Capítulo 1- Existe amor em SP
A selva de pedra despertou, abria os olhos lentamente e iluminava seus arranha-céus. A selva de pedra me acordou. Deixando a luz dos raios de sol adentrar a janela daquele quarto de hotel com vista privilegiada de sua beleza Abstrata. Há quem diga que o vazio contemporâneo baseia-se na falta de amor. Há Quem diga que não existe amor em SP. Mas, a certas horas a selva de pedra é um tanto carnaval, um tanto conspiração, um tanto medo. Metade fé, metade folia, metade desespero. E provavelmente, a esta hora, uma metade do mundo está vencendo e a outra metade dormindo, há ainda outra metade limpando as armas, outra limpando o pó das flores. Onde, qualquer imprevisto requer esperteza, estranheza. Um tal de dar meia volta quando se sabe de um possível assalto. Um apressar de passos quando se percebe os olhares predadores. Um trocar de acento. Um cruzar de dedos ou fechar de punhos, encolher os ombros. Tu e eu atuamos na peça da vida, onde os momentos alternam-se entre protagonismo e secundarismo. O cenário é adaptável ao personagem; a luz, clara ou escura; a ambientação, minha e a tua cidade. Porque a violência não é exclusiva, mas, o amor é universal.
Há quem ame na cidade sem amor.
Vale dizer que e feio brincar de amar!
Mas podemos brincar de amor
E neste jogo a única regra é que eu te ame e você me ame de volta. Reciprocidade que fala ne?
É possível brincar de amar na cidade que não tem amor ?
Sim, nos vamos brincar de amar! me pinta e borda como tua
Enquanto eu olho pela janela e vejo a verdade contida na tua iris.
E Beijo teus labios rosados quase finos demais comparados aos meus
Tu é sedenta por mim e eu gosto.
Eu gosto do teu contorno se formando na minha retina e as vezes fecho os olhos e te emolduro nua na minha cabeça só para me lembrar de nunca te esquecer.
E eu nua sob os cobertores brancos, os braços roxos com marcas de dedo.
Lições que foram dadas, e prendas que foram pagas.
O amor é nu
E a poesia sopra pedaços dele pelas esquinas da cidade. Sem amor? A
cidade nada seria
Teu corpo é poesia, a cidade é boemia
E onde tudo apetece, logo nada se descreve
Mas se a cidade me permitisse fazer um pedido
Sem receio imploraria que os teus labios de menina beijassem mais os meus labios de menina, que as tuas mãos em meu corpo me dessem o prazer pleno; enquanto os meus orgasmos descessem pela tua gargata como mel. Enquanto tu fizesse morada entre as minhas pernas .
Afinal amor é lar. E lar não precisa de uma estrutura de tijolos pode ser um abraço apertado, um peito aquecido.
Eu posso morar no seu abraco @? Ser dona do seus beijos? Ter overdose do teu cheiro?
Vamos transbordar pelos lençóis brancos enquanto a cidade sem amor nos assiste amar.
Fim do capítulo
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dannivaladares
Em: 11/05/2018
Um belissímo texto, Tamires.
Adorei! Existe, sim, amor em SP!
Adoro!
Seus texto remeteu muito a minha vida, a minha mora, a minha amada.
Lembrei muito do amor que eu encontrei em SP. Obrigada por compartilhar.
Abraços.
Juuhrodrigues
Em: 08/05/2018
Parabéns, parabéns, seus contos são maravilhosos.! Eu amo tudo que você escreve, a forma como vc se expressa! Você é sensacional Tamires Marinho !??‘?????
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olhar Perola Verde
Em: 08/05/2018
Eu mergulhei profundamente nestas palavras.Perfeito!
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Cristiane Schwinden
Em: 06/05/2018
Que delícia de texto! Eu li grande parte com um sorriso, tive a impressão de ver a selva de pedras se transformando em sentimento no decorrer da leitura. muito bom!
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