Sinto suas mãos passearem em meu corpo me fazendo ficar cada vez mais excitada. Ela desce o zíper do meu vestido o tirando de mim, deixando-me somente de langerie. Ela volta a atacar meus lábios com os seus. Samantha me empurra em direção a sua cama me fazendo deitar, ela aproveita e deita-se em cima de mim. 

- Sabe, não é justo eu está praticamente nua enquanto você está toda vestida. - Digo apontando para ela. Ela olha para suas roupas e rir. Samantha afastasse de mim, indo para a beirada da cama.

- Você tem toda a razão, senhorita Luthor. - Fala desabotoando sua camisa. Não consigo controlar minha excitação com cada pedaço de sua pele que aparece. Ela percebe meu estado e demorar a desabotoar os últimos botões de sua camisa enquanto me observa. Já estava ficando sem paciência com sua provocação, me sento na cama e a puxo pelo cós de sua calça. Ela cai ajoelha entre minhas pernas. Aproveito e quase arranco os últimos três botões de sua camisa. Ela rir do meu desespero.

- Calminha, Luthor. Temos a noite toda para aproveitar - Diz me beijando. Coloco minhas mãos em seu cabelo puxando-os com certa força. Samantha desliza uma de suas mãos pela minha perna parando em minha coxa e a apertando, não consigo me conter e gemo em sua boca. 

Samantha abandona minha coxa, continuando a subir sua mão até chegar em minha calcinha. Ela sem cerimonia nenhuma a rasga. 

  - Você sabe o quanto me custou isso? - Falo ofegante. 

- Não, e sinceramente, eu não me importo -  Responde indo em direção a minha intimidade.

- Nem eu -  Digo fechando os olhos pela onda de prazer que me atinge. 

Isso é errado. Samantha e eu somos amigas, e acredito eu que amigos não fazem isso.  

***

Tudo começou há três meses após um dos eventos beneficentes organizados pela L Corp. James iria me acompanhar, mas um imprevisto o fez cancelar sua ida comigo. Não nego que fiquei chateada mesmo que nosso envolvimento não tenha tido mais que alguns beijos e flertes.

Ao chegar no evento fiquei um pouco esperançosa de encontrar Kara por lá. Nós últimos meses, Kara tinha sido minha melhor amiga, minha unica amiga, na verdade. Seu repentino afastamento me deixou muito magoada. Ela ainda não tinha chegado ou não viria, preferi pensar o primeiro. Só restou-me fazer o que geralmente faço quando estou me sentindo solitária; beber.

Uma das coisas mais maçantes de ir sem companhia em um evento onde só terão empresários, é conversa somente com esses empresários.

Já deveria está na minha quinta taça de champanhe e na sétima conversa tediosa com um grupo de empresários, quando avisto Samantha. Ela também estava com uma taça de champanhe em sua mão. Logo ela percebeu que eu a vi, levantou sua taça de champanhe me cumprimentando. Dei uma desculpa qualquer e fui em sua direção.

Ela disse-me que Ruby tinha ido dormir na casa de uma amiga, então ela resolveu de ultima hora comparecer ao evento. Respondi que ela era uma boia salva vidas atirada para mim nesse mar de tédio. Passamos o resto do avento assim, falando sobre amenidades. 

Quando o evento encerrou, resolvemos ir para a minha casa. Ela dizia que não gostava de ficar sozinha em sua casa. Talvez por ter vivido grande parte da minha vida sozinha eu não conseguia imaginar o contrario. Chegamos em minha casa e já fomos em direção ao mini bar que tinha lá. 

Conversamos um pouco, bebemos muito. A última coisa que lembro bem era de está conversando com ela sobre um novo projeto que estávamos fazendo e a próxima coisa que me recordo com precisão é de está sentada em seu colo enquanto nos beijávamos quase desesperadamente. Depois disso minhas memorias são borrões. Esse tinha sido o nosso primeiro erro. 

Acordei em minha cama na manha seguinte. De primeiro pensei que tinha sido apenas um sonho, mas após tirar as cobertas e constatar que estava nua e que havia em meu corpo marcas que antes não estavam lá, comprovavam que tudo foi real.

Eu não sabia se me sentia insultada ou grata por Samantha não esta mais lá. Samantha me enviou uma mensagem horas depois explicando que tinha que sair cedo para pega Ruby na casa da amiga, mas que assim que desse queria falar comigo sobre o que aconteceu.

Resolvemos conversar após três dias no meu escritório. No começo ficou um clima estranho entre nós, mas logo já estávamos rindo do que tinha acontecido. Falamos que aquilo tinha sido uma experiencia para ambós, prometemos que nunca mais iria se repetir. Nossa promessa não durou meia garrafa de vinho. Fizemos ali mesmo no sofá do meu escritório. Esse foi nosso segundo erro.

Não havia mais como negar que nos desejávamos. Continuamos a erra pela terceira, quarta, quinta, inúmeras vezes. De dia eramos amigas, de noite eramos amantes.

Todas à vezes que satisfazíamos nossos corpos, prometíamos que aquela seria nossa ultima vez. Posso dizer que tivemos incontáveis últimas vezes. Não importava o lugar em que tivéssemos; na minha ou na sua cama, carro, no meu escritório, no bainheiro de um bar. Eramos como fogo e gasolina.

Há três meses tudo começou. Há três meses prometemos que não vai mais acontecer. Há três meses descumpríamos essa promessa.

***

Fim do capítulo