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  • Capítulo 28 - JULIANA: FLORES E AMORES

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Amor de Carnaval por Karina Dias e Jennyfer Hunter

Ver comentários: 7

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Palavras: 33
Acessos: 2400   |  Postado em: 18/07/2019

Capítulo 28 - JULIANA: FLORES E AMORES

Depois de dias verdadeiramente fantásticos, ela foi embora e deixou uma saudade quase sufocante dentro do meu peito. Para piorar, me entregou uma carta lacrada, dentro de um envelope cor de carmim, com detalhes dourados. Ou seja, se eu violasse aquela correspondência, nunca mais acharia um envelope igual para substituir. Pode parecer bobagem, mas eu tentei o truque da fumacinha da chaleira de café. Não deu certo.  Sem que eu pudesse abrir aquela carta e matar a minha curiosidade, me entreguei às lembranças maravilhosas de tudo o que eu havia vivido com Bianca.

           Suspirei quando entrei em casa. Fiz um café, já que eu tinha fervido água para tentar abrir a carta, e aproveitei a casa vazia, o silêncio, para pular na frente do meu notebook. Vou contar um segredo só para você:  eu faria naquele momento o que havia sonhado a minha vida inteira, mas nunca tinha tido coragem porque achava que as letras não eram para alguém que havia se dedicado a vida inteira no campo burocrático de exatas. Bom, eu escreveria um livro. Um romance inspirado em meu amor por Bianca. Contaria ao mundo, ou apenas para mim, caso ele ficasse guardado, como tantos outros rascunhos antigos, em uma gaveta. Sorri ao sentir aquele calor bom que aquece o coração quando fazemos algo que amamos. Abri a tela branca do Worde olhei para ela como quem olha para o horizonte. No entanto, a página continuou nua por alguns minutos enquanto eu repassava em minha cabeça toda a loucura que tinha sido aqueles dias. Enfim, digitei a primeira linha: 

 

                                                           Amor de Carnaval

                        Era sábado de carnaval no Rio de Janeiro e eu estava triste,

                         desanimada, além de não conseguir tirar os olhos da tela do telefone...

 

****

 

       O telefone tocou enquanto eu descrevia as sensações incríveis que senti quando vi Bianca pela primeira vez. Era ela. Meu sorriso foi de orelha a orelha. Atendi no segundo toque.

            – Chegaram bem? – perguntei.

            – Não tão bem.

            – O que aconteceu? – me desesperei.

           –  Você não veio comigo. – disse e riu do outro lado da linha. Salvei o arquivo, fechei o computador e deitei na cama.

            –  Sua boba. Estou morrendo de saudade de você.

            –  Eu também – sussurrou com aquela voz sedutora – Tá fazendo o quê?

            Olhei para o notebook fechado sobre a mesinha do quarto.

            –  Pensando em você. – Sussurrei.

            –  Não abriu a carta ainda, não né?

            –  Confesso que...

            –  Juliana! – disse enérgica, mas logo afrouxou o tom. – Diz que não abriu.

            –  Eu tentei, mas não consegui... fiz um café em vez disso. – disse e sorri.

            –  Minha mãe adorou você.

            –  Eu adorei a sua mãe... quero muito conhecer o seu pai e quero te apresentar aos meus... 

            –  Falta o trabalho, vem pra cá no sábado e traz eles, oras.

            –  Sábado que vem meu pai viajará a trabalho também. – disse com pesar. 

 

            Ficamos horas ao telefone, só paramos de conversar quando o sono e o cansaço dos últimos dias pesaram no corpo dolorido.

 

            No dia seguinte eu fui trabalhar e cheguei quatorze minutos atrasada. Mesmo com todos os meus afazeres em dia, minha coordenadora disse que era para eu passar no RH com urgência. 

            –  O que tinha acontecido? Iriam me despedir por um atraso de quatorze minutos? – pensei durante o caminho até o segundo andar. Flávia, a responsável pelo setor abriu um largo sorriso ao me ver. “Agora sorriem quando vão despedir alguém, é?”

            –  Oi, Ju. Tudo bem?

            –  Tudo. – Respondi. – O que houve?

            –  Tá com férias vencendo, esqueceu? 

            Quase desabei na poltroninha ao lado da sala do dono do escritório.

             – Tá de brincadeira? 

 

             – Não... precisamos agendar imediatamente as suas férias, mocinha.

 

            Eu ri. Afinal, a notícia não podia ser melhor. 

             – Alguma possibilidade de ser daqui a... uma semana? – ela pensou por uns minutos antes de responder:

 

             – Passa aqui mais tarde para assinar a papelada. 

 

            Eu quase saltei no pescoço de Flávia e a cobri de beijos, mas imaginei que não seria elegante. Antes de sair para o almoço eu subi ao segundo andar novamente para assinar a papelada. Estava tão contente e tão ansiosa para contar para Bianca, mas me contive. Pensei em fazer uma surpresa. Então, quando nos falamos por telefone no fim da tarde eu confirmei apenas que iria passar o fim de semana em Búzios para comemorarmos o nosso um mês juntas. Não podia ser diferente. Nosso tom de voz denunciava o quanto estávamos felizes e eu queria ver aquela reação animada pessoalmente quando eu chegasse e falasse que tinha mais 15 dias de férias para passar inteirinhos com ela. 

 

            À noite tinha combinado de jantar com Dri, Armandinho e Paulo.   Quando eu cheguei no restaurante, na orla de Botafogo, esbarrei com Verônica, que saia do banheiro. 

             – Oi, Ju! – disse aparentemente desconcertada. Eu não entendi o motivo, mas assim que ela me acompanhou até a mesa em que estavam Dri, Paulo e Armandinho, eu percebi o constrangimento. Na verdade, o constrangimento dela, não meu. 

 

             – Oi, pessoal! – disse antes de cumprimentar os três. Verônica sentou-se ao lado de Dri. Armandinho me cutucou por debaixo da mesa. Eu não resisti e sorri.

 

             – Ju... eu precis... – Disse Dri com a voz um pouco trêmula.

 

             – Já sei! Vocês estão namorando e não sabem como me dizer. – Me antecipei a ela – Fala sério, né, Dri? – Chamei o garçom, pedi uma garrafa de vinho sabendo que todos gostavam. – Vamos brindar a esse romance e todos os casais apaixonados da face da terra! – falei erguendo a taça ainda vazia. Todos me olharam. Dri encarou Verônica, depois Armandinho e Paulo puxaram as risadas.

 

             – Lésbica é foda mesmo, hein? Uma namora a amiga da outra, que namora a...

 

             – Cala a boca, Armandinho!  - Gritamos os quatro e depois começamos a rir.

 

            A noite só não foi mais agradável porque faltava um pedacinho do meu coração. Na verdade, para ser mais exata na fração, faltava o meu coração inteiro. Faltava Bianca. 

 

*****

 

            Ansiosa, na sexta-feira à noite eu fiz uma mala pequena, o suficiente para 15 dias na praia. Acordei no sábado e a primeira lembrança foi:  fazia um mês que eu tinha visto Bia pela primeira vez. No fim da manhã fui com Dri no shopping para buscar um presente que eu queria dar ao meu amor. Quando entrei na loja e abri a caixinha vermelha que abrigava as joias, fiquei sem palavras, mas ao mesmo tempo tive receio do efeito que teria.

            – E se ela não gostar? – perguntei a Dri que analisava os objetos de prata com a cara de que queria uma igual.

            – Se ela não gostar você me dá uma que eu uso, oras!

            – Palhaça! – disse e peguei o objeto nas mãos – Tem os nossos nomes, um coração e a data do primeiro dia em que nos vimos. Não é muito clichê?

            - É muito clichê e por isso que é lindo. – disse e fechou a caixinha entre as minhas mãos – Amiga, são alianças de namoro, é romântico e ela não vai se sentir pressionada a casar, se é o que está pensando.

            – Mas só tem um mês.

            – Não importa, ela vai amar, Ju. – disse emocionada. – Tô na torcida por vocês... Só acho um exagero a outra caixa.

            – Ah, para! – sorrimos – Foi a parte mais legal.

            – Você ficou três dias trabalhando nessa caixa. Dá onde tirou tanta inspiração? 

            – Eu sou romântica, oras!

 

            Saímos da loja e passamos em um restaurante árabe para almoçarmos. Dri me levaria na rodoviária às 15h30. Eu estava ansiosa e repetitiva. Na verdade, foi uma competição engraçada. Eu queria falar da Bianca e ela queria falar da Verônica. Acho que minha amiga estava caidinha pela minha ex. Pode parecer estranho, mas eu realmente não senti ciúmes. Pelo contrário. Estava bem feliz que todo aquele mal-entendido tinha terminado com a paixão mais improvável do mundo: Dri e Vê.

 

            Era quase fim de tarde quando peguei estrada em direção ao que meu coração mais queria naquele momento: ver Bia sorrindo para mim. O sol estava maravilhoso, o calor só contribuía para aquecer todas as sensações deliciosas que estavam dentro de mim. Através da janela eu podia ver a paisagem mudando e a cada minuto, quilômetro a menos, o meu coração saltava no peito, e um sorriso bobo despontava em meus lábios. Ah! Esqueci de mencionar que na bagagem eu levava três símbolos do nosso amor para presenteá-la: nossa primeira foto juntas, impressa e emoldurada em um porta-retratos, alianças de prata, para formalizar o nosso namoro e uma caixa que me tirara três noites de sono e causara dores nas minhas mãos. 

            Durante o caminho, abri o celular e li o primeiro capítulo da nossa história, que eu havia enviado para o meu e-mail. Suspirei ao lembrar do quanto o sorriso dela estava impregnado em meus sonhos e pensamentos desde aquele dia fatídico em que eu vomitei nas rosas brancas do jardim de dona Vera. Sorri ao final do pensamento e adormeci agarrada ao celular.

            Acordei no susto, com o ônibus estacionando no terminal. 

 

            Lá estava ela: linda com aqueles cabelos emoldurando o rosto e o sorriso iluminando a face. Eu queria pular naqueles braços e não soltar nunca mais. Apanhei a minha mala no compartimento do ônibus e sai correndo em direção à Bia. As rodinhas da mala quase saltando do chão, tamanha velocidade em que eu as puxava. Abandonei a mala no canto e quando meus braços envolveram os dela parecia que a gente não se via há mais de um ano, tamanha saudade.

 

            – Demorou, hein! – disse enquanto me beijava na boca. 

            – Eu pedi ao motorista deixar eu guiar o bus, mas ele disse que preferia que eu dormisse o caminho inteiro e me resguardar para uma noite selvagem com a mulher da minha vida.

            – Motorista esperto! – disse e apanhou a alça da minha mala. – Vamos que eu quero chegar rápido em casa com você. – Parou por uns segundos – Mala grande para dois dias, não?

            – Então... na verdade... eu tenho... quinze dias de férias. – disse sem rodeios.

            – Ah, sério? – largou novamente a pobre mala abandonada ao lado de nós e me abraçou novamente. Bia me ergueu do chão e fez um giro de 360 graus enquanto nos beijávamos. Nem nos importamos com as piadinhas idiotas e preconceituosas de alguns idiotas preconceituosos que se incomodaram com um gesto de amor. 

– Foi a melhor notícia que recebi nos últimos dias, sabia? Vai ficar todos os dias comigo, né?

            – Sim, ficarei, mas no final das férias... que tal você voltar comigo para o Rio, passar o fim de semana e conhecer meus pais?

            – Fechado! 

 

            E foi assim que começou o nosso reencontro... Quando passamos pelo portão da casa dela e eu avistei o jardim com as rosas brancas não evitei o sorriso.

            – Lembrança boa, né? – ela provocou.

            – Sim, tirando o gosto de vômito e a dor de cabeça do pós-bebedeira, a lembrança é ótima. – Ela estacionou. Percebi que só a luz da piscina estava acessa – Cadê seus pais?

            – Foram passar o fim de semana na casa de um tio meu em Campos. Estamos... só! – disse e me beijou enquanto me encostava no carro, perto da porta do carona e pesava aquele corpo gostoso no meu, sem contar o beijo que veio em seguida.

            – Calor, né? – eu disse ao final do beijo.

            – Vem... – me puxou pelas mãos. Entramos em casa e ela foi acendendo as luzes. Chegamos no segundo andar e paramos na porta do quarto de visitas. 

            – Já? – sorri maliciosa.

            – Você tem meia hora para me encontrar na piscina. Pode usar um biquíni e saída de praia, tá?

            – O que você tá aprontando, Bia? 

            – Sem fazer muitas perguntas, ok?

            – Ok... Ok... – disse, abri a porta e entrei. 

            - Já trago a sua mala. – Ouvi a voz fugindo pelo corredor.

 

            Entrei no quarto. Não comentei a estranheza dela ter me conduzido ao quarto de visitas ao invés do dela. Tomei um banho para relaxar, vesti o biquíni e uma saída de praia novinhos e sexy, que eu havia comprado no shopping. Nas mãos, a caixinha com as alianças. Antes de ir ao encontro dela, guardei a caixa no único esconderijo que eu tinha, dentro da parte de cima do biquíni, entre os seios. Não eram tão grandes quanto eu gostaria que fossem, mas deu pro gasto. 

 

----

 

            As escadas estavam iluminadas por um fio de luz que vinha da sala. Aquele mistério de Bia estava me excitando, confesso. No chão da sala tinha um caminho de pétalas de rosas vermelhas que levava até a mesa de centro. Sobre a mesa um bilhete:

 

            Meu amor, 

            Continue seguindo o cheiro das rosas,

            Só não se perca em seu perfume.

                                                                     Bia.

 

            Sorri. E eu achando que as alianças eram românticas. Quando atravessei a porta de vidro em direção à piscina, o mistério deu lugar a uma imagem linda. Havia uma mesa maravilhosa, iluminada com velas à beira da piscina. As pétalas me levavam até ela. Uma música suave e romântica fechava a cena com chave de ouro. Bia estava de pé ao lado da mesa e nas mãos duas taças de vinho branco. Quando eu me aproximei ela me entregou uma e nós brindamos.

 

            – Tá... lindo. – Sussurrei.

            – Nosso jantar de um mês, meu amor. – disse antes de me arrebatar a alma com um beijo molhado de vinho que tinha gosto de felicidade.

            Nos sentamos e jantamos enquanto conversávamos sobre os primeiros dias. Deixamos as confusões de lado. Essa parte da história não cabia naquele momento de puro encanto. 

            – Você quem cozinhou? – perguntei me deliciando com o peixe assado que ela havia servido.

            – Sim. Pra você. – Disse e sorriu. 

 

Olhei a piscina iluminada por uma luz fraca. E ela respondeu a pergunta que ficou intrínseca em meu olhar:

            – Quero começar fazendo amor com você na beira da piscina, depois na água, depois no quarto, depois... o resto da vida.

            Engoli em seco e senti que aquele era o momento perfeito para as alianças, afinal, os nossos olhos estavam marejados e o coração saltava no peito.

            – Bia... – desabotoei um dos botões da peça que eu vestia. Maliciosa, ela tomou mais um gole de vinho e sorriu. Eu balancei o dedo negativamente e apanhei a caixinha vermelha que estava entre os meus seios. Ela arregalou os olhos, mas continuou sorrindo, isso me incentivou a continuar. – Eu... eu... 

            – Eu aceito! – ela respondeu, me fazendo rir e ter a certeza de que era a coisa certa.

            – Ansiosa... – brinquei. – Quer mesmo... namorar comigo? – Disse e abri a caixinha. As alianças brilharam na nossa frente, iluminadas pela vela que tinha cheiro de amor.

            – Uau! – Sussurrou emocionada. – Tudo o que eu mais quero é ficar com você, Jú. – disse e estendeu a mão direita. Eu posicionei o anel em seu dedo de forma delicada.

            – Então... receba esta aliança como símbolo do meu amor por você. – disse e beijei o anel nos dedos dela. Bia apanhou a caixa, retirou o outro anel e fez um gesto pedindo a minha mão. Posicionou em meu dedo e fez o mesmo gesto que eu tinha feito antes.

            – Receba este anel como símbolo do meu amor.

            – Eu te amo!  – Dissemos juntas, depois sorrimos e nos levantamos. Paramos de frente uma a outra e nos beijamos demoradamente. Estava sendo muito mais formidável do que em meus sonhos. As mãos delicadas dela passearam pelos botões da saída de praia que eu vestia, que parecia uma blusa de tecido leve. Não demorou para a peça deslizar pelo meu corpo. Fiz o mesmo com a dela e desamarrei o laço da parte debaixo do biquíni da morena, depois, com a mesma facilidade desatei o nó da parte de cima. Nós rimos com nossas bocas ainda coladas uma na outra e os olhos fechados. Nuas, iluminadas pela luz das velas que derretiam sobre a mesa e pelo fio de luz azul que sobrevoava a água da piscina, mergulhamos no mar de desejo e saudade que nos afetava. Entramos na água morna e nos tocamos carinhosamente. Senti as mãos dela percorrendo todo o meu corpo, enquanto minha boca deslizava pelo pescoço molhado. As mãos deslizavam facilmente e a textura da pele, a cada carinho mais ousado, nos acendia para o prazer. Com as costas na beira da piscina, senti o corpo dela cada vez mais grudado no meu. As coxas no meio das minhas e as mãos ávidas pelos meus seios. Agarrei o seu pescoço fazendo com que os lábios dela ficassem presos nos meus por mais tempo. Bia escorregou as mãos pelas laterais do meu corpo, apertou as minhas nádegas e eu enlacei as minhas pernas em sua cintura. Sentir o sex* dela roçar no meu naquele momento. O atrito suave que a água permitia, fez com que ela se afastasse. Contestei, pois estava gostoso demais. 

            – Por que parou assim?

            – Vem comigo. –  Disse ao mesmo tempo em que saia da água num salto ágil. Apanhou a minha mão e me ajudou a sair. Em uma espreguiçadeira tinha dois roupões. Ela me deu um e se enrolou em outro. Bia segurou a minha mão e me conduziu de volta à casa. Subimos as escadas quase correndo, tamanha a pressa. Paramos na porta do quarto dela. Ela abriu a porta e acendeu a luz fraca do abajur. Fiquei quase sem conseguir respirar. Os lençóis brancos e macios da cama estavam cheios de pétalas de rosa. Na mesinha da varanda tinha uma garrafa de champanhe gelando e duas taças ao lado. O chão era um carpete de rosas também. Nós entramos e ela me agarrou novamente.  

            – Quero fazer amor com você aqui. No meio dessas pétalas. – Sussurrou com os lábios presos nos meus. Não resisti àquele clima tão romântico e sedutor. Afastei o roupão do corpo dela e contemplei a sua nudez maravilhosa. Enquanto ela me despia novamente eu a conduzia até a cama. Bia caiu de costa e eu me deitei sobre ela, deslizando o meu corpo ainda levemente molhado no dela. Deslizei os lábios, a língua e as mãos pelos seios, barriga e coxas... ela virou a cabeça para trás, abriu mais as pernas e eu mergulhei em seu sex* molhado como se fosse a primeira e a última vez que faríamos amor. Senti as mãos dela em meus cabelos e toda vez que eu aumentava o ritmo da língua ela puxava um pouco mais me acendendo inteira. Antes que eu sentisse o seu gozo, ela me puxou novamente para que nossos olhos se encontrassem e mudou de posição comigo na cama, agora era Bia quem estava com o corpo sobre o meu. Abri as penas e ela se acomodou como se fôssemos uma peça de quebra-cabeças. Nos olhamos enquanto nosso sex* deslizava um no outro. Arranhei as suas costas, depois apertei as suas nádegas na tentativa de aumentar aquele atristo. Não demorou para os corpos suarem e o gozo nos contemplar com aquele aniversário de um mês maravilhoso. Exaustas, ficamos ainda naquela posição. Ela com a respiração ofegante em meu pescoço, eu acariciando as costas macias e quentes. O cheiro de rosas circulava por entre as nossas narinas. Era perfeito demais!

 

            A madrugada dispensa comentários. Ainda bem que eu tinha dormido no ônibus, pois o sono somente nos abateu depois das quatro da manhã. 

 

            Acordei com um cheiro delicioso de café fresco. Ao meu lado na cama uma bandeja com pães, frutas, café e uma rosa. Me revirei nos lençóis enquanto Bia abria a janela para mostrar o sol lindo que estava lá fora. 

            – Que horas são? – perguntei preguiçosa enquanto experimentava um morango suculento. 

            – Quase uma da tarde. 

            – Nossa! – disse e tomei um gole de café. Bia sentou-se ao meu lado na cama e segurou minha mão.

            – Amei o nosso um mês. 

            – Não terminou ainda. – falei afobada e sorridente. – Preciso de um minuto... – disse enquanto envolvia o lençol em meu corpo e saia pela porta em direção ao outro quarto. Bia não tinha entendido absolutamente nada. Voltei com uma caixa e o porta-retratos nas mãos. Sentei-me na cama ao lado de Bia e entreguei a ela a nossa foto. Ela abriu e eu não precisei dizer do que se tratava, na memória dela os nossos dias felizes estavam tão vivos quanto na minha.

            – A primeira foto que tiramos juntas. – disse e me abraçou. – Adorei.

            Empurrei a caixa branca na direção dela.

            – Abre. – Sussurrei.

            – Que misteriosa. – falou enquanto destrancava uma fivelinha de metal e abria. Bia olhou para dentro da caixa, depois sorriu e olhou para mim com um ponto de interrogação na testa. Havia milhares de papéis coloridos, enroladinhos como pergaminhos e amarrados com fita vermelha.

            – Tem... trezentos e sessenta e cinco frases, uma para cada dia do ano, explicando o porquê eu te amo tanto.

            – Amor... – disse com lágrimas nos olhos – É lindo... – abriu um papel verdinho e leu uma das frases que escrevi pacientemente à mão. – “Te amo porque você faz o meu coração disparar com o seu sorriso.”

            – Algumas frases vão estar meio tremidas porque eu escrevi... – ela impediu que eu terminasse a explicação para justificar a letra feia e me beijou com aqueles lábios mais apaixonados do que nunca. 

 

***

 

            Segunda-feira: os pais dela chegaram de viagem. Dona Vera, ao me ver, abriu um largo sorriso e me abraçou apertado. Quando vi o senhor Régis percebi que elas não haviam mentido sobre a semelhança dele com Bia. Ela realmente era parecidíssima com o pai. Almoçamos todos juntos e no fim da tarde Bia me levou para conhecer a floricultura da família dela. Era lindo, havia uma estufa só de orquídeas, que era a flor que mais me encanta no mundo. 

 

 

            A semana transcorreu perfeita, cheia de romance e cumplicidade. No meu primeiro fim de semana com a família de Bia, no sábado, fizemos a decoração de um casamento na praia. Foi a coisa mais linda que meus olhos puderam ver até ali. Os noivos, um casal de surfistas que se conheceram em um torneio no Havaí. Ao final da cerimonia, que teve o por do sol como testemunha, e que foi aplaudido tanto ou mais do que os noivos, Bia e dona Vera teceram elogios a minha organização e destreza para contornar as pequenas eventualidades que ocorreram durante a arrumação. Um exemplo foi a discordância dos pais do noivo sobre o portal de flores que a noiva havia encomendado de última hora. Apesar da exaustão, no final, o trabalho era tão impecável e de uma beleza tão pulsante que fazia valer a pena todo o esforço.

 

            Quinze dias passam depressa. Era sexta quando Bia colocou a mochila dela dentro do carro e nos despedimos dos meus sogros para voltarmos ao Rio. No sábado, ela conheceria os meus pais e retornaria a Búzios no domingo, lançando sobre nossa relação doses quase insuportáveis de saudade.

 

            E foi assim que aconteceu. Almoçamos com meus pais em um restaurante na orla de Ipanema, depois fomos encontrar Dri, Vê, Pedro e Armandinho. Passamos parte da noite com eles em um barzinho de Santa Teresa, depois voltamos para a minha casa. Bia estava hospedada lá desde que chegamos. 

            A madrugada fora regada a juras de amor e cumplicidade. No domingo fomos à praia e conversamos sobre o nosso futuro. Eu não sabia o que nos esperava, mas às vezes tinha a impressão de que Bia tinha coisas bem definidas em sua cabecinha. Ela era cheia de segredos. E até que eu adorava isso nela! Uma coisa era evidente pra gente: a certeza de que queríamos ficar juntas. 

Fim do capítulo


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Comentários para 28 - Capítulo 28 - JULIANA: FLORES E AMORES:
Anny Grazielly
Anny Grazielly

Em: 24/08/2020

Ju vom certeza irá trabalhar com eles

Responder

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Anny Grazielly
Anny Grazielly

Em: 24/08/2020

Ju vom certeza irá trabalhar com eles

Responder

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Mille
Mille

Em: 25/07/2020

Oi Karina
"As letras que viram palavras, que viram frases, que viram histórias, que tocam nossos corações." Muita inspirações para continuar sempre nos presenteando com suas histórias. Feliz dia do escritor

Bjus

Responder

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rhina
rhina

Em: 09/01/2020

 

Um pedido de namoro quase casamento

Tudo tão veloz

Rhina

Responder

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HelOliveira
HelOliveira

Em: 19/07/2019

Nossa que comemoração mais linda, as duas em uma sintonia perfeita....

Ju essa caixinha foi incrivel, precisa de muito amor e paciência ..

 

Parabéns amei o capítulo

Responder

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Val Maria
Val Maria

Em: 19/07/2019

Oi autoras!

Que capítulo lindo!!!! A Juliana é a namorada perfeita,pois pensa em cada detalhe.

Mas a carta não foi aberta e a minha curiosidade só aumenta para saber o que a Bianca escreveu ali.

Que venha o próximo capítulo.

Beijos meninas

Um excelente  final de semana .

 

Val Castro

Responder

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Mille
Mille

Em: 18/07/2019

Ola autoras 

Comemoração de aniversário de mês de namoro foi lindo, as duas são muito românticas e superaram em suas programações.

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Foi lindo, né Mille? Achei a Ju tão fofa!!! Beijocas e até o próximo! 

Responder

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