~POV CAMILA ~

 

Seguimos para a delegacia, diante das narrações da Alicia eu preferir me manter calada, ela era teimosa e muito besta, tinha caído no papinho do Luan, e ainda queria da queixa sem dizer que suspeitava dele, é mole? Eu segurava o volante com tanta força querendo colocar pra fora tudo que eu estava pensando, mas preferir continuar calada para não piora a situação, eu precisava pensar em uma forma da Alicia da à queixa completa, mais a minha raiva maior ainda é a nova aproximação deles, sei que não tenho direito nenhum sobre ela, mas isso estava me incomodando, se ela não quer da queixa é porque ainda gosta, então não irei me meter, aquele beijo foi um erro, com certeza ela estava no momento dela de medo, por esta sozinha com tudo isso acontecendo, e mulheres tem dessas né, quando acha um abrigo, um carinho a mais já se entrega e com certeza foi isso que aconteceu com ela, achou uma amiga que fui eu, e me beijou no calor do momento e eu aqui idiota me importando com isso, e morrendo de raiva do meu coração que foi bater forte logo por essa garota.

Chegamos à delegacia, logo fomos atendidas e seguimos para uma sala, no caminho da sala o idiota do meu coração fez merd* de novo.

 

- Alicia, você tem certeza que não vai contar tudo que ocorreu?

 

- Camila, é melhor assim, vamos pedir a perícia para analisar e assim ter certeza se foi o Luan.

 

- Mas Alicia, você vai dificultar o trabalho da polícia sabendo que há suspeitas? E se realmente foi ele como você vai chegar pra polícia e dizer tudo que ele fez além de arrombar seu apartamento?

 

- Se foi ele não vou narra essa parte, apenas deixar a Policia agir da forma que é pra agir por invasão a domicilio.

 

- Certa Alicia, mas pra ele chegar e fazer isso tem que ter o começo, e qual seria o começo?

 

- O fim do relacionamento, apenas!

 

Está vendo aí como ela era difícil? Então vamos fazer como ela quer, depois que a polícia descobrir que houve outras ameaças eu não irei me responsabilizar por mais nada, já estou ajudando até demais.

Entramos na sala com a delegada, alguns policiais e umas pessoas que escreviam o que era narrado, eu me mantive calada o tempo todo e a Alicia prestou a queixa e pediu que o local fosse fechado para as devidas investigações, e assim foi feito!

Logo que saímos da delegacia a delegada já mandou a sua equipe pro local para recolher digitais e fazer a averiguação do local e tentar pegar algumas imagens das câmeras da rua, já que a do prédio estava em manutenção e não estava pegando naquele dia, um mega erro, eu morando naquele prédio o processaria por falta de segurança total em ambas a parte, do porteiro as câmeras.

 

- Camila, mas uma vez nem sei como te agradecer. Agora é só aguarda o resultado das averiguações, e eu preciso acompanhar o processo no apartamento e também para pelo menos pegar algumas mudas de roupa e vê uma pousada para ficar esses dias, até resolver o que irei fazer.

 

- Pode ficar lá em casa. – Saiu mais rápido do que a minha mente a pensar.

 

- Não Camila, já abusei demais você, sou grata por que fez por mim, mas não posso mais lhe dá esse trabalho. – Estávamos dentro do carro já.

 

- Eu insisto, quero que fique na minha casa até você resolver tudo, além do mais, se há suspeita de outras pessoas creio que lá você estará mais segura, no mesmo andar do meu apartamento tenho escotas ao lado. – Dei uma risada de canto de boca.

 

- Você é uma fofa, mas só eu sei disso. – Gargalhamos juntas, realmente, esse meu lado apenas ela sabia disso.

 

- Eu vou precisar ir ao escritório, mas você pode me deixar lá e ficar com o meu carro, ai você se locomove melhor.

 

- Não, eu tenho carro, pode parecer que não, mas esta lá na garagem do prédio, pode me deixar lá que de lá eu me viro com meu fusquinha ano 1890. – Fusquinha? Serio? Só falta ela me dizer que é rosa.

 

- Certo. Sua entrada já esta liberada em meu apartamento e as meninas em casa já estão ciente, quero que fique à vontade.

 

- Obrigada mais uma vez, não sei nem como te agradecer.

 

- Eu sei.

 

- Como senhorita? - Ela ergueu uma das sobrancelhas.

 

- Sai comigo hoje? - Sim, eu sei que há minutos atrás eu estava querendo que esse dia acabasse para que eu me livrasse dela e no final ainda insistir pra ela ficar em minha casa e agora estou a convidando pra sair, fazer o que né, eu também não queria esta agindo assim, mas existem coisas que a boca fala e quando viu você já fez a merd*.

 

- Realmente, essa versão Camila é para poucos. - Ela sorriu pra mim, e que sorriso.

 

- Acho que a gente não começou bem, poderíamos começar do jeito certo, o que achas? - Eu seguia dirigindo pra seu apartamento. Alguém poderia calar a minha boca? Meu coração esta falando até demais.

 

- Seria um encontro? - Ela se divertia nas minhas custas.

 

- É, você acha que é chegar e me beijar e depois me esquecer? - Entrei em suas brincadeiras.

 

- Depende, você não perguntou quais as minhas intenções com você. - Isso estava ficando... Interessante? Socorro, essa não sou eu, eu juro!

 

- Na nossa saída hoje me atentarei a pergunta sobre as suas intenções comigo. - Parei em seu prédio.

 

- Ok senhorita. Até mais! 

 

A deixei com coração apertado queria está presente na averiguação do caso e queria esta ao lado dela assim como prometi, mais infelizmente as obrigações nos chamam, mas ao mesmo tempo sai com uma alegria imensa por ela ter topado a sair comigo, mas pera ai... Onde eu a levaria? Meus encontros eram barzinho e depois meu flerte e só... Socorro, alguém me ajuda... Já sei a Sara, com certeza a Sara.

 

 ~ POV ALICIA ~

 

Sai daquele carro com um sorriso imenso, e nem me perguntem por que viu, só sentia que coisas novas estavam acontecendo em minha vida e a companhia da Camila me fazia bem que até me esquecia que estava sendo ameaçada, estava sem casa e com o futuro incerto, e confesso que estou super nervosa, além de nunca ter ido a um encontro e pra completar seria com uma mulher. Meu Deus, ela é uma mulher, eu acho que estou ficando louca, ou posso dizer apaixonada? Só sei que o seu jeito marrento me tira do sério, e eu com certeza irei a esse encontro, chega de rótulos, chega de me preocupar, chega de deixar de viver, eu quero me entregar a isso que estou sentindo, não vou me esconder e nem deixar de viver algo novo pela decepção que tive e muito menos por ser uma mulher, pois é justo todas as formas de amor, e se tem uma coisa que aquele coraçãozinho tem é amor pra dar, eu tenho certeza.

Conhecer a Camila de verdade foi à melhor coisa que me aconteceu essas ultimas semanas, seu olhar penetrante, seu jeito duro e firme de falar, sua autoridade, tão decidida e tão pratica e sua leveza de resolver as coisas, de deixar tudo sob o seu controle mexeu demais comigo, eu achava que eu era assim, mais eu sou uma mera atrapalhada que nem sei o que estava fazendo com a minha vida, confesso a vocês que fiquei com pé atrás com o Luan, mas ainda acredito que tenha uma segunda pessoa nessa historia, eu pude vê em seus olhos que realmente não foi ele, e esse voto de confiança que o dei mesmo sem ele saber eu espero não me arrepender, já basta a minha vida toda entregue a esse relacionamento, digamos entre aspas, porque na verdade eu nunca fui do Luan de verdade, e eu só tive essa certeza depois que beijei a Camila, e que beijo viu?

Será que toda a minha vida eu fui lésbica gente, ou será que só não tinha encontrado a metade da minha laranja? Ta vamos lá, acho que estou indo rápido demais, e já estou até achando que a Camila é a minha metade, o que um beijo gostoso e apaixonante não faz né? Deixa a gente louquinha, louquinha!

Talvez eu sempre tenha visto o Luan como meu amigo, aquele que me deu a mão enquanto todos os outros estavam pensando em festas e sem perspectivas com o futuro, foi aquele que me deu abrigo, mesmo os meus pais não tendo condições de me ajudar o Luan me bancou e nunca cobrou nada pra mim, claro que depois comecei a trabalhar eu o ajudava dentro de casa, mas se não fosse ele será que eu estaria onde estou hoje? Uma coisa que eu não tenho e nunca vou ter é um coração ingrato, seja lá com quem for, principalmente com o Luan que foi responsável por tudo isso que sou hoje, foi ele quem esteve comigo nos momentos de tristeza, momentos de choros, momentos de desespero, e me dando forças quando eu queria desistir de tudo pela saudade e distancia de meus pais, e o que dei em troca pra ele?

Desprezo, indiferença, cansaço, e a minha ausência. Sinto-me triste por isso, claro que traição NUNCA será justificado, mesmo sabendo da minha parcela de culpa eu tentava da o maximo de mim, mas eu acho que o Luan queria mais, ele queria uma esposa de verdade e isso confesso que eu não era, e hoje eu consigo compreender melhor o porque, pois antes eu me fazia essa pergunta e nunca tinha resposta. Eu sabia que gostava dele, porém não sentia desejo, e hoje pela Camila é tudo tão diferente, só em olhá-la o meu corpo reage, o meu coração, é tudo tão intenso e tão diferente, e depois do beijo então eu pude perceber que realmente É TUDO DIFERENTE!!! E não venham me dizer que é coisa de momento e porque é no começo, porque antes eu também tive um começo com o Luan e não senti nada disso. Seja lá o que for, eu não tenho medo de encarar a realidade e muito menos de quebrar a cara, eu sou forte e se nada der certo saberei da a volta por cima no final!

Cheguei ao apartamento e havia partes isoladas, e tinha dois policiais pegando algumas provas, tirando fotos e entre outras coisas.

 

- Licença, se eu entrar para pegar algumas mudas de roupa em meu quarto atrapalharia o serviço de vocês?

 

- Boa tarde senhora, pode ficar a vontade, estamos por enquanto aqui na sala, mas se a senhora verificar algo de diferente no quarto orientamos a não mexer em nada.

 

- Tudo bem, obrigada.

 

Segui para o quarto e ele estava intacto, procurei por uma mala média e comecei a pegar meus pertences que pudesse me socorrer pelo menos durante uma semana, prazo que a delegada me deu.

Demorei alguns minutos, peguei o que tinha que pegar e quando cheguei à sala os policiais pediram a minha ajuda em algumas partes, com alguns depoimentos e assim foi a minha tarde auxiliando eles, até que terminaram o que poderia fazer do dia e desci para a garagem pegar o carro e seguir pra casa da Camila (gente a parte fusquinha era uma brincadeirinha com a Camila, ta, o meu carro é um HB20). Depois de alguns minutos cheguei a seu apartamento, estava tudo liberado pra minha subida e isso estava ficando bom demais pro meu gosto. Logo fui recebida na porta por dona Cida, ela era meio que a governanta da casa, e sempre com aquele sorriso e olhos cansados por sua idade.

 

- Boa tarde dona Cida, como passou o dia? – Cumprimentei com um beijo em seu rosto, eu adorava isso, eu era meio que pegajosa hahaha.

 

- Oh dona Alicia, boa tarde minha filha, cansativo como sempre né, mas é o que temos pro momento, e a senhorita? – Ela demonstrou que ficou meio espantada com a minha atitude, com certeza nessa casa não deve rolar dessas coisas de beijinhos e abraços.

 

- Primeiro vamos tirar esse “Dona” da frente e assim poderemos até virar amigas certo? – Sorrir pra ela e logo fui retribuída. – E o meu dia também não foi lá essas coisas, houve um problema em meu apartamento e passei o dia com a Policia lá. – Fiz cara de tédio e logo me sentei no sofá sendo acompanhada pela Cida.

 

- Oh meu Deus dona Alicia, foi grave o que teve? Desculpa se estou sendo intrometida.

 

- Nada de intrometida, mas foi que arrombaram meu apartamento e eu ainda não sei quem é, e a policia esta averiguando o caso para vê se descobrimos.

 

- Oh meu Jesus, em nome de Jesus logo você vai descobrir viu, estou torcendo por você. – Ela demonstrou preocupação e segurou as minhas mãos. – E quero dizer que a dona Camila falou pra a senhora ficar a vontade, se precisar de qualquer ajuda minha eu estou aqui é só me chamar, vou colocar sua mala no seu quarto e termina de ajeitar a cozinha.

 

- Não dona Cida, pode deixar a mala que eu levo esta pesada demais pra senhora subir essa escada com essa mala enorme. – Fui logo me levantando tratando de pegar a mala de sua mão.

 

- Sem problemas, eu posso levar, esta me chamando de velha enferrujada é? – Fez uma pose colocando a mão na cintura e dando risada.

 

- Claro que não, eu creio no poder da sua linda coluna, mas é sempre bom evitar algumas coisinhas né? – Gargalhei.

 

- Então ta bom, vou pra cozinha termina de organizar lá e fique a vontade viu? Qualquer coisa é só me chamar.

 

- Muito obrigada dona Cida, estou à vontade não se preocupe comigo. – E logo ela sorriu e deu as costas em direção a cozinha.

 

Sentei novamente no sofá para checar o meu celular, com essa correria não tinha pegado hoje, e também precisava saber o paradeiro do Bernardo, o garoto sumiu do mapa, nem sei se essa altura esta vivo. Quando abro as mensagens do WhatsApp meu coração logo acelerou, a Camila havia mandando mensagem para mim.

 

“Ansiosa para o nosso encontro a noite, e muito mais ansiosa para saber as reais intenções da senhorita comigo (emoji piscando)”

 

Ta sei que a mensagem foi mega boba, mas isso me arrancou um sorriso tão grande e uma felicidade que invadia o meu coração, parecia que era a primeira vez na vida que eu estava conhecendo alguém, ah, mas se formos analisar é a primeira vez mesmo, hahaha! Logo tratei de responder a sua mensagem.

 

“Espero não se arrepender das minhas intenções e que esteja ao seu agrado, ansiosa para lhe da a sua resposta. (Emoji da carinha pensativa)”

 

E depois de responder não me convite e abrir a sua foto do perfil, seu cabelo estava em um coque frouxo, usava seu óculos de grau super charmoso e séria como sempre, pude perceber que foi tirada em sua sala, pois havia algumas estantes atrás, mas mesmo séria estava linda, literalmente eu estava babando até que sinto alguém pular no sofá ao meu lado me assustando.

 

- Ela é linda mesmo. – Era o Guga com sua cara de sapeca segurando um papel e lápis na mão.

 

- Ai que susto lindinho, quase meu coração pula pra fora, olha isso. – Comecei a brincar com ele fazendo movimento na minha blusa como se meu coração estivesse batendo tão forte a ponto de ver.

 

- Eta que “colação glande” – Ele gargalhava de minha palhaçada, era tão parecido com a Camila ate o seu jeito de olhar.

 

- Mais me conta e esse papel e lápis é pra que mesmo, hein? – Fui me aproximando mais dele que começou a me olhar de canto de olho.

 

- Você pode desenhar comigo? – Não é um fofo gente? Quero ele pra mim, ah e quero a irmã dele também pra mim hahaha...

 

- Hum deixa eu pensar... – Botei a mão no queixo olhando pra cima fazendo cara de mistério... – Claro que sim. – Logo ele abriu um sorrisão e me arrastou para um cômodo que não tinha ido.

 

Era o escritório da Camila, tudo tão organizado, sua mesa, as estantes com vários livros, havia alguns quadros com foto do Guga e da Camila juntos, tinha um quadro enorme do Guga quando era bebe vestido de marinheiro, a coisa mais linda da vida, e havia uma foto de uma garotinha com mais ou menos uns quatro anos, e pelos traços seria a Camila pequena, e eu babei mais ainda, e logo o Guga me chamou a atenção se direcionando para outro cantinho que com certeza seria dele. Vários desenhos, tudo muito organizado, havia lápis de cor e canetinhas de cores, tudo organizada por tamanho e cor, era igualzinho a sua irmã, pude confirma olhando pro lado e reparando novamente na mesa dela, os dois eram completamente metódicos, e tive uma crise de riso interna, não sei porque, talvez seja porque eu sou o avesso deles, acho que a Camila vai se arrepender de ter me convidado para ficar em sua casa, hahaha.

 

- Nossa esses desenhos todos foi você quem fez Guga? – Sentei a seu lado no chão, onde havia uma mesa que se encaixava nas perninhas dele o deixando confortável.

 

- Sim, eu fiz tudinho e sozinho.

 

- Nossa que legal, eu amei todos, são muito bonito.

 

- O que você quer que eu desenhe?

 

- Hum, o que você quer ser quando crescer?

 

- Eu “quelo” ser astronauta, é super maneiro Tia. – Ai que fofo ele me chamando de tiaaaaaaa, eu vou ter um ataque de fofura jaja.

 

- Então eu quero que você desenhe um astronauta.

 

- Nunca pensei nisso, Tia, maneiro, muito maneiro eu desenhar o futuro, muito maneiro Tia. – Ele repetia o tempo todo já focado em seu desenho.

 

Fiquei admirando-o, era tão inteligente, mesmo com a sua debilidade, a sua fala era um pouco complicada de compreender, a sua voz parecia de uma criança de quatro anos, mas eu sabia que a sua educação foi dada da melhor maneira possível, ele era um garoto amável, não tinha como não se apaixonar por ele. Sua pele era bem branquinha, os cabelos negros que nem o da Camila, mega liso em um corte igual dos índios, começaram a imaginar ai? Haha, a sua boca era pequena e bem vermelhinha, a diferença dele pra Camila era a cor dos olhos, ele tinha os olhos cor de mel, aquele mel que chamava a atenção de longe e um olhar bem vivo, mas em seus braços e perto da sua clavícula pude perceber que havia cicatrizes, e algumas partes do braço roxo como se tomasse alguma medicação venosa ou algo do tipo, e isso me deu um aperto tão grande em meu coração, só de imaginar o quanto ele já não deve ter sofrido por ser especial.

 

- Atrapalho? – Susto, sim, um mega susto.

 

- Oi Camila, não. Fique a vontade, afinal, é seu escritório. – Dei risada.

 

- Oi mama. – O Guga a cumprimento, mas não tirou os olhos de seu desenho.

 

- O que meu garotão esta aprontando aqui hein? – Ela se abaixou, sentando ao nosso lado e logo o agarrou e beijou, o mesmo se esquivou.

 

- Ela esta desenhando a profissão que ele quer seguir quando crescer, né Guga? – Eu sorria admirada por tamanho carinho da Camila com ele.

 

- Nossa, e pelo que estou vendo, será um astronauta? – Logo ela se virou pra mim, sorrindo de lado e pegando em minha mão e levando ate a sua boca e beijando-a.

 

- É mama, é sim. – Ficamos em silencio, eu nervosa por tau ato da Camila e ela perdida em seus pensamentos.

 

Depois de alguns minutos o desenho ficou pronto, nos deliciamos com tamanho talento que era do Guga, e ficamos conversando com ele diversos assuntos, realmente esse garoto era extraordinário, a sua inteligência era fora do comum, mas logo fomos interrompidas pela Juci que veio buscá-lo para da banho e comida pois ele precisava tomar o seu remédio, e o horário estava se aproximando, ele se despediu fazendo um gesto que nos surpreendeu, dando um beijo na bochecha de cada uma e no final virou pra mim e disse.

 

- Não vai embora não tia, eu só vou comer e tomar remedinho e “volto” ta? – CARACAAAA, VOU EXPLODIR AGOORA, QUE GAROTO MAIS FOFO DESSE MUNDO.

 

 Apenas pisquei pra ele soltando um sorriso, quando olhei pra Camila ela me olhava assustada e séria, parecia não acreditar e logo quebrei o silencio.

 

- Esse será o encontro que sairemos da mesma casa, sendo assim, já podemos nos arrumar né?

 

- Verdade, não tinha pensado nisso, mas vamos sim, não quero atrasar, preparei algo especial pra gente. – Ela piscou pra mim e logo levantou.

 

Apenas assenti com a cabeça, e segui para o meu atual quarto, comecei a desfazer a minha mala, e a zona já estava formada naquele quarto, quando lembrei da organização das pessoas dessa casa me desesperei e tentei amenizar, mas sem sucesso, eu sou péssima com isso. Comecei a andar de um lado pra outro sem saber o que vestir, ela não me disse aonde iríamos, não sei qual roupa a ocasião pede, talvez se eu esperá-la se arruma e vê sua roupa posso me basear mais ou menos, ou então atrasar e ela querer me matar, melhor arriscar qualquer coisa mesmo, e seja o que Deus quiser.

 

Fim do capítulo