Estou aqui meninas, e vocês estão ai?
Capitulo 46 Arrependimentos!
POV LUÍZA
Embarquei pra São Paulo logo após Julia partir pra cidade dela, Silvia estava me esperando pra irmos juntas pra Portugal. Me arrependi de ter omitido a ida de Silvia comigo, mas Julia e eu temos andado brigando por qualquer motivo e sei que isso ia deixa-la muito nervosa. Já em São Paulo minha recepção foi bem calorosa, Silvia foi me buscar no aeroporto e meu corpo não deixou de reagir quando ela me abraçou e deixou um beijo no canto da minha boca, Silvia voltava a ser aquela jovem carismática por quem eu me apaixonei perdidamente no passado. Ela não deixou com que eu ficasse em um hotel, então me hospedei em seu apartamento com vista pra av. Paulista. Eu amo BH, mas São Paulo tinha meu coração sempre quis vir morar aqui, diferente de Julia que destetava. Julia e eu tínhamos muita coisa em comum, mas também tínhamos coisas em que não concordávamos, eu sempre quis expandir meu escritório, abrir novas filiais e até mesmo em outros países, mas ela não pensava da mesma forma.
-Lú, fui convidada pra um jantar oferecido pelo melhor cirurgião cardiologista Dr. Leandro Miconi. – Silvia entrou no quarto após bater na porta. --Queria que você fosse comigo, alguns advogados renomados estarão lá.
-Ai Sil, hoje eu não estou muito afim. – Respondi fazendo manha. – Vou descansar um pouco e depois ligar pra minha esposa.
-Vamos, por favor, não me deixe sozinha com aquele tanto de homens. – Ela se sentou na beirada da minha cama. – E sua esposa pode esperar você voltar.
-Tá bom, me dê um tempinho pra eu me arrumar. – Acabei aceitando o convite de Silvia.
Escolhi um vestido preto de alças grossas, e deixei meu cabelo jogado em um único lado caindo pelo ombro, a maquiagem eu marquei bastante meus olhos castanhos e finalizei com um batom vinho, quis caprichar um pouco a mais, pois teria pessoas da alta sociedade por lá. Chegamos ao local vi foi reservada uma parte só para o jantar, tinha vários médicos, advogados famosos e alguns políticos. Silvia me guiou até onde estavam alguns homens e foi me apresentando a eles.
-Que bom que veio minha querida. – Um homem de meia idade veio nos cumprimentar. – E vejo que veio bem acompanhada.
-Melhor companhia possível, essa é a Drª Luíza Amorim. – Silvia me apresentou ao homem que foi cordial comigo. – A melhor advogada desse país. Tenho certeza disso.
-Se Drª Silvia está dizendo, eu confio. – Conversamos mais um pouco até a hora quem foi anunciado o jantar.
Silvia conversou com mais algumas pessoas, fui apresentada a alguns senadores e deputados. Surgiu até algumas propostas de negócios, peguei alguns contatos pra discutir isso depois.
-Eu não te disse isso ainda, mas você está linda. – Silvia sussurrou no meu ouvido, que me fez arrepiar inteira.
-Obrigada, você também está.
O jantar foi bem animado, tirando as piadas machistas que alguns homens faziam. Em determinado momento um dos deputados tirou uma foto conosco e na foto Silvia e eu parecíamos um belo casal. Andei pelo salão de festas em busca de um local mais calmo quando meu celular começou a tocar sem parar, olhei no visor e era Julia.
-Que porr* é essa Luíza? – Julia visivelmente alterada do outro lado da linha.
-Julia calma tá, não tem nada demais. -- Fui pra um lugar mais afastado tentando conversar com Julia.
-Não tem nada demais? Você está zoando com a minha cara né? – Ela estava nervosa demais, e só agora eu percebi o tamanho da minha burrada.
- Amor, eu não te falei nada, pois sabia que você ficaria brava. – Ouvia a respiração pesada do outro lado da linha. – Eu sei que devia ter lhe falado.
-Divirtam- se, seus pais sempre gostaram dela mesmo. – Respirei fundo tentando me acalmar. – Quando você voltar a gente conversa sobre o nosso casamento
Julia desligou sem ao menos esperar minha resposta, fiquei um tempo olhando pra tela fria do celular e pesando na minha esposa. Julia sempre foi ciumenta, desde o inicio da relação, mas após o ocorrido com Amanda ela não voltou mais a mostrar se lado possessivo, mas dessa vez eu entendia o lado dela, mesmo sabendo que Fernanda também era ex dela, porem eu confiava em ambas.
-Tudo bem meu amor? – Silvia veio até mim me entregando uma taça de vinho. – Problemas com a esposinha?
-Não quero fala disso agora, pode ser? - Dei um generoso gole no vinho e ficamos admirando a vida noturna que passava lá em baixo.
-Quer sair daqui? Ainda é cedo podemos ir a alguma boate. – Silvia quebrou o silencio.
-Acho que queria ir pra casa mesmo se você não se importar. – Eu não estava no clima. – Eu vou sozinha, você pode continuar aqui ou ir pra alguma boate.
- Claro que não deixarei você ir sozinha. – Ela se virou e me abraçou beijando o topo da minha cabeça. – A gente toma um vinho lá em casa e conversa um pouco pode ser?
E foi assim que fizemos nos despedimos e seguimos pro apartamento de Silvia. Logo quando cheguei eu me enfiei debaixo do chuveiro deixando algumas lagrimas rolarem, eu estava triste por ter brigado com Julia, ela foi muito agressiva comigo e estava na cara que ela estava muito brava. Me vesti e fui ao encontro de Sílvia, que já me esperava com as taças cheias. Silvia sabia como me alegrar, sempre foi assim desde quando nos conhecemos na faculdade. Lembro que em época de provas eu ficava extremamente nervosa e ela sempre estava lá pra me acalmar.
-Acho que você está precisando daquela minha massagem. – Silvia deixou sua taça de lado e começou a massagear meus ombros. – Nossa você está tensa.
-Ai eu sempre amei essa massagem. – Falei sorrindo. – Você sempre conseguia o que queria quando começava a me massagear.
-Será que ainda consigo? – Silvia segurou meu pescoço e inclinou um pouco colando seus lábios nos meus. Acebei cedendo o beijo dando passagem a língua dela, o beijo era meio urgente, mas algo em mim me fez pensar e eu interrompi o beijo no mesmo instante.
-Silvia não podemos fazer isso, eu amo a Julia. – Falei quase em prantos e me desgrudei dela bruscamente.
-Luíza, não vamos negar o que nós duas queremos. – Ela se aproximou novamente e nessa hora eu já estava de pé.
-Acho melhor eu ir pro meu quarto, Boa noite Silvia. – não ouvi a resposta dela de tão rápido que sai daquela sala. Acho que era pelo efeito do vinho, amanha iria conversar com ela e deixar claro que isso não voltaria a acontecer.
POV JULIA
O sol invadia a janela do chalé me aquecendo com o calor, Vi que envolvia um corpo e aquele contato estava gostoso demais pra ser desfeito. Senti meu braço sendo colocado de lado e abri os olhos lentamente, a silhuete de Fernanda foi revelada e meu coração faltou sair pela boca.
-Por favor, me diga que a gente não fez nada que não devíamos na noite anterior. –Me levantei desesperada notando que vestia apenas minha lingerie, Fernanda me olhou com um olhar enigmático. – Nós trans*mos?
-O que? – Ela se virou pra mim e fez uma cara de confusa. – Está louca Julia? Não nós não trans*mos e foi você quem insistiu em dormir sem roupa.
-Nossa que alivio? – Ela me olhou brava. – Não foi o que eu quis dizer.
-Julia você acha mesmo que depois de tudo que vivi com Bianca eu ia trair a confiança de Luíza assim? – Fernanda parecia ofendida. – Eu coloquei você pra dormir, pois estava caindo de bêbeda, e eu não curto trans*r com pessoas mortas também.
-Me desculpe Fê, eu não quis dizer isso. – Tentei me aproximar, mas ela repeliu meu contato. – Eu sei que você não faria nada.
-Quer saber Julia, acho que a gente anda misturando muito as coisas. – Ela vestia a calça jeans e falava com raiva. – Não devíamos ter feito nada disso aqui, você é casada e eu não quero ser a amante.
-Fernanda você está exagerando. – Também peguei minha roupa e comecei a me vestir.
-Julia isso não pode acontecer, a gente quase se beijou duas vezes. – Fernanda estava nervosa, mas estava com a razão. – Luíza não merece isso, já pensou se aquele beijo tivesse acontecido?
-Mas não aconteceu Fernanda, não vejo motivo pra você ficar nervosa assim.
-Eu tenho todos os motivos. – Ela começou a arrumar as coisas dela. – Julia a partir de hoje eu quero que nosso contato seja extremamente profissional, e ficarei muito grata se você respeitar isso.
-O que? Fernanda nós construímos uma amizade, isso não é necessário. – Passei a mão pelos cabelos. – A gente pode ter extrapolado um pouco, mas foi culpa do álcool.
-Não! A culpa é inteiramente nossa, nós duas somos adultas e sabemos que hora isso ia dar muita merd*. – Fernanda parecia arrependida de tudo quem fizemos, mas sinceramente eu teria gostado de ter beijado ela. – Julia, não vamos estragar o que foi reconstituído, eu não quero estragar a carreira que estou começando a construir. Vou ficar hospedada até a prisão de Camila e depois eu quero que nossa relação seja profissional por agora.
-Como quiser senhorita Bernard. – Juntei minhas coisas e sai do chalé.
Não entendi o surto de Fernanda, mas eu faria como ela queria não sou de ficar implorando por atenção, se ela queria ser profissional eu iria ser. Voltaria a ser a Julia que não se misturava com funcionários. Tomei um banho demorado e pedi pra Izabel me levar algo pra comer no quarto, não queria muito papo e meu pai quando começava só Deus. Luíza me mandou algumas, mensagens e eu ignorei minha cabeça estava cheia demais pra conversar agora. Estava com o notebook em cima da cama quando recebi o mandato de prisão de Camila, isso era ótimo, pois poderia voltar pra BH logo e esquecer o que aconteceu com Fernanda. Meu celular tocou e quando olhei era o Cláudio me ligando.
-Alô Julia, que bom que atendeu. – Ele falava desesperado do outro lado da linha. – Ela vai fugir Julia, Camila pegou algumas roupas dela e de Eduarda, e saiu na caminhonete do meu pai.
-Calma estou indo ai, o mandato dela acabou de ser emitido. – Dei um pulo da cama e comecei a juntar minhas coisas. – Tenta ver aonde ela vai e não a perca de vista, vou a visar a delegada e fechamos as saídas. Cuidado Cláudio.
Desligamos e na mesma hora mandei avisar Fernanda, liguei pra delegada e avisei o que estava acontecendo rapidamente ela pediu pra se conectar com Cláudio, pois iria pegar Camila com a boca na botija. Vesti minha roupa e fui esperar Fernanda, ela não demorou muito e eu fui encontrar com a delegada e o restante dos policias que estavam com ela.
-Julia, provavelmente ela irá de carro até a capital, então ela terá que passar por uma dessas saídas. – Cristina abria o mapa em cima do capô. – Essa estrada de terra aqui também foi fechada e Cláudio disse que ela entrou na casa de um dos funcionários da empresa e está por lá ainda, o plano é pega-los bem aqui.
-Estou preocupada com a criança que está com ela, não sabemos o grau da bandidagem dela. – Falei me referindo a filha de Cláudio. – E se ela tentar algo contra a criança?
-Não se preocupe, vai dar certo. – Cristina colocou a mão em meu ombro e Fernanda observou o gesto. – Só peço a colaboração de você e se mantenham atrás da faixa amarela.
Fernanda nada disse, apenas perguntava como iam funcionar algumas coisas, eu também estava concentrada na operação e por isso não tivemos muito contato. As viaturas estavam em pontos estratégicos pra Camila não perceber que se tratava de uma barreira, depois de mais de uma hora de espera Cláudio avisou que ela estava seguindo em nossa direção.
-Julia e Fernanda, se prepararem que eles estão se aproximando. – Cristina disse e anunciou por radio pra todos ficarem a apostos.
O Carro foi se aproximando e reduzindo a velocidade, pois como combinado tinham vários obstáculos na pista, em determinado ponto as viaturas fecharam o caminho e Camila freou de repente.
-Desçam do carro com as mãos pra cima. – Cristina gritou apontando a arma pra eles.
Camila continuou com as mãos no volante e o comparsa dela começou a atirar contra os policiais.
-Não revidem, tem uma criança no carro. -- Cristina gritou e nós corremos pra trás do carro. – No meu sinal a gente avança.
Camila tentava arrumar um jeito de sair da emboscada, mas estava completamente cercada e quando parecia ter acabado a munição os policiais conseguiram desarmar o homem e puxar Camila pra fora do carro.
-Camila, você está presa por lavagem de dinheiro e tentativa de homicídio. – Cristina algemava Camila que olhou e viu que Fernanda estava no meio da operação.
-É por sua culpa né sua sapatona? – Camila gritava enquanto era colocada na viatura. – Isso não vai ficar assim, eu vou voltar e acabar com sua vida.
Fernanda ficou um pouco assustava e pegou a filha de Camila no colo e se retirou dali com a criança.
Fim do capítulo
CARAMBOLAS!!! O QUE ROLOU AQUI?
Não deixem de comentar meninas, e fiquem com Deus.
XOXO
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AndressaSilvah
Em: 22/06/2020
Gentee , esse capítulo foi de pura ação !! Kkkk gostei
Resposta do autor:
Loucura né kkk
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