"Você não sabe que eu estarei ao seu lado para te guiar

Em seus momentos de fraqueza pra deixá-los para trás

Saindo de pesadelos, só sombras

Nós acenderemos uma luz e você ficará bem

Nós acenderemos uma luz e você ficará bem por enquanto"

 

~***~

 

Seguiram pela garagem acompanhando o homem que anunciara a chegada dos três jovens para sua esposa. A mulher sorriu para os recém-chegados de forma amável enquanto se ocupava com a frigideira no fogo e outros breves preparos, o cheiro que se espalhava pelo ambiente era maravilhoso.

 

-Sentem-se, por favor, o café da manhã está quase pronto. - informou a mulher loira e alta, voltando sua atenção para o que estava fazendo.

 

Os outros três se sentaram sem qualquer objeção, se havia alguém a quem não poderia dizer não esse alguém seria Joyce.

 

-Não precisava se incomodar. - disse afagando os ombros da mais velha e lhe dando um beijo na têmpora após se esforçar um pouco, Joyce era quase tão alta quanto sua melhor amiga de infância.

 

A ex Sra. Price e agora Sra. Madsen era uma mulher muito forte, não conseguia entender como ela estava ali de pé, apenas cinco anos antes seu primeiro marido William, pai de Chloe, falecera em um grave acidente de carro e agora perdera sua única filha em meio a desgastantes conflitos familiares.

 

-Incômodo algum querida. - retribuiu com um meio abraço e um sorriso cansado, Max quase sempre via aquela expressão no rosto da garçonete, porém parecia ainda mais pesado que antes. - preciso me distrair um pouco, fico feliz que esteja aqui. Pode me ajudar com a louça?

 

-Claro. - sabia onde estava cada coisa, alguns itens mudaram de lugar com o passar dos anos, mas já estivera ali, quando ela e a amiga tiveram de fugir por invadirem a escola à noite em busca de provas e acabaram com as roupas encharcadas após um breve mergulho na piscina.

 

Desfrutaram das famosas panquecas e dos ovos com bacon sempre tão apreciados no Restaurante Duas Baleias, local onde Joyce trabalhava desde que Max conseguia recordar em sua memória.

 

-Isso aqui está maravilhoso. - comentou o garoto com a boca parcialmente cheia.

 

Kate lhe cutucou as costelas por baixo da mesa, reprovando o seu comportamento, mas Warren tinha razão, boa parte do sucesso do singelo restaurante em Arcadia Bay fora conquistado pelas delícias feitas pelas mãos de Joyce.

 

-Muito obrigada, querido. - agradeceu a mulher com um sorriso bondoso e afagando os cabelos castanhos do mesmo.

 

Tentou esvaziar a mente por alguns instantes, não queria ostentar aquele semblante abatido na frente dos dois adultos ali, ou deixar os seus amigos naquela tensão que se instalava toda vez que estavam em sua companhia, como se de uma hora para a outra ela tivesse se convertido em um objeto frágil. 

 

Kate e Warren se encarregariam da louça suja mesmo que Joyce tivesse insistido para que deixassem isso de lado, porém os dois bem sabiam que certos assuntos deveriam ser tratados de forma mais reservada entre a mais velha e a amiga e eles não queriam se intrometer. 

 

-Eu separei algumas coisas que talvez seja mais prudente ficar com você. - comentou a loira de olhos verdes após subirem as escadas que levavam aos aposentos do andar superior.

 

Max meneou com a cabeça enquanto adentrava o quarto da melhor amiga, sentiu uma dor no peito e um nó se formar em sua garganta, eram lembranças demais para conseguir se manter sã. Joyce lhe entregou uma caixa pequena - se comparada às outras que estavam espalhadas pelo piso do quarto, nela continha alguns itens separados como a mesma havia informado.

 

-Vocês sempre brincavam de piratas quando eram crianças. - disse se referindo ao caderno de desenhos de Chloe e Max que estava no fundo da caixa. - sempre vivendo aventuras emocionantes e perigosas.

 

Em meio à dor que estava sentindo a morena conseguiu sorrir com as memórias mencionadas. Chloe tinha uma imaginação incrível, sempre fora corajosa, aventureira, enquanto Max era insegura, Chloe era o seu porto seguro, sua força... Era impossível não sorrir ao lembrar-se de suas aventuras de infância, elas foram felizes cada segundo que passaram juntas... Seus dedos se focaram trêmulos no chaveiro de panda.

 

-Sei que é apenas um carro velho, mas era muito importante pra ela. - a voz da mais velha se fez audível novamente ao ver a menina perdida em seus pensamentos. - ela mesma que consertou do zero, se empenhou muito nisso no último verão, tenho certeza que você seria a única pessoa a quem ela confiaria aquela "lata velha". - brincou Joyce passando o braço pelos ombros de Max e depositando ali um carinho maternal. - David o deixou devidamente regularizado, Chloe vinha colecionando várias multas ultimamente.

 

A garota comprimiu os lábios brevemente e fechou os dedos contra o chaveiro, aquela velha camionete tinha muito que contar, quantas vezes o veículo salvou sua vida? Nem conseguia contar no momento, mas era o fiel veículo de fuga das duas. E talvez teria sido o de Chloe e Rachel se ambas estivessem vivas.

 

-Se precisar de algo, basta me chamar querida, vou te deixar um momento, sei que você precisa disso. - a voz saiu novamente pesarosa, mesmo que estivesse ali tentando se manter o mais firme possível.

 

Max esperou que Joyce se retirasse, deixou em cima da cama a caixa destinada a ela e olhou ao seu redor. Poucos anos elas duas estiveram empenhadas em separar coisas da amiga que iriam para o lixo ou doação, lembrou-se com um singelo sorriso nos lábios o quanto a amiga relutou para que jogasse algumas coisas fora e acabaram por não separar nada... Conseguia sentir agora o mesmo que Chloe naquele dia, cada coisa ali, por menor que fosse tinha um pouquinho dela, uma memória, um sorriso, uma lágrima. Por onde começaria?

 

Foi até o armário, sabia que não seria a parte mais fácil, mas em algum momento ela teria que aprender a lidar com aquele turbilhão de sentimentos. Ali havia os itens que já imaginava, roupas da amiga e peças que também pertenceram a Rachel Amber, sabia disso, pois fora as roupas da aluna prodígio de Blackwell que ela vestiu quando as suas ficaram ensopadas na noite da piscina. As primeiras que separou foram as de Rachel, não sabia explicar o porquê naquele momento, mas ficaria com elas, de alguma forma estava ligada a história delas, Amber se tornara um elo entre Price e Caulfield novamente.

 

Tocou as roupas da amiga com carinho, quase como se ela estivesse ali presente, podia sentir o seu cheiro. Abraçou uma camisa próxima sentindo que a qualquer segundo poderia ruir, não conseguia se conformar com aquilo, tinha medo que com o tempo acabasse esquecendo como era o cheiro da amiga, o tom da voz, a sensação de como foi beijá-la pela primeira vez... Foi apenas uma aposta boba entre as duas, sabia que Chloe duvidava que tivesse coragem para tal, mas ela o fez e não se arrependia de sua atitude em nenhum momento.

 

~***~

 

Warren estava secando a louça como lhe foi incumbido, olhava de esgueira para a garota loira ao seu lado que esfregava o garfo de forma distraída já a algum tempo, estava inquieto com aquela situação, com o que havia acontecido, ele queria ser o príncipe no cavalo branco, forte e corajoso, a luz no fim do túnel, mas ele só conseguia ser o Warren Graham, o cara nerd que curtia filmes trash de terror, atrapalhado demais e que havia se apaixonado por uma garota incrivelmente irresistível que só o via como um amigo, um verdadeiro clássico... Não que para ele isso fosse pouco, mas ele queria ser um pouco mais relevante quando se tratava da atual situação de Max.

 

-Eu queria poder fazer um pouco mais. - confessou finalmente interrompendo o silêncio entre ele e a sua parceira de tarefa doméstica. - é terrível vê-la nesse estado.

 

Kate confirmou com a cabeça, deixando de lado a atenção que empregava no talher, ela também não estava confortável com aquilo e se sentia impotente, inútil e fraca, mas continuaria tentando fazer o seu melhor, era tudo o que lhe restava. Warren talvez melhor que qualquer outro ali no ciclo sabia o que se passava, mas também não poderia negar que havia algo a mais.

 

-Temos que contar a verdade a ela. - o rapaz escolheu bem as palavras e olhou ao seu redor para ter a certeza de que não havia ninguém por perto. - isso... Isso faria ela se sentir melhor.

 

A garota o repreendeu com um olhar, não que a Srta. Marsh fosse algum tipo de pessoa extremamente intimidadora, mas ele encolheu um pouco os ombros com a atitude. Ela já refletira sobre o assunto naquele curto período de tempo em que tivera uma conversa com Warren e Victoria, não sabia como aquilo poderia ajudar em algo, mas talvez - apenas talvez - Graham estivesse certo. Quando Max passou a noite em seus braços, tremendo e chorando em meio aos pesadelos, ela só queria ser capaz de poder transferir aquela dor para si.

 

-Não sei se é prudente, tenho receio que ela acabe se machucando ainda mais. - confessou enquanto enxugava as mãos em um pano de prato. - deve ser ainda mais confuso para ela.

 

O celular de Warren vibrou no bolso da calça, ele interrompeu a conversa por alguns instantes, não que tivesse algum compromisso importante, mas sentiu-se instigado a verificar o que era. Era uma mensagem com um link da sua amiga Brooke, uma das internas da Acadêmia Blackwell, dividiam as aulas de ciência e matemática. Sua sobrancelha se elevara à medida que lia a notícia.

 

-Precisamos falar com a Max. - disse ele com um sorrisinho contido e virando a tela para que Kate pudesse conferir com os próprios olhos.

 

~***~

 

A fotógrafa já havia separado uma quantidade considerável de pertences, dentre eles alguns de infância como jogos que costumavam brincar e que as peças se perderam com o tempo, o kit de mágica que Chloe se encantara e empenhara-se para aprender a utilizar - agradecia por aquele período ter passado rápido, pois sempre acabava como a cobaia favorita da amiga. Havia um gravador antigo em meio à bagunça entre a mesa do notebook e as gavetas do armário, fazia muito tempo que não o via, em sua maioria eram ali que elas e até mesmo o falecido pai de Chloe registravam suas aventuras de pirata... Foi naquele mesmo aparelho velho e desgastado que ela gravou sua última mensagem para a amiga.

 

Aquilo lhe feriu de uma forma muito profunda, ainda se sentia culpada, mesmo que aquele cruel destino não dependesse exclusivamente dela. Poderia recordar aquele dia com clareza de detalhes, cada segundo, Maxine sabia que teria de se mudar com os seus pais para Seatle, mas não sabia como comunicar isso para a melhor amiga. Ela procurou aproveitar aquele dia ao máximo, mas infelizmente quando a dúvida entre contar e não contar ainda lhe dividia, William sofreu um acidente fatal... A fita ainda estava lá, Caulfield não teria coragem de reproduzi-la, mesmo que o aparelho não funcionasse ela recordava o seu conteúdo.

 

-Eu sinto muito, sei que não fui nem de longe a melhor das amigas quando fui embora. - respirou fundo e separou mais um item que iria para o lixo. - infelizmente existem coisas que não podem ser mudadas.

 

Ah sim... Maxine Caulfield aprendera da pior forma possível àquela lição. Suas ações por mais simplórias que poderiam lhe parecer sempre teriam consequências.

 

Ali na mesa ela também pode encontrar a polaroide de William, o mesmo havia dado para a filha com o tempo e a jovem Price presenteou Max quando a sua quebrou.  Abraçou o item com carinho, aquele com certeza iria para a sua caixa, o presente que Chloe lhe dera quando se reencontraram... Sua mente aos poucos voltava aquele maldito "porque".

 

Arrastou um baú que havia debaixo da cama, provavelmente só ela e a amiga sabiam da existência dele, na verdade ela soube do mesmo apenas por um acaso, pois ali havia coisas realmente bem especiais para a garota punk. A carteira de cigarros com apenas sete unidades, um caderno com capa estilizada que Max pode conferir algumas páginas de forma aleatória - era um diário - todos os enunciados eram direcionados a fotógrafa... Como as cartas que prometeram escrever uma para a outra, porém nunca concretizaram.

 

Havia ali também uma foto dobrada ao meio, era Chloe e Rachel, a mesma foto que a amiga utilizara para fazer as cópias dos cartazes de desaparecida de Amber. Ambas pareciam tão felizes naquele registro que por vezes foi meio que impossível não se sentir enciumada com o relacionamento construído pelas duas garotas.

 

Escutou um barulho vindo do corredor, passou as mãos no rosto tentando amenizar o semblante moribundo que com certeza deveria estar se enraizando em seu ser. Não demorou muito para que Warren e Kate adentrassem o local. 

 

-Nathan... - disse de um tanto esbaforido. - ele confessou no interrogatório, o professor Jefferson foi preso. - tentava explicar, enquanto mostrava o celular para a amiga. - descobriram um esconderijo, o que esse desgraçado fez com outras garotas.

 

A morena trocou um olhar rápido com Kate, que cruzou os braços e desviou o olhar se sentindo incomodada. Sabia que aquilo não era fácil para ela, de alguma forma ela seria exposta, mas pelo menos teria provas ao seu favor, à loira foi uma das vítimas e provavelmente a única viva... Sentia vontade de abraçá-la.

 

-Finalmente algum resquício de justiça. - sentia-se um pouco melhor, mas com isso novas ondas de raiva tentavam lhe consumir. - Vamos ver no que isso vai dar.

 

-Nathan está preso SuperMax, ele não tem como escapar disso. - reforçou o amigo de forma vitoriosa. - são diversos crimes, dentre eles um assassinato.

 

Max deveria estar ficando louca, era quase como se Warren estivesse realmente feliz com aquilo, não com toda aquela situação em si, mas por finalmente estarem pagando por tudo aquilo... Mas aquele não era o mesmo garoto que lhe acompanhara durante a semana.

 

Ela queria revidar a fala do amigo, mas não queria deixá-lo para baixo e principalmente não queria afetar ainda mais a sua amiga. Ela estava feliz pelas pessoas certas estarem atrás das grades, mas ela era realista, os Prescott eram ricos, praticamente donos de Arcadia Bay, não duvidava que mais cedo do que realmente esperava Nathan seria solto e que o dinheiro sujo da sua família acabaria varrendo o seu passado conturbado e psicótico.

 

-Warren, o Sr. Madsen está te esperando na garagem. - a voz de Kate se fez presente pela primeira vez naquela conversa.

 

O rapaz parou por alguns instantes, como se fizesse alguma nota mental daquilo, algo que ele talvez tivesse esquecido, mas sequer lembrava até cair em si... Era aquele tipo de tom mágico que as garotas usavam quando queriam ficar sozinhas e ele estava sobrando na conversa.

 

-Ah sim, claro. - ele tentou seguir naquele tipo de encenação da forma mais Warren possível. - quando precisarem dos meus braços fortes estarei a disposição. - completou com um sorriso sem jeito antes de se retirar.

 

Max sentou-se na cama da amiga, alcançou novamente a foto de Chloe e Rachel, ficou ali encarando as jovens enquanto o som dos passos indicava que a loira estava se aproximando.

 

-Porque isso aconteceu com elas? - perguntou sem saber se realmente seria respondida, ela só queria algo que lhe desse algum conforto verdadeiro. - porque justamente com Chloe?

 

Sentiu quando a amiga sentou-se ao seu lado, aquele calor que Kate emanava era bom demais, apesar que sentia que explodiria a qualquer momento.

 

-Algum dia talvez, nós conseguiremos entender como a vida é algo efêmero. - afagou o ombro da morena, logo em seguida subiu o carinho para os fios curtos na altura da nuca. - cada um de nós tem um tempo aqui, uma missão, você sabe disso, não sabe?

 

Sabia onde Kate queria chegar, mas não achava justo, principalmente com Chloe, a amiga era uma garota incrível que sofrera duramente, perdeu o seu pai William, a própria Max foi afastada da sua vida e ainda teve Rachel Amber, a garota que havia conquistado o coração da garota de cabelos azuis e desaparecera sem deixar vestígios deixando novamente a garota punk completamente desolada... Chloe merecia ser feliz, ao seu lado ou não, sendo amigas novamente ou não, merecia mais do que morrer em um banheiro de escola, tinha todo um futuro a percorrer... Porque justamente ela tivera de escolher entre salvar uma cidade e a sua melhor amiga? Justamente em Oregon onde os malditos desastres catastróficos aconteciam em um período de vinte anos.

 

Suas mãos voltaram a tremer novamente e ela sentia medo, ela não queria ter uma explosão ou qualquer tipo de colapso na frente de colega de classe.

 

-Eu não vou deixar você Max. - reforçou o que vinha dizendo em diversos momentos e o faria sempre que fosse necessário. - você fez o possível, não pode continuar se sentindo culpada, não é justo com você...

 

Max não conseguia entender o fato de Kate Marsh se mostrar tão afetuosa para com ela, não que achasse isso ruim, mas estava à beira da sua exaustão física e mental.

 

-Eu não sei explicar Max... - havia se aproximado por impulso talvez, mas os olhos azuis intensos estavam fixos nos seus, podia ver as pequenas sardas no rosto da morena. - pode parecer loucura, mas eu lembro, eu consigo me lembrar... De tudo.

 

-Eu vou enlouquecer... - sussurrou de forma tão baixa, como se temesse a realidade. O que Kate estava querendo dizer com "tudo".

 

-Você me salvou Max. - continuou Kate, podia sentir a respiração desregular da amiga ainda mais próxima. - você me impediu, me deu forças e esperança quando eu quis me matar naquele telhado, acreditou em mim quando todos apenas apontavam o dedo.

 

Estava por um fio de se sentir quebrada, não podia ser real, tinha de ser um pesadelo, algo errado no tempo e aquela sensação só piorou quando sentiu os doces lábios da menina sobre os seus. Não era real... Kate Marsh, não estava lhe beijando, por mais que parecesse mais um deslizar de lábios contra os seus do que um beijo de fato. Não, sua amiga não faria isso, Kate era de uma família religiosa e conservadora, ela não era lésbica.

 

A garota já começara a se afastar brevemente, talvez se arrependendo de sua atitude imprudente quando Max correspondeu ao toque sútil, tornando aquela troca confusa em um beijo tímido e até mesmo sem jeito.

 

O que ela estava fazendo?

 

Estava beijando sua amiga sendo que passara somente um dia em que ela sequer suportava o fato de perder Chloe, que trocara um último beijo com ela... Não era certo.

 

-Me desculpe. - sussurrou a loira contra os seus lábios assim em caiu em si. Tentava articular algo melhor, mas ela só conseguia ver a confusão estampada nos olhos azuis. - eu sinto muito.

 

A amiga levantou-se rápido, Max precisou de apenas alguns segundos para acompanhá-la e segurar em seu braço, lhe impedindo de sair. Queria explicações.

 

-Por favor, Max, agora não.

 

Os olhos cor de avelã pareciam ainda mais turvos que antes, ela não queria que Kate se afastasse, não poderia perder os poucos amigos que ainda estavam ao seu lado, mas ela preferia esperar e respeitar o momento da outra garota.

 

Fim do capítulo