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O Diário Sem Datas por anonimo42

Ver comentários: 1

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Palavras: 4056
Acessos: 1121   |  Postado em: 18/03/2018

Capítulo 15 Lilum(ParteII)

Eu respirei fundo tentando manter a calma e a concentração no objetivo de trazer Bella de volta. Mesmo que ela pudesse ser um dos sete ainda estava sujeita a mesmas regras de invocação; para minha sorte eu lembrava muito bem da regra. Independente do nível de poder ou qualquer outro detalhe que seja à regra é clara: O ser ou espirito invocado está subjugado as ordens daquele que trouxe para o plano físico. Com isso em mente serrei meus punhos buscando coragem para ordenar o retorno de Bella.

- Traga Bella de volta agora - Falei firme e olhando fixamente para ela.

 Aqueles lábios perfeitos se movimentaram formando um grande O, ela levou uma das mãos a boca demostrando falsa surpresa, lentamente ela deslizou seus logos dedos por entre os lábios em seguida abrindo largo sorriso divertido, seus olhos ficaram mais intensos fixos na minha figura e juro senti uma ponta familiar que durou poucos segundos.

- Me cansa sabe - Ela movimentou o corpo em um balanço sensual, passou a mão calmamente plena nuca e pescoço até o colo e cruzou os braços com sorriso divertido diante do meu olhar para os seus movimentos hipnotizantes - Sei que está pensando que pode ordena algo para mim, mas ... - Ela inclinou a cabeça para pensar em algo e logo volto a me encarar com seu sorriso divertido e irônico - Você não me chamou, vim por conta própria então essa regra não funciona para mim.

Foi um choque ela dizer aquilo, não tinha controle nenhum sobre a situação e pensei que talvez fosse a hora do botão de emergência, mas como eu podia sair correndo sem saber onde Bella estava, Lucas ali a mercê de qualquer coisa mesmo com Edmundo para ajudar sabia que não adiantaria muita coisa. Definitivamente eu estava sozinha em uma situação que piorava a cada segundo, nada nos meus treinamentos poderia me ajudar naquele momento, rezei internamente para um milagre acontecer, um Deus ex machine me salvar, qualquer coisa que me colocasse em casa em segurança de onde não deveria ter saído e que meus amigos também pudessem sair dali inteiros e logo.

- Se não te chamamos por que está aqui?

- Estou aqui por você - Aquele ar de sedução não saia da atmosfera, tudo que ela falava era provocativo embora as palavras fossem simples e objetivas. Ela tinha esse ar em tudo, na forma que se movia, o som de sua voz e cada minuto ali era mais envolvente.

- Chega! - Balancei a cabeça tentando inutilmente manter uma linha de raciocínio claro e não acabar como Lucas estava sendo difícil pra mim - Traga Bella de volta - Falei entre dentes de forma séria e impaciente.

- Ora, ora - Ela balançou a cabeça em negativa - Você acha que está falando com quem? - Ela colocou uma das mãos na cintura fingindo estar brava.

- Não interessa, quero minha amiga de volta agora! - Perdi a calma com aquele papinho e o tempo passando e nada acontecendo, impaciente por não estar no controle de nada.

- O que você ... - Edmundo me encarrou como se eu tivesse enlouquecido e falasse algo absurdo, mas ele foi interrompido pela própria que levou seu longo dedo indicador aos lábios como um sinal de silencio e ele assim o fez.

- Estou desapontada esperava tanto, mas você continua tão, tão... - Ela buscou as palavras como se ponderasse o que seria dito a seguir - Corajosa? Não, Impaciente? Talvez... - com um sorriso de canto completou - I-N-S-O-L-E-N-T-E   de fato certas coisas não mudam - Ela arqueou a sobrancelha e olhou para Edmundo e logo para Lucas - Acho que está na hora dos adultos conversarem - Ela estalou os dedos e os dois caíram no chão corri de imediato para ver o pulso dos dois - Eles estão vivos - Ela deu um passo para fora do círculo e no instinto mais rápido que pude peguei a caixa que Edmundo me  deu para abri-la naquele mesmo instante, mas ela foi tão rápida como um piscar de olhos puxando meu braço em sua direção para arrancar a caixa de minha mão. A mão dela era quente como brasa cheguei até a pensar que poderia ter queimado meu pulso, mas assim que ela largou atirando a caixa longe no meio do mato pude ver que estava tudo bem - Nada disso - Ela fez sinal para que eu levantasse e assim o fiz - Escute Rafaela... É Rafaela né? - Assenti com a cabeça - Nada de ruim vai acontecer a você posso garantir.

- Olha não me leve a mal, mas nesse momento nada que me diga poderá garantir isso - Falei tentando manter a calma só que eu estava apavorada - Me diga qual dos Sete é você.

- Lilium.

- Lilium? - Não me recordava desse nome na lista então pensando pelo latim encontrei a relação para dizer o nome real, meu coração disparou de medo aquele pensamento fez meu corpo gelar e o pânico começar a dar sinais de dominação - L...LI...Lilith - Ela apenas sorriu e minha cabeça começou a girar, como eu ia fazer alguma coisa contra a própria Lilith, não era qualquer Demônio era a mãe de todos os demônios; "eu estou muito fudida".

- Relaxa, sinto o seu medo exalado embora isso me deixe mais forte e desperte um certo frenesi para mim vamos apenas ficar calma ok? - Ela passou a mão delicadamente pelos longos fios ruivos agitando no ar e doce perfume invadiu minhas narinas fazendo meu corpo relaxar de imediato.

- Fácil dizer para manter a calma quando mais forte do sete está em pé na sua frente, estou tentando não surta.

- Rafaela você me conhece e por isso Samara foi atrás de você, eu tenho todos os contratos de pacto do inferno, apenas eu posso invalida-los - Ela estendeu a mão tocando com carinho meu rosto, olhar intenso para mim - Você desceu ao inferno e nem me fez uma visita, confesso que fiquei aborrecida e também me contaram que aquela sem sal da Weldblemel esteve lá com você.

- Weldblemel? - Citei confusa sem associar o nome a ninguém.

- Me esqueço que não tem todas as lembranças nesse corpo - Ela se aproximou tocando meu rosto com carinhos mais envolvente - Pode ser demais para a mente humana, diga-me este corpo no qual você está já foi tocado por ela - Seu rosto quente encostou no meu com delicadeza e o perfume doce ficou mais forte preenchendo meus pulmões, minhas mãos começaram a suar, minha boca ficou seca, minha mente estava em limbo de pensamentos, os  lábios dela se aproximaram do meu ouvido - Acho que ainda não - Ela sussurrou - Digo, será que ela vai ser a primeira mais uma vez? - Meu corpo parecia petrificado ali sem reação e de imediato ela se afastou rapidamente e olhou fundo nos meus olhos como se pudesse ver minha alma, ela se aproximou mais e mais para tocar seus lábios no meu.

- Pare - Eu coloquei minhas mãos no meio do peito dela a empurrando para trás, enquanto ela se aproximava para um toque que parecia inevitável - Não faça isso por favor - Consegui dizer por fim voltando a achar meus pensamentos e manter uma linha clara de raciocínio.

- Por que não? - Ela deu um suspiro de insatisfação - Rafaela é nítido que você gostaria tanto quanto eu.

- Não me parece certo - Disse de forma automática.

- Certo, errado blá blá blá está dizendo isso só porque eu sou um Demônio? Tenho sentimentos e vontades como qualquer outro.

- Mas isso nem passou pela minha cabeça, você está aqui diante de mim linda - Ela deu um sorriso genuíno diferente dos outros - E ainda sim algo me diz que não posso - O sorriso morreu no final da minha frase.

- Que saco - Ela estava nitidamente insatisfeita como quando negamos algo a uma criança mimada - Você era mais divertida antes dela - Torceu a cara ao dizer dela.

- Ela quem? - Supliquei sem entender.

- Acho que agora é Fernanda - Meu coração disparou descompensado ao ouvir seu nome - Enfim estou frustrada e um pouco brava poderia ir embora, trazer sua amiga de volta e soltar Brigith, Alameth e Lira da gaiola só que estou muito aborrecida com você agora... - Ela esticou a mão olhando para suas unhas.

- E o que posso fazer para - Percebi que se tratava de uma espécie de jogo de tortura e as palavras de Samara ecoaram na minha cabeça: " Demônios gostam de torturar" - Você repensar?

- Agora - Ela olhou fixamente para mim com um sorriso de canto - sim finalmente, estou cansada de vocês humanos sempre querendo algo insatisfeitos com suas vidinhas medíocre sem ver além dos próprios desejos fúteis, agora eu quero algo de vocês.

- Ta - Parei mediando as palavras e pensando o que ela poderia querer - E o que você quer?

- É simples quero dois beijos seu.

- Que? - Disse assustada imaginando que não poderia ser assim tão fácil.

- Dois beijos um agora e outro diante de Lira e Fernanda -"Viu como não era tão simples" - Mas agora você vai me beijar como se beijasse a própria Fernanda, quero me sentir como se você realmente a estivesse beijando-a.

- Mas qual o seu problema? - Balancei a cabeça acho aquilo muito bizarro sem imaginar a proporção de merd* que poderia dar - Serio que é tudo que deseja?

- Ah eu desejo muitas coisas Rafaela, mas no momento isso me parece a maior vontade - Ela deu de ombros fingindo uma inocência.

- Se eu dizer que sim - Não estava acreditando naquilo, era uma péssima ideia fazer um acordo com a própria Lilith, mas não tinha saída - Vai solta-la, trazer meus amigos inteiros e a salvo e ainda por cima nos deixar ir em paz?

- Sim e de brinde faço até seus pais estarem em sono tão profundo que você poderá chegar em casa pela porta da frente que eles não vão acorda.

- É sério? - Disse firme.

- Eu tenho que cumprir o que está no acordo e você também, as regras se aplicam para todos se exceção.

- Você pode anula-los - Disse ainda hesitante.

- Meus pactos e contratos não podem ser revogados nem por mim, nem pelo próprio Lúcifer - Ela deu um sorriso de vitória - Vantagens e desvantagens de ser quem sou, não tem como você ter certeza terá de confiar em mim.

Hesitei por alguns segundos, ponderei com cuidado, mas era nítido que teria que confira na palavra dela ou nunca ia sair dali e tudo pudesse ficar muito pior do que já estava.

- Tudo bem-Disse finalmente.

- Lembre-se se você não cumprir sua parte o trato se desfaz e sua amiga some, seus amigos ficaram inconscientes e as entidades voltam para a minha gaiola - Ela alertou estendendo a mão para firma o negócio.

- Compreendo - Estendi a mão e a apertei com firmeza.

- Ótimo - Ela soltou e olhou para mim - Lembre-se eu quero me sentir como ela.

 Soltei um suspiro apreensiva que talvez não importasse a forma como eu a beijasse ela diria qualquer coisa e partiria sem cumprir o acordo, passei a mão nervosa pelo pescoço enquanto ela esperava pelo meu sinal.

- Não é tão fácil como pensou? - Ela indagou divertindo-se com minha dúvida interna.

Pensei em como eu poderia beija-la da mesma forma que beijaria o própria Fernanda, logicamente ela mexia com algo guardado lá no fundo que eu não sabia muito bem, mas mesmo assim aquele sentimento de que era errado estava ali como um alfinete me espetando vez ou outra. Respirei fundo e busquei algo que me ajudasse a relacionar a imagem de Fernanda a algum sentimento que ela esperava que tivesse dentro de mim. Até aquele momento tudo o que eu sabia era relativamente novo e não sabia bem o que era, se estava predestinado, ou se tinha algo a ver com outras vidas, ou simplesmente as duas coisas juntas me fazendo questionar o que seria do futuro. Busquei na minha mente alguma lembrança dela na qual eu pude cogitar um beijo  sei lá e me lembrei da noite no Anarquia quando após aquele bizarro confronto com Fér ela saiu me puxando para longe das meninas, ela não estava mais assustada com meus olhos e me ajudou, aquele abraço que me fez sentir segurança, o calor de seu corpo e seus olhos buscando algo em mim, dei um leve sorriso ao recorda.

- Acho que podemos - Eu disse com a imagem de Fernanda na minha cabeça.

Ela se aproximou sem dizer uma só palavra e me encarou parecia se diverti com tudo, foquei minha atenção na lembrança de como tudo tinha acontecido tentando reviver, Embora Lilith fosse perfeita me coração não se deixa levar pelos seus encantos. Puxe-a pela cintura fechando em um abraço carinhoso, aproximei meu rosto e fechei lentamente meus olhos indo na direção de seus lábios, parei alguns milímetros de distância tentando ignorar o sentimento de que não poderia fazer aquilo. E naquele momento eu me lembrei:

- Ei - Segurei seu braço antes que ela pudesse sair dali - Você se lembra?

- Não - Ela não olhou para mim.

- Por que parece que algo aconteceu e você não quer me contar - Soltei o braço dela - Eu te machuquei? - Comecei a pensar no pior.

- Não - Ela se virou e olhou nos meus olhos sincera - Acho que você nunca me machucaria.

- Então me diga o que aconteceu - Insisti sabendo que ela sabia de algo como meu instinto dizia.

- Nada... - Ela desviou o olhar, seus lábios se moveram, mas não saiu som algum, ela parecia juntar coragem para me contar algo - Teve um momento... Em que... Você estava fora de mim e Lira não conseguiu te trazer de volta ao normal... E... Pedi para ela te ajudar mas ela disse que só eu poderia fazer... Eu não entendi o que ela quis dizer com isso - Ela desviou o olhar mais uma vez - Foi isso.

- Como assim só você pode me ajudar? - A olhei com mil teorias na cabeça.

- Eu não sei, eu apenas toquei em você e disse o que me veio na cabeça e você voltou ao normal - Ela deu de ombros ainda sem olhar para mim.

- O que você disse?

- Eu disse... Disse que você não era mais assim e nunca mais ia... - Ela me encarrou - precisar ser assim.

- E o que isso quer dizer? - Franzi a testa perguntando isso mais para mim do que para ela.

- Eu não sei.

Era como peças de um quebra-cabeça se montando diante de mim:

Olhei em volta na rua e tinha muitas pessoas agora bem diferente de quando chegamos, olhei na direção das arvores próximo a grade e ela sentada mexendo com um graveto no chão, a bolsa sobre o colo e copo cheio no chão próximo a ela. Fui a passos vagarosos na direção dela e por um segundo eu tive pena de vê-la ali sozinha.

- Você foi fazer o vinho? – Cruzei os braços dando um tom de brincadeira.

- Eu voltei, mas você não estava mais ali – Ela levantou a cabeça para me fitar ali de pé – E não achei mais ninguém.

- Eu fui procurar as meninas.

- Onde elas estão?

- No trilho – Apontei.

- É eu não olhei lá – Ela continuo a desenhar no chão e isso me deixou curiosa, como ela podia ser simpática carismática e ao mesmo tempo tão desinteressada e solitária.

- Ta tudo bem? – Perguntei mais seria como se me preocupasse com o estado dela.

- Quando alguém pergunta isso na verdade não quer uma resposta sincera é na verdade uma pergunta automática para amenizar o clima de desconforto com resposta pronta – Ela me fitou por poucos segundos e desviou o olhar para as pessoas rindo próximo a um carro na rua.

- Todas as vezes que eu pergunto isso é sincero – Sentei ao lado dela e olhei os prédios da cidade pela grade – quero saber se algo está errado.

- Então você é raridade.

- Acha que seus amigos, sua mãe pergunta isso no automático? – Me perguntei o porquê dela estar falando aquelas coisas, mas tinha minhas suspeitas e até balancei a cabeça internamente.

- Meus amigos sempre, minha mãe talvez – Ela deu de ombros – Não é por maldade é apenas que fazemos no automático.

- E então você está bem? –Insisti.

- Se eu disser que não? – Ela me encarrou seria.

- Eu te perguntaria por quê?

- E se eu não quisesse te dizer?

- Eu diria que poderia confiar em mim – Na real ninguém devia confiar em mim, mas espantosamente as pessoas se abriam livremente para mim então eu ouvia desde o Clã isso tinha aumentado muito.

- Dizer isso não iria ajudar muito – ela sorriu gentilmente e naquele sorriso eu poderia jurar que conhecia.

- Às vezes sim.

- São coisas bobas – Ela soltou um suspiro como se tirasse o peso das costas.

- Nada é bobo se te afeta.

- Fala a real você quer ser psicóloga? – indagou divertida.

- Não – Tentei passar toda a sinceridade naquele simples não.

- Parece – Ela olhou os prédios como se pensasse em algo, ela parecia não conseguir me encarar por muito tempo.

- Você está sendo evasiva e fugindo de justificar a resposta para minha pergunta.

- Isso é uma coisa que só quem pergunta pra valer iria notar – Ela apoiou a cabeça sobre a mão e deixou seus cabelos loiros sacudirem me encarando docemente como quem se encanta por algo. Podia ver claramente seus olhos castanhos claros como mel me fitando curiosos – Vamos até as meninas?

- Tem certeza que quer encerrar a conversa? – Questionei com uma ponta de preocupação.

- Tenho – Ela pegou o copo e tomou um pequeno gole e levantou – Vamos.

Ou um efeito dominó com cada peça caindo lentamente uma após a outra:

- Fica quieta.

Eu obedeci escondendo meu rosto entre seu ombro e o pescoço ouvindo as vozes desconexas, risos e passos cada vez mais próximo e isso fez meu coração dar uma leve acelerada pela adrenalina da situação. Então ouvi ela soltar um suspiro leve e depois disso não sei explicar mas era como se eu pudesse tocar a serenidade ai eu te pergunto isso era possível?

Naquele momento foi possível dizer que eu estava me sentindo segura com antes não havia me sentindo, podia fechar meus olhos e sentir cada célula do meu corpo com exatidão, o sangue fluindo pelas veias, o coração pulsando cada vez mais calmo em seu ritmo que nos dá à vida, o calor de um corpo para o outro. Parecia uma eternidade observar esses mínimos detalhes que são imperceptíveis na correria do dia-a-dia. O tempo parou naqueles poucos segundos e me questionei do porquê de todas essas sensações. Confesso na minha longa e curta vida até aqui eu não entendia bem o que um abraço de alguém poderia significar. Segurar alguém perto de si não fazia um sentido exato além de um comprimento formal de confiança, afinal sabemos que o ponto fraco humano se entende pelo abdome e abrir sua guarda para acolher alguém nesse espaço frágil representa grande sinal de confiança é o que diz a psicologia. Naquele momento o abraço teve outro significado que ainda não compreendi. Voltei a perceber o mundo em volta quando o silencio da rua se fez presente e percebi o pessoal já havia passado.

O abraço foi se afrouxando aos poucos gradativamente e um vento frio passou por entre o espaço de nossos corpos se separando me fazendo ter um leve arrepio.

Ela fitou diretamente meus olhos tomando calmamente em suas mãos meu rosto da forma mais gentil possível, todos esses gestos pareciam remeter a algo enterrado no fundo da minha mente. Ela tinha os olhos castanhos mel arregalados surpresos com algo; tentei focar minha atenção nos olhos dela, mas eles desviram involuntariamente para os lábios cobertos pelo batom vermelho vivo que deixava mais evidente sua palidez.

- Que interessante – Voltei rapidamente meus olhos para os dela temendo ter sido pega em flagrante, mas sua voz era calma e baixa e tinha um brilho leve de quem está fascinada com algo – Eles voltaram ao normal e são escuros com estava, tenho que dizer... Eles têm algo de familiar para mim.

Toquei uma de suas mãos sobre meu rosto num gesto carinhoso e nossos olhos se prenderam buscando no fundo deles algo que nenhuma de nós sabia até então.

Até a última cair ou se encaixar formando o que não estava vendo antes:

Caminhei pela grama indo na direção de uma arvore. Conforme me aproximava percebi ser uma macieira e nela havia uma moça sentada. Ela estava com vestido branco que parecia ter luz própria não pude ver seu rosto, mas tinha lindos cabelos castanhos claros quase um dourado escuro.

- Você sempre volta aqui – Ouvi uma voz atrás de mim.

***

- Você não cansa de dar atenção a esse garanhão? – Uma voz doce acompanhada por um sorriso gentil em lábios vermelhos como um rubi, longo vestido verde claro com bordados coloridos que se arrastava pela grama, pele branca e longos cabelos dourados como ouro sendo agitados pela brisa leve. Ela se aproximou e pegou em uma cesta próxima ao cavalo uma maçã e deu ao cavalo me fitando com aqueles olhos castanhos mel que variava quase para verde folha seca – Às vezes eu tenho ciúmes dessa atenção toda.

Ela abaixou o olhar fazendo carinho nele aparentemente envergonhada e isso era claro, pois suas bochechas ficavam rosadas e era uma coisa que eu já sabia a muito tempo. Aproximei-me tomando sua mão em um gesto gentil e delicado, passei meus dedos suavemente pelo seu rosto sentido a pele macia e quente. Pousei meu dedo sobre seu queixo o levantando para fazê-la me encarar, nossos olhares se prenderam por não sei quanto tempo era como uma conexão. Podia ver através dos seus olhos todo o amor que ela tinha por mim e isso era tão reciproco era como se fosse durar para sempre a atravessar qualquer limite, poderia arriscar e dizer incondicional, mas palavra alguma daria um significado ou descrição apropriada para o que sentimos uma pela outra.

- Então deveria ter ciúmes de si própria, pois a única pela qual tenho devoção e tem toda a minha atenção é apenas você – Ela sorriu contente e me aproximei lentamente de seu rosto para beija-la.

Ele saiu seguindo sua irmã e a escrava pelo caminho enquanto olhei para Sophia fingindo uma falsa irritação.

- Pode desfazer esse bico – Passou o dedo rápido sobre meus lábios e sorriu divertida corando rapidamente com meu olhar bobo que só era dedicado a ela. Abracei com todo o carinho e depositei um beijo delicado sobre sua testa e ela sussurrou no meu ouvido – Amo-te.

Tudo fez sentido naquele momento havia algo entre mim Fernanda que ultrapassava vidas passadas, ia muito além. Quando tudo fez sentindo eu avancei de imediato aqueles poucos milímetros com vontade de aplacar todo sentimento que estava ali represado por muito tempo, foi o beijo mais profundo que eu já dera em alguém, ele tinha um misto grande sentimentos acumulados, mas acima de tudo a tinha uma pureza e um carinho descomunal. Quando me afastei para buscar ar e abri meus olhos cai na realidade como se cai e um buraco sem fundo, tinha embarcado tão fundo nas lembranças e que esquecera completamente que Lilith estava ali diante de mim.

Ela deu alguns passos para trás aparentemente tonta com que havia acontecido, levou a mão aos lábios estática surpresa, levantou os olhos e fixou-os em mim.

- Nossa - Foi tudo o que ela disse enquanto minha vista escurecia.

Continua...

Fim do capítulo

Notas finais:

De volta a nossas edições dominicais.

bj


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Comentários para 17 - Capítulo 15 Lilum(ParteII):
Faby_AngeL
Faby_AngeL

Em: 18/03/2018

Sou mais viciada nessa historia do que sou em cigarros 

 


Resposta do autor:

Fumar faz mal moça.

Pelo menos a minha história só te causa ansiedade hauhaua.

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