Lutas da vida por Esantos
Capítulo 4
-- Então filha como foi? – Paula pergunta assim que a filha entra.
--Foi legal, só não foi melhor porque dois caras queriam bater no Junior. – Senta no sofá com a mãe
-- Mas o que ele fez para os rapazes quererem o bater?
--Nada mãe apenas esbarrou em um deles que ficou bravo porque uma bicha esbarrou nele. – falou com enfado
--Nossa que horror, mas então o que houve?
--A Deia o defendeu e colocou os dois para correr.
--Nossa, mas como assim? Ela bateu nos caras?
--Bateu, nos dois, só você vendo mãe ela é muito boa
--Mas isso é perigoso – Paula disse
--Eu falei, ela disse que só queria defender o Junior.
--Nossa espero que esses rapazes tenham aprendido a lição, nada a ver querer bater em uma pessoa por ela ser gay. – Juliana olhou para a mãe, agradecia muito por ter uma mãe tão diferente das mães de suas amigas, além de Paula ser uma mulher batalhadora era também uma mulher à frente do seu tempo, nunca teve preconceitos nem barreiras com nada.
--Deve ser difícil né mãe?
--O que filha?
--Ser diferente feito o Junior, ele já passou por tanta coisa.
--Sim, muito difícil, mas ele tem que enfrentar isso de cabeça erguida, não tem nada de errado ser quem a pessoa é.
-- Mãe e se eu gostasse de meninas? A senhora falaria o que? – Juliana perguntou na lata.
--Eu iria continuar lhe amando filha, mas você?
--Não, não eu não gosto de meninas – Ela falou rápido.
-- Então vai lá tirar essa roupa, ver se não acorda amanhã na hora do almoço.
--Isso eu já não garanto – Ela deu um beijo na mãe e saiu para o banho e ficou pensando naquilo que sua mãe disse, como saber se ela não gosta de garotas? Ela nunca ficou com uma para saber, ela sorriu e foi dormir com aqueles pensamentos.
-- Então minha mulher maravilha, como foi seu domingo? – Junior perguntou assim que Andreia entrou na escola com Juliana
--Passei estudando, revisei física e química
--Credo, domingo não é dia estudar. – Junior disse sorrindo
--Todo dia é dia de estudar Junior.
--Ela é uma CDF Ju – Juliana disse sorrindo – Entraram na sala e logo as aulas iniciaram, no final como já era de costume Andreia saia correndo para o seu trabalho, chegava no meio da tarde, mas ficava na casa de Juliana até o começo da noite.
--Lidia vamos fazer os seus exercícios – Andreia disse entrando no quarto e vendo a prima deitada na cama. –Ei preguiçosa não adianta fingir está dormindo, vamos estudar – Quando a prima levantou a cabeça viu no seu rosto a marca avermelhada. – Mas o que houve? – Ela levantou o rosto da prima para ver melhor a marca.
-- Ele me bateu – Lidia disse de cabeça baixa.
--Aquele miserável, ele vai se ver comigo agora – Ela saiu do quarto igual uma bala, encontrou o marido da tia deitado no sofá; -- Você é doido? Como faz aquilo com a Lidia? – Ela disse alto fazendo o homem sorrir.
--Abaixa a voz que essa é minha casa, se bem que você fica bem bonita assim, com raivinha – Ele matinha um olhar de cobiça para Andreia que estava com muita raiva.
--Seu imbecil , eu vou acabar com você – Quando ela iria avançar nele Lidia a segurou.
--Não prima, não faz isso.
--Mas olha para seu rosto, ele te espancou.
--Eu já estou acostumada, não faz isso, a minha mãe não vai gostar nada disso.
--Não encosta mais nela entendeu? – Ela disse com o dedo em riste e ele sorriu sarcasticamente.
--Vem Andreia, vem – Lidia a arrastou para dentro do quarto e trancou a porta.
-- Olha para você, eu vou acabar com ele -A menina mais nova pode ver os olhos dela mudarem de castanhos claros para um tom avermelhado.
--Eu estou bem, não fica assim – Lidia tentava acalma-la.
-- Eu vou quebrar a cara dele – Ela tentou abrir a porta mas não conseguiu – Abre essa porta Lidia.
--Não prima olha para você? Não vale a pena – Abraçou a Prima que respirava fundo como se estivesse tentando obrigar o ar entrar em seus pulmões. – Vem deita aqui – Lidia a fez deitar e ficaram ali abraçadas por um longo tempo.
--Lidia você é a única pessoa da minha vida é minha família, não posso te perder, não posso – Ela caiu em um choro doído e Lidia também chorava.
-- Eu não vou a lugar nenhum, estou aqui – Lidia alisava seus cabelos curtos, logo ela cochilou, no outro dia não encontrou o homem em casa, apenas a tia que veio a advertir que ela estava ali de favor e tinha que o respeitar, ela nada falou apenas pegou sua mochila e saiu, passaram-se alguns meses e ela naquela rotina, cada dia estava mais apaixonada por Juliana, porém estava saindo com Katia, ela ligou para a moça e conversaram por alguns minutos, ate consumir todo o cartão telefônico que Andreia tinha comprado, marcaram de ser ver e mais uma vez ficaram, sempre com a ajuda de Lidia elas saiam para o “culto” algumas vezes na semana, sempre Paula deixavam elas irem com a moto, algo que facilitava muito para elas.
Fim do capítulo
Boa noite minhas flores, como vcs estão?
Mais um cap,sim foi pequenino, mas ainda teremos outro essa semana, espero que vcs curtam .
BJS
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Thaci
Em: 20/04/2018
Boa tarde,autora !
Tem mulher que é cega. Não vê o monstro que tem dentro de casa. E tenho quase certeza que ele,abusa da filha e vai tentar fazer algo com a Deia. Parabéns pela estoria que está cada vez maravilhosa a cada capítulo postado. Nota mil.
Resposta do autor:
Nao Na melhor descrição que essa, monstro, mas vamos ver o que os próximos capítulos nos trará.
Obgda flor
BJS
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Mille
Em: 20/04/2018
Olá Lili
Lili o que dona Marisa diria se o esposo a batesse no lugar da filha e a Deia a defendesse? Será que pediria para ela respeitar o bebum???
Creio que as duas serão sobreviventes de algo ruim que irá acontecer nesta família futuramente.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Infelizmente tem mulheres q passam por isso calada, sao sao coniventes a esses abusos, mesmo sendo absurdo, mas vamos lutando um dia nao veremos mais isso
Segue o barco, vamos ver o q espera para elas.
Bjs Mille
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