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Janaína por maymargret

Ver comentários: 3

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Palavras: 1021
Acessos: 821   |  Postado em: 03/06/2019

Notas iniciais:

Este conto foi escrito para concorrer a uma antologia da Cartola Editora.

Janaína

 

Marina se sentou no banco. Dali da avenida, podia ver o mar. Aquele marzão enorme, casa da sua mãe. Iemanjá. A mãe, dos seios grandes, dos braços longos, que podiam abraçar todos os seus filhos. Braços que abraçavam até os filhos dos outros, Nanã que o diga. Atotô!

 

Era lindo ver aquele mar azul, com todas as cores do mundo refletidas nele. De longe, lá na linha do horizonte, os barquinhos pareciam brinquedos de criança. Eram os barcos dos pescadores. E pediam para a mãe, para a Senhora do Mar, que lhes desse uma boa pesca. Que lhes desse fartura, lhes desse meios para sustentar os filhos. E Iemanjá sempre os atendia.

 

É verdade que a mãe gostava de agrados. Pentes para pentear os cabelos mais lindos do fundo do mar. Colares de conchas. Garrafas de champagne. A mãe merece tudo, Marina pensava.

 

Mas mesmo naquele dia lindo, com aquele mar cintilante, Marina chorava. Tinha ido até ali justamente para chorar, para desabafar com a mãe Iemanjá. O namorado a tinha deixado. Passaram meses apaixonados, pensando até em morar juntos. E um belo dia, sem mais nem menos, ele tinha resolvido que não queria mais. Que não amava mais. Sim, era uma coisa muito forte o que ele sentia por ela. Mas não era amor. Será que podiam continuar sendo amigos?

 

Marina não podia acreditar naquilo que estava ouvindo. Ela tinha demorado tanto pra confiar nele. Pra acreditar nele. E agora isso. Ela se sentia como na vez que um menino grande chutou o castelo de areia que ela tinha construído com tanto cuidado, ali mesmo naquela praia; era isso que o namorado tinha feito com ela. Destruído seus sonhos. E ela chorava de desilusão, de tristeza, de raiva de si mesma, por ter sido tão idiota. Por ter confiado nele. E chorava também porque sentia saudade. Muita.

 

Afinal, tudo que ele queria era leva-la para a cama. E tinha conseguido, pois quem ficaria indiferente a tanto amor? Era tudo mentira, pensava. Já tinham se passado meses, mas Marina não esquecia.

 

Quando ela via um casal na rua, pensava que ia morrer de dor. Porque ela não tinha isso. Porque era sozinha. Porque o mundo estava contra ela, e ela nunca era boa o suficiente para ficar com ninguém. Eles sempre vão embora, refletia. Sempre tem alguma desculpa. Sempre tem uma mulher mais bonita. Mais inteligente, mais rica. Eu não sou ninguém.

 

No meio desses pensamentos, sentiu uma mão tocando seu cabelo. Não tinha ninguém ali, mas ela sabia quem era. Era a mãe. A Rainha do Mar. Tinha visto e ouvido tudo; tinha sentido sua dor. E o carinho era um jeito de dizer que estava ali. Marina podia sentir sua presença do lado dela. Um cheiro de flor e maresia. Um cheiro de mistério, de aconchego, de sagrado.

 

A sensação passou. E uma moça se aproximou. Sentou-se do lado de Marina no banco.

- Você está bem? Sei que não é da minha conta, mas vi você chorando.

- Agora estou bem.

- Que bom. Meu nome é Janaína.

Marina, ouvindo esse nome, olhou a outra com mais atenção. O nome da mãe, pensou.

- O meu é Marina. Prazer.

 

Daquele dia em diante, Marina e Janaína se viam sempre. Eram amigas. Janaína era tão legal. Sabia todas as coisas. Levava Marina nos terreiros. Andavam por todos os lugares. Enfrentavam as ladeiras na cidade naquele sol de rachar. Nadavam. De tardezinha, olhavam o sol se por como uma luz que se apaga no meio das ondas.

 

Marina não se sentia mais sozinha. Janaína sempre estava lá. Adivinhava até as menores vontades de Marina. Era como se a mãe tivesse vindo em forma humana, pra me consolar, pensava.

 

Mas Janaína era humana. De carne e osso, tão de carne e osso quanto a própria Marina. E Marina descobriu que estava amando. Amando Janaína. Aquela que a própria mãe tinha trazido, mandado pra ficar com ela. A mãe abençoaria aquele amor, que tinha nascido ali naquele banco.

 

Marina não podia e não queria falar nada. Tinha medo. Não sabia como a amiga reagiria. A amizade de Janaína era tudo para ela. Ela não ia aguentar perder alguém de novo. Ia se sentir ainda mais sozinha. E talvez até se jogasse nos braços da mãe. Ela já tinha pensado nisso antes. Ir ao castelo de Iemanjá, no fundo do mar, pelos seus próprios pés. Refugiar-se nos braços da mãe amada. Mas não podia fazer isso. Tinha que ser forte; a vida era assim mesmo. A vida era dor e perdas; vivemos num vale de lágrimas, era isso que a mãe de santo falava. E Marina concordava com ela.

 

Marina só tinha pequenos pedaços de felicidade. E quem tinha sua felicidade agora nas mãos era Janaína. Janaína era o amor; cabelos pretos, longos como os de Iemanjá; um sorriso que iluminava; dois braços que queimavam à luz do sol. Janaína tinha cheiro de mar, de brisa. Era tudo tão diferente. Era tudo tão verdadeiro. Marina só podia esperar. E pedir pra mãe que a ajudasse.

 

Um dia, Marina andando sozinha na praia, sentiu aquilo de novo. Era a mãe pegando seus cabelos. Tinha que perguntar o significado disso pra mãe-de-santo.

 

A mãe-de-santo sorriu. - Iemanjá quer os seus cabelos, minha filha. Faça um pedido, corte os cabelos e leve até o mar. – Marina concordou. Ela já sabia o que ia pedir.

 

No outro dia, Janaína se surpreendeu ao ver a amiga:

- O que você fez com o seu cabelo?

- Cortei. Oferenda para Iemanjá.

- Ficou linda.

- Fiquei mesmo?

- Demais!

 

E o olhar de Janaína disse tudo. Sim, Janaína também amava. Amava Marina. A mãe tinha atendido o seu pedido. Ou talvez apenas tivesse lhes dado coragem. A coragem que lhes faltava para se declararem.

 

E daquele dia em diante, o amor brincava e dançava na areia. Lá do fundo do oceano, a mãe sorria. Afinal, toda mãe fica feliz quando vê os filhos felizes.

 

Odoyá minha mãe!

 

Fim do capítulo


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Comentários para 1 - Janaína:
rhina
rhina

Em: 10/07/2019

 

Olá 

Boa noite! 

Wou. ......bom.mesmo Autora.

Rhina

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viinha
viinha

Em: 07/06/2019

Uou perfeito????


Resposta do autor:

Obrigada! ??????

Responder

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preguicella
preguicella

Em: 03/06/2019

Adorei!
Resposta do autor:

Obrigada!! Fico feliz que você gostou!!?

Responder

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