Melinda chega a estação de trem toda desalinhada, os cabelos escapavam do coque, a maquiagem borrada. Não adiantou correr como sempre perdera o trem daquele horário, restava esperar pelo próximo. Seguiu até o banheiro numa tentativa de se recompor, quando passou por ela uma mulher altiva, de cabelos pretos e curtos, óculos escuro, calça jeans, camiseta branca e um lenço xadrez no pescoço. Saiu do banheiro ainda com aquela imagem na mente, procurou aquela intrusa e continuou reparando seus gestos delicados, disfarçando sua curiosidade.

Certo momento seus olhares se encontraram e Melinda desviou, a mulher sorriu, balançou a cabeça e procurou algo na pasta que carregava.

O Trem chegou a plataforma e todas as pessoas se aglomeraram para entrar. Neste momento Melinda respirou fundo tentando buscar calma. Conseguiu um lugar no último vagão que por sorte estava com poucas pessoas, sua viagem demoraria pelo menos trinta minutos, então precisava relaxar, fechou os olhos tentando cochilar e sentiu o trem começar a se mover nos trilhos.

A moça de cabelos pretos com olhos enigmáticos estava no mesmo vagão e folheava uma revista de moda. Melinda começou a imaginar sua profissão, já que era tão altiva.

Sentiu um solavanco e o trem parara entre uma das estações, piscou as luzes e pronto a escuridão tomou conta. Seu coração acelerou pelo susto, começou a sentir falta de ar e quase sem voz chamou por ajuda.

Foi envolvida por braços delicados e um cheiro doce adentrou suas narinas, escutou uma voz perto do seu ouvido.

-Tudo bem, se acalme moça, vai ficar tudo bem, disse a voz suave que arrepiou seu corpo.

-Eu...eu... estou nervosa, disse tentando articular as palavras.

-Ah! Eu entendo, mas não se preocupe eu estou aqui com você, disse a voz doce.

-Como você se chama? –Melinda perguntou.

-Sara e você? – respondeu.

-Me chamo Melinda.

-Hum!

-Posso te fazer uma pergunta Melinda?

-Claro.

-Por que estava me olhando na estação?

Melinda se assustou, então quem a abraçava era ela.

-Eu? Não, acho que pensei que te conhecia, respondeu tentando disfarçar.

-Que pena, pensei que tinha se interessado por mim.

-E se eu tivesse?  – disse Melinda com coração disparado.

-Eu adoraria, ainda mais estando perto de você.

Sara procurou a boca de Melinda e saboreou os lábios lentamente passando sua língua, até que sugou aquela boca que se oferecia sem resistência. Os beijos foram se intensificando, a boca escorregou para o pescoço de Melinda que gemia pelos arrepios que sentia com aquele toque suave e molhado. Sara começou a explorar o corpo de Melinda com mãos ágeis, tocando os seios por cima da roupa que impedia um toque mais ousado. Sara queria sentir mais aquela bela jovem que se entregava a ela. Suas mãos passeavam pelo corpo e buscavam sentir aquela pele. A saia foi levantada e seus dedos sentiram que ela estava excitada. Afastou a calcinha e penetrou um dedo, escutando o gemido de Melinda que tentava articular palavras.

-Meu Deus que loucura.

-Quer que eu pare? – perguntou Sara parando os movimentos.

-Oh! Quero que me coma gostoso, não pare. – disse num desespero

-Assim, você quer assim? – Sara falou colocando mais um dedo.

-Sim! Que gostoso, Melinda estava delirando pelas sensações despertas.

Sara acelerou os movimentos ora parando até que Melinda não aguentou mais aquela sensação e gem*u alto. – Estou goz*ndo que delícia.

Sara retirou os dedos dentro de Melinda, estavam encharcados pelo gozo. As luzes acenderam e o trem começou a mover pelos trilhos. Sara olhou para Melinda e lambeu os dedos que a pouco estavam dentro dela.

-Foi um prazer minha linda, disse Sara com um olhar safado.

O trem parou na estação elas desceram, Sara sumira como num passe de mágica sem se despedir, Melinda correu e não a alcançou na multidão.

-Moça, acorde chegamos na última estação precisa descer, Melinda fora sacudida pelo funcionário da estação.

Fim do capítulo