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Voltas da Vida por Lily Porto

Ver comentários: 1

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Palavras: 1934
Acessos: 739   |  Postado em: 15/06/2020

Capitulo Único

– Vocês deveriam conversar! Não tem porquê guardar todo esse ressentimento.

– Não tenho nada para conversar com ela. Sabe muito bem que tentei de todas as formas, fazer com que ela ficasse. Mas ela preferiu ir, e não pude fazer nada.

– Vocês se merecem, são duas cabeças duras, – murmurou mais para si do que para que eu escutasse – alguém precisa ceder para que vocês possam conversar.

– Foi ela que decidiu largar tudo o que tínhamos aqui e ir morar no Brasil, não pude fazer nada.

– Filha, – pareceu pensar antes de voltar a falar: – não ache que estou tomando partido, como costuma dizer, da Amanda. Mas ela precisava viajar naquele momento, foi você que não quis entender.

– Ainda bem que sabe que tomou e toma partido dela até hoje. Não quero continuar essa conversa, pai. Estou com muitos problemas para resolver, – apontei para os papéis na minha mesa – como pode ver.

– Yua, – segurou uma de minhas mãos – temos o tempo a nosso favor, mas lembre-se, só podemos desfrutar de tal habilidade quando abrimos nosso coração para o perdão. Você ama aquela mulher, não deixe que seu egoísmo a consuma a esse ponto.

– Já chega. Amanda é assunto encerrado em minha vida. – Desviei os olhos dos documentos que analisava para olhar em seus olhos – Não me importo que mantenha contato com ela. – Nesse momento ele arregalou os olhos, mas esperou que eu concluísse: – A única coisa que não quero, é que tente me convencer a fazer o mesmo.

– Sou um homem velho, filha. Não quero morrer sem ter a certeza que você tem alguém que a ame ao seu lado.

– Para papai, você não está velho, e não fale em morte dessa forma. O senhor ainda tem muito o que viver. – Respirei fundo na tentativa de manter a minha calma, tudo o que não precisava era que aquela mulher atravessasse o meu dia daquela forma, ela já fazia parte do meu passado, e era lá que deveria ficar. – Vou pedir que te levem em casa, tenho uma reunião em alguns minutos. Não quero te ver andando por aí sozinho, lembre-se que ainda está em recuperação.

– Acha mesmo que vou sair correndo dessa cadeira de rodas? – Me olhou chateado – Está me tratando como uma criança desde que tive aquele AVC. Dessa forma, só me deixa mais triste. – Me ajoelhei em sua frente, apoiando a cabeça em seu colo. Afagou meus cabelos – Sabe o que me ajudaria a ficar mais alegre, trocar minha fisioterapeuta, prometo que se fizer isso não reclamarei mais em nenhuma sessão.

– Pai... – Não tive coragem de olhá-lo, dessa forma doeria menos dizer não.

– Espera, deixe-me falar.

Só nesse momento olhei para ele, sabia onde chegaria aquela conversa, e sinceramente, não estava pronta, muito menos disposta a ceder outra vez.

– Acho melhor mantermos as coisas como estão. – Beijei seu rosto me despedindo apressada – Preciso ir, o motorista já está a sua espera. – Sacudi o celular, mostrando que tinha acabado de falar com o motorista por mensagem. – Ah, não me espera para jantar, não tenho hora para sair daqui hoje.

– Você só sabe trabalhar, não faz mais nada da vida além disso agora.

Preferi não responder, afinal, não estava mentindo. Desde que Amanda resolveu terminar nossa relação, alguns anos atrás, voltei minha atenção para a minha vida profissional. Consequentemente, na mesma época, minha mãe faleceu e meu pai após receber a notícia quase morreu junto, teve o AVC que o deixou internado por muitos meses.

Mais um mês se passou, e minha tão esperada tranquilidade parecia ter chegado. Estava analisando uma planilha de gastos, perdida em pensamentos sobre o que faria no próximo dia, nem ouvi a campainha tocar.

– Filha, – meu pai tocou em meu ombro, estava sentado ao meu lado lendo um livro – a campainha está tocando.

– Desculpa, não escutei. Está esperando alguém? – Perguntei levantando.

– Talvez a deusa Amaterasu, finalmente tenha realizado o meu pedido. – Falou baixinho, enquanto levava o livro a altura dos olhos.

– Pai, – a campainha tocou novamente – conversamos daqui a pouco.

Ao abrir a porta, o chão fugiu dos meus pés. Uma tremedeira tomou conta do meu corpo e meu coração quase saiu aos pulos pela boca.

– Bom dia, – aquele sorriso encantador que tanto embalou meus dias, hoje me causava repulsava e raiva – seu Pablo está? Fiquei de avisar quando desembarcasse, mas meu celular descarregou.

Reuni o que sobrou de forças em mim, me forçando a ser gentil.

– Está sim, entra. – Passou por mim exalando aquele cheiro tão familiar, que muito me lembrava os grandes parques de cerejeiras, motivo que me fez parar de frequenta-los desde que nos separamos. Ainda parada no mesmo lugar, trêmula, contra a minha vontade, o chamei: – Pai, o senhor tem visita.

– Me dá uma ajudinha aqui, por favor. – Esquecendo que ele não estava em sua cadeira. Fui ao encontro dele, deixando-a ali parada. Respirei fundo me afastando, ainda estava “processando” aquela informação.

Me recolhi, deixando-os conversarem a sós. Entendi naquele momento que não poderia ficar muito tempo na presença dela, ou então cometeria uma besteira. Saí do quarto horas depois, na esperança de que, aquela enxurrada de lembranças que me acometeu na presença dela, tivesse ido embora, assim como ela.

– Yua!

Um frio desmedido percorreu a minha espinha, estava de costas para ela, e pelo soar de sua voz estava próxima demais, meu pai não podia ter feito isso comigo.

– O que? – Foi apenas o que conseguir perguntar.

– Podemos conversar?

– Não temos nada para conversar, vim pegar meu laptop, tenho que trabalhar.

– Prometo não tomar muito do seu tempo, me escuta, por favor. – A essa altura sua voz parecia menos intensa, aquilo que tinha em suas palavras era tristeza? Não, ela não é assim, são só meus ouvidos que queriam ouvir dessa forma. Me virei lentamente, tentando manter a postura séria que adotei desde sua chegada, dizendo:

– Se é assim, então fale. – Olhei para o relógio em meu pulso na tentativa de lembra-la que não tinha tempo a perder.

– Parece estar com pressa, inquieta e chateada desde a minha chegada. Se tivesse imaginado que te deixaria tão desconfortável, não teria vindo. Mas, como já estou aqui, farei o que vim fazer. Amanhã poderei ir embora com a minha consciência tranquila, e que Amaterasu me ajude.

Sorri diante daquilo, Amanda sempre teve Amaterasu como uma divindade suprema em sua vida. Os pais de sua mãe, que a criaram, são japoneses e ensinaram a ela tudo sobre a cultura e a ancestralidade japonesa, inclusive suas crenças. E mesmo morando num país como o Brasil, eles nunca deixaram suas “raízes” de lado e foi assim que nos conhecemos.

Meus pais se apaixonaram por ela, afinal, mesmo não tendo nascido no Japão, sabia de absolutamente tudo ligado as nossas tradições e religião. Por incrível que pareça, Amanda e eu nos conhecemos dentro de um santuário, fui obrigada a acompanhar meus pais em uma das suas visitas semanais e literalmente nos batemos por lá. Eu, sempre muito cética, nunca gostei de mitologia, muito menos de levar o Xintoísmo como religião e ela é o oposto de mim.

Sendo filha de um brasileiro, meu pai muito gentil e solícito, resolveu ajudar a turista perdida que estava com as roupas encharcadas por conta da lerdeza da filha. A partir daí, nos tornamos amigas, para o namoro ser anunciado não demorou muito, seis meses depois fiz a minha primeira viagem ao Brasil, para conhecer seus avôs.

Adorei a cultura brasileira, me apaixonei ainda mais por ela em seu país, os brasileiros falam mais rápido que eu, que ainda atropelava e atropelo algumas palavras, apesar de ter aprendido a língua portuguesa com meu pai, em casa mesmo.

Tudo deu certo entre nós por uns quatro anos, até que depois de estar morando um ano em definitivo aqui, ela precisou voltar ao Brasil, precisava resolver algumas questões, que na época nos levou a uma grande briga, já que ela não quis me contar os motivos para estar voltando. Dois dias depois saiu de casa, me deixando sozinha, triste pela morte da minha mãe e preocupada com o quadro gravíssimo de saúde em que meu pai se encontrava.

Voltando ao presente, foi uma grande surpresa encontrá-la na minha porta mais cedo. E por mais que eu tentasse, ainda não me sentia confortável em sua presença.

– Sobre o que quer falar? Como citou a sua querida deusa, imagino que deva ser algo difícil.

– Yua, eu te amo. Não peço que me perdoe por ter lhe deixado sozinha em um momento tão difícil como aquele. Precisava ir embora, não podia ficar, por mais que quisesse e que meu coração tenha ficado exatamente aqui, na nossa casa, – me olhou com os olhos marejados – com você. Vim até aqui na esperança de ver outra vez, olhar em seus olhos, pedir perdão. – Se aproximou mais de mim – Não houve um só dia nesses dois anos que eu não tenha pensado em você.

Isso está mesmo acontecendo? Sim, a mulher que eu ainda amo, não podia negar, está na minha frente depois de ter atravessado o mundo, para vir me pedir desculpas e dizer que me ama pessoalmente. Porquê? O que ela pretende?

– Porque só agora? Por que só voltou hoje? O que aconteceu para não ter voltado antes, ou melhor, porque você foi embora?

– Meu pai foi encontrado em uma vala naquele dia, por sorte, estava vivo, mas muito machucado e com duas perfurações no abdômen. Eu não lembrava dele, como sabe, depois da morte da minha mãe, meus avôs que me criaram. Ele sumiu muito antes do meu nascimento. – Limpou os olhos – No dia em que brigamos, meus avôs me contaram que desde que mudei para cá, ele já tinha aparecido por lá algumas vezes perguntando por mim. Ele sempre foi envolvido com coisas ilícitas, tinha sido preso várias vezes, o que meus avôs menos queriam era a má influencia dele, como eles dizem até hoje, na minha vida.

Aquela revelação me deixou surpresa, tirando o chão dos meus pés outra vez, pensei em muitas coisas que a pudessem tê-la levado de mim, jamais, cheguei a cogitar qualquer coisa do tipo que ela acabara de falar.

– Eu... – As palavras me faltaram, corri para ela, envolvendo-a em meus braços, Amanda chorava baixinho em meus ombros, alisei seus cabelos a mantendo colada ao meu corpo: – Perdão, meu amor. Nunca imaginei que tivesse passando por algo tão difícil. Só pensei em mim, e como meu pai sempre disse, meu egoísmo me cegou de tal forma que não consegui enxergar nada além da minha dor.

– Todos os dias pedia a Amaterasu que me desse a chance de um dia te reencontrar, e ela me deu essa oportunidade esse mês, com o convite do seu pai. – Sorriu depositando um beijo suave em meu ombro. – Eu te amo, me aceita de volta em sua vida, por favor.

– Eu morri e fui parar no céu! Que bom que a sua deusa Amaterasu e meu pai te trouxeram até aqui. Claro que eu aceito reatar contigo.

Nos beijamos apaixonadamente, a luz do sol refletindo em nossos corpos, nossas almas, que juntas se tornavam uma só, e com a ajuda de Amaterasu voltava a ser apenas uma outra vez.

Fim do capítulo

Notas finais:

Muito obrigada pela leitura!


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Comentários para 1 - Capitulo Único:
Rosa Maria
Rosa Maria

Em: 19/06/2020

Lily...

Bela história a definição "o egoísmo, nós cega" é perfeita e precisamos sempre ficar atentas.

Parabéns...

Aproveitando... tenho algumas histórias publicadas aqui se puder dar uma lida agradeço.

Beijo

Rosa 🌹

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