Capítulo 1
Dia 25/05
8:45 am
A vida é um fio. Por vezes, frágil até demais, mas também pode ser forte como um cabo de aço. Essa não é a minha hora, ainda não, não depois dessa última noite. Apenas começamos.
Dia 24/05
11:04 am
Não tem um dia que não pense em como convidar a Alê para sair, mas sempre travo na hora do convite. Dessa vez será diferente, estou sentindo que hoje será nosso dia, tudo ou nada! Tem 3 anos que trabalhamos juntas, sinto que ela manda alguns sinais, mas sempre fico com medo de estar enganada. Hoje acordei e senti que era o dia, estava um clima frio, perfeito para convidá-la para uma cafeteria e quem sabe uma esticada mais intima. Sei que será nosso primeiro encontro, mas não vou me reprimir, desejo bem mais que um café e alguns beijos.
Hoje ela está ainda mais linda. Botas cano longo, calça escura e um casaco grande, vermelho. Amo quando usa vermelho, realça sua pele, seu cabelo ruivo. Poderíamos formar um casal muito bonito: eu, negra e com um Black bem cacheado e ela branca, ruivinha e cheia de sardas.
Assim que paro em sua mesa ela sorri e me olha da cabeça aos pés, mordendo os lábios (Vocês também estão vendo esses sinais, não estão?). Tento falar firme, convidando-a para um café depois do trabalho e a resposta dela me deixa entre o céu e o calor do inferno.
- Achei que nunca me convidaria, mas por que não tomamos esse café lá em casa? Assim não teremos pressa para acabar a noite, não é? Amanhã é nosso dia de folga.
- É...é...nossa, sim! Seria perfeito! Só tenho um compromisso às 9:00, mas acredito que consigo acordar a tempo.
- É o que veremos, - ela diz com um sorriso de canto que me tira o chão- em todo caso, posso achar um meio eficaz de te acordar.
- Mal posso esperar!
19:00 pm
Nos encontramos na saída da empresa, ela tinha vindo de táxi hoje, então fomos no meu carro. Logo que entrou ela colocou a mão na minha coxa e apertou, perguntando se poderia ligar o som, eu respondi que sim e a mão dela continuou no mesmo local, numa carícia leve. Como se o universo estivesse se divertindo com a situação, a música que tocou casou completamente com o momento.
Hoje eu tenho uma proposta
A gente se embola
E perde a linha a noite toda
Hoje eu sei que você gosta
Então vem cá e encosta
Que assim você me deixa louca
E faz assim
De um jeito com sabor
De quero mais sem fim
Não fala nada e vem
Que hoje eu tô afim
Eu tô na intenção de ter você pra mim
Só pra mim
A mão dela na minha coxa ganhou uma pressão a mais depois disso, fazendo um percurso que me deixou tonta, subindo e descendo lentamente. Trocamos um olhar cheio de significados e percebi que o seu cabelo ruivo deixava evidente o fogo dentro dessa mulher. Eu quero essa mulher na minha vida. O percurso foi feito de forma rápida, mas intensa, repleto de troca de olhares.
Assim que chegamos a casa dela e ela fechou a porta, mal deu tempo de jogar minha bolsa em qualquer canto, eu que fui jogada na parede. Alê parecia um polvo, eu sentia o toque das suas mãos por todo o meu corpo, mas tinha plena consciência de uma mão na minha nuca, de forma viciante, e outra fazendo o percurso das minhas costas e se concentrando na minha bunda. O toque firme, forte, envolvente.
Aos tropeços, caminhamos até o sofá, chegamos com a respiração pesada e blusas jogadas pelo caminho. Alê tomou conta da situação, me sentando no sofá e sentando no meu colo, de frente pra mim, só então paramos de nos beijar para respirar e conseguimos fixar nossos olhares. Eu vi um universo de possibilidades dentro dos olhos dela. Ela forçou meu corpo para me encostar no sofá e segurou minhas mãos acima da minha cabeça, roçando nossos corpos, rebol*ndo no meu colo. Ofeguei.
- Você prefere algo rápido ou posso fazer o que eu quiser e como quiser? - Ela disse ao puxar meu cabelo e se fundir ainda mais ao meu corpo.
- Faz o que quiser. Sou sua.
Alê levantou com uma lentidão calculada, tirou o restante das suas roupas aos poucos e saiu caminhando, nua, lentamente em direção ao corredor que leva ao quarto, por um momento fiquei parada, só observando, mas depois saí quase correndo atrás dela.
Ao chegar ao quarto, fui conduzida de forma acalorada até a cama, enquanto minhas roupas eram tiradas, fiquei nua, assim como ela. A noite que se seguiu foi a melhor da minha vida.
Ao ser deitada na cama, as mãos de Alê prenderam minhas mãos e começou a explorar meu corpo, lentamente, seus carinhos começaram no meu pescoço e de forma visceral seguiram para os meus seios. Sua boca incendiava por onde passava, os beijos e ch*pões nos meus seios seguiram para minha barriga e, por fim, meu sex*, que já estava pingando esperando por seu toque. Fui explorada por sua boca de forma lenta, viciante, ao mesmo tempo em que seus dedos entravam em mim com força, firmes. Meus gemidos cada vez mais altos, os lençóis amarrotados pelo meu desespero pelo gozo, que não tardou a chegar, me fazendo derreter. Passamos a noite aproveitando cada canto da casa.
Pela manhã, como prometido, fui acordada com um oral maravilhoso. Nada melhor que acordar recebendo prazer e depois poder retribuir. Nosso inicio de manhã foi repleto de carinho e cumplicidade. Corri para não me atrasar, saí com um convite para voltar a noite.
Dia 25/05
8:43 am
Parece que a pressa não é amiga de ninguém. Foi tudo tão rápido. A última imagem que vejo é o parabrisa quebrado. Só consigo pensar no sorriso da ruiva.
Fim do capítulo
Se você chegou até aqui, que tal fazer uma iniciante feliz deixando seu comentário? Críticas construtivas ou elogios são sempre recebidos com carinhos.
xoxo
Comentar este capítulo:
Cristiane Schwinden
Em: 01/06/2018
Iniciante? Teu texto tá profissa! Arrebatador e muito bem escrito! A gente sabe que uma história é boa quando chega no final e fica procurando mais.
Bjão!
Resposta do autor:
Acho que vou tirar um print desse comentário e emoldurar, olha só de quem veio esse feedback lindo \o/ Feliz demais com isso!
Obrigada pelo desafio maravilhoso e esse espaço incrivel.
Bjs
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