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RETALHOS por Marcya Peres

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Palavras: 1149
Acessos: 637   |  Postado em: 01/06/2018

Capítulo 1

 

Ligia abriu a porta de casa e encontrou tudo às escuras.  Edu não estava em casa, devia estar no cursinho preparatório e Luciana também não havia ido pra lá após a conversa na Cafeteria.

 

“Será que tinha ido ao encontro da nova Paixão? Como seria ela? Ah, que importância tinha isso, se tudo o que mais queria era de volta o olhar da sua mulher! O olhar de amor, de entendimento que só Luciana sabia lhe dar!”

 

Ligia olhou-se no espelho e assustou!  Os olhos estavam muito vermelhos de tanto chorar. Não se dera conta de tanto pranto por causa da chuva que se mesclava às suas lágrimas.  A dor pela ruptura era atroz.  Sabia que a relação delas não estava boa, mas terminar era impensável, nunca havia sequer cogitado, achava ser apenas uma fase, logo ia passar. Porém, Ouvir da boca da mulher que amava que ela estava se apaixonando por outra foi a dor mais terrível jamais sentida até aquele momento.

 

Mas para Luciana a percepção das coisas era outra.  Na sua visão a vida delas havia caído no marasmo e na rotina pela falta de interesse, falta de empenho em fazer diferente, em dar atenção e notar o que incomodava na outra.  A pressa, a impaciência, o descuido...tudo culminando na falta de vontade de prosseguir juntas.

 

Quantas noites havia passado em claro imaginando o que estava acontecendo com elas. Na falta de interesse de Ligia no sex*, na displicência dos carinhos apressados, nos beijos cada vez mais raros.  Não se abraçavam mais, não se aconchegavam mais uma na outra ao dormir.  Não sentiam mais o perfume do xampu que vinha dos cabelos que tantas vezes desgrenharam na hora do tesão.

 

A constatação do distanciamento trazia também para Luciana várias questões que levavam a frustração e ao desamor: “Quando ela começou a não achar mais graça nas minhas piadas? Quando ela parou de me olhar, notando meus gestos,  perdida em mim? Quando a pele parou de arrepiar no toque dos meus dedos? Quando a risada dela deixou de vir acompanhada daquele brilho nos olhos de amor desmedido? Quando ela parou de perceber que eu estava quieta...que eu havia olhado para o lado...para outra...Quando ela me deixou ir?”

 

Luciana conheceu Sabrina em um projeto em conjunto de seu escritório de Arquitetura com a empresa de Engenharia que a outra trabalhava.  Aproximaram-se aos poucos, iam juntas na obra da qual eram responsáveis, almoçavam juntas todos os dias e com isso começaram as confidências.  O interesse de uma mulher bela, inteligente e vibrante instigou Luciana e a insatisfação deu lugar à intolerância pela vida monótona que vinha tendo com Lígia. 

 

Certo dia, após o trabalho, Luciana deu carona a Sabrina até em casa.  Quando então se beijaram pela primeira vez. Outras caronas se seguiram assim como os beijos apaixonados.  Luciana sentia culpa pela traição, mas também se sentia viva outra vez, desejada, olhada com paixão, amada novamente!

 

Não foram além dos beijos, pois Luciana não permitiu.  Podia não querer mais estar casada com Lígia, mas devia a ela todo o respeito que o Amor delas havia construído ao longo dos anos.  Ela não merecia que fosse leviana e vulgar.

 

Após a conversa na Cafeteria, foi ao encontro de Sabrina e contou sobre o pedido de separação e avisou que em 30 dias estaria livre para assumir a relação delas e finalmente poderem estar juntas de forma completa, sem remorsos.

 

Ao chegar a casa encontrou Ligia sentada no sofá à meia luz e não quis ver os olhos vermelhos de dor.  Sabia que a mulher estava sofrendo muito, mas também havia sofrido por longos meses e ela nem notara.  Agora era tarde, não queria mais.  Antes de abrir a porta do corredor que levava aos quartos, perguntou:

 

- Edu já chegou?

 

- Ainda não.  Deve estar com os amigos do curso.  Vai fazer o que te pedi? – Ligia falava num sussurro, quase não dava para entender.

 

- Claro, você está certa.  Não é uma boa hora para darmos essa notícia pra ele. Pode prejudicar muito nas provas.

 

- Tenho outra coisa pra te pedir. – Ligia levantou, se aproximou e ficou de frente pra ela.

 

Luciana olhou a mulher e o coração doeu.  Ligia estava arrasada e isso a machucava também.  Quando falou, a voz estava calma, mas falhava pela emoção:

 

- Eu quero que me faça um favor sem questionar.  Em consideração a todos esses anos juntas.  Será a última coisa que vou te pedir na vida.

 

Luciana intrigou e esperou a mulher finalizar o pedido:

 

- Eu quero que nesses últimos 30 dias de nossas vidas como casal, você venha jantar em casa. Não importa o que aconteça, me prometa que virá todas as noites jantar em casa comigo e com Edu.  E antes de irmos dormir, leremos uma para a outra, qualquer coisa que quisermos...um trecho de um livro, um poema, uma crônica, um conto...qualquer coisa que seja do nosso gosto e nos toque de alguma forma.  Promete pra mim?

 

Sem entender direito, mas respeitando a vontade daquela que havia sido sua companheira por tantos anos, Luciana assentiu:

 

- Está bem, Ligia.  Se isso te deixa feliz, eu faço.  Não pense que isso irá nos fazer um casal novamente, mas se você assim quer, não vejo problema.

 

E caminhou para o quarto exausta, mais a mente que o corpo.

 

 

O som agudo do telefone interrompe o silêncio dividido pelas duas mulheres que jaziam lado a lado na cama mergulhadas em seus conflitos.  Ambas assustaram. Corações contraídos, instinto de mães gritando.

 

O desespero tomou conta enquanto tentavam chegar ao hospital.  Eduardo havia pegado carona com um amigo do curso e no trajeto um pneu estourado por um buraco fez o veículo perder a direção e ir de encontro a um poste.

 

Chegaram ao hospital em pânico.  De mãos dadas procuraram o médico. Precisavam ver o filho.  Tudo se tornara tão pequeno diante da possibilidade de perder o que de mais precioso tinham.  A enfermeira disse que o menino estava sendo atendido e que logo o médico viria informá-las da situação.

 

Olharam nos olhos uma da outra.  Apenas elas sabiam o que sentiam, era exatamente a mesma dor para ambas.  O desamparo, o medo, a aflição que viam nos olhos da outra eram reflexos idênticos. 

 

E naquele momento, tudo o que havia sido dito sobre separação, desamor, falta de atenção, ficou perdido e sem sentido diante do desespero da eminência de uma perda maior.

 

As mãos ainda estavam unidas e não queriam se soltar, se consolavam, apenas elas sabiam o que era aquele pavor, a sensação de tudo se acabar de vez, até o sentido da vida.

 

E então se abraçaram, rezaram e esperaram.

 

(continua)

 

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 1 - Capítulo 1:
brunafinzicontini
brunafinzicontini

Em: 01/06/2018

"Cesse tudo o que a musa antiga canta, que outro valor mais alto se alevanta."

Um acidente com o filho... Terrível maneira de uni-las outra vez! Forma brutal de dimensionar a realidade. Mas, antes disso, a proposta de Lígia pareceu interessante e intrigante.

Muita curiosidade pelo desfecho!

Abraços,

Bruna

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