• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Desejo Carnal
  • Capítulo 59--Baby

Info

Membros ativos: 9524
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,491
Palavras: 51,957,181
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Thalita31

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell
  • 34
    34
    Por Luciane Ribeiro

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • ACONTECEU
    ACONTECEU VOCÊ
    Por contosdamel
  • Feliz Natal
    Feliz Natal
    Por caribu

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Desejo Carnal por millah

Ver comentários: 1

Ver lista de capítulos

Palavras: 3753
Acessos: 1419   |  Postado em: 17/08/2019

Capítulo 59--Baby

BABY

 

A primeira vez que fiz minhas malas de casa foi no verão e foi naquelas férias que meu pai me enviou para bem longe dele. Quanto drama aconteceu esses dias comigo. A súcubo ainda tinha seu coração frio em suas mãos e a lembrança dela sobre mim arrancando os meus mais terríveis gemidos ainda era nítida em sua mente já que ele mal conseguia olhar para mim. Eu não podia falar,respirar ou sequer sair do meu quarto a não ser ir para as aulas e ai de mim pensar na Desejo Carnal. Eu não podia vacilar. Ele sempre estava irritado e foi ate bom eu sair daquele cativeiro já que ele estava me deixando completamente roxa de tanto apanhar. Ele escolheu um descanso de verão onde os filhos dos coronéis e comandantes de patente alta como ele enviava seus filhos a uma velha academia de etiquetas da cidade. Era bem afastado e tomamos o ônibus no quartel bem cedinho. Foi o melhor presente que ele havia me dado.eu era a única daquele ônibus feliz por deixar meu pai para trás.

Eu não ia atravessar as fronteiras da nossa cidade grande, mas senti que era isso que eu estava fazendo. Estava me ausentando da Desejo Carnal e de toda essa brincadeirinha de amar para viver algo meu,só meu.O ônibus em que eu estava era lotado de garotos de narizes empinados e garotas deslumbradas demais consigo mesmas e apesar de estar em um mundo de Carlinhos e Kates da vida eu estava aberta a novas amizades e foi quando eu cheguei ao casarão bem ao estilo vitoriano com seu portão de ferro em grades e um jardim deslumbrante rodeando o prédio da academia de etiquetas que eu encontrei o inesperado.

 

Fomos apresentados para os professores já ao descer do ônibus e meu gaydar disparou e claro que seria por minha causa já que foi a primeira vez que eu vi a baby. A mulher de sorriso gentil e cheio de vida e de olhar heterocromático que me hipnotizou com suas curtas madeixas castanhas que mal alcançavam seus ombros encolhidos de pura timidez. A baixinha que possivelmente estava nos seus 32 anos ensinaria piano a uma turma de desinteressados quando o velho diretor informou que ela era especial pela sua surdez. Eu vi o receio refletido em todos com seus cochiços mas eu não perdi meu encanto e quando ele nos disse que poderíamos escolher o que queríamos fazer durante o mês de férias eu fiquei aliviada por saber exatamente o que ia fazer.

 

Depois de achar meu quarto fui direto ate a sala de musica e já do corredor eu ouvia sua melodia.era brilhante a forma como se desenvolvia cada toque no piano.eu não entendia como ela tocava mas era algo único,novo e nunca ouvido e o melhor de tudo me relaxava naquele lugar tão diferente de mim.

 

Como eu havia pensado, todos estavam entretidos com o clube de esportes ou com o clube de moda e bons modos e eu estava no meio com ela e sua sala esquecida no final do corredor. Parecia que não ligavam para ela ou quisessem esconde-la.

Acho que nunca vou me esquecer daquela imagem dela tocando o piano iluminada pela luz do sol que entrava pela janela vidrada de sua sala. Ela tocava tão concentrada a sorrir,a sentir a musica de uma maneira desconhecida para mim naquele instante.ela era linda com tamanha calma e quando ela me notou parada na sua porta ela parou de tocar e sorriu a mim com uma pureza de alma que era impossível não se afeiçoar.

Ela veio a mim e tive que entrar em sua sala para cumprimenta-la e eu não sabia nem como começar. ela por outro lado estendeu a mão e mesmo com minha tentativa de dizer oi unimos nossas mãos pela primeira vez e ela controlou seu sorriso para não me mostrar o quão idiota eu estava sendo falando com ela oralmente.eu senti a vergonha tomar todo o meu ser diante daquela mulher mas o que veio depois não só me deixou feliz mas ficou gravado na minha mente ate hoje.

 

“Oi..”

 

Ela me respondeu e me enchi de felicidade por ouvir sua voz mesmo que engasgada pela falta de pratica.ela me entendia.

 

“Como fez isso?”

 

Eu estava tão curiosa que perguntei a ela.baby apenas tocou na minha boca com seus dedos e deu pra mim entender bem que ela lia meus lábios. Ela era incrível.

 

Disse a ela que queria participar das aulas dela e ela parecia surpresa com minha escolha já que sua sala estava vazia e isto parecia decepciona-la.

 

“Prefiro assim...só nós.”

 

Falei e tomei novamente seu olhar a mim. Ela estava surpresa com minha escolha por isso perguntei como ela tocava e ela me mostrou seu piano.era antigo e de cauda e sua cor branca ainda permanecia com sua tinta intocada pelo tempo como um novo.era incrível.ela sentou-se ao banco e me chamou para acompanha-la.

Ela pousou suas mãos sobre as teclas e tocou mais uma vez. De perto eu vi como ela fazia.com teclas marcadas com as notas musicais ela tocava magnificamente e sem erro e isso só aumentou o meu encanto por ela.ela sorriu timidamente ao ver que minha atenção estava totalmente sobre ela e isso me pegou de jeito.

 

Perguntei simplesmente como e ela me respondeu movendo as mãos falando comigo em libras mas eu sequer entendia seus movimentos.acho que ela ficou triste ao ver que eu não entendia e no meio de seus movimentos ela desistiu e pegou uma caderneta de notas sobre o piano e uma caneta e escreveu algo para mim.

 

“Não posso ser sua professora se você não me entende.esse é o meu problema.”

 

“Não vejo problema algum.”

 

Minha resposta não a convencia e mesmo assim ela me olhou gentilmente como se tentasse acreditar nas minhas palavras. Ela estava cansada daquela vida.

 

“Eu tive Meningite na infância”

 

Ela não conseguia falar muito e isso meio que a incomodava já que sua voz saia quase como um murmúrio,eu via também o quanto estava incomodada por usar aquela caderneta para se comunicar com quem não entendia libras. O mundo tinha que se adaptar a ela quando deveria ser o contrario.

 

“Eu aprendo por você”

 

Falei e soa meio bobamente apaixonado mas ela sorriu gentilmente me fazendo quase acreditar que eu não conseguiria durante o tempo que teríamos naquelas férias mas ela não conhecia o quanto eu poderia ser insistente quando queria e esse quase impossível foi o que mais me incentivou.eu queria conhece-la,saber mais de sua historia e quem sabe faze-la se apaixonar por mim já que me entendia quando falava.disse a ela que voltaria na próxima aula e ela me olhou de um jeito curioso.acho que nunca vira tanta determinação em uma só pessoa.

 

Eu tinha dois dias e usei todas as horas disponíveis que tinha dentro dessas quarenta e oito horas para aprender libras. Impressionante o que eu poderia fazer por uma garota mas aquele estranho sentimento me pegou desprevenida. Eu estava fazendo de novo. Procurando mais um coração para quebrar “ou melhor” para me machucar. Ela já tinha seus problemas e eu seria mais um deles?valia a pena sofrer por aquele rostinho lindo?cicatrizes existem para isto não é? E eu não tenho medo de cicatrizes.

Aprendi libras apenas para me ferrar.

 

Quando chegou o dia fui a sala de baby e a surpreendi já falando em libras ao me apresentar.a deixei de boca aberta e deixei meus dedos falarem por mim apesar do duplo sentido ainda não era o momento para enfiar dedos e usa-los desse modo.

 

“Como conseguiu fazer isto tão rápido?”

 

Perguntou ela incrivelmente surpresa e respondi simplesmente com persistência.

Ela era única. Os dias se passaram e nossas aulas se tornaram frequentes e todos os dias estávamos juntas em sua sala. Ela me ensinava a tocar o piano com tanta calma e zelo que era impossível não se apaixonar a cada toque seu sobre minhas mãos, a cada olhar dela sobre mim e a cada sorriso carinhoso. Ela se divertia comigo e esquecia o mundo. Logo, depois das aulas ela passou a pedir para caminhar junto a ela pelos jardins da academia e era nessas caminhadas silenciosas que conversávamos em libras e ninguem poderia ouvir nossos mais íntimos segredos. Baby se sentia sozinha naquele lugar,já tinha um tempo que tinha vindo da Inglaterra e o único lugar que a acolheu foi ali na academia de etiquetas do exercito. A lembrava de sua infância dizia ela, quando estudava no internato para meninas no interior mas o que era para ser uma lembrança boa ela perdia seu sorriso pois ali ela não tinha quem a ouvisse ou desfrutasse de sua companhia verdadeiramente.

Seu curso não era aceito pelos alunos pois a professora era surda e isto a atormentava diante tanta discriminação não somente deles mas do reitor e dos outros professores que não a entendiam. Ela dizia que sabia perfeitamente o que estavam pensando quando todos olhavam para ela.

 

“Eu não sou capaz de ensina-los.”

 

Dizia ela, mas eu era a prova que ela era. Piano para mim sempre foi um desafio e em poucos dias ela me ensinou a tocar como ninguem e ate estávamos arriscando ir além para uma iniciante. Ela me dizia que eu não contava pois eu realmente não era desse mundo e isso me enchia de tesão porque para ela eu era extraordinária.

 

“Eu posso ser do seu mundo..se quiser.”

 

Nunca pensei que eu diria isto tão rápido para alguém que só conhecia a uma semana mas meu coração bateu tão forte pois eu sabia que ela era a primeira mulher da qual eu dava meu primeiro passo,por quem eu me arriscava mas quando eu tentei beijar ela mesmo que tentada Baby recuou e uma lágrima caiu do seu rosto. Seus olhos fixaram-se aos meus e apesar da tentação de insistir beijar sua boca vermelha e entreaberta eu não fiz. Baby deixou a sala me deixando sozinha com seu piano. Naquele resto de dia eu não a vi e que péssimo sentimento me invadiu. Eu vacilei e me afoguei em tentação mas foi a noite durante um passeio noturno pelo jardim que eu a encontrei em um dos bancos.para minha sorte ela veio a mim e realmente ela não sabia como começar e antes de mais nada eu me desculpei e antes que eu continuasse ela tampou minha boca. Baby me revelou que nunca tivera feito aquilo. Ela nunca havia provado a boca de ninguem.

 

“Quero fazer isto com alguém que realmente amo. Alguém que realmente confio.”

 

Era outro pé na minha bunda e me senti ainda mais péssima com ela segurando minhas mãos para me consolar depois. Eu só queria ficar sozinha e foi quando dei meu primeiro passo para longe dela que ela me virou e me beijou.

Não posso dizer que paramos por ali pois não paramos, ela me levou para seu quarto e lá ela me disse o que queria quando tirou minhas roupas, cada peça gentilmente retirada do meu corpo e com cada beijo dela eu me vi livre para dar a ela a melhor noite de sua vida.

Ela me beijava com tanto zelo enquanto nossos corpos estavam colados sobre sua cama e meu ritmo as vezes a assustava porque eu queria mostrar a ela do que eu era capaz mas bastava ela me tocar e me olhar daquele jeito amável e docemente que eu diminuía toda aquela minha ansiedade pelo orgasmo, pelo fim, pelo suspiro dos finalmente e ela me fazia me concentrar no prazer do momento, na cor dos seus olhos e no seu jeito inocente quando estávamos prolongando toda aquela necessidade que tínhamos uma da outra. Eu seria a primeira da Baby e isto também me afetou. Eu estava viva como nunca quando me coloquei entre suas pernas e minha boca tomou seu sex*.eu via o quanto ela se agarrava nos lençóis, eu via a forma como ela levava uma das minhas mãos ao seu seio e me fazia aperta-lo como se a anos esperasse por isso. Ela queria aquilo tanto quanto eu.

 

“Quero você dentro de mim.”

 

Eu nunca pensei que pudesse ficar excitada vendo aqueles sinais de libra formarem aquele pedido dela.Baby levou para a boca dois dedos meus e encharcou-os de saliva e mesmo que ela não precisasse já que ela estava tão molhada se tornou bem mais fácil a entrada deles.ela era tão quente e meus beijos em seu pescoço a levaram ao orgasmo.seu corpo tremeu em meio aos esparmos e seu sorriso satisfeito me entregaram o mundo.

Baby estava tão feliz que eu não queria mais nada naquela noite além de enchê-la de prazer e seguimos assim nossa segunda semana de verão.durante os dias nos divertíamos nas aulas de piano sozinhas na sua sala esquecidas de tudo e todos lá fora com seus jogos e vestidos de moda e etiqueta esperando que a noite chegasse logo para que voltássemos para a cama.foi assim que todos os nossos segredos foram revelados.baby me contou mais sobre sua perda de parte da sua voz e sua audição que de uma vacina perdida a vida que conhecia mudou da noite para o dia,era assim a vida das crianças no internato como ela dizia.não era fácil no começo e ela chorava todo dia ao ouvir a voz do silencio e ela chorou sobre meu peito ao lembrar desses dias terríveis. Ela sim tinha historia e fiquei ate envergonhada de contar o que eu fazia por isso não contei.não precisava..eu queria que não precisasse.

 

“Ficaria comigo?”

 

Perguntou ela e minha nossa eu queria chorar.ela me dissera que poderíamos ficar juntas ali na academia,nessa vida para sempre repetindo todos os dias como se fosse o primeiro.podia parecer loucura mas era um sonho para ela.

 

“É isso que quer?ficar aqui para sempre?”

 

Ela sorriu diante minha pergunta e me beijou.baby me dissera que não importava o lugar se estivesse comigo para fazer-la sorrir e isso era o que bastava.mas tínhamos exatamente mais duas semanas e eu voltaria para minha triste vida secreta e isso era um banho de agua fria em qualquer pessoa e ela percebeu isto já que nunca escondi a magoa que sentia do meu pai. eu contei a ela tudo que passava com meu pai e ela como boa amante me prometeu o mundo com um grande sorriso irresistível. Ela me queria ao seu lado e meu peito só implorava por isso,daquela paz,daquele amor ingênuo mas isso me enchia de vontade de chorar de tanto medo e eu chorei quando ela me pediu para ficar para sempre. Naquela noite ela me consolou e me protegeu do meu pior inimigo,os meus próprios pensamentos.

 

Na terceira semana meu pai me visitou. Ele queria saber o que eu estava fazendo e mesmo depois de duas semanas ele ainda tinha o mesmo semblante enojado quando me olhava. Súcubo safada. Eu a apresentei e ele logo viu o do porque do meu interesse em tocar piano. A baixinha era linda e parecia que eu era um livro fácil demais para ele decifrar ainda mais quando tive que traduzir tudo que ela dizia de mim. Ela era apenas elogios mas não entendia do motivo dele nunca sorrir.ninguem nunca entendeu.enfim ela nos deixou a sós a pedido dele e isso já foi motivo para todo meu corpo paralisar mas ela não aceitou.

 

“então já que ela é surda e muda não vou me preocupar com o que vou dizer.”

 

Ele era um estupido e seria ótimo para ela ver quem meu pai realmente era.ele me dissera que novamente eu o havia decepcionado.novamente eu estava enfiando minha língua em uma vagin* e me aproveitando da deficiência dela e que isto era absurdo. Eu fazia isto para irrita-lo e a vontade dele era me quebrar no meio e eu sabia que argumentar só pioraria mas eu falei algo que fez ele surtar.

 

“ela é apenas minha professora”

 

Ele me estapeou na cara e ela se colocou de imediato na minha frente.ela me protegia e ele apenas se enfureceu mais ainda e a arrastou para fora de sua própria sala e fechou a porta com tanta força que ate me assustei.discutimos e a defendi diante tanta ignorância mas ele só ficou lá parado me ouvindo e como eu o odiava.ele veio a mim bem calmo por sinal e agarrou meu queixo e ele viu as marcas que ela havia deixado em mim.ch*pões pelo meu pescoço e arranhões nos meus ombros.não fiz questão de esconder ou cobrir com maquiagem,eu queria mostrar a ele que alguém me amava mas ele não queria saber.

 

“quando eu voltar para te buscar quero que termine isso senão vou sumir com ela e vai lamentar o que o que vou fazer.”

 

Dissera ele baixinho e nada mais ao me deixar naquela sala.Baby ainda me esperava do lado de fora da sala e veio a mim tão preocupada mas que no fim minhas mãos foram capazes de esconder a minha voz chorosa.

 

Baby e eu passamos o dia juntas na cama e quando a noite chegou ela me disse que fugiríamos para bem longe para um lugar que meu pai nunca nos acharia e ela tinha tudo estrategicamente pensado graças aquele dia inteiro que ficamos juntas ali observando o sol cair durante horas grudadas uma na outra.baby me dissera que tinha umas economias e que poderíamos ir de imediato se eu quisesse mas a vida não era assim,não podíamos simplesmente fugir e esquecer nossos problemas nossas antigas vidas.ninguem vive de amor e Mike me lembrava todos os dias disso.

 

“Nunca arrisque sua vida por uma paixão idiota.”

 

Mas ela não era idiota,eu queria muito aquilo.ela me mostrou a caixinha que tinha com notas que não acabava mais em um bolinho e isso me encheu de curiosidade.

 

“O que ia fazer com este dinheiro?”

 

Ela abaixou o olhar e sorriu com uma tranquilidade que ganhou minha total atenção ao ver o quão forte ela segurava aquela caixinha de madeira.

 

“eu fui ao medico uma vez..ele me disse que havia uma cirurgia que poderia me fazer ouvir novamente com clareza e não apenas um barulho distante e abafado.era muito caro,eu não tinha condições e estava começando a trabalhar aqui por isso deixei para lá..juntei essas economias mesmo sabendo que dificilmente chegaria a alcançar o valor mas deu certo. Quando dei por mim já tinha ultrapassado o valor porem eu tenho medo de fazer a cirurgia e piorar meu estado então guardei tudo isso..era como se eu esperasse por algo..ou alguém.”

 

Ela me olhou e eu me senti tão mal.ela queria fugir comigo usando aquele dinheiro quando deveria fazer a cirurgia e ate implorei para que ela fizesse a cirurgia mas ela foi insistente com aquelas mãos nervosas a discutir comigo em libras.

 

“sei que também quer ficar comigo..então esquece o seu pai e foge comigo!eu não preciso da cirurgia eu preciso de você!”

 

Eu era uma fodida mesmo.enquanto ela me beijava eu não parava de pensar no que meu pai poderia fazer com baby se descobrisse o que ela queria de mim.

Eu tenho medo. Medo do que pode acontecer caso ele encontre este diário ou do que pode acontecer a mim quando ele descobrir o que faço. Somente eu sei o que é escrever esse diário com os olhos na porta e somente eu sei o quanto doeu para mim ter que fazer o que fiz.

 

Baby combinou comigo de que partiríamos na ultima semana do mês. Ela arrumaria suas malas e eu as poucas coisas que levei para a academia e nos jogaríamos na estrada com seu carrinho velho e compraríamos uma casinha barata talvez um chalé e viveríamos juntas e que tentadora ideia que de somente em falarmos já nos enchia de excitação e nos levava de volta a cama dela.

Tínhamos um plano só que eu sabia como terminaria este plano. A ultima semana chegou e ela estava tão feliz sabendo que quando acordássemos iriamos cair no mundo,cheias de sonhos e esperanças que nossas vidas teriam um final feliz.eu via o brilho que ela emanava naquela cama sorridente ao meu lado.trans*mos uma,duas, três e sei lá quantas vezes mais naquela madrugada e quando ela ficou exausta e de pele corada procurou meus braços para dormir.era quase como se ela soubesse o que eu iria fazer e esta era a ultima noite de nossas vidas e mesmo assim ela não ousou me interrogar com isto.ela não queria estragar tudo sabendo que nossos sonhos eram impossíveis por isso rezei para que aquela noite nunca acabasse e eu envelhecesse com ela em meus braços.

Quando eu acordei o vento frio da manha me revelou o novo dia com seus raios ainda fracos sobre meu rosto.não havia alegria em mim,nem disposição eu só fiz o que tinha que fazer para protege-la de mim e do meu pai.por isso deixei uma carta dentro de sua mala dizendo o que queria para ela.

 

“Quero que da próxima vez que nos encontrar você possa ouvir minha voz do jeito que você sempre quis.”

 

Ela dormia tão serena quando a deixei naquele quarto vazio e chorei ao ligar para meu pai.ele estava satisfeito e eu já sabia meu destino quando chegasse em casa,eu ia apanhar ate ficar roxa e realmente fiquei,ainda posso sentir meus braços e costas doloridos mas isto não importa,o que importou para mim naquele dia foi ela correr ate mim por todo aquele jardim esverdeado para me impedir de entrar no carro dele.

Ela me abraçou chorando e segurava meus braços apertando meus pulsos com a carinha mais deprimida do mundo.

Ela insistiu,disse que me protegeria que me amaria mas sob os olhares do meu pai furioso no carro eu tive que afasta-la. Ela não pertencia a esse mundo e eu era uma covarde.pelos sinais de libras eu revelei a ela o que eu era na realidade.uma dançarina de boate que se prostitui para manter o trabalho,ela viu a tudo e paralisou quando contei que meu pai não sabia uma virgula da minha vida e graças a linguagem de sinais ele não estava entendendo nada da nossa conversa.

 

“O que senti por você foi real.eu sempre vou sentir isto.”

 

“eu sempre vou te esperar aqui”

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 59 - Capítulo 59--Baby:
Brescia
Brescia

Em: 18/08/2019

         Oi mocinha.

 

Capítulo lindo!!! A Ive tem mais coisas para contar em seus 18 anos que o seu grupo de amigos juntos, o pai fez tanto mal a ela que a fez dar tudo de si em cada relação que teve.

 

         Baci piccola escrittrice.

 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web