Moro há um tempo no Brasil, depois que meu pai morreu eu tive que tomar conta de seus negócios na Recall Branco Gold Inc., graças a ele nós somos internacionalmente conhecido no mercado automobilístico, uma das melhores empresas de automóveis de todo o mundo. Por causa disso recebo muitas propostas de compra para minha empresa, às vezes recebo muitas criticas por ser CEO feminina e que não vou saber tomar conta de meus negócios, não vou negar que está sendo um grande desafio, mas nada que Lohanny Martins Gonzáles não possa fazer.

- E ai peitões! – Falou alguém atrás de mim. Eu estava acabando de chegar na RBGI e me deparo com minha irmãzinha cheia de papeis nas mãos para me entregar.

- Epa, vai com calma Gina, não pode ficar ai carregando esse monte de papeis por ai. – Falei preocupada, Gina trabalhava há mais tempo na empresa, era minha irmã casula, desde que nosso pai faleceu ela vem me ajudado bastante na empresa, mas ninguém esperava que ela engravidasse, estava já no sétimo mês, mas que precisaria de alguns repousos. – Não quero que aconteça nada com meu sobrinho!

- A faça o favor ne Anny, eu estou gravida não doente. – Falou revirando os olhos.

- Mas você está no oitavo mês, sabe que precisa de repouso. Aliás, você me fara muita falta aqui quando esse pivete nascer. – Falei fazendo bico.

- Para de drama! Tem muitas funcionarias competentes por ai, logo você arruma uma. – Falou sorrindo.

- Falando nisso quando vai começar a seleção? – Perguntei me encaminhando para minha sala. Sem prestar muita atenção acabo me esbarrando em uma moça que estava perto da porta. – Droga! – Xingo quando meus papeis caem no chão.

- Desculpa, eu não queria... – Ela para quando nossos olhos se encontram, na verdade não sei o que estava acontecendo comigo que acabei me perdendo em um mar azul, que eu não escutei  quando minha irmã falou comigo.

- Acorda garota! – Dei um salto quando senti uma pasta bater em minha cabeça.

- Au, por que diabos você fez isso? – Falei passando a mão na cabeça, a olhando indignada.

- Você não presta atenção no que eu falo oras... Igual eu falei não vamos precisar mais fazer seleção, quero te apresentar Verônica Marques. – Falou apontando para a moça a minha frente que me parecia um tanto nervosa. – Ela foi indicada pela Suzana, na verdade é prima dela.

Suzana era uma de nossas advogadas, era uma das melhores amigas da minha irmã, que hoje me odeia mais que tudo. Mas que é uma ótima amante na cama, por eu não ter ligado mais e deixado ela em um quarto de motel, até hoje ela pegou certo ódio de mim, mas me admiro que tenha arrumado uma funcionaria para trabalhar em minha empresa.

- Prazer. – Falei estendendo a mão para ela, que relutou um pouco em pegar.

- Hoje ela vai ficar com você, que eu estou de saída... – Falou a descarada me jogando um beijinho, eu a fuzilei com olhar. Ela iria me pagar depois, quem deveria treinar os funcionários era ela.

- Bom, não sei se Gina lhe explicou como funciona as coisas, o procedimento é bem básico, você irá... – Comecei.

Expliquei algumas coisas que ela iria fazer dentro da empresa, falei onde ficava a sua sala, mostrei algumas partes importantes da empresa, não pude prolongar muito o nosso tour por ali, eu tinha uma reunião as 15:30 PM, e precisaria que ela me acompanhasse. Bom no fim de tudo deu tudo certo, tivemos uma reunião com um de nossos acionistas, apresentei um novo projeto sustentável para nossa empresa, mas o que me deixou bem mais intrigada foi o comprometimento de Verônica, deixei que opinasse em algumas ocasiões, que me deixou bem contente e fez com que eu ficasse com ela na equipe.

- Parabéns senhorita Marques, você tem uma ótima funcionaria dentro de sua empresa. Só queria lhe dizer que minha proposta ainda está de pé. – Falou um acionista.

- Obrigada Tom, mas eu não irei vender minha empresa, é o único patrimônio do meu pai e com certeza ele não iria ficar contente se eu desfizesse disso. – Falei firme, esboçando um pequeno sorriso.

- Bom se precisar só me ligar. – Falou me entregando seu cartão.

Dei um pequeno aceno de cabeça, cumprimentei algumas pessoas que estavam na reunião. Assim que eu ia cainhando para dar os parabéns para Verônica, uma pessoa se pôs em minha gente.

- Parabéns senhorita Marques – Falou com seu tom carregado de sensualidade.  Meu único problema era que sempre as mulheres caiam matando para cima de mim, eu não negava de usa-las, sempre deixei bem claro em meus casos que eu não me apegava a ninguém, mas mesmo assim eu era bombardeada.

- Muito obrigada Lucy, como esta Gerald? – Perguntei, Lucy era casada a cinco anos com Gerald Collins, mas isso não a impedia de ser mais uma daquelas mulheres casadas que são curiosas.

- Está a mesma coisa, quero nem saber daquele traste. – Falou com desdém. – Vamos tomar um drink hoje?

- Acho que hoje não vai dar Lucy, tenho uns compromissos. – Falei tentando me livrar da situação, eu não estava afim de sair com ninguém naquela noite.

- A qual é lohanny, só um drink. – Falou passando uma de suas mão pelo meu braço, aquilo me deixou desconcertada, olhei em volta para ver se não tinha ninguém olhando, e tudo que vi foi dois pares de olhos azuis me fitando. Quando percebeu que eu estava a olhando ela desviou seus olhos e saiu da sala. – E então?

- Amanhã, eu te busco e nos vamos fechado? – Falei já para encerrar o assunto.

- Ok. Amanhã as oito no meu apartamento e sem desculpinhas. – Falou me lançando um olhar sensual.

Acenei com a cabeça e olhei em volta para ver se via Verônica na sala, mas tudo que tinha sobrado era eu e mais duas pessoas, não entendia o que estava acontecendo comigo, antigamente eu cairia no jogo de sensualidade de Lucy e aceitaria na hora, e hoje eu recusei um convite seu. Fora o porquê aquela garota estava mexendo comigo, eu mal a conhecia e já estava vidrada, intrigada pelo seu ar de mistério. Arrumando minhas coisas fui em direção a minha sala, passando pela sala de Verônica, mas a porta estava aberta e não tinha ninguém ali, perguntei para uma de minhas recepcionistas se haviam visto, ela acabou me informando que ela já havia acabado seu expediente, o que me deixou com uma pontinha de tristeza. Não sei por que, mas algo me fazia querer conhece-la melhor, não profissionalmente, mas intimamente.

Já se passava das dez quando eu estava saindo da empresa, Julian como sempre pontual me esperava ao lado do carro. Julian trabalhava a dez anos para nós era o motorista particular de minha mãe, um grande amigo da família, mas depois que ela pegou tuberculose e morreu, Julian ficou encarregado de fazer minha segurança e ser meu motorista particular. Eu o adorava era um de meus melhores amigos, conversávamos sobre tudo, contava a ele coisas que ninguém mais sabia sobre mim. Muitas mulheres se matavam para tentar me fazer largar minha vida de pegadora e ninguém conseguia, tentavam a todo custo saber tudo sobre mim, mas a única pessoa que eu conseguia me abrir era só para ele.

- Meio tarde em moça! – Falou sorrindo abrindo a porta do carona.

- Desculpa Ju, eu estava atolada de papelada para assinar. Agora que Gina vai me abandonar. – Falei entrando dentro do carro.

- E conseguiram alguém para ficar no lugar dela? – Perguntou entrando dando a partida no carro. Mordi meus lábios sem responder nada. – Pelo que eu vejo sim, me conte agora tudo.

- Contar o que Julian ta ficando louco? – Falei com cara de paisagem.

- Ah horas Anny eu te conheço tempo suficiente para perceber que essa mulher mexeu com você! – Falou dividindo sua atenção entre a rua e eu. Realmente era impossível mesmo eu esconder algo dele, bufei desviando e olhando pela janela, a muito não sabia o que era isso me interessar por alguém do nada, eu fiquei com muitas mulheres mas nenhuma me intrigou tanto quando Verônica Marques.

- Eu não sei exatamente, mas algo nessa garota me intrigou, foi só isso. Fim de papo! – Falei cortando o assunto, não queria prolongar aquela conversa mais.

- Ok, vou fingir que acredito. – Falou me olhando pelo retrovisor.

Decidi não responder mais nada a ele. Somente cheguei em casa tomei um banho quente e cai na cama, tinha alguns relatórios para serem feitos e entregues na sexta, mas decidi fazer tudo amanhã, terças feiras eram os piores dias, sempre me atolava de tarefas. Mas eu realmente precisava de um bom descanso, por isso so o que aconteceu foi eu cair em um sono profundo.

Fim do capítulo