Voando para outra cidade.
Durante a internação da Leticia ficava indo e vindo deixando a fazenda nas mãos do Rubens. A cirurgia foi um sucesso, mas seus cabelos foram embora. Agora era questão de observação, ficava do outro lado do vidro vendo se mexia algum musculo, mas era em vão.
A volta para casa era triste todos os dias, os dias que não podia ir a Luiza ficava no meu lugar, ela era a estranha mais solidaria que conheci. Na cidade não falavam em outra coisa sem ser o Casamento do meu pai e da Sonia, a pousada estava quase pronta.
Ao chegar em casa Rubens veio correndo e me entregou uma papelada, ao ver era sobre a hipoteca os dias para pagar estavam acabando, e isso me desesperou. Entrei em casa e liguei para Luiza, sabia que ela iria me ajudar, imediatamente me pediu para pegar umas mudas de roupas por numa mochila que iriamos para outra cidade, não pensei novamente. Ao desligar o celular corri até o quarto peguei as peças de roupas e coloquei dentro da mochila, ao sair dei as últimas ordens para o Rubens para acalmar os empregados.
Enquanto isso na cidade:
-Você tem que me falar qual hospital ela está, Sonia!
-Carol deixa de ser idiota, sabe muito bem que não pode pisar naquele hospital, quer que a Isabela há veja ?
-Que se foda a Isabela!
Carol gritou dentro da loja de roupas, e chamou a atenção de algumas pessoas. A peguei pelo braço e a arrastei num canto mais reservado.
-Ficou louca! Eu te trouxe para cá para me ajudar na vingança, é não para se apaixonar por uma matuta da roça, que vergonha Carol.
-Estou por aqui com essa sua vingança, o seu único problema é dor de cotovelo, sabe muito bem o que a gente teve ficou no passado! Mas não pode mandar nos meus sentimentos.
Eu rir da sua cara.
-Não seja ridícula Carol, acha mesmo que estou assim por causa que a gente não deu certo? Acha que não tenho problemas demais.
-Eu sei qual é o seu problema se chama Isabela.
Carol se afastou e me deixou sozinha na loja, aquela cidadezinha estava me irritando é a volta da minha irmã só piorava tudo.
-Maldição!
Deixei a loja de roupas e ao sair vejo Álvaro do outro lado da rua conversando com um senhor, o círculo estava se fechando Álvaro estava mais forte e livre, nem para isso a Carol servia.
Enquanto isso:
-Nossa é aqui que você mora!?
A fazenda da Luiza era a mais afastada da minha, mas cheio de animais, com direito a um lago cheio de peixes, veio me receber em seguida e me deu um abraço forte.
-Meus pais compraram essa fazenda tem alguns meses.
-Há sim... mas você me pediu para vim logo.
-Sim venha, vamos entrar.
Ao entrarmos me ofereceu o que comer e beber, mas estava sem fome, então foi direto ao assunto.
-Eu tenho um amigo chamado, Matheus a fazenda dele está com uma grande devastação de praga em sua plantação, fora isso ele quer entrar numa parceria com compotas de doces, mas sem deixar de perder o lado simples e rústicos da fazenda.
-Bom Luiza quem estava à frente dessas compostas era a Leticia, mas vou dá o melhor de mim!
-Gostei, só há um, porém vamos ter que viajar a noite pois, o ultraleve está passando por uma manutenção.
-Claro claro por mim tudo bem.
-Mas pode ficar aqui, se quiser!
-Obrigada.
Sua empregada me levou até um quarto provisório, e aproveitei para conhecer sua fazenda em sua companhia, havia uma roda d' água que Luiza me incentivou a pôr em minha fazenda, pelo simples fato de poder gerar energia e puxar a água do rio.
-Com essa energia que aciono os mecanismos para as estufas.
-Quem diria pensei que fosse apenas uma simples, turista.
Ela riu e a acompanhei.
-As aparências enganam, mas no fundo vai dá tudo certo.
Ao cair da noite:
Terminamos de jantar e Álvaro bebia seu licor enquanto olhava a fazenda pela janela. Eu e Rubens estávamos na sala com ele tentando nos distrair.
-Que saudade de Paris.
Álvaro me olhou, porém não disse nada.
-Parece que nunca está satisfeita com nada, Sonia.
O encarei e ele olhava sério para o River.
-Só foi um comentário, nada demais.
Rubens e eu nos entreolhamos e escutamos apenas a taça cair de suas mãos, se espatifando no chão, olhamos para ele assustados seu rosto estava pálido, era como se tivesse visto um fantasma, nos levantamos e fomos até ele, Rubens sem entender e eu temendo o pior.
-O que houve?
Álvaro fixou o olhar num ponto branco do outro lado do rio, meu coração quase parou era Luiza, sem muitas especulações se afastou e pegou sua arma e ligou todas as luzes de fora. Corri atrás dele que estava pronto para atirar nela.
-Álvaro, Não!
Segurei em seu braço e o tiro foi para o alto assustando alguns seguranças ao redor, ele me empurrou alcoolizado.
-Ficou doida Mulher!
-Eu ou você, atirando bêbado por aí, nem parece que temos seguranças!
Rubens me ajudou a me levantar, enquanto Álvaro olhava para o mesmo lugar, mas não havia mais nada ali. Os seguranças se aproximaram perguntando o que estava acontecendo, o viram com a arma na mão e tentaram desarma-lo.
-Me soltem! Seus infelizes.
-Mais que Diabos Álvaro você viu, para ficar assim tão atordoado?
-Pensei ter visto... não deixa deve ser coisa da minha cabeça.
Ele entrou e pedi para Rubens o ajuda-lo que falaria com os seguranças e depois entraria, dei meia palavrinha com os seguranças e sai em disparato, andei para área possível que sabia onde estaria a Luiza.
-Está tentando se matar! Que merd*!
Ela usava um vestido branco com flores azuis e o cabelo preso num coque.
-Acha mesmo que vou deixar você prosseguir com a sua vingança! E bom mesmo que o Álvaro me veja.
-Luiza Luiza!
-Chega Sonia! Vim aqui para falar que estou ajudando a Isabela a se reerguer, e não venha querer me parar pois, pode sobrar para você.
Estávamos uma de frente para a outra o ódio que eu sentia pela minha irmã naquele momento era relevante, mas não toleraria que ultrapassasse mais uma linha.
-Porque você voltou, estava tudo dando tão certo.
-Acha mesmo que machucar os outros é certo? Ou brincar com os sentimentos de alguém?
-Mas será possível que todo mundo aqui tem um complô contra mim! Eu só quero por um ponto final nisso!
-Você pode até por um ponto final nisso, mas faça um jogo Limpo, eu posso ser sua irmã mais se eu ver que você extrapolou, não vou medir esforços para te por atrás das grades.
-Cuidado com suas palavras.
-Está me ameaçando, Sonia ?
-Não... Entenda se o Álvaro te ver, acabou para mim , para você até para a Isabela. Tudo que eu fiz até agora não terá valido de nada.
Era nisso que me agarrava o meu lado dramático, Luiza aparentou se acalmar e baixou a guarda. E muito fácil vim aqui depois de anos querer colocar ordem na casa depois de arrombada.
-Eu estou indo para outra cidadezinha, e quando voltar vamos ter mais uma conversa.
Em meio a nossa briga ela me abraçou.
-Se cuida, Sonia.
Minutos depois:
Estava esperando a Luiza chegar o ultraleve estava pronto, não sabia onde estava só sabia que estava demorando muito, minutos depois ela chegou.
-Desculpa o atraso tive que resolver umas coisas, agora podemos ir.
Notei a marca em seu braço.
-O que foi isso ?
-Ah eu devo ter me arranhado em algum lugar, vem vamos.
Conhecia muito bem aquele arranhão, quando era criança costumava atravessar as cercas dos vizinhos e me arranhava toda, por um momento de dei conta que a Luíza não falou quem realmente é.
Fim do capítulo
Eu sei demorei muitoooo. Mas o importante é que estou de volta.
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