Capítulo 6
Carine ficou ferida após o acidente, ela trafegava em alta velocidade e por descuido entrou na contramão, sendo a responsável pelo ocorrido. Embora o seu carro ter ficado todo destruído, ela sofreu apenas uma fratura na perna e algumas esfoliações pelo corpo. O motorista do ônibus ligou pedindo ajuda, os bombeiros retiraram a jovem que ficou presa nas ferragens e a encaminharam para um hospital especializado em fraturas. Foram poucas as escoriações, ela foi muito bem atendida e medicada corretamente.
Os pais de Carine foram comunicados no início da manhã de sábado e preocupados com a filha viajaram para São Paulo. Akio ficou sabendo por eles e ficou desesperado.
Carine ficou horas em observação e recebeu alta no início da tarde. A fratura foi na parte interior da perna e por ser uma excelente fisioterapeuta conhece todos os cuidados necessários. Precisou colocar gesso, recebeu recomendação médica para não colocar o péno chão por 30 dias e sua perna precisa ficar engessada por 50 dias.
O pai dela acionou o seguro do carro e resolveu as questões burocráticas relacionadas ao automóvel. Sua mãe se comprometeu em cuidar da filha e por isso no final da tarde de sábado viajaram para Campos do Jordão. Akio também viajou com eles com o intuito de passar o final de semana ao lado da amiga.
- Quando eu vi o raio x notei que a fratura não tinha sido nada simples, pior que depois de tirar o gesso, tenho certeza que vou usar algum tipo de bota imobilizadora. Ficarei de molho por uns dois meses (Carine relatou para os pais e para o amigo).
- Logo você se recupera meu amor (sua mãe a tranquilizou).
- Pai, meu carro nem teve salvação?
- Filha, ficou feio, ainda bem que estive contigo antes de ver o carro, poderia ter sido bem pior. Ainda bem que seu seguro é excelente. Como você não vai poder dirigir por uns meses, não temos tanta pressa, após a sua total recuperação vamos até uma concessionária.
- Só voltarei a dirigir daqui três meses.
- Amiga, eu não deveria ter deixado você ter saído nervosa daquele jeito ontem à noite.
- Akio, como que você iria adivinhar que a sua amiga doida entraria na contramão e bateria num ônibus. Ainda bem que estava vazio e que o motorista não se feriu. Causei mal somente a mim mesma, estaria arrasada agora se tivesse prejudicado terceiros.
- Filha, você estava mexendo no celular? (Seu pai quis saber).
- Não. Por falar nisso, acho que perdi meu aparelho durante o acidente. Eu estava chorando e toda abalada emocionalmente. Mas não quero falar sobre isso.
- Meu amor, você precisa descansar (sua mãe afirmou acompanhado a filha até o quarto).
Beatriz alheia ao ocorrido, passou todo o final de semana em Amparo, com a filha. Só ficou sabendo na segunda-feira, após faxinar todo o restaurante, Akio chegou para pagar por seus serviços e contou sobre o acidente.
- Meu Deus! Foi tudo por culpa minha (falou consternada).
- Eu também tive culpa, não podia ter deixado ela sair nervosa daquele jeito.
- Preciso vê-la.
- Não será possível, ela viajou no sábado mesmo para a casa dos pais dela e ficará por lá durante a recuperação.
- Ela deveria ter me ligado.
- Você nem atende as ligações dela (acusou).
- Então você poderia ter me avisado.
- Fiquei atordoado com a notícia, viajei com eles e retornei somente hoje.
- Ela está bem? Vou ligar para ela.
- O celular dela sumiu no dia do acidente, deve ter caído no carro, já que ela ficou presa nas ferragens e foi socorrida por bombeiros.
- Céus, que pesadelo.
- Infelizmente.
- E na sexta, quando sai daqui fiquei me sentindo estranha e angustiada, pensei que fosse apenas a consciência pesada.
- Ficou assim por ter trazido sua namorada aqui?
- A Bruna?
- Sim!
- Ela não é minha namorada, nem temos e nunca tivemos nada. É somente uma amiga, a chamei para me acompanhar, pois queria que a Carine desistisse.
- Nada maturo da sua parte; coitada da minha amiga, ficou devastada.
- Por favor, me mantenha informada e diga para ela que desejei melhoras.
Naquela noite, Beatriz não conseguiu ir para faculdade, ficou na sua casa arrasada. Akio ligou para a residência dos pais de Carine e contou tudo para ela.
- Amigo, obrigada por ter me ligado. Sério que elas nem estão juntas? (Perguntou esperançosa).
- Ela afirmou, que nunca rolou nada, foi muita infantilidade da parte dela.
- Será que tenho chances?
- Minha amiga, melhor você esquecer ela, olha o que te aconteceu, você acabou machucada e poderia ser pior.
- Ela ficou preocupada?
- Claro e sentindo-se culpada.
- Poxa ela poderia me ligar.
- Eu avisei que você está sem celular.
- Deveria ter informado este.
- Não saberia se devia.
- Se ela pedir, pode passar sim.
- Ela queria te ver.
- Fico feliz por isso.
- Você é doida por ela né.
- Sou sim.
- Uma pena tanto desencontro, vacilo e conflito, entre vocês.
- Pois é.
- Bom, agora descanse e se recupere logo!
Beatriz passou a semana toda arrasada e preocupada com Carine. Que contou com todo o cuidado e carinho da sua mãe. Na segunda quando Akio chegou, a loira quis saber tudo sobre a morena.
- Ela está se cuidando, a mãe dela é um doce de pessoa, foi bom ela ter ido para lá.
- Quando que ela volta?
- Não sei.
- Gostaria muito de pode falar com ela.
- Quer o telefone residencial dela?
- Sim! Por favor.
Ele informou e ela ligou antes mesmo de entrar na aula.
- Alô!
- Por favor a Carine.
- Bia?
- Que bom ouvir sua voz, você está bem?
- Estou sim.
- Tem sentido dores?
- Não, estou bem.
- Eu te devo desculpas.
- Tudo bem.
- Eu não tenho nada com a Bruna, me perdoa!
- Akio me contou.
- Queria te ver e me desculpar pessoalmente.
- Não precisa se desculpar.
- Claro que preciso, por culpa minha você se acidentou.
- Já passou, fique tranquila.
- Fiquei tão preocupada.
A ligação caiu, pois acabaram os créditos da Beatriz, ela correu recarregar e voltou a ligar.
- Alô!
- Desculpa, meus créditos acabaram.
- Sem problemas. Quer que eu te ligue?
- Não precisa. Akio me disse que você está sem celular.
- Perdi no acidente, mas ontem comprei outro aparelho pela internet, até amanhã chega pelos correios.
- Se você puder, quando chegar, me passe o número.
- Claro. Obrigada por ter ligado.
- Você está bem mesmo?
- Sim e você?
- Também.
- E a sua filha?
- Bem, obrigada por perguntar.
- Vai entrar na sua aula?
- Vou sim, amanhã te ligo novamente. Se cuida, melhoras e novamente me desculpe.
- Boa aula e um beijo.
Carine ficou toda feliz com a ligação e Beatriz também gostou muito de conversar com ela. No outro dia pela manhã o novo celular chegou e após realizar as instalações, mandou a seguinte mensagem:
Bia, bom dia! Este é o meu novo número, um beijo.
Passaram a terça toda trocando mensagens e durante os dias seguintes também. Além disso, a noite Bia também ligou diversas vezes, para saber se a outra estava bem ou então só para ouvir a sua voz. Mantiveram contato desta forma durante um mês e meio; sentiram muitas saudades uma da outra.
Fim do capítulo
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NovaAqui
Em: 25/02/2018
Pelo menos estão conversando civilizadamente. Sem bola fora de nenhuma das duas kkkk
Já está na hora de uma visitinha de Boa. Não acha, autora? Kkkk
Ansiosa pelo próximo!
Abraços fraternos procês aí!
Resposta do autor:
As rainhas da bola fora kkk
Sim, atenderei ao seu pedido, vai rolar uma visitinha rs
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