A vida de Nathalia não estava sendo nada fácil, em poucos meses conseguiu encontrar o amor de sua vida, conhecer o céu e o inferno dentro dessa relação. Sabia que estava longe de encontrar a paz que tanto sonhava mas tinha certeza de uma coisa, não abriria mão de nada em sua vida.

A tarde passou voando e Júlia teve que sair do consultório, não sabia como agir em relação a vergonha que sentia, tudo que ela mais queria era conseguir sair do hospital sem encontrar com ninguém que a pudesse questionar sobre a noite anterior.

O destino nem sempre ajuda e para Jú estava longe de ser o destino com final feliz, passou pela recepção apenas acenando para Tatiana, Mariana e Dani que conversavam empolgadas sobre algum assunto que na cabeça de Júlia só poderia ser ela, atravessou a rua e pensou em fazer um lanche na pastelaria e ir direto para o Pré que fazia com Tati, não esperaria no hospital, definitivamente não estava disposta a dar satisfação a ninguém, nem a olhares inquisidores, muito menos desabafar pois ainda não sabia como enfrentar a realidade tão cruel a que se expôs.

Sentou bem no cantinho da pastelaria em uma mesa em que não fosse vista por quem entrasse, naquele horário muita gente do hospital costumava ir lá. Pediu seu lanche e mesmo com fome não conseguiu chegar até a metade.

A vida e convivência no hospital ficaria insuportável se o motivo real de sua briga com Luciana viesse a tona, sabia que Lú era integra o suficiente para não falar sobre sua cena de ciúme em relação a Nathalia mas até que ponto ela vacilou naquela noite? Na verdade ela não sabia, lembrava vagamente de ter trocados beijos quentes com Cristina mas não fazia ideia do que tinha falado durante sua bebedeira. Com a mente fervendo e os pensamentos confusos Júlia entrou na van e foi tentar o impossível, se concentrar na aula.



***



Na recepção Mariana e Tatiana se preparavam para ir embora, Nathalia ficaria no hospital com seus pais e Beatriz, queria tentar convencer os pais a ficar mais tempo e mais ainda fazer Bia aceitar seu casamento com Tatiana.

Tati terminou seu serviço e foi até o consultório de Nathalia, ainda tinha um tempinho antes de ir para o Pré vestibular e queria ver sua amada.

--Ainda trabalhando meu amor. -Tatiana parou sob o batente da porta olhando enfeitiçada para Nathalia que usava seus óculos de grau vermelho e o abaixou um pouquinho para olha-la deixando Tati cheia de tesão

--Só fazendo umas anotações de pesquisa. -Nath concluiu colocando a caneta na boca e engolindo seco o olhar que sua loirinha lhe lançava e retribuindo é claro

--Nath não me olha assim que eu sou capaz de fazer uma loucura.

--Como assim meu amor, não to fazendo nada.

--Você sabe muito bem o que ta fazendo, sabe que eu não resisto a você assim de óculos e ainda me olha desse jeito.

--Desse vez eu sou inocente, nem sabia que viria me ver.-Nath falou olhando por cima dos óculos fazendo Tati pirar

--Vamos ver até onde vai essa sua inocência. -Tati fechou trancou a porta e caminhou devagar até a mesa

--Agora eu é que vou falar: Não me olha assim Tatiana!

--Por quê? -a loira provocou

--Porque eu não resisto a você.

Nathalia se levantou em direção a Tatiana que mesmo tendo provocado a olhava assustada, mesmo sabendo que sua mulher era tarada por ela não esperava que ela fosse adiante com aquela loucura no trabalho.

--O que foi meu bem, ficou com medo. -Nath sussurrou no ouvido de Tati

--Um pouco, mas nada se compara ao tesão que senti com você me olhando desse jeito.

Nath beijou o pescoço te Tati foi descendo bem devagar distribuindo beijos até seu colo, beijou sua boca com paixão parou olhando bem nos olhos de sua amada e falou:

--Não precisa ter medo, não faria isso aqui, ainda... -Nath sorriu e Tati bufou mesmo com medo quando sua ruiva começou achou que ela não iria parar

--Sério isso Nathalia! Me provoca desse jeito e para no meio do caminho. -Nathalia ria da cara de raiva que Tatiana estava

--Meu amor não sou mulher de rapidinhas, nós temos uma cama enorme e maravilhosa pra gente se amar sem medo de ninguém interromper. -Nath não conseguia parar de rir

--Isso não é bem verdade mas tudo bem, você me paga Nath. isso não vai ficar assim, vai ter volta pode esperar. To indo estudar, te vejo mais tarde.

Tati deu um selinho em Nathalia e saiu sem olhar pra trás, Nathalia ria não acreditando que Tati tenha ficado tão zangada por ela ter parado, jamais imaginou que sua loirinha pura e casta tivesse vontade de se aventurar na mesa de seu consultório, riu de seus próprios pensamentos “preciso me redimir, é aventura que ela quer então ela terá” .



***



Duda e Natasha eram as únicas naquele hospital que não estavam preocupadas com alguma coisa pelo contrário, estavam se curtindo o máximo que podiam, Natasha como prometido foi ao encontro de Duda no consultório para almoçarem juntas, a ruiva pediu comida árabe(era sua comida preferida), a morena aprovou o cardápio, assim que terminaram Duda inocentemente comentou que só faltou a sobremesa.

Natasha já tinha tudo preparado em sua mente, sabia que em algum momento a morena falaria alguma coisa sobre a sobremesa, Duda não abria mão de um doce e a ruiva se aproveitou de disso para terminar seu almoço com chave de ouro.

--Quem disse que não tem sobremesa?

--Eu não vi, onde você escondeu? -as duas falavam entre sorrisos

--Esteve o tempo todo ao alcance de suas mãos.

A ruiva levantou lentamente caminhando em direção a mesa de Duda, virou de frente pra ela retirando seu jaleco em câmera lenta e olhando no fundo das esmeraldas de Duda que ela tanto amava.

--Não brinca assim comigo pequena, passei o dia todo só pensando em ter você nos meus braços de novo.

--E quem está brincando aqui? Vem terminar sua refeição, me come vai.

As palavras de Natasha fizeram Duda encharcar na hora, aquele monumento ali em sua frente vestindo uma calça jeans e uma regata apertadinha encostada em sua mesa, a ruiva estava com o corpo curvado para trás convidando Duda para se encaixar nele.

A morena levantou de uma só vez, segurou Natasha pelo pescoço e sugou sua boca em um beijo cheio de desejo, desejo que nem toda noite passada inteira tinha conseguido diminuir, quanto mais tinha Natasha mais ela queria. Colocou seus corpos imprensando a ruiva contra mesa, se esfregava com vontade, uma vontade que ela até então desconhecia, revezava entre a boca e pescoço da ruiva com tanta voracidade que acabou marcando sem querer.
--Desculpe não foi minha intenção. -a morena falou entre gemidos

--Eu sei, Nao para. -Natasha gem*u alto ao sentir a mão de Duda entrando em sua calça jeans

Com uma rapidez e uma habilidade que ela tinha esquecido ter Duda abriu a calça de Natasha enfiando a mão e sentindo sua ruiva toda molhadinha pra ela, gem*u de prazer ao sentir o que conseguia causar em Natasha, mexeu seus dedos de encontro ao sex* completamente molhado de Natasha que gemia e pedia por mais.

--Vai Duda, me come vai…

--Você é completamente louca. -Duda falou entre beijos enquanto descia um pouco a calça da ruiva para facilitar o contato

--Isso mete bem gostoso vai.-a ruiva sussurrou enquanto sentia a morena a penetrar seus dedos

--Safada! Você me faz perder a razão. -Duda penetrava e se esfregava em Natasha já fora de si

--Ta sem força, gostosa! Me come com vontade, daquele jeito vai.

Os gemidos aumentaram no consultório, sem tirar os dedos Duda levantou a ruiva e a colocou sentada na ponta da mesa enfiando e tirando os dedos de dentro dela o barulho começou baixo e foi aumentando, Natasha estava tão molhada que espirrava no jaleco de Duda todo seu tesao, a morena enlouqueceu com aquela cena.

--Goz* gostoso pra mim minha pequena eu não vou conseguir segu….

Sem conseguir terminar a frase Duda gozou gostasamente vendo Natasha jorrar daquela maneira que a seguiu com um orgasmo longo repleto de gemidos e arranhões que nem a blusa e o jaleco de Duda conseguiram protegê-la.

Enquanto a respiração voltava ao normal Duda acariciava o rosto de Natasha com carinho e distribuía beijos pelo seu rosto.

--Eu adoro suas loucuras sabia? -Eduarda perguntou

--Você me faz cometer esses desatinos. -a ruiva riu

--Desatinos maravilhosos, mas não quero que pense que você é mulher de rapidinha no hospital pra mim. -Eduarda preocupada

--Pois você é mulher de rapidinhas no hospital e em qualquer outro lugar que eu tiver vontade. -Natasha encarou Duda com o maior descaramento
--Você é louca minha pequena, eu nunca sei o que fazer e nem o que esperar de você.

--Em relação a você espere sempre o melhor de mim.

Depois de se amarem desesperadamente saíram juntas do consultório com a cara mais limpa do mundo em direção a emergência sem se incomodar com os olhares curiosos sobre as duas. O clima de entre elas era super descontraído, trabalharam de frente uma pra outra o que permitia troca de olhares, provocações entres elas.

Nesse clima intenso cheio de provocações e desejo natasha e Eduarda nem sentiram a noite de plantão passar, a madrugada já estava no meio quando as duas pararam para descansar.

--E aí delicinha, vamos comer alguma coisa? -Duda falou olhando pra si e provocando Natasha.

--Você não pensa em outra coisa não?

--A culpa é sua, eu olho pra você e me vem uma vontade enorme de te tocar, de te beijar, de te amar… -Duda foi se aproximando e a ruiva se arrepiou dos pés a cabeça

--Você vai acabar comigo de jeito sabia?

--Então eu vou maneirar porque quero você todos os dias.

Juras sendo feitas, o clima de romance estava no ar e nada precisava ser dito, Eduarda e Natasha conseguiam se entender sem que nada fosse definido.

Não precisa nem falar que elas foram até a lanchonete do hospital e em seguida correram para o consultório de Duda onde com certeza não seriam interrompidas

Fim do capítulo