JOIAS RARAS por Aureapp
Bem galera, me digam o que acharam do primeiro capitulo.
Capitulo 1 O testamento.
Seu advogado e patrinho estava na sua frente a olhando na espera de uma resposta, e Ágata se perguntava se o mandava para a puta que o pariu, como assim leitura de testamento? Era a única herdeira de seu pai falecido Demétrius de Alcântara. Respirou fundo e disse:
_Meu caro Jose, como assim leitura de testamento, não estou entendendo nada, sabe que minha mãe já é falecida, não tenho parentes próximos infelizmente, minha mãe filha única, meu pai a mesma coisa, sem tios, sem avos, pois já se foram, então que porr* de testamento é essa que você quer que eu veja? – soltou exasperada.
O advogado limpou a garganta, já estava acostumado com o jeito de Ágata então não levou em consideração o palavreado. Fora amigo de longa data de seu pai e era seu padrinho, então sabia do gênio forte da afilhada. Respondeu apenas.
_Seu pai deixou um testamento querida, vai ser liberado amanha a partir das 11:00 hs, então peço que me acompanhe ao fórum para que o juiz possa ler e colocá-lo a sua disposição.
_ E do que se trata esse testamento, será que deixou algo para Valentina e seus pais? – perguntou curiosa, se for assim melhor ainda, Valentina era sua mão direita no que se dizia direito a tocar a fazenda Jóia Rara. E seus pais, dona Amélia cozinheira no casarão, Afrânio na lida com os cavalos. Conhecia aquela família desde que se entendia por gente.
_Não tenho a menor idéia do que se trata o testamento Ágata, te espero amanha as 10:00 hs para iniciarmos a viagem ate a cidade tudo bem?
Jose estava desconfortável, pois sabia com exatidão o conteúdo do testamento e tinha medo da reação de Ágata, ela sabia ser casca grossa quando queria marrenta, birrenta e às vezes ate mal educada. Tudo cairia como uma bomba para ela. Sempre dissera a Demétrius que deveria contar tudo a filha e ele sempre dizia não, a morte repentina da queda de um cavalo o levara e junto seu segredo, pelo menos ate a leitura do testamento.
Ágata não era boba, sabia que ali tinha COISA, então como ele não iria adiantar o assunto resolveu esperar ate o outro dia.
_Esta bem padrinho, amanha partimos para cidade mais pode ir à frente ok, vou de caminhonete, pois tenho outros assuntos para resolver depois. – disse rindo matreira Jose apenas balançou a cabeça, essa num toma jeito mesmo.
_Você ainda esta de caso com a Brenda menina, isso vai te trazer problemas hem, o pai dela quer ver ela casada com o filho do prefeito.
_Padrinho relaxa que dos meus assuntos cuido eu hem. – cortou seria, detestava as pessoas se intrometendo em sua vida, saia com quem queria e com quantas quisesse pois não tinha dona, vê La dar satisfação para o padrinho, não dava nem para o pai enquanto era vivo.
Esse apenas balançou a cabeça e foi saindo do escritório.
Ágata o acompanhou com os olhos, saco tinha tanta coisa para fazer e agora tinha que se deslocar para cidade por causa de um capricho do pai. Será que ele pensou que deixaria a família Orsate desamparada? Só podia pra explicar esse tal testamento. Passou as mãos pelos cabelos negros e curtos, sentia que não era só isso, o que será que seu pai andara aprontando.
Olhou para a foto na escrivaninha, ela, seu pai e sua querida mãe, suspirou, as coisas não tinham dado certo para eles, quando sua mãe se fora vitima daquele acidente de carro a três anos atrás achou que morreria junto com ela. Mulher de caráter firme, honesta mais tão carinhosa quando se tratava de sua única filha. Deu um sorriso triste, fora a única que ficara do seu lado desde o começo quando se assumira lésbica. Seu pai, homem da roça disse que não aceitava e bateu o pé, falou ate em mandá-la para aqueles colégios de freiras, mais com o tempo e com as conversas de sua mãe ele foi se acalmando e aceitando. Daí vem a morte de seu pai a um mês atrás, queda de um cavalo, seu pai que bem dizer nascera em cima de uma cela. Ficara inconformada. Agora estava sozinha. Tinha a Valentina claro, quase uma irmã, a Amélia e o Afrânio, nesses confiava de olhos fechados. Agora o padrinho Jose, esse ela tinha o pé atrás, tinha certeza que ele sabia o conteúdo desse testamento mais não contara.
Girou a cadeira dando uma olhada naquele ambiente completamente masculino, o escritório do seu pai, começara a usá-lo depois de sua morte, não mudaria nada ali, ainda podia sentir seu cheiro. Escutou alguém batendo na porta.
-Pode entrar.
Valentina pois apenas a cabeça para dentro, e foi logo dizendo:
_Mais que porr* que você não sai mais desse bendito escritório?
_Entra Val, tenho que conversar algo com você.
A outra acabou de entrar e fechou a porta, já foi se sentando sem cerimônia nenhuma.
_Fala logo Ágata, do que se trata?
_O padrinho chegou aqui falando de um tal testamento que o pai deixou acredita?
_Mesmo? – Val ficou surpresa, pois sabia que a amiga não tinha mais parentes vivos.
_Ai tem coisa Val, estou com aquele pressentimento sabe, só não sei se para bem ou mal.
_Ta louca mulher e onde lá seu pai iria fazer alguma maldade com você?
Ágata balançou a cabeça.
_Sabe que nunca erro, quando cismo com algo sempre tem uma surpresa. Agora me ajuda a pensar o que pode ser Val.
_Não tenho a menor idéia. –deu de ombros.
_Ele pode ter deixado algo para você e seus pais. – falou na primeira idéia que teve.
Valentina já foi logo se levantando da cadeira e negando.
_Sabe que não temos interesse nenhum em nada que é seu...
Mais Ágata nem a deixou terminar.
_Dá pra sossegar Val, se meu pai tiver deixado algo pra vocês eu faço é questão ta bom, sabe que são pessoas queridas pra mim, então sossega ai.
Valentina olhou pra amiga e suspirou. Conheciam-se desde criança, e com o passar do tempo de tornaram inseparáveis, ela achava que era por que nenhuma tinha irmã. Quando adolescentes se descobriram juntas, mais não passou de uma noite de aventura, pois mais tarde deram conta que gostavam era de ser ativas e com as duas não funcionava. Ágata era uma mulher de trinta anos de 1,80 de altura, corpo definido por causa dos trabalhos braçais e algumas horas na academia, pelo clara e cabelos pretos e olhos verdes escuros tinha sua feição firme com aquele queixo quadrado nada feminino, como ela mesma dizia, para alguns pelo seu jeito já fora muitas vezes chamada de Maria macho, mais ela não ligava a mínima com a opinião dos outros, era o que era e ponto. Nem o pai conseguiu mudar esse jeito dela principalmente quando ela se assumira, lembrava dessa época, fora um escândalo. Mas o tempo passou a tudo entrou nos trilhos novamente e juntas pegavam muitas mulheres.
-Você vai comigo amanha no fórum ver do que se trata esse testamento tudo bem? – Ágata perguntou.
-Vou sim. – concordou de imediato e se lembrou do que fora fazer ali. – Há me lembrei, temos que ir no estábulo ver os quatro potrinhos que você adquiriu, estão La esperando sua liberação para transferi-los pra ala oeste para serem analisados pela veterinária. Já ate liguei pra Pámela ela esta a caminho.
_Ótimo então vamos ,amanha não se esqueça hem.
_Certo.
Saíram juntas para trabalhar o resto da tarde.
Fim do capítulo
E ai me digam o que acharam.
Comentar este capítulo:
Marcia kreft
Em: 19/11/2019
Emocionante. Meus olhos também se encheram de lágrimas com a história de Helena.
Ahn quero ver logo Ãgata muito apaixonada por ela . Lindo Autora.
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