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A salvação catastrófica por mcassolwriter

Ver comentários: 3

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Palavras: 1005
Acessos: 802   |  Postado em: 08/05/2018

Capítulo 1

O som do telefone vibrando era um incômodo ao longe nos ouvidos de Soraya. O torpor do álcool e o Rivotril que tinha tomado para conseguir dormir não a deixavam racionalizar que o som vinha da mesinha ao lado do abajur. Ela se esforçou para abrir os olhos e estava tudo escuro. Fazia dias que ela não deixava a luz do sol entrar no seu quarto. A janela que revelava a mais linda vista da cidade de Fortaleza permanecia fechada. Nem luz nem esperança de melhorar entravam na sua vida. A depressão a arrastava para um buraco ainda mais escuro. Finalmente, conseguiu reunir suas forças e silenciar o telefone sem nem mesmo olhar quem estava ligando. Quando apertou os olhos para ver as horas, a bateria acabou. 

“Droga!” Soraya disse em voz alta, incomodada em ter que sentar e colocar o telefone para carregar. Qualquer esforço mínimo já causava irritação. Caminhou vagarosamente até o banheiro e evitou olhar seu próprio rosto no espelho. Lidar com aquele olhar de julgamento e culpa era demais para a sua cabeça. Tentou lavar o rosto e escovar os dentes, mas o movimento da escova em sua língua causava náuseas. Nem os simples prazeres de dentes limpos vinham sem um preço. 

Sentou-se novamente na cama desarrumada e pegou o celular. A tela acendeu revelando o absurdo de estar dormindo há quinze horas. Soraya balançou a cabeça, incrédula. “Vou passar minha vida querendo dormir enquanto estou acordada e sonhando em viver enquanto durmo. Condenada a viver no limbo eterno.”

Quando abriu a tela de proteção, deparou-se com algo que fez seu coração acelerar. Duzentas e dezenove chamadas não atendidas. “Mas que porr* é essa?”, rolou a tela e viu um por um dos seus poucos amigos, aqueles que permaneceram apesar dela ter se tornado insuportável como ela mesma diz, com dezenas de chamadas. Mais estranho ainda: setenta e oito chamadas de Ana, sua ex. Aquela que jurou por tudo que é mais sagrado que nunca mais deixaria Soraya destruir sua vida. Os olhos de Ana, vermelhos e inchados de tanto chorar, vieram à memória de Soraya. Foi a última vez que haviam se visto, quando mais uma vez Ana descobriu a traição, dessa vez o golpe mais baixo, com sua amiga e o marido dela. Soraya tentou expulsar o pensamento da cabeça, que já estava latejando. Ela sabia que Ana nunca iria ligar se não fosse nada muito importante. “Meu deus, quem morreu?” 

Antes de elaborar mais, o telefone toca novamente. Ana. Ana. Ana. Brilhando na tela. 

Soraya não queria atender. Olhou para o teto buscando um pingo de respeito por alguém que tentava desesperadamente falar com ela, “pela Ana”, pensou e disse “Alô?” 

O som das lágrimas e do nariz fungando de Ana entraram por seu ouvido. 

“Ana, o que houve?” 

Uma respiração forte, seguida por mais choro. 

“Soraya. Por que você tem que ser tão egoísta? Onde você estava? Estou te ligando a noite inteira!” mais choro. 

“Eu apaguei. Desculpe. O que houve?” 

“Onde você está?” 

“Em casa. O que houve?” 

Ana deixa mais um pranto sair seu peito, a dor nas suas palavras esmigalhando o que ainda restava de bom em Soraya. 

“Ah não Soraya, eu não posso acreditar, não assim… não desse jeito.” 

“Ana, pelo amor de Deus, o que houve?” 

“Eu tenho uma coisa muito horrível para te contar, e não sei como dizer.” 

“Pode falar, duvido que eu possa me sentir pior.” 

“Aff, sempre assim, tudo é sobre você não é? É impossível que você consiga pensar no que pode causar na vida de outras pessoas, de quem se importa com você.” 

“Olha Ana, talvez seja melhor eu desligar, não estou me sentindo bem e sermão essa hora… quem sabe…” 

“So, escuta!” 

Soraya sentiu seus próprios olhos umedecerem. Ana não a chamava de “So” por muito tempo, foi bom ouvir. 

“Fala, Anita” Soraya respondeu no mesmo tom carinhoso. 

“Uma tragédia aconteceu. Tem uma ilha nas Grandes Canárias, e o vulcão explodiu, a ilha foi demolida, metade caiu no mar.” 

Soraya sacudiu a cabeça, não estava entendendo o porquê da tragédia. 

“Tinha alguém lá que você conhecia?” 

“Não, não, escuta. Acontece que com a massa de terra que caiu no oceano gerou uma onda catastrófica que esta indo em direção à costa do Brasil, o primeiro lugar a ser atingido vai ser o nordeste Esse tsunami vai destruir tudo por uns 100km da costa, So. Tiveram que evacuar tudo, está uma loucura, a onda está indo na sua direção. Fortaleza vai ser…” Ana começa a soluçar novamente e Soraya ainda não entendia o que esta acontecendo. 

“Mas quando isso vai acontecer?” 

“A onda levaria nove horas para chegar ao Brasil, por isso estava todo mundo louco atrás de você. Quando eu ouvi a notícia eu saí de carro, desesperada. Iria ao teu encontro, mas o exército fechou o acesso e ninguém pode passar.” 

“Nove horas? Quanto tempo faz?” 

“Você tem uns 15 minutos” 

Soraya correu para a janela, abriu de supetão fazendo um barulho ensurdecedor. E, além dos prédios que permeavam a sua vista, uma onda gigante distorcia o horizonte. Era uma cena que nem os filmes de catástrofes mais kitsch conseguiriam retratar. O terror do mar se levantando dezenas de metros, imponente e devastador, debochando da insignificância da humanidade. Não havia nada a ser feito. 

“So, você esta ai?” 

“Tô sim” 

“Você consegue ver?” 

“Consigo Anita, tá quase aqui. É coisa mais linda que eu vi na vida.” 

“Você não está com medo? 

“Medo? Não. Chega de sofrer, essa concha que eu habito não significa nada para a mim há muito tempo, você sabe. O que eu vejo vindo em minha direção é minha salvação. E eu só tenho a agradecer por passar meus últimos minutos com você. Você me perdoa por tudo?” 

Entre os soluços Ana conseguiu dizer as últimas palavras. “Perdôo meu amor, vai em paz, eu te amo.” 

E a última coisa que Soraya viu foi seu sorriso no reflexo da janela.

p.p1 {margin: 0.0px 0.0px 0.0px 0.0px; font: 12.0px Helvetica; color: #454545}

Fim do capítulo


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Comentários para 1 - Capítulo 1:
Cristiane Schwinden
Cristiane Schwinden

Em: 19/05/2018

Vixi! Amei, temos um conto apocalíptico aqui!!

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Silvia J
Silvia J

Em: 08/05/2018

TOP Quality...fiquei em nervos...

muito bom este tragic-lesbian em redenção apocaliptica. 

 

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Manamundi
Manamundi

Em: 08/05/2018

Perdi o fôlego imaginando a onda vindo na minha direção!!! Adorei.

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