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Codinome Beija-Flor por Mary C

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Palavras: 1138
Acessos: 1531   |  Postado em: 27/04/2018

Notas iniciais:

Oi, meninas lindas. Tudo bem com vocês? Postei mais três capítulos pra que vcs aproveitem um pouco mais da história. Espero que gostem. :)

Meninas, durante essa semana uma leitora comentou que já havia lido a história em um outro site (diferente daqueles em que eu e a Bella postamos), fui averiguar e descobri que se trata de plágio, inclusive, os nomes das personagens foram alterados. Sabemos o quanto isso é chato e, infelizmente, muito frequente né?! Precisamos da ajuda de vcs pra denunciar e saber se alguém tem conhecimento de mais plágios. Não sou contra a divulgação da história, pelo contrário, é sempre muito bom que as leitoras gostem e divulguem, mas com os créditos e respeitando os autores né?! 

Sei que vcs não tem nada a ver com isso, mas é só um  pedidozinho de ajuda ok?!


Beijão pra todas e aguardo as opiniões de vcs sobre os capítulos.

;**

Capítulo 27- Cheiro de Amor

Voltei completamente desconcertada para a mesa.


A conversa que já estava chata, agora estava praticamente insuportável.

'' Quem Rafaela pensa que é pra me beijar assim?! Que ódio! ''


Não conseguia controlar meus pensamentos e nem a vontade que sentia de voltar naquele banheiro e receber mais daqueles beijos.

 

Eu estava ficando louca. Completamente louca..

 

E, pelo visto, era uma loucura visível.

 

Visível ao ponto de Leonardo perguntar se eu estava bem.. Respondi que sim e ele abrigou-me em seus braços.

Me senti sufocada. Queria ir embora dali o mais rápido possível.

Quando resolvi pedir para irmos embora, Leonardo comentou, parecendo se divertir com a cena:

 

-- Essa juventude. Olha a garota em cima da cadeira. Nessa idade eu ainda era tímido..

 

Virei-me para ver de quem – e de que – ele falava.

 

Rafaela.

 

A garota estava em cima da cadeira, com um copo na mão, claramente embriagada.

Larissa olhou-me e eu apontei para o banheiro. Ela desceu Rafaela e, com bastante dificuldade, a levou até o banheiro.

Expliquei que Rafaela era uma aluna e que veria se ela estava bem.. Caminhei rapidamente até o banheiro.

 

Tentei conversar, mas Rafaela não me deu chances. Me beijou e aumentou ainda mais a minha raiva.

Raiva por sentir. Por querer. Por não conseguir resistir. Raiva por estar vivendo essa situação e não conseguir fazer nada.

 

A minha vontade era de brigar. Bater. Mas ela nem sabia direito o que estava fazendo ali, mal conseguia formular uma frase.

 

Sai de lá, deixando-a na responsabilidade e cuidados de Larissa. Ela me prometeu cuidar e levar a garota para casa.


Eu precisava esfriar a cabeça e, principalmente, meu corpo.

 

Rafaela foi embora.

 

Minutos depois, já cansada de toda aquela noite, Leonardo e eu também fomos..

 

Eu não conseguia esconder minha alteração de humor. Me sentia frustrada. Preocupada.

 

Ele pareceu entender que a noite não havia saído como planejado. Não tentou nada além de beijos e abraços carinhosos..

 

Esperei que ele pegasse no sono e liguei para Larissa, certificando-me que Rafaela estava bem. Agora sim, eu poderia – tentar – dormir tranqüila.

O final de semana passou sem mais acontecimentos.

 

Só pensamentos.. Um atrás do outro. Conflituosos e angustiantes.

 

E nesse ritmo, também, a semana passou..

 

Cheia de trabalho. Tentando não lembrar. Esquecendo para não ceder..

 

Mas, qual é o limite do limite?

 

No meu caso, foi uma ligação.

Eu conversava animadamente com Celeste em sua mesa, na recepção, quando Anita, que estava em minha sala, trouxe meu celular e um recado:

 

-- Doutora Melissa, seu celular estava tocando sem parar. Como a senhora não escutou, resolvi traze-lo até aqui.

 

-- Obrigada, Anita. – Respondi sorrindo, grata pela gentileza da jovem estagiária. 

 

Olhei o nome de quem havia ligado e meu sorriso foi morrendo lentamente.

 

Ela. Sempre ela.. Rafaela.

 

Já havia decidido a não retornar a ligação.

 

Ela tentou uma, duas, três, várias vezes..


Até que não resisti. Não mais..


Atendi..

 

 

-- Mel? – Ela perguntou, surpresa.

 

-- Oi, Rafaela..

 

-- É.. – Ela hesitou. Aparentemente, sem saber o que falar. Após alguns segundos de silêncio e indecisão, completou: – Tudo bem contigo?

 

-- Bem e você?

 

-- Bem também..

 

Novamente o silêncio se fez. Constrangedor e imenso.

 

-- Eu liguei.. Liguei.. É..

 

Eu sorri. Rafaela gaguejava, sem conseguir articular uma frase completa.


Ela sorriu também.

 

E, de alguma forma, serviu para que o clima tenso e constrangedor fosse amenizado.

 

-- Eu liguei por três coisas.

 

-- A primeira? – Perguntei interessada.

 

-- Queria ouvir sua voz.. – Ela falou baixinho, como se confessasse um segredo. Fazendo-me fechar os olhos e sorrir, involuntariamente. – A segunda é que eu queria muito conversar com você.

 

-- Hum.. E a terceira?

 

-- Te ver. Preciso te ver, Mel..

 

-- Rafa..

 

-- Eu sei que você também quer.

 

-- Por que você insiste tanto? – Questionei-lhe sem entender. Querendo entender..

 

-- Porque eu te amo!

 

E ela acabou explicando de uma forma que não deixava espaço para dúvidas.

 

Aceitei. Dei-me por vencida. Cedi..

 

Uma hora depois eu estava no mesmo quarto, do mesmo motel.. Esperando Rafaela.

 

Ela estava de carro e não demorou muito a chegar.

 

Linda. Com o mesmo brilho nos olhos..

 

Chegou tímida. Sem saber como agir e nem onde colocar as mãos.

 

Cumprimentou-me com um beijo no rosto e sentou-se ao meu lado na cama..

 

Na verdade, eu também não sabia como agir.

 

Foi ela quem quebrou o silêncio.. Tentando se explicar, visivelmente sem graça:

 

-- Queria te pedir desculpas por aquele dia no bar, Mel..

 

-- Tudo bem, Rafa.. Já passou.

 

Respondi compreensiva, tentando deixa-la à vontade.

 

Rafaela, abaixou o olhar e disse baixinho:

 

-- É que eu sabia, mas ver é diferente, sabe?! '' Eu sinto ciúme quando alguém te abraça, porque, por um segundo, essa pessoa está segurando meu mundo inteiro. ''

 

Sorri ao reconhecer aquela frase. Rafaela citava, com maestria, um de meus escritores preferidos: Caio Fernando Abreu

Não precisei falar nada. Apenas a olhei.

 

Nossos olhos conversaram e se entenderam por longos minutos.

Fecharam-se apenas para dar lugar à conversa de gestos e toques.

 

Línguas e lábios..

 

Corpos quentes e saudosos.

 

Beijos cálidos.

 

Rafaela tirou minhas roupas e as suas.

 

Sentei no seu colo. Deixando que meu sex*, já molhado, entrasse em contato com o seu, também molhado..

 

Passei meus braços ao redor de seu pescoço e, sem desviar meus olhos dos seus, passei a me movimentar.

 

Rafaela apertou minha cintura. Trazendo meu corpo para mais junto do seu.

 

Beijou minha boca. Mordeu o pescoço. Sugou e apertou os seios..

 

Eu respirava, ofegante, encostada em seu pescoço. Mordendo.. Lambendo.

 

Gemia e mordia sua orelha.

 

Rafaela incitava. Provocava..

 

Me fazendo entregar. Sussurrar. Goz*r..

 

Deitou-me na cama e explorou. Amou.. Sugou cada pedacinho.

 

Cada gota dos gozos causados por ela. Pra ela..

 

Eu entreguei. Senti. Gemi..

 

Sem deixar que a barreira do incerto me impedisse, 

 

Me doei. Me dei.. Toda.

 

Inteira. Completa..

 

Completamente inteira.

 

'' De repente fico rindo à toa sem saber por que
E vem a vontade de sonhar de novo te encontrar
Foi tudo tão de repente, eu não consigo esquecer

 

E, confesso, tive medo, quase disse não..
Mas o seu jeito de me olhar, a fala mansa meio rouca
Foi me deixando quase louca já não podia mais pensar
Eu me dei toda para você ''

 

Cheiro de Amor – Maria Bethânia

 

Fim do capítulo


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