Aquelas mãos em meu corpo , me deixando louca de desejo me fez arfar, sentia meu sex* pulsando , querendo sentir mas da pessoa que me abraçada,  que me beijava.

-me faça sua- minha voz estava rouca, quase não conseguindo pronunciar meu desejo.

-não precisa, você já é minha e sempre será. Sempre estarei próxima a você.

Acordo suando , meu coração estava acelerado. Flashes do sonho povoa minha cabeça,  não consegui a ver o rosto de seu algoz , mas em minha cabeça um único rosto se formava... Nick.

- parecia até que era ela em meu sonho. Acho que estou ficando maluca!

Aquela sensação de vazio que sempre me acometia após meus sonhos parecia está se desvairando, uma sensação de “ está tudo no lugar “ se fazia presente em meu íntimo.  Como era possível?  Me perguntava.

Olho para o relógio eram 5:50 da manhã,  muito cedo pra ir para a DP.  Precisava conversar com Carlos a respeito do convite de Dominick, esperava que não tivesse nenhum compromisso pois sozinha eu não iria , ainda mas que sabia que convidaria seus amigos.

Olho para o celular, Havia uma chamada perdida , não conhecia o número. Um arrepio percorreu meu corpo,  desconfiava que o número pertencia a Dominick.

-Mas tarde vejo de quem se trata , tá muito cedo pra ligar pra alguém- porem minha curiosidade em saber se estava certa ou não era tão grande, que até o momento que cheguei no DP  aquela ligação não saia de minha cabeça.

Naquele dia pela manhã o DP  estava agitado com tantas ocorrência.  Não consegui nem falar com Carlos, mas tinha que da um jeito de conversar com ele.

Apesar de toda agitação,  não conseguia tirar aquela ligação da cabeça,  minha intuição falava que era Dominick, mas desde que terminei com Renato, ele não parava de ligar de números diferentes, achei melhor tentar esquecer.

Nesse momento de distração Carlos para a minha frente, me olhando de maneira desconfiada.

-o que aconteceu , parece está longe... Já sei , esta pensando naquela gata da Dominick!

Devo   ter ficado vermelha, pois não conseguia pensar em outra coisa, que não fosse ela.

-queria mesmo falar com você -desconverso - Dominick  me convidou pra sairmos hoje, e como sei que você é vidrado nela, falei que só iria se você fosse!

- para tudo! Quando foi que vocês se encontrarão que você não me falou ? Não quero servir de vela.

-fui ontem na casa dela devolver o broche e acabei jantando lá...

-casa não né mona,  palácio! – ele me olha desconfiado – tá acontecendo alguma coisa que a senhorita não quer falar? Além do Beijo que aconteceu é claro !

Sabia que não ia conseguir esconder meus sentimentos dele por muito tempo. Mas naquele momento,  ali com todos em volta, não ia conseguir desabafar .

-quer almoçar comigo ,  assim conversamos melhor.

- tais com uma cara de misteriosa. Claro que vou almoçar com você, estou louquinha pra saber o que se passa nessa cabecinha.

Nesse momento entra no DP  um casal preso por roubo. Carlos se aproxima dos policiais que fizeram a apreensão pra tomar o depoimento dos dois , mas antes se vira pra mim e confirma nosso almoço.

Na hora marcada não precisei nem mesmo procurar por meu amigo, pois esse já me esperava na entrada do DP.

-pensei que essa manhã jamais acabaria , estou roxo de tanta curiosidade do de vai sair dessa boquinha

-vamos , não quero demorar muito.

Fomos a um restaurante próximo. Nem bem sentamos , Carlos volta ao motivo de sua curiosidade.

-agora me fala... O que realmente está acontecendo entre , você é aquela deusa.

-não aconteceu mas nada além do Beijo - ele parece duvida- verdade! Mas não sei o que essa mulher desperta em mim , que não consigo tira-la da cabeça.

-e muito tesão acumulado ! Você está precisando de uns bons amassos pra vim pro lado bom da vida.

- deixa de ser palhaço Carlos! Eu falando sério e você brincando.

- não estou brincando , tô falando sério!  Mas tudo bem . Me fala o que sente quando está perto dela.

- o problema é que,  não é só quando estou perto dela que sinto isso, só de imagina-la, de pensar no Beijo que demos, meu coração só falta sair pela minha boca - precisava desabafar, falar do que estava sentindo.

-desculpa te falar isso minha amiga, mas isso não é só tesāo  o que está sentindo, você está apaixonada pela Dominick - ele falava empolgado, se estivéssemos em um lugar reservado, com certeza estaria dando pulos de alegria.

-sonhei de novo essa noite!

-o mesmo sonho?- confirmei  com a cabeça - estão ficando mas frequentes os sonhos.

- o engraçado é que, quando acordei era como se Dominick  fizesse parte dele.

-tenho curiosidade em saber se já me relacionei com algum bofe  gato, na vida passada. Ou se fui um pegador nato.

- não se iluda,  do jeito que você é,  foi gay  e vai continuar gay por muitas gerações - ri da cara que Carlos fez.

-voltando ao assunto , porque não fica logo com aquela deusa, quem sabe não é isso que tenha esperando a vida toda.

-não vou ficar com alguém,  só pra tirar duvidas - rebati . Uma coisa ele tinha razão,  precisava entender o que era aquele sentimento que fazia com que não parasse de pensar , naquela mulher.

-hoje e uma ótima oportunidade pra tirar suas dúvidas.  Se for pra ficar com a Nick,  uma hora ou outra vai ficar.

-nem a conhece direito e já está íntimo assim... Nick!

-e porque sinto que vamos ser unha e carne. Que horas ficaram de se encontrar?

- pois é,  fiquei de dar a resposta pra ela hoje. Não queria dar antes de falar contigo.

- pronto já falou , agora pode dizer que sim. Agora vamos voltar porque senão o chefinho  põe uma viatura pra nós caçar. Aproveita e liga pra  sua deusa.

-que minha Carlos!

- ainda não é,  mas sinto que vai se.

Assim que chegamos na delegacia fui direto para o banheiro. Queria ligar mas não queria ninguém escutando,  além foi mas , queria saber se o número de convencional que me ligou pela manhã,  era dela.

-alo , Oi Dominick  e a Ayla – falei de um só fôlego.

...

Dominick  atende ao celular sem olhar quem era, mas ao ouvir a voz de Ayla  seu coração dispara loucamente. Já tinha perdido a esperança dela aceitar seu convite pra sair .

Assim que acordei pela manhã minha primeira ação foi de pegar o celular e ligar, mas percebi que havia descarregado, resolvi ligar do fixo. Chamou várias vezes e ela não atendeu, desisti e resolvi esperar por sua ligação,  se viesse. Mas agora ali no escritório,  com o celular na mão,  estava com medo dela recusar meu convite.

-Boa tarde detetive , pensei que fosse levar um cano - brinco pra disfarçar meu nervosismo.

-e quem falou que estou ligando pra confirmar e não recusar - apesar do tom brincalhão da detetive , fiquei com receio.

-sei que um convite desse , lógico por mim feito , jamais será recusado - tento entrar na brincadeira.

-você é muito convencida! tudo bem , aceito o convite, mas Carlos irá comigo - com o alívio e a alegria que senti , poderia levar até o papa  que não ia me importar - Ah me fala uma coisa. Foi você que me ligou hoje cedo?

Fiquei sem ação, até porque aquele não era um horário que ligasse pra alguém, e também não queria demonstrar minha ansiedade.

-foi sim , liguei de casa - faço uma pausa antes de continuar - queria ter sua confirmação,  antes de falar com Alexa  e Gustavo.

-tudo bem.

-passo pra pegar você em sua casa, ou nos encontramos na boate.

-vamos nos encontrar lá,  só me passa o endereço que irei com Carlos - bateu um ciúme desse tal de Carlos, só de pensar que talvez tivessem algo além da amizade.

-tudo bem  - passo o endereço e me despeço - nos encontramos as 22 horas.

Assim que me despeço,  fico em minha sala pensando em Ayla, aquela mulher me fazia sentir muitas coisas novas. Não conseguia parar de pensar nela , queria senti – lá em minhas mãos,  em meus lábios. Fecho os olhos e lembro do Beijo que trocamos, ali, naquela sala.

Lembro de seus lábios suaves, de seu corpo em minhas mãos.  Queria senti – lá nua em meu corpo. Um gemido involuntário escapa de meus lábios.

-daqui a pouco você gozá aí pensando na detetive.

Abro os olhos espantada, Alexa  estava a minha frente me observando.

-Não ia ser novidade pra você Lequinha, já que já me viu em situações bem parecidas.

Ela revira os olhos com meu deboche.

-conseguiu falar com ela. Ela aceitou seu convite?

-aceitou sim - ela parece se espantar - porque o espanto , eu já sabia - sua gargalhada ecoa pela sala,  ela me conhecia e sabia que estava insegura - vou sair mas cedo, preciso me arrumar.

-eu também vou , não é porque não tenho um encontro , que não vá conseguir alguma gatinha lá. Preciso que assine esses documentos pra mandar ainda hoje pro cartório - muda de assunto colocando a minha frente vários papéis - para de pensar em safadeza  e vamos trabalhar!

-espero conseguir  pouco dessa safadeza hoje - pisco pra ela antes de deixar minha sala .

As 17 horas sai da empresa, sem antes não deixar de passar na sala de Alexa,  pra combinarmos o horário de nos encontrar.

Resolvi por vestir um macacão de tecido mole , gostava de e vestir a vontade fora de compromissos de trabalho. O toper  e o sapato estilo tênis contrastava com a roupa . Queria estar bem a vontade , sem o luxo que era imposto em festas sociais , como a qual conheci a detetive.

Tinha prometido para Gustavo de pega-lo a caminho da boate . Estava uma noite quente , então resolvi ir com meu conversível. Ligo para ele avisando que já estava a caminho.

Quando chegamos a boate ainda era cedo , resolvemos ficar no bar da boate que era um local aberto. Dez minutos após nossa chegada,  Alexa  estaciona seu veículo no estacionamento em frente a boate.

-sua detetive ainda não chegou? - ela fala olhando para o relógio - acho que vai te dar um desdobro e não vem.

-boa noite Alexa! Não,  Ayla  ainda chegou , mas ainda está cedo.

-estou ainda descre... Se calou quando percebeu Ayla  chegando juntamente com seu amigo - ora , ora , não é que a detetive veio mesmo! E ainda trouxe reforço.

-Não acredito! – Gustavo exclama – o amigo dela é o Carlos !

- você o conheço? – perguntamos as duas juntas.

-claro que conheço,  tivemos um lance  a um tempo atrás,  logo quando fui para Inglaterra busca – lá Nick.

-quer dizer que o tal Carlos é  gay?

-hum , hum .  Só não sabia que era da polícia, pouco conversávamos.

-sei... Só se usavam pra sex* - ele fica vermelho, mas responde.

-mas ou menos isso.

-Boa noite , esse é meu amigo...

-Gustavo,  quanto tempo !- Carlos fala mal olhando prós demais na mesa. Ayla  esse é Gustavo , um amigo.

-prazer.

-bom está é Alexa  , vocês já a conhecem . Vamos entrar,  estávamos só esperando vocês chegarem.

Seguimos pro interior da boate , ainda estava cedo e não tinha muitos clientes. O dono da boate era meu amigo e sempre que ia ali , me acomodava na área vip.

-Boa noite Nick, Alexa .E bom vê-las aqui , faz tempo que não vinham.

-tudo bem Paulo,  esses são nossos amigos.

Fiz as apresentações e seguimos para a área Vip.

-Ayla  pode beber a vontade , deixa que eu hoje vou ficar sóbrio- Ele se senta ao lado de Gustavo. Se via que dali,  ia rolar alguma coisa.

-você também Nick,  não se preocupe que levo o carro.

-então vamos beber!

Falo olhando para Ayla.  Ela estava linda em seu vestido justo , seu comprimento batia na metade das coxas. Seu corpo era divino , meu sex* chegou a latejar só de imagina-la nua em meus braços e naquela noite , ia tê-la de qualquer jeito.

Bebíamos, e entre uma conversa e outra não deixava de admirar minha detetive,  que devido alguns goles de bebida , estava mas solta,  mas falante .

Em um determinado momento Alexa sumiu , com certeza foi atrás de alguma garota.

-vocês se conhecem a muito tempo?- ela me pergunta.

- Alexa e eu?- ela confirma - nos conhecemos desde dos meus doze anos , a princípio ela não me suportava por causa de meu pai.

Ela me olha sem entender.

-meu pai prejudicou muita gente , inclusive a mim, e Alexa achava que era parecida com ele.

- e não é?

Ela parecia realmente interessada em minha vida.

- não. Conheci Frederico  com nove anos , fui fruto de um relacionamento extra conjugal. Ele só me assumiu por não ter mas quem deixar sua fortuna.

- e sua mãe?

-morreu quando tinha 10 anos,  nunca consegui perdoa – lo por ter me afastado dela. E você,  faz tempo que está na polícia?

-algum tempo, meu pai e delegado em uma unidade em uma cidade aqui próxima,  Quando vim pra Capital já estava treinando pra detetive . Passei na prova em minha cidade de origem, mas prefiro vim pra capital , por achar que tinha mas oportunidade.

Carlos e Gustavo engataram em uma conversa que só tinha espaço para os dois.

-acho que seu amigo e Gustavo estão em uma conversa bem íntima - ela olha e sorri - vamos dançar?

- vamos sim , acho que estamos sobrando nessa mesa.

Seguimos para a pista, estava tocando um ritmo mas lento . Me aproximo segurando sua cintura , ela olha ao redor um pouco tímida.  Percebo sua dificuldade por estarmos em público.

-não se preocupe,  ninguém vai estranhar em ver duas mulheres dançando abraçadas. Esse bar e GLS.

Parece que só naquele momento percebeu algumas casais de mesmo sex* namorando. Ela encosta a cabeça em meu peito , ela era mas baixa que eu . Encosto meu rosto em sua cabeça sentindo o aroma de seus cabelos .

Algo dentro de mim havia despertado , um tesão  louco tomou conta de mim, vontade de beija – lá. 

- me desculpe mas preciso fazer isso.

Ela me olha sem entender e sem que esperasse capturo seus lábios em um beijo intenso.

Fim do capítulo