Não sei se ainda estou no prazo. Espero que gostem.
Capítulo único.
E ela saiu pela porta afora, me deixando em pedaços.
Fiquei fora de órbita por uns segundos, quando despertei, peguei celular, chaves do carro e a bolsa e sair correndo atrás dela. Não iria deixar que ficasse assim, ela teria que me ouvir.
Vi que o elevador ia demorar, então desci os quatro lances de escada correndo, a vi entrando no carro e não pensei, corri até o meu carro e a seguir o mais rápido possível. Havia um dois carros entre nós e logo a frente era um cruzamento com sinaleiro, estava tão concentrada em não perder o carro dela de vista, que não percebi o sinal ficando vermelho, apenas ouvi um barulho intenso de freios e em seguida uma pancada muito forte no lado do carona.
Sinto o carro rodar, uma dor muito forte no meu peito e tudo cai em completa escuridão.
Minhas pálpebras estão pesadas, tento abri-las e o esforço é gigantesco, até que consigo ver tudo embaçado e aos poucos vou conseguindo firmar a vista, vejo um teto branco, pisco muito e ouço alguém falar muito próximo.
- Ela está acordando. Chame o médico, por favor.
Reconheço essa voz.
- Biiiianca- digo num fio de voz, gaguejando- água, quero água.
- Calma, Patty, fica calma, o médico ta vindo, não sei se posso dar água pra você.
- O que aconteceu?
- Você sofreu um acidente de carro. Do que você lembra?
- Hum, lembro de ta indo atrás de você no meu carro e o sinal fechou. To lembrando que sentir um dor no peito e tudo rodando.
- Sua louca, tava indo atrás de mim pra que?
- Se afaste um pouco, moça, preciso ver como minha paciente está - Olá, mocinha, resolveu acordar. Seja bem vinda. Vou te incomodar só um pouquinho agora.
O médico colocou a lanterna nos meus olhos e auscultou meu peito e costa. Enquanto a enfermeira media minha pressão.
- Tudo bem, você está ótima. Mas vai ficar mais esta noite por aqui, amanhã cedo venho lhe ver e te se tiver tudo bem, te darei alta. Tá liberada a alimentação e água. Boa noite.
- Bianca, quanto tempo estou nesse hospital? O acidente foi grave? Minhas costelas estão doendo e vejo que meu braço esquerdo ta no gesso.
- Você teve muita sorte, a ambulância chegou muito rápida, eu ouvi o barulho do acidente parei pra ver o que tinha acontecido, quando cheguei perto vi que era teu carro e me desesperei quando vi você desacordada e sangrando na cabeça. Você teve concussão e um corte na cabeça devido ao baque na lateral do carro, o braço esquerdo fraturado, teve três costelas trincadas, por causa do cinto, que graças a Deus você sempre usa, senão teria sido cuspida pra fora do carro. Entrou em cirurgia e ficou em coma durante 3 dias, acordou no quarto dia que foi hoje.
- Afffz, caramba!! Avisaram meus pais?
- Sim, eles estão todos os dias aqui e eu também, foram jantar. Vou avisá-los agora que você acordou. Antes, me responda, porque você saiu desesperada atrás de mim?
Fechei meus olhos, respirei fundo, antes de encará-la e falar:
- Você saiu daquele jeito depois que confessei meus sentimentos, fiquei com medo de você nunca mais querer, ter nem mesmo minha amizade, sei lá não pensei. Coisas de gente apaixonada. - ela ficou me olhando muito firme não sei por quanto tempo.
- Você ta mesmo apaixonada por mim? Você a rainha da pegação? Você sabe o que eu penso sobre pessoas bi, né?
- Lá vem você com esses rótulos idiotas, você sabe que odeio, eu já te disse mil vezes que não me importo com o que as pessoas têm entre as pernas. O que me atrai nas pessoas vai muito além do sex*, simplesmente assim. Gosto de pessoas, me atraio por pessoas. E não se manda no coração, amo você e vai muito mais além de tudo que já sentir por outra. E tenho plena certeza disso e se você nos der a chance, sei que seremos muito felizes. Era isso que eu queria falar pra você, por isso a urgência.
Ela continuou me encarando. Ah, como amo esses olhos grandes e negros. E de repente, colou nossas bocas, num selinho demorado. Fechei meus olhos, saboreando esse momento.
Quando os abri, ela estava sorrindo lindamente.
- Eu to sonhando, Bianca? Não, não me acorde. Desse sonho não quero acordar.
- Lesa. Brinca com tudo, mas eu gosto disso. Vendo você naquele carro, daquele jeito, eu achando que ia te perder, percebi que eu tinha que ser mais corajosa e deixar o passado no passado e prometi pra todos os santos que se você ficasse bem e que se realmente me amasse, iria correr o risco e iria aceitar esse amor em minha vida. Então, senhorita agoniada e apaixonada, quer namorar comigo?
Uau!! Eu consegui!! Valeu à pena sofrer essas dores e esse risco, porque ela me pediu em namoro. Uau!!!! To arrebentada mas to feliz. Kkkkkk.
Demorei um pouco pra me recuperar plenamente, mas dois meses depois, aqui estou eu, de alta pra tudo, entendem o que digo? Hahaha. Estou decorando o meu apertamento com flores vermelhas, pétalas no chão que vão até o meu quarto, este está com iluminação à velas aromáticas.
- Amor, o que você ta aprontando? E porque você colocou uma venda no meus olhos, depois que saímos do elevador?
- Oh mulher que pergunta, oxe. Vou já tirar, to só abrindo a porta. Pronto, vou retirar a venda.
- Uau! Que lindo, flores!! Que cheiro gostoso.
- Gostou? Vamos comemorar de verdade hoje, o nosso namoro. To de alta e vou poder te amar como você merece. - Tomei seus lábios num beijo demorado e cheio de volúpia. Beijei muito sua boca, queijo, pálpebras, colo, ao mesmo tempo fomos nos despindo, entre amassos, suspiros e gemidos, chegamos ao quarto e enfim consumamos nosso amor.
Fim do capítulo
Não sei se o prazo pra participar do do desafio 3a. semana, já expirou, mas tá aí.
Comentar este capítulo:
Manuella Gomes
Em: 29/08/2020
Ainda bem que teve continuação ;)
O amor é uma coisa mesmo.
Gostei do seu texto e da estrutura dele.
RosanePatell
Em: 27/05/2018
Bhá! Que romance gostoso, finais felizes são ótimos, mesmo que sejam temporários!
Resposta do autor:
Obrigada.
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