Capítulo 55 - O Tempo Passa
A ILHA DO FALCÃO -- CAPÍTULO 55
O Tempo Passa
Uma onda de emoção envolveu Andreia e todas as suas dúvidas foram substituídas por uma felicidade tão intensa que ela não se conteve. Sua boca colou-se à dela e os braços evolveram-lhe o pescoço.
-- Então você quer se casar comigo? -- Natasha perguntou ainda insegura.
-- Quero, quero. É tudo o que mais quero nesse mundo, meu amor -- confessou emocionada.
-- Eu te amo, Andreia.
-- Eu te amo e quero ficar na Ilha do Falcão para sempre.
Com os olhos marejados, Natasha abraçou-a com força.
-- Oh, Andreia, estou tão feliz que acho que vou chorar -- Natasha parecia pisar em nuvens.
-- Não faça isso comigo. Eu que sou a chorona -- brincou Andreia -- Me perdoe por todo o mal que te fiz...
Natasha a fez calar com um beijo rápido.
-- O que aconteceu pertence ao passado e nos serviu de lição. Nossas vidas estão ligadas e não existimos longe uma da outra. Agora, é só isso que importa.
-- Eu te amo, Natasha. Sempre vou te amar.
Natasha abraçou-a pela cintura e elas se beijaram até quase perder o folego.
As bocas se afastaram. Andreia continuava nos braços dela.
-- Quer conhecer o interior da nossa casa?
-- Quero -- ela respondeu ansiosa.
Assim que atravessaram o portão um enorme cachorro preto veio correndo na direção delas.
-- Esse é o Mafioso. Meu rottweiler -- Natasha agachou-se sobre um joelho, batendo com a mão no chão -- Vem aqui garoto. Ele é mansinho, Andreia. Pode tocá-lo.
O cachorro aproximou-se, e Andreia acariciou-o na cabeça.
-- Ele é tão lindo -- um sorriso reluzente surgiu no rosto bonito -- Tão macio.
-- Agora vamos -- Natasha estendeu a mão -- Quero que conheça o nosso futuro lar.
Andaram de mãos dadas pela grama, sem pressa. A mansão já havia sido um lugar feliz, quando era criança. Contava com afeição e aconchego familiar, riqueza, segurança, como coisas garantidas. Em um estalar de dedos, viu tudo se perder em uma rodovia de Florianópolis.
Hoje estava virando a página. Depois de tantos desacertos, tantos desencontros, Natasha decidiu se dar uma chance. Merecia ser feliz, mas dessa vez faria bem feito. Seria feliz hoje e aproveitaria cada segundo intensamente.
"Se você aproveitar bem o dia de hoje, dependerá menos do de amanhã". (Sêneca)
Desesperadas, elas corriam pelo meio da mata. Corriam às cegas, cercadas pela densa vegetação, dominadas pelo perigo. Olhos enormes as espreitavam. Corriam tanto que mal conseguiam respirar.
-- Marcela, me espera! -- gritava Sibele, ela ainda se recuperava do dedo fraturado.
-- Mais rápido! -- Marcela berrava. Seu coração batia freneticamente. Passos as perseguiam.
Ouviram urros furiosos que ensurdeciam. Marcela sentiu vontade de explodir no choro.
-- Coragem! -- Sibele falou, procurando encorajá-la -- Estamos quase chegando.
Os urros agora, estavam mais distantes. Ao menos, assim parecia para Marcela, que se jogava para dentro da varanda da cabana.
Seu olhar procurava por sua companheira, que chegou logo a seguir, caindo sobre o chão daquela varanda que era o refúgio de ambas.
Eram novatas dentro do ambiente selvagem, mas não era preciso ser um expert para reconhecer o dono daquele urro medonho.
Sentada no chão sujo da varanda, com os braços em volta dos joelhos, Marcela tentava se recuperar. Os urros do animal feroz ainda ecoavam em sua mente.
-- Você está bem? -- perguntou Sibele, com a respiração ofegante.
Marcela sacudiu a cabeça para clarear os pensamentos e dissipar as imagens dos momentos de terror.
-- Fora o fato de estar toda breada, acho que estou bem.
-- Os urros cessaram. Acho que o leão foi embora. Vamos entrar.
Desanimada, assim que entrou na cabana, Marcela jogou-se no sofá.
-- A culpa foi sua. O engenheiro ofereceu-se para trazer a gente até aqui. Por que você não aceitou?
-- O tal do Samuel está de olho em você. Não se faça de sonsa -- Sibele tirou os tênis e jogou no canto da sala -- Fico pensando o que a Natasha pretende com tudo isso? Será que ela quer castigar a gente com trabalhos forçados?
-- É o que parece. Estou tão cansada e com sono, nunca acordei às cinco da manhã. Geralmente a essa hora estou indo para a cama, depois de uma balada - De repente, Marcela arregalou os olhos e estremeceu -- Ouviu isso, Sibele?
Do lado de fora da cabana vinha um ruído de patas pesadas sobre o solo do quintal. Marcela encolheu-se nos braços de Sibele como se fosse uma criança assustada. Os lábios dela tremiam incontrolavelmente.
Em choque, Sibele prendeu a respiração. Estava pálida e muito nervosa.
-- Acho que agora é o elefante.
Natasha pegou a caneta, inclinou-se para a frente e assinou o último documento.
Jessye recolheu os papéis e colocou dentro do envelope.
-- Vou falar com o advogado hoje à tarde e resolver tudo.
-- Não perca tempo. Quero esse hotel em meu nome até o fim de semana.
-- Posso saber o que fará com um hotel falido?
-- Será o meu presente de casamento para a Andreia. O senhor Fábio está se recuperando muito bem. Não quero meu sogro deprimido, isso vai deixar a Andreia triste.
Jessye levantou as sobrancelhas, sua expressão era de surpresa.
-- Então, vai investir no hotel.
-- Sim. Quero que faça tudo o que for necessário para deixar todos os pagamentos em dia. Reserve uma data em minha agenda para ir ao Rio de Janeiro. Quero conversar pessoalmente com todos os funcionários -- Natasha jogou a caneta sobre a mesa -- Ah! E não esqueça do apartamento do senhor Fábio. Pode fechar o negócio. O valor pedido está bem abaixo do valor de mercado.
-- Que mudança radical -- comentou Jessye, com um leve sorriso no rosto -- Você odiava essa família.
-- A família Dias me deixou irada e com vontade de se vingar, mas esses sentimentos não existem mais. Os sentimentos agora são outros, bem mais agradáveis.
-- Então, não há mais motivo para deixar a Marcela e a Sibele na Ilha Carolina.
Natasha segurou o desejo quase histérico de gargalhar.
-- Eu tenho outros planos para aquelas duas -- ela fez uma expressão divertida -- Elas vão aprender que o sucesso não acontece por acaso. Deve-se levantar cedo, trabalhar duro, perseverar, sacrificar-se e, acima de tudo, amor pelo que está fazendo. Elas querem dinheiro? Pois que trabalhem para isso.
Andreia encolheu-se toda no sofá quando a rolha do champanhe estourou, caindo perto dela.
Sidney entregou uma taça para ela e outra para Sofia.
-- Vamos brindar a felicidade!
-- Muitas felicidades! -- disse Sofia, levantando a taça.
-- A felicidade! -- Andreia tomou um gole de champanhe. A bebida estava deliciosamente gelada.
-- Já marcaram a data do casamento?
-- Não temos pressa, Sid. Preferimos esperar o papai se recuperar completamente -- Andreia sorriu e passou a mão sobre o ventre, massageando com carinho -- Sinto que estou vivendo um sonho -- comentou ela -- É quase um conto de fadas.
-- Quem diria, amiga, que aquele inferno astral, agora, não passe apenas de uma triste lembrança.
-- Nem me diga, Sofia. Você não faz ideia de como me arrependo por ter feito parte dessa trama.
-- Me desculpem, meninas -- Sidney colocou a taça sobre a mesa e sentou-se de frente para Andreia -- Mas, a vida prega peças em nós que às vezes são tão complexas e confusas que estão além do nosso entendimento. Se não fosse o plano da dupla do mal, Natasha não teria te conhecido.
-- Verdade. E eu não teria encontrado o amor da minha vida.
-- "Há males que vem para o bem", é muito mais que uma expressão que as avós usam. Os atuais acontecimentos nos mostram claramente isso.
-- Que tal, Sidney, se mudarmos para: "Há males que nos transformam em pessoas melhores" -- disse Andreia.
Sofia levantou o dedo.
-- Eu prefiro: "O que não nos mata nos fortalece".
-- "Depois da tempestade, a bonança" -- disse Sidney.
-- "Depois da chuva, o sol". "Depois do inverno, a primavera... -- Andreia se levantou e caminhou saltitante pela sala -- Querem saber, meus amigos? Foda-se esse negócio de frase! O que importa é que estou feliz, e "só existe uma felicidade na vida: amar e ser amada".
-- Andreia -- Sidney tocou nela -- Essa frase é de George Sand.
-- É? Pensei que fosse de minha autoria -- disse, decepcionada.
Os dias seguintes foram um sonho, uma lua de mel. Estavam perdidamente apaixonadas. E a vida conspirava a favor.
Bastava Natasha olhar para Andreia que ela se derretia.
-- Minha princesa -- Natasha a chamava, abraçando-a e beijando-a o tempo todo.
Doutor Luiz Fernando realizou o ultrassom em Andreia. Depois de muito suspense ele revelou:
-- Parabéns, mamães! É um belo garotão!
Andreia olhou para Natasha e viu a própria felicidade refletida nos olhos da mulher que amava.
-- Marlon -- Natasha sussurrou com a voz trémula de emoção -- Significa "pequeno falcão". Esse será o nome do menino. O que você acha?
-- Acho lindo. Marlon Dias Falcão.
O pequeno falcão voará livre e feliz na segurança da ilha. Andreia pensava sonhadoramente enquanto os dias passavam.
Todas as dúvidas que tivera no passado, com relação ao amor de Natasha por ela, foram substituídas por momentos cheios de amor e paixão. A desconfiança a havia levado a hesitar, mas, ao abandonar a preocupação, ela descobrira que tudo que existia era o seu amor verdadeiro por Andreia.
Marcela e Sibele continuavam na Ilha Carolina. As duas acordavam todos os dias as cinco da madrugada. Elas estavam trabalhando duro na construção da nova ilha, mesmo que as vezes era necessário o leão entrar na cabana para incentiva-las.
Sidney e Leozinho, estavam ocupadíssimos, envolvidos até a cabeça na construção do parque temático.
Carolina mantinha os mesmos sentimentos com relação a Andreia, porém, evitava contrariar a irmã.
Diante das ameaças de Natasha, preferiu não arriscar.
Sofia despediu-se dos amigos, chorando. Ela entrou no barco acenando.
-- Adeus amigos! Vou tentar voltar no Natal.
-- Vou ficar muito chateada se não vier -- Andreia, acenava e chorava.
Sidney, Leozinho e Talita, agitavam a mão, tristemente.
-- Adeus Talita, amor da minha vida -- Sofia sussurrou, bem baixinho para que ninguém a ouvisse -- Um dia eu volto e ficaremos juntas para sempre.
Um carro preto com vidros escuros, entrou na Marina em alta velocidade e parou bem próximo ao local de embarque da lancha. De dentro do automóvel saíram dois homens de preto.
-- Espere, comandante -- eles subiram na embarcação e seguraram Sofia pelos braços -- Essa mulher está detida e não pode deixar a ilha.
-- O que? Eu detida? -- ela tentou se desvencilhar, mas não conseguiu -- Posso saber o motivo?
-- Porque é a mulher mais chata do mundo. E a dona Natasha não vai ter mais ninguém para chamar de insuportável.
Sofia balançou a cabeça e sorriu.
-- Aquela idiota!
-- Ei, seus bobões -- Natasha saiu do carro e se encostou na porta -- Vamos embora. Deixem de ficar chorando por pouca coisa.
Leozinho esperneou.
-- Que ódio! Chorei horrores à toa.
-- Eu também -- disse Sidney, secando as lágrimas -- Agora aquela ridícula sabe que eu gosto dela. Vai ficar toda boba.
Andreia e Talita abraçaram Sofia com alegria e foram caminhando para o carro.
A moça com seu jeito totalmente louca, alegre extrovertida de bem com a vida, sempre animava o ambiente.
Natasha percebeu a tristeza de Andreia com a notícia do retorno da amiga ao Rio. Então, o que custava oferecer uma estadia gratuita a chata?
Mariana e Cesar, permaneciam no chalé. Aguardavam ansiosos o nascimento do bebê. Eles ainda não sabiam que Andreia não era a irmã desaparecida de Natasha. Apenas os mais próximos sabiam.
Natasha e Andreia decidiram revelar a verdade a todos, somente, após o nascimento de Marlon.
Mariana tinha os seus planos, mas Cesar não concordava.
-- Por que pedir uma migalha se posso ter uma fortuna? -- ele dizia, irritado -- Meu filho é o herdeiro.
Fábio Dias, finalmente, recebeu alta do hospital. Apesar da barriga de oito meses, Andreia fez questão de viajar até o Rio e auxilia-lo em tudo que fosse preciso.
Ela se sentou perto de Fabio e se inclinou.
-- Estou aqui, papai -- sussurrou ela, com a voz trêmula de emoção.
Os dedos finos seguraram a mão enrugada, enquanto com a outra mão lhe fazia um carinho na testa.
-- Agora está tudo bem -- falou perto de seu ouvido e ele sorriu.
Os olhos de Fabio se iluminaram e um sorriso fraco se formou nos lábios secos.
-- Está tudo bem, mesmo, minha filha?
Andreia olhou para a mulher parada à porta. Ela parecia à vontade, como se estivesse feliz por estar ali.
Fabio se virou. Seus olhos logo a focalizaram.
-- Essa é a Natasha, papai.
Fabio foi até ela, como se fosse perfeitamente normal, passou o braço ao redor dos ombros da moça.
-- Posso estar sendo ridículo, mas tenho que confessar -- ele disse sorrindo -- Sempre tive a maior inveja de você. Tão jovem e tão competente.
O olhar de Andreia encontrou o de Natasha, e em silêncio, sorriram.
O sol brilhava através das janelas imensas, do apartamento de Fabio. Lágrimas quentes lhe escorreram pelo rosto envelhecido.
-- Natasha recuperou o apartamento e o hotel, papai. Agora, não precisa mais chorar.
Andreia voltou para a ilha com a certeza de que o pai ficaria bem.
Natasha mandou trocar toda a mobília da mansão. Móveis modernos, pintura nova com cores mais alegres e vivas, que deram ao ambiente um novo astral.
Também mandou abrir o caminho que levava até a praia deserta.
-- Vamos chamar de Praia do Marlon -- disse Natasha, orgulhosa.
Aquela era a praia deserta dos três, o paraíso particular.
-- Não vejo a hora de ver o garotão correndo pela praia, perseguindo gaivotas, entrando comigo no mar -- Natasha, sonhava acordada.
Viviam dias de conto de fadas. Elas nadavam e faziam amor à beira do mar. Depois voltavam para a mansão e começavam tudo de novo. Nunca se limitavam a uma vez. Era como um vício e seus corpos entravam em abstinência se não fizessem amor.
-- Você é linda -- Natasha murmurou, maravilhada.
Andreia beijou-lhe a boca, bem como todo o seu corpo, lenta e carinhosamente.
Natasha gem*u de excitação e de prazer.
-- Será que o que estamos vivendo não é fruto de minha imaginação? -- Natasha também a acariciou, correndo as mãos por seus cabelos ruivos.
-- Se for, meu amor, não quero nunca mais voltar à vida real -- Andreia se sentia viva sob as mãos dela.
As duas se abraçaram querendo mais, até o dia amanhecer. Natasha sentia uma profunda paz. Sua princesa a amava e estava em seus braços. Nada daria errado na sua vida outra vez.
Os dias passavam. Passavam e a barriga crescia cada dia mais.
-- Você é a gestante mais linda do mundo -- num gesto carinhoso tocou a saliência do ventre de Andreia com os dedos -- Em pensar que o nosso filho está aqui. Tocou a parte de cima e de repente sentiu algo se mover sob seus dedos -- Ele se mexeu, amor. Ele se mexeu.
Andreia não conseguiu conter o riso diante da cena.
-- Mexeu? -- Andreia levou a mão dela até um lado de sua barriga. Pressionou-a e o bebê mexeu de novo -- Sentiu?
-- Senti. Ele é bem ativo.
-- Doutora Talita disse que quanto mais ativos, mais saudáveis eles são.
Natasha sentiu uma onda de emoção.
-- Falta pouco né -- ela percorreu a vista pelo corpo dela.
-- Um mês -- ela sussurrou.
-- Pensei muito e decidi chamar o juiz de paz para nos casar.
-- Por que assim de repente? -- perguntou Andreia, surpresa.
-- Quero que você dê entrada na maternidade como uma Falcão. Como minha mulher.
Andreia beijou-lhe a ponta do nariz.
-- Faço tudo o que quiser, amor. Confio em você.
-- Posso leva-la para nadar?
-- Pode me levar para onde quiser -- disse Andreia -- Só não sei se vou conseguir nadar -- ela murmurou -- Talvez eu possa só molhar o pé.
Natasha segurou-a pela mão, com um sorriso travesso.
-- Lembra que te peguei no colo lá na Ilha Carolina?
Andreia olhou para ela e riu.
-- Aguenta uns doze quilos a mais?
-- Molezinha, amor. Só que não! Prefiro a segurança de te levar pela mão -- ela disse, encantada.
-- Então vamos.
Natasha a guiou calmamente em direção à praia do Marlon.
Fim do capítulo
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Anny Grazielly
Em: 11/09/2020
Nossaaaaaaa... que momentos mais lindos entre as meninas.... amando cada momento compartilhado delas...
Marcela e Sibele estão aprendendo a dá valor as coisas... isso é bom....
Estou com medo desse Cesar e Mariana...
Mille
Em: 15/08/2018
Oi Vandinha
Estamos chegando na reta final???
Capítulo lindo e bem emocionante ou eu estou sensível hoje.
Gostei dessa nova mudança, o amor transforma e para ser feliz temos que agarrar as oportunidades e Nat encontrou na ruiva esse sentimento que foi capaz de apagar o sentimentos contrários.
Talvez a Carolina ainda não foi tocada pelo amor, caso ela amasse mesmo a Talita daria uma chance de mudar. E até mesmo amor pela irmã que está feliz com a Andreia. Como diz uma frase "cada um sabe o que trás no coração" acho que é assim.
Cara rir muito da Marcela e Sibele espero que elas aprendam e refaça suas vidas.
Cesar e Mariana também terão seus castigos.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Bom dia Mille!
Pra falar a verdade, agora é que entraremos na parte central da história. Então, prepare-se para colocar a cabeça para funcionar. Muitos mistérios.
Beijãoooo...
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