Ganhando uma aliada.
Capítulo 86. Aceitando o convite
Rafaela ficou olhando para a sogra e depois de olhar para o pai, a noiva e os amigos de Márcia que futuramente seriam os seus, assim como todos os outros presentes naquela sala a jovem oficial respondeu:
-- Coronel a senhora me pegou de surpresa! – Ontem quando a senhora me disse que gostaria de fazer uma proposta e já tinha conversado com o meu pai, eu jamais imaginei que fosse isso!
Radamés que também estava juntamente com a esposa, os netos e os filhos ao perceber que Rafaela ficou assustada, logo tratou de acalmar a moça dizendo:
-- Rafaela minha jovem creia você que tanto eu como o seu pai, sua sogra, a coronel Monteiro e tantos outros que estão aqui já passaram por isso. O que você não pode é deixar que os outros te conduzam a erros; a sua sogra mesmo já errou muitas vezes e eu como amigo assim como os outros já estivemos com ela nessas fases que passou e disso tudo a Márcia tirou lições de como deveria agir daqueles momentos em diante. Portanto, com o tempo você apreenderá que tudo tem um propósito.
-- Isso que o Radamés está dizendo é uma grande verdade minha filha. Você pode voar mais alto, é só tomar cuidado com as decisões que deverá tomar no futuro e isso acontece com todos aqueles que dão o seu melhor. E parece que aos olhos da sua sogra você está no começo desse voo.
-- Rafaela minha querida nora sei que a Márcia vai te ensinar, a Sílvia, o seu pai e tantos outros que você precisar. Eu estarei aqui sendo tanto a Andressa sua sogra como a tenente coronel Paiva Mantovanni. Portanto querida pense e pese os prós e contras dessa mudança que está para acontecer em sua vida.
Olhando para todos Rafaela respondeu:
-- Está bem coronel Mantovanni eu vou pensar na sua proposta, vou conversar com a Perfídia e também com o meu pai e a Sílvia.
-- Pois bem capitã Rafaela, eu espero uma resposta. Mas, é como eu falei e reafirmo, você tem o tempo que quiser para pensar. Portanto, não precisa se apressar.
-- Agradeço a sua confiança minha sogra, espero retribuir essa confiança.
-- Bom agora que já acertaram todos os ponteiros podemos almoçar? Perguntou o general Enzo tio de Márcia.
-- Claro tio, vamos sim! Respondeu Márcia.
O almoço foi perfeito e quando começou a anoitecer todos já estavam se retirando. Márcia saiu logo que Raul e Carmem foram embora. Os outros familiares já haviam saído e somente Dalila a irmã mais velha do coronel havia ficado na casa do irmão, assim como Enzo.
Assim que chegaram em casa Márcia, Andressa, os filhos juntamente com os sogros, a nora, Denilha e Sílvia começaram a retirar as coisas dos carros e logo em seguida foram cuidar das crianças. Perfídia ajudava as mães e logo tudo estava organizado. Estavam assistindo televisão na sala de estar quando Márcia falou:
-- Denilha, amanhã nós iremos ao consultório do Dr. Magalhães para que faça os exames para sabermos o que de fato acontece com você. Eu desejo estar presente em todo o processo de qualquer tipo de exame para te ajudar. Prometi isso à nossa filha e a minha palavra é uma só, portanto, a partir de amanhã a senhora está sobre as minhas regras.
Denilha que não havia gostado nenhum pouco do jeito que Márcia falou, respondeu:
-- A senhora coronel Mantovanni está achando que eu sou algum dos seus soldados? – Para achar que manda em mim? – Eu já tenho a minha esposa e não preciso de outra para me dar ordens!
Márcia fechou a cara e sob os olhares atentos de Andressa respondeu:
-- Acontece dona Denilha que eu estou tentando te ajudar, portanto você gostando ou não vai seguir as minhas regras até que você supere esse problema. Eu estou fazendo isso pela nossa filha e pela Sílvia então vou dizer somente uma vez: Aqui serão as minhas regras! E saiu em direção ao quarto batendo a porta com tanta força que chegou a quebrar a maçaneta. Dona Severina e Raimundo escutaram o barulho e quando chegaram na sala, viram que as mulheres estavam assustadas. O coronel perguntou o que havia acontecido e Andressa relatou ao pai a conversa entre as duas.
-- Olha moça sei que minha nora é uma pessoa não muito educada mas acho que a senhora poderia ter sido um pouco mais cordata com o que aconteceu. Ela simplesmente está tentando ajudar e não é justo que você aja assim dessa maneira. Disse Raimundo para Denilha fazendo assim com que ela se sentisse envergonhada.
Andressa foi até o quarto e quando chegou viu que Márcia estava sentada na varanda fumando cigarro e observando a noite. As crianças já haviam se recolhido porque estavam cansadas enquanto isso Rafaela e Perfídia conversavam com Silvia.
-- Eu sinceramente não sei o que passa na cabeça da sua mãe Perfídia? – Disse Sílvia para a filha. A Márcia está fazendo o que pode e ela fica com essas frescuras? – Se ela continuar com isso eu largo a sua mãe Perfídia. Ou ela muda de vez ou acabou! Falou saindo em direção ao quarto que estava ocupando com Denilha.
Quando chegou Denilha iria falar algo para a esposa, mas Sílvia respondeu:
-- Hoje não Denilha, amanhã conversaremos! Falou para a esposa.
--Mas Sílvia eu queria...
-- Já falei Denilha. HOJE NÃO! –Tenha uma boa noite e aproveite para refletir na besteira que fez agora pouco.
-- Denilha não contestou a esposa, ela sabia que Sílvia e a filha estavam muito magoadas com a sua atitude. Olhou para o lado e viu que a esposa já dormia e ficou a pensar se não estava mesmo fazendo o que Sílvia dizia ou seja, frescura! Prometeu a si mesmo que na manhã seguinte conversaria com Márcia e pediria desculpas pelo que fez na noite anterior. Na realidade seu maior medo era perder a esposa e a filha e disso ela não abriria mão. Amava demais as duas e então decidiu que lutaria por elas e pela sua vida. Acataria todas as decisões da coronel mesmo que não fosse gostar, porque no fundo ela sabia que a coronel só estava querendo ajuda-la. Diante desses pensamentos resolveu relaxar e por final dormiu.
Quando Márcia acordou Denilha já estava acordada também pois elas tinham hora marcada no consultório do Dr. Magalhães e lá estaria também a Dra. Heloísa que juntamente com o médico analisaria o caso. Depois que todos haviam tomado o café da manhã, Denilha pediu licença a todos dizendo que precisava conversar.
-- O que aconteceu mãe? – A senhora está bem? Perfídia já perguntou preocupada.
-- Estou filha, só queria pedir desculpas a todos pela minha atitude de ontem.
Virando-se para a coronel falou:
-- Márcia eu quero muito te pedir desculpas por ontem e gostaria que vocês me perdoassem. Sei que não fui tolerante com as suas colocações e acabei novamente exagerando nas minhas reações e mais uma vez pequei. Me perdoe pelo modo de falar ontem mas eu tenho medo de ficar na sua dependência, as coisas não darem certo, gastar o seu dinheiro e o pior acontecer! -- Que será falta da minha presença para a minha esposa e a nossa filha.
Márcia levantou e aproximando de Denilha respondeu:
-- Nada disso irá acontecer e estarei aqui sempre. Eu prometi e a minha palavra é uma só, não se preocupe estaremos unidos nessa e você ficará curada.
Andressa também se aproximou e dando um abraço em Denilha falou em seu ouvido:
-- Tudo ficará bem! – Tenha fé e logo estaremos curtindo nossos netos.
-- Obrigada Andressa, sinto muito o que fiz ontem e sinceramente estou envergonhada.
-- E você Sílvia ainda está magoada comigo? Perguntou Denilha.
Silvia sorriu e respondeu:
-- Não querida, já passou. Mas que isso passe a servir de lição para nós e principalmente para você. Disse beijando a esposa.
Logo depois saíram e não demorou muito médico chegaram ao hospital. Magalhães e Heloísa já as esperavam e depois de alguns procedimentos e perguntas, a análise dos exames que Denilha havia feito anteriormente. O estranhou o resultado assim que o analisou e ao mostrar para a amiga essa também estranhou.
Quando voltou ao consultório, Magalhães indagou para Denilha e Sílvia o que o médico de Jaú havia falado para elas. Porque pelo que ele e Heloísa haviam visto ela não precisaria de transplante algum. De uma ponte de safena sim, mas o transplante estava totalmente fora de cogitação. Enquanto isso Márcia, Andressa, Perfídia e Rafaela esperavam do lado de fora.
-- Mas doutor ele foi categórico em dizer que eu precisava urgentemente de um transplante porque eu não teria mais seis meses de vida. Falou Denilha.
-- Então minha querida ou ele é um bosta, ou trocou os seus exames ou então é um péssimo profissional. Hoje não, mas a partir de quinta-feira você virá fazer tudo quanto for exame. Depois eu e a doutora Heloísa decidiremos o que fazer. Mas pode ficar tranquila que prescrever tudo como você irá fazer.
Logo depois a consulta já havia terminado e todas saiam do consultório com as esperanças renovadas. Márcia e Andressa conversaram com Magalhães e tudo foi explicado para que ambas entendessem o que seria feito e quais os procedimentos seriam tomados.
-- Obrigada meus amigos não sei o que faria sem vocês. Major Heloísa fico muito agradecida pela sua colaboração e quanto a você Magalhães não tenho palavras. Tenha certeza de que hoje você fez a minha filha feliz. Porque não vão jantar lá em casa hoje à noite? – Major leve a sua namorada e você Magalhães leva aquele traste do Tavares e claro, os meninos.
-- Por mim tudo bem coronel, vou mandar um zap para ela e à noite estaremos em sua casa.
-- Então combinado, até mais tarde.
Quando chegaram em casa já estava quase na hora do almoço. As crianças como sempre estavam fazendo suas bagunças.
Depois que todos almoçaram, Rafaela disse que precisava conversar com Márcia e essa então pediu para a nora que a acompanhasse até a biblioteca. Assim que se acomodaram Rafaela falou indo direto ao assunto:
-- Coronel Mantovanni eu conversei com a Perfídia e depois de pensar no assunto de ontem eu cheguei a uma decisão.
A coronel ficou olhando e depois perguntou:
-- E que decisão seria essa capitã Castanheira?
--Eu aceito o convite para trabalhar com a senhora na DPM. Mas precisarei de tempo para organizar e colocar as coisas em ordem. E deixar o tenente Marcos no meu lugar. Essa é a minha decisão!
Fim do capítulo
Boa noite queridas.
Ah alguns minutos atrás coloquei uma nota de satisfação para vocês explicando que talvez hoje não desse para colocar o capítulo. Graças a Deus deu tudo certo e não perdi nada. Portanto estou postando agora.
Rafaela aceitou o convite de Márcia e agora a bandidagem vai dançar miudinhocom as duas. Realmente como disseram se a sogra é carne de pescoço, a nora não ficará atrás.
Denilha fez graça, tomou um esbregue de Márcia e Sílvia. Acabou caindo na real e Andressa só observando.
Bom descanso a todas e para você também minha patty_321 que nem sei onde voc~e se enfiou hoje.
Bjs a todas.
Comentar este capítulo:
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]