Capítulo 23: O CARNAVAL NÃO TERMINA NUNCA
“Eu vou te provar que você está mentindo... Mentirosa!”
Essa frase perpetuou os meus pensamentos por horas depois que Bianca saiu do meu apartamento. Fiquei deitada na cama. Nas mãos eu tinha os lençóis bagunçados que exalavam o perfume inebriante do corpo dela. Você deve estar se perguntando se eu não exagerei. Sim, um pouco. Confesso. No entanto, o que me deixou atordoada nessa história toda foi o fato da gente ter muita química na cama. E eu não acredito que só sex* seja suficiente para viver um grande amor. Vamos aos fatos, talvez depois de saber o que sinto e como penso, possamos chegar a uma conclusão:
A) Bianca chegou de surpresa e viu Verônica me beijando. Se ela fosse uma mulher que me conhecesse mais do que duas semanas, jamais teria achado que eu estava beijando a minha ex. Teria ido lá e me arrancado dos braços dela tendo a certeza de que aquele beijo era sem consentimento, ou simplesmente teria me dado a chance de explicar a situação.
B) Ela sequer me deu a chance de explicar, saiu pela rua como uma louca e agarrou a primeira diaba que viu pela frente. Quem com maturidade faz um negócio desse?
C) Eu fui socorrer a infeliz e ela simplesmente me disse que só sirvo para sex*. Oras! Não foi com essas palavras, mas foi o que quis dizer. Não me conhece mesmo! Depois, foi na minha casa pedir desculpas, encontrou a Verônica. Deu margem para pensar besteiras? Sim e não. Veja. Se eu tivesse algo com a Vê, não teria ido atrás dela depois do beijo para me explicar, e não teria ido na casa do Armandinho para cuidar dela e ouvir que só sirvo para sex*.
D) Ela não me ouviu. Não confiou em mim. Me julgou por um chifre que levou de uma ex. Disse coisas que me magoaram muito e que eram difíceis de eu passar por cima. Depois, apareceu do nada, fez amor deliciosamente comigo, confesso, e agiu como se tudo estivesse bem.
Consegue se colocar pelo menos um pouco em meu lugar? Eu poderia esquecer tudo e voltaríamos aos dias de sex* selvagem e deliciosos dos primeiros dias. Mas até quando? Bastaria um mal-entendido para Bianca, além de não me ouvir, se jogar nos braços de uma qualquer? Eu queria mais que isso. Eu merecia mais que isso. Toda mulher merece mais que isso.
Ela despertava em mim os meus melhores desejos. Eu adorava olhar para ela de manhã. Quando conversávamos era incrível. Mas, e quando tivesse um obstáculo? Sentaríamos para resolver e nos acertarmos ou seria um escândalo regado à bebedeira e sex* com desconhecidas? Pode me chamar de idiota, mas eu quero ao meu lado alguém que saiba me ouvir. Que não duvide da minha palavra. Alguém que acredite em mim e mesmo que todos os fatos a façam duvidar, que ao menos me dê a chance de me explicar. Eu queria uma relação firmada na confiança, não apenas naquele sex* delicioso que a gente fazia.
Me revirei na cama. Eram muitas perguntas para tão poucas respostas. Na verdade, depois do balde de água fria daquele fim de semana, eu tinha medo, desespero e receio de abrir a minha vida para alguém como Bianca. E ainda tinha os agravantes: ela era popular demais para mim e desejada demais. Sei que essas justificativas não deviam ser levadas em consideração se existe amor e, não duvido que exista amor. Mas eu não conseguia controlar o pavor de estar com alguém como ela. Não estava preparada para novas decepções, não naquele momento em que me sentia tão fragilizada. Depois que eu vi aquele lado intransigente, pensar a minha vida ao lado dela, me remetia à sensação de espera. Uma espera torturante por uma decepção qualquer. Meu lado racional dizia que eu precisava ficar longe de Bianca, mesmo o meu coração reconhecendo que batia forte e descompassado por ela.
Acordei com o barulho da porta batendo. Sonolenta, abri os olhos. Olhei o relógio no criado mudo. Já passava das dez da noite. Levantei-me cambaleando e caminhei em direção à sala e abri a porta. Dei de cara com a pessoa que eu não queria ver tão cedo. Tentei franzir a testa, mas eu não conseguia ficar com raiva de ninguém por muito tempo.
– Entra. – disse notando que a figura me olhava com cara de cachorro sem dono.
– Acho que preciso me desculpar com você. – Disse Adriana com as mãos nos bolsos e arrependimento no tom de voz.
– Acho que você abriu os meus olhos. – Eu disse me sentando no sofá.
– Não Jú. Eu fui babaca. – Sentou-se ao meu lado e segurou minha mão. – Eu amo você e descobri isso tarde demais. – Ela disse e eu baixei a cabeça. – Ei! – Ergueu o meu queixo. – Amo mais a amiga do que a mulher que está a minha frente. Quero muito te ver feliz, Jú.
– Eu não sei o que dizer.
– Não diz nada. Você não tem culpa do que eu sinto, a não ser pelo fato de ser bem atraente e incrível.
– Só sou atraente e incrível porque você acha que está apaixonada. – disse e sorri sem graça.
– Eu não acho, eu estou. – falou com tom de voz suave. – Mas sei que seu coração é da Bianca...
– Não me fala da Bia, por favor. – Fiz cara de choro.
– Não se entenderam, não é? – Suspirou – Poxa! Eu contei a ela toda a minha culpa nessa história. Era só vocês conversarem e...
– Espera! – A interrompi – Contou a ela?
– Disse algu...ma coisa errada?
– A Bia veio aqui, fizemos amor... foi maravilhoso! Mas... então... – me levantei. – Isso só aconteceu, ou seja, ela só me perdoou porque você admitiu que eu não tive culpa de nada! – disse brava! Adriana se levantou e veio até onde eu estava. Tentou falar alguma coisa, talvez defenderia Bia, mas eu não permiti. – Tá vendo porque não posso ter um relacionamento com ela? A Bia podia pelo menos ter me dado a chance de explicar, mas não... optou por ser muito escrota comigo. Mas bastou você falar com ela e pronto! Veio aqui e fez o que ela sabe fazer de melhor: virar a minha cabeça na cama.
– Tá sendo cruel, Jú. A Bia tava muito mal e arrependida. Tem o fato da Verônica estar no seu apê quando ela chegou pra pedir desculpas...
– Ah! Os fatos novamente. Já expliquei isso até a letra D.
– O quê?
– Esquece. Não foi pra você que eu expliquei. – foi pra você que tá lendo. Vamos combinar, viu que eu tinha razão na opção C? Como a Keilaspm bem lembrou: ai que confusão! E digo mais, a Kairavieira me compreendeu. Esse término foi necessário. A Bia tinha que entender que conflitos não se resolvem com sex*. Mas a Mille tá achando que eu vacilei e a HelOliveira espera que eu corra atrás da Bia. Até a Paula Oliveira ficou com ranço da Bia depois das coisas que ela me falou. E ela tá certa. Eu estou com ranço! Quero um amor maduro, gente! Bom, pra piorar o meu estado de espírito, a Val Castro ainda sugere que a Bia encontre outra. Tudo bem se ela encontrar, digo, tudo bem uma ova! Eu preciso de um tempo para raciocinar novamente.
– Jú, você tá bem? Ficou muda de repente. – Me olhou como se eu estivesse em outro planeta.
– Como eu posso estar bem? Amo aquela... gostosa, digo, danada! Mas meu estômago revira só de pensar em reaproximação. Poxa! Por que ela não me ouviu? Precisou você falar? E se você fosse uma filha da puta que dissesse pra ela que eu estava beijando mesmo a Vê?
– Bom... pensando assim...
– Exato! Ela tinha que confiar em mim. No que eu sinto... na minha conduta.
– Jú, vocês se conhecem a pouco tempo. A Bia passou por um momento difícil com a ex dela...
– Não tá ajudando, Dri. Todo mundo um dia já tomou um chifre. Lembra da Vê? Aposto que ela me traiu com a menina de Floripa, e daí? Vou amargar essa traição a vida inteira e ficar com medo de alguém me colocar um chifre? Poxa... O amor devia ser uma coisa suave.
– É por isso que eu me apaixonei por você. – Sussurrou. – Exatamente porque você é leve. Gosta da simplicidade das coisas. – Segurou minha mão. – A Bia não teve ao seu lado, nem metade do tempo que eu tive e mesmo assim se apaixonou por você. Ela tá machucada pelo que aconteceu. Não seja tão dura. As pessoas reagem diferente em situações traumáticas. Você tá cobrando maturidade dela, mas está sendo dura ao não dar uma chance. A Bia precisa saber que pode confiar em você, que você é sincera, além de ser garota de uma só. Totalmente monogâmica, o que pra mim é bastante tedioso, por isso, mesmo estando apaixonada por você, eu não saberia lidar com uma relação assim. – disse e sorriu. Eu sorri também. Ela até tinha razão. Mas eu precisava de tempo.
– Ela vai embora pra Búzios, eu vou voltar pra minha vidinha de sempre. Se um dia nos encontrarmos e ainda sentirmos o coração disparar uma pela outra, talvez possamos voltar de onde paramos. Mas por hora eu não quero. O sex* é bom, mas... eu tô numa fase de querer alguém que supra outras necessidades, e companheirismo e dedicação estão no topo da lista.
– Você quem sabe, sua teimosinha. – Disse e beijou minha testa. – Você me perdoa?
– Não consigo ficar com raiva por muito tempo... – Disse e sorri. Nos abraçamos e foi só. A Dri pode até ter armado uma situação, mas era a Bia quem devia ter colocado a nossa cumplicidade na frente de tudo. Vivemos pouco, mas foi tão intenso. Será que em nenhum momento ela aprendeu a olhar nos meus olhos e confiar em mim?
A semana seguiu. Imaginei que Bia já tivesse se esquecido de mim. Melhor assim. Amor de Carnaval não tinha mesmo que se prolongar. Ela devia ter voltado para a vidinha em Búzios... E sabe o que mais me matava naquela história? Era não conseguir parar de remoer os últimos dias e sentir tanta falta daquele maldito sorriso.
Na quinta à noite. Eu cheguei cansada do trabalho. Saí tarde. Tomei um banho, sequer jantei e me larguei na cama. Acordei com um barulho de risadas vindo da sala. Olhei o relógio, eram nove e quarenta e cinco da noite. Que raio estava acontecendo? Na sala, dei de cara com Armandinho e Dri conversando com a minha mãe.
– Mãe? – esfreguei os olhos. Sim. Eu ainda morava na casa da mamãe. – Não sabia que a senhora tinha chegado de viagem. – disse assustada e tentando calcular as datas na minha cabeça – Pensei que vocês chegariam semana que vem.
– Chegamos quase agora, filha! – me deu um beijo no rosto e eu vi as malas no canto da sala – Não quis te acordar, você parecia tão cansada.
– Ainda estou! – pensei enquanto retribuía o beijo – Aconteceu alguma coisa? – perguntei a Dri e Armandinho que estavam parados em minha frente, segurando uma caixa branca cheia de quadradinhos coloridos.
– Temos algo pra você. – disse Dri.
– O que é isso? – curiosa, apontei a caixa.
– Abre! – agora foi Armandinho quem falou. Coloquei a caixa no sofá e desamarrei o laço. Olhei dentro da caixa. Havia um vestido que parecia ter vindo direto do século XVI. Era verde, luxuoso. Com detalhes de renda num tom de vermelho.
– O que é isso? – perguntei pasma.
– É uma fantasia, oras! – respondeu Armandinho.
– Madame de Pompadour! – completou Dri.
– Ou seja: uma cortesã, digo, a famosa amante de Luís XV de França. – disse quase indignada – Pra que serve?
– A última comemoração de carnaval na minha casa. – Armandinho disse empolgado – Um baile de máscaras… Daqueles pomposos… com fantasias bem… Significativas.
– Que isso? Esse carnaval não acaba nunca! – Pensei. – Pelo amor de Deus Armando! Vocês querem me vestir de cortesã? O que uma cortesã tem a ver comigo?
– Vou de Shrek, se isso te conforta. – disse Dri.
– Não vou a festa nenhuma. – Recoloquei o vestido dentro da caixa – Meu estado de espírito me impede de sair de casa.
– Se distrair será bom pra você, minha filha… Mergulhar no desconhecido! – disse minha mãe enquanto segurava nas minhas mãos.
– O quê? Mergulhar no desconhecido? – pensei – Sem filosofia barata, mãe! Você acabou de chegar, não sabe de nada, inocente. – disse.
– Concordo com a sua mãe, Jú! – Respondeu Dri – Você deve mesmo mergulhar no desconhecido.
– Eu também acho! – concordou Armandinho.
– Isso é o quê? Um complô? Vocês três estão ficando loucos, oras! Não! Eu não vou! – rebati impaciente. Imediatamente caminhei em direção ao meu quarto. – Vou dormir. Amanhã acordo cedo pra ganhar o pão de todo dia.
– Ela tá azeda, hein?
– Eu ouvi isso, mãe! – disse antes de bater a porta do quarto.
A festa estava linda. Animada, no entanto, para mim, estava completamente sem graça. Apesar de eu ter dado boas risadas com a Dri vestida de Shrek. As pessoas mal davam para serem reconhecidas. Todas, sem exceção, usavam máscaras e abusavam das fantasias luxuosas. Parecia um daqueles bailes de antigamente. Tirando o fato da Dri estar vestida de Shrek, e um amigo do Armandinho de Homem-Aranha, todos estavam caracterizados para um baile da realeza. Mas nem mesmo a alegria de todos naquela sala me fazia perder a vontade de sair correndo dali e me trancar dentro no quarto.
Caminhei até a varanda da casa. Apaguei a luz. Fiquei quietinha tentando não ouvir a música alta e tentando fugir dos meus pensamentos que teimavam em me levar até Búzios. Dentro de uma casa que abrigava uma moça linda que havia mudado o meu destino para sempre. Bia iria adorar estar naquela festa.
– Destino! – eu disse em voz alta, mas não tinha problema, estava sozinha. Ou pensava estar só até sentir uma mão delicada tocar o meu ombro direito. Tentei ver quem era. A Luz que vinha lá de fora impedia que a escuridão nos cegasse as vistas. Firmei o olhar. Era um Pierrot quem se aproximava de mim. Visualizei as formas do seu corpo por baixo da fantasia. Com certeza era uma mulher. Ela, ou melhor: o Pierrot, estendeu uma rosa bonita, meio branca e meio rosa na minha direção, depois fez uma reverência como se cumprimentasse uma rainha.
– Não precisa se curvar diante de uma cortesã. – disse enquanto pegava a rosa nas mãos. O Pierrot pigarreou – até rimou –, era mesmo uma mulher, mas a voz não era conhecida.
– O destino… Só precisa de uma oportunidade para nos tirar da solidão. – disse com uma voz rouca que eu não consegui mesmo identificar se era de alguém que eu conhecia.
– Falei alto, né? – virei de frente para o palhaço – O destino não existe.
– Mas se existe amor, ele pode existir sim.
– Estou desacreditada no amor…
– Não deveria… – segurou minha mão direita e deslizou a ponta dos meus dedos no desenho da lágrima que estava em sua máscara – A vida sem amor fica assim.
– Com amor também. – Rebati.
– Acredita em amor à primeira vista?
– Sim. – disse ao lembrar do dia em que vi Bianca pela primeira vez.
– Acho que estou vivendo esse amor à primeira vista nesse momento pela segunda vez na minha vida. – Ela disse com tom de voz sedutor.
Sorri com aquela cantada de quinta da tal desconhecida, no entanto, algo dentro de mim me dizia que ela seria importante para mim. Um novo amor que me fizesse esquecer da Bia, que não estava nem aí para mim, pelo visto. Sabe quando você conversa com alguém e tem a nítida impressão ou certeza de que já esteve com aquela pessoa há muito mais tempo do que aquele primeiro instante?
– Você nem viu o meu rosto, como pode ter tanta certeza? – disse com vontade de tirar a minha máscara.
– Aposto que você também está sentindo o seu peito queimar… As suas mãos estão suando frio… As suas pernas tremem…
Fiquei pensativa enquanto refletia sobre as palavras daquela desconhecida. Ei! Ela estava certa. Todos estavam certos! Eu tinha que mergulhar no desconhecido, não é? Quem sabe não seria ela a cura para o amor doentio que eu sentia por Bianca? Eu só precisava arriscar. Como ela mesma disse:
– O destino… Só precisa de uma oportunidade para nos tirar da solidão. – Repetiu como se lesse os meus pensamentos.
– Pensei que eu não iria me apaixonar por outra mulher depois da minha ex… – arrisquei o comentário.
Acompanhei o gesto da desconhecida que ficou em silêncio depois das minhas palavras. Ela retirou a máscara lentamente...
– E não vai mesmo! – disse sorrindo para mim.
– Bia? – perguntei e me assustei com o barulho do telefone tocando. Abri os olhos. Eu estava deitada na minha cama, completamente suada. Olhei para o teto. Era mesmo o meu quarto. O que tá acontecendo? – me perguntei enquanto procurava o telefone. Achei-o embaixo das cobertas.
– Alô! – disse assustada.
– Te acordei, bela adormecida? – perguntou Armandinho do outro lado da linha.
– Sim… Quer dizer: não! Ah! Sei lá, viu? – continuei confusa. O sonho havia sido tão real. O sorriso da Bia havia sido tão… Tão… Fascinante! – Espera um minuto na linha – pedi a ele.
– Tá acontecendo alguma coisa? – perguntou preocupado. Não respondi. Saí andando pela casa como uma louca. Descalça. Despenteada. De calcinha apenas. Abri a porta do quarto dos meus pais. Eles não estavam. Procurei as malas dentro do armário e elas não estavam lá. Recoloquei o fone no ouvido.
– Alô! Alô! Alô! – ouvi Armandinho dizer.
– Meus pais estão viajando. – disse num fio de voz como se eu não estivesse ali naquele momento, sabe?
– Claro que seus pais estão viajando, Jú! Eles só voltam na próxima semana, esqueceu?
– Sim… Mas… – um silêncio – Esquece Armando!
– Olha amiga, estou te ligando para fazer um convite…
– Convite? – fiquei ressabiada – Fala….
– Sábado terá uma festa inesquecível aqui na minha casa.
– Uma festa à fantasia?! – afirmei mais do que perguntei.
– A Dri já bateu com a língua nos dentes, né? – disse aborrecido.
– Não, eu sonh… – parei de falar – Você sempre faz uma festa pra relembrar o carnaval, oras!
– Mas esse ano será um baile de máscaras!
– Legal, e eu vou usar uma fantasia de Madame de Pompadour .– disse irônica.
– Uau, amiga! Que chique! Vai se vestir de cortesã! – assoviou – Adorei! Vou estar vestido de Shrek.
– A Dri também! – quase gritei.
– Não! A Dri vai de Xena, a princesa guerreira!
– Legal! É só ela pintar os cabelos de preto, e… Nascer de novo.
– Que amargura, hein amiga!
– Não vou nessa festa, Armando!
– Sei… E você não quer vir por causa da Bianca, não é?
– É! – disse direta.
– Pois se for por isso não se preocupe. A Bianca não virá. Voltou para Búzios na segunda e disse que quer exorcizar você da vida dela.
– Exorcizar? – repeti indignada – Ela é mesmo uma ridícula! Pode por o meu nome nessa lista de convidados! – disse cheia de atitude.
– Isso mesmo, amiga! – provavelmente bateu palmas, deu até para imaginá-lo batendo palmas. – Sua fantasia de cortesã está à sua disposição em uma loja de carnaval no centro do Rio. Divirta-se!
– Obrigada pela dica… Tchau! – ao desligar o telefone comecei a relembrar cada detalhe daquele sonho louco que eu tive – O destino… Só precisa de uma oportunidade para nos tirar da solidão. – Repeti no silêncio dos meus pensamentos – Ridículo! – pensei – A Bianca jamais me diria isso. – Balancei a cabeça negativamente e apaguei a luz da sala.
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Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Val Maria
Em: 23/05/2019
Oi queridas autoras!!!
Obrigada de coração por me colocado dentro da história, amei muito mesmo.
Meninas parem com isso e se acertem logo,agora fica, uma fala uma coisa,ai vem a outra e diz uma bobagem.
Ju,tudo bem que você quer alguém perfeito ,mas entendi,é da Bianca que você ama com todos os defeitos.
Achei que era real as duas ali,mas não passou de um sonho, me enganei.
Beijos AUTORAS.
Val Castro
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KFSilver
Em: 23/05/2019
Esse destino, hein... Curiosa pra ver as surpresas dessa festa à fantasia.
Maneiro citar as meninas rsrs A torcida tá na expectativa!
Eu sou a favor da Ju, judiar um pouco mais da Bia pra ela aprender a dar valor a relação, e aprender a confiar na Ju! ;)
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HelOliveira
Em: 22/05/2019
Adorei esse capítulo, a Ju tava azedinha mesmo e pra ajudar ficar questionando os comentários do povo que cuida da vida delas kkkkk
Mas pensa Ju vc tb não deu tempo pra Bia te conhecer.
Já estou esperando essa festa
E obrigada pelo carinho ...
E meninas sintam-se abraçadas
Bjos
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Mille
Em: 22/05/2019
Ola autoras autoras
Amei fazer parte da história, e Ju não fica com raiva de mim, deixa de ser cabeça dura e tem uma conversa sincera com a Bia. Dizendo o qur quer na relação e será bom para as duas.
Um abraço apertado para vocês que nos presenteia com suas lindas histórias.
E que sonho quase real, sera que teremos dejavu????
Bjus e até o próximo capítulo
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Kairavieira
Em: 22/05/2019
Adorei a menção ????
Fiquei tão esperançosa pra depois descobrir ser sonho, vcs são tão más ????
Esperando pelos próximos ????????????????
Resposta do autor:
Esse negócio de escrever cenas de sonhos parece até realidade né? resrsrs
Aguarde!!! Termos mais e mais!
Beijos lindona.
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cris05
Em: 22/05/2019
Ahhhhhhh...que surpresa maravilhosa!
Obrigada, Ká. Neste momento sinta-se abraçada. Um abraço de urso e bem apertado..rsrs.
Amei o capítulo. E já estou preparando os chazinhos calmantes para aguardar terça-feira.
Bjs lindona
Resposta do autor:
Só ela que ganha abraço, né? Rsrs
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