não demora- Empurrou Leticia para dentro do quarto da filha e entrou no seu.
-- Bom dia, luzes do meu dia– Disse Leticia entrando animadamente na loja
--Nossa temos pássaros verdes voado por aqui Jane? - Beto brincou
--Acho que não só verde, mas um arco-íris completo.
--Vocês são dois bestas, sabiam? – Leticia sorria indo para dentro do escritório sendo acompanhado por Beto.
--Então a noite foi boa? – Sentou-se de frente a Leticia
--Foi sim, maravilhosa?
--Então vocês trans*ram?
--Não, você acha que só o que traz felicidade é sex*? – O amigo afirmou com a cabeça –Não Beto ontem pela primeira vez tive um ótimo jantar com minha família, isso inclui a bruxa da dona Zilda que está sem as comuns implicâncias, foi bem agradável ela até disse que era para eu dormir na minha casa, pois ali era meu lar, fiquei chocada.
--Você acha que ela foi abduzida e fizeram uma lavagem cerebral nela?
--Não sei, se foi isso mesmo, mas eu adorei – Disse sorrindo – Espera o celular está tocando –Assim que olhou no visou sorriso morreu – É a Celina – Disse mostrando para o amigo
--Vai atender?
--Não, claro que não – Desligou a ligação – Acho melhor bloqueá-la
--Ótima ideia, fica longe dessa garota.
--É o que eu estou tentando fazer.
--Ótimo agora vamos ao trabalho, temos um monte de coisa para resolver, a pizzaria não efetuou o pagamento das revisões – O dia passou-se cansativo e desgastante para Leticia.
--Leticia o que acha de tomarmos alguma coisa hoje? Faz um tempo que não saímos em uma sexta – Elton propôs.
--Não sei Tom acho que vou levar a Cleo pra o cinema, estava aqui com essa ideia, mesmo cansada, se caso ela não quiser eu vou para casa dormir, estou morta de cansada cara.
-- Estou vendo que está cansada mesmo, não seria melhor deixar o cinema para amanhã? É sábado, mais tranquilo.
--Amanhã tem um aniversário de uma amiguinha da Isa, acho que não daria tempo
--Então vai lá, bom cinema – Deixa que eu fecho a oficina – Leticia agradeceu e antes de subir na moto mandou uma mensagem para Cleo a chamando para ir ao cinema, a resposta em confirmação só foi lida após chegar em sua casa.
-- Oi dona Zilda, boa noite – Disse entrando após a senhora abrir a porta. – A Isa está no quarto dela?
--Está, mas ela dormiu, estava assistindo e acabou dormindo.
--Essa hora ela dormindo, se acorda só dormi de madrugada.
--Nem pensei nisso, é melhor deixar ela dormir direto– A mulher ficou olhando para Leticia de uma forma avaliativa.
--O que foi dona Zilda? Alguma coisa de errado?
--É que eu sempre tive uma curiosidade, mas deixa para lá – Fez um gesto com a mão
--Curiosidade? Qual seria?
--Sabe, vou perguntar, tenho isso pra mim faz quase uma década
--Muito tempo para se ter uma dúvida, não acha?
--É você está certa, É que... – Fez uma pausa, pareceu receosa
--Pode falar- Agora Leticia estava curiosa
--É que eu sempre achei estranho essas roupas que você gosta de vesti, nunca gostou de usa roupa de mulher? – Leticia quase sorriu da pergunta
--Vou fazer uma pergunta para senhora, o que é roupa de mulher para a senhora?
--Oras roupa que as mulheres usam – Respondeu rápido
--Mas eu sou mulher, então essa roupa não seria de mulher?
--Mas não é comum as mulheres usarem essas bermudas largas e camisas compridas.
--Essa é a questão, não é comum, mas não quer dizer que me deixa menos mulher porque as uso, gosto de roupas mais folgadas, tênis, mas também tenho umas camisetas e calças mais justas e deixa eu confessar uma coisa para a senhora – A mulher aproximou-se como que se fosse escutar um segredo. – As cuecas são bem mais confortáveis que aquelas calcinhas pequenas, ao menos na minha opinião, já se a senhora perguntar para sua filha ela vai dizer que acha bem mais confortável aquelas calcinhas minúsculas que ela usa, assim como os vestidos, é uma questão de se sentir bem com o que veste.
--Let já chegou! – Cleo entrou na sala e encontrou a outra lá sentada no sofá conversando com a mãe.
--Não falei?- Leticia apontou para Cleo que usava um vestido solto, com algumas estampas florais.´-- Você está linda bebê – Levantou e ficou ao lado da mulher que abriu um largo sorriso, estava com saudades daquele apelido carinhoso.
--Bem vão logo que vou dormir com minha neta – Saiu da sala
--Sobre o que conversavam?
--Ela queria saber o motivo que não uso saias e vestidos.
--Ela falou alguma coisa ofensiva?
--Supreendentemente não, apenas estava a quase uma década com essa dúvida e agora que é quase uma amiga resolveu perguntar- Leticia sorriu.
--E o que você respondeu
--Eu disse que era uma questão de gosto e se sentir bem.
--É e eu me sinto muito bem com você vestida assim – Aproximou-se – Você está linda – Puxou Leticia pela gola da camisa e beijou-a com intensidade.
--Vocês ainda não foram, se não vão sair passem a chave na porta de uma vez – Dona Zilda atrapalhou o beijo.
--Nós vamos mãe.
--Até mais dona Zilda. – A mulher só mexeu a cabeça e as outras saíram.
--Vou pegar o capacete – Disse Cleo lembrando.
--É melhor irmos de carro, eu estou com um pouco de sono, vim até de carro de aplicativo.
-Foi melhor mesmo, então vamos que nem escolhemos o filme ainda - No caminho Leticia resolveu puxar algum assunto, estava disposta a saber mais da vida da mulher que ama, nunca se deixou escutar muito do que ela falava.
--Então como anda com o cursinho?
--Tudo tranquilo – Cleo estranhou a pergunta- Por quê?
-- Nada, apenas queria saber mais de você, passamos esse quase um ano distante – Estava encabulada.—Então sei que você gosta muito dessas aulas no cursinho
--É eu gosto mesmo – Não sabia bem sobre o que falar, Leticia sempre desconversava quando ela iria falar algo do seu trabalho.
--Qual a diferença entre o cursinho e as crianças?
-- Eu não dou mais aulas para exatamente para crianças, como estou apenas com ensino médio a maioria são pré e adolescente, tem uma grande diferença sim, são brilhos nos olhos diferentes, e a maneira de ensinar também, na escola nos meio que moldamos ele, e no cursinho não apenas mostramos formas mais simples de se alcançar o objetivo, são sensações diferentes.... – Cleo falava enquanto dirigia deixando Leticia encantada com a forma que ela falava sobre aquilo. – O que será que está em cartaz – Disse enquanto tirava o cinto de segurança, mas ao olhar para o lado notou Leticia a encarado – O que houve Let?
--Não, é só que estou me perguntando como nunca notei como seus olhos brilham quando fala do seu trabalho, você fica mais linda sabe? Reluzente. – Cléo deu um pequeno sorriso
-- Bem agora vamos- Puxou a mulher, deu-lhe um selinho e saíram do carro, na sala de cinema assistiam um filme de comedia, que elas sorriram bastante.
--Eu te deixo em casa. – Cléo disse assim que saíram do cinema. – Você deve estar cansada, percebi alguns cochilos.
-- Estou morta mesmo, mas valeu a pena, o filme foi bom e a companhia melhor ainda – Leticia puxou-a para um beijo, estavam no estacionamento do shopping –Nossa acho que acabei de acordar.
--Vamos logo sua boba- Cléo sorriu da mulher e colocou o carro em movimento, na volta Letícia acabou cochilando por alguns minutos. – Let chegamos – Cléo fez um carinho na bochecha de Leticia
--Hum! Oi eu dormir?- Se aprumou no banco do carro
--Sim, acabou cochilando está cansada mesmo.
--Nossa que gafe a minha te chamo para o cinema e durmo, desculpa por isso
--Não tem o que se desculpar Let, era pra você está descansando, se eu soubesse que você estava assim não teria aceitado.
--Mas é que eu queria fazer alguma coisa com você, para matar a saudade. – Cléo não resistiu e a puxou para um beijo que começou suave, mas depois ganhou uma volúpia que acendeu o corpo de ambas de tal maneira que Cléo já encontrava-se no colo de Leticia com as pernas em torno das pernas dela.
--Nossa Let que saudades dessa suas mãos, Ah! – Leticia apertava o seio de Cléo, que rebol*va no colo da outra – Ai Let... – Após esse gemido Leticia parou bruscamente. – O que houve? – Cléo perguntou com a respiração pesada.
--Eu não... Eu acho melhor... – Estava igualmente ofegante— Paramos, acho que não podemos – Levantou a cabeça e encarou Cléo – Não seria melhor nós... Er...sei lá, droga você pediu pra não fazermos isso, e eu.. eu quero que seja tudo...diferente – Leticia estava nervosa.
--Ei calma eu entendo – Cléo saiu do colo de Leticia –- Obrigada – Cléo disse envergonhada.
-- Não pense que eu não quero, porque eu quero, mais que tudo, mas é que eu disse que aceitaria o que você pediu.
--Eu sei, não se preocupe – Cléo fez um carinho na face da outra. – Nos parecemos duas adolescentes dando um amasso dentro do carro depois do primeiro encontro – Cléo disse sorrindo.
--E que amasso, nossa –Leticia disse abanando-se
--Boba, agora vai dormir, você está cansada.
-- É dormir, não sei se será fácil, mas prometo tentar, vou tomar um banho bem gelado.
--Nem eu entrando na geladeira daria jeito agora.
--Bem eu vou lá, boa noite.
--Boa noite, te vejo amanhã?
-- Você não vai para a festinha com a Isa?
--Vou, droga esqueci que você não gosta de festa infantil.
--Não, quer dizer eu não gosto, mas eu posso ir com vocês. – Disse sorrindo
--Então até amanhã?
--Até amanhã- Disse descendo do carro
--Ei, não esqueceu alguma coisa? – Disse sorrindo
--O que seria? – Aproximou-se do carro –AH, acho que lembrei –Abaixou-se beijando Cléo.
--Ai que lindo, não acham melhor fazerem isso dentro de casa? Essa rua é de pessoas de família- As mulheres escutaram Beto gritando do outro lado da calçada.
--Vou indo, Beto eu sei que isso é inveja – Cléo disse ligando o carro
--Se quiserem companhia estou a dispor- Disse o rapaz já no lado de Leticia
--Vou deixar passar essa, até amanhã Let, até mais Beto – Saiu com o carro.
--Nossa o que foi isso? Beijinho em frente de casa?
--Sim, beijinhos de frente de casa, mas depois conversamos, estou morrendo de sono, até amanhã- Caminhou para dentro de casa.
Fim do capítulo
ola minhas flores
Estou em divida, mas espero que possa recompensar vcs em breve...
BJS
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Mille
Em: 25/07/2020
Oi Lili
"As letras que viram palavras, que viram frases, que viram histórias, que tocam nossos corações." Muita inspirações para continuar sempre nos presenteando com suas histórias.
Bjus
Resposta do autor:
Obrigada Mille, uma das pouquissimas coisas que me fazem continuar a compartilhar minhas historias é o carinho de vcs.
BJS minha flor
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