Aline
Ficamos conversando pra passar o tempo minha cabeça doía devido a bebida, pedi a aeromoça que me desse um remédio.
-Seja o que for que você passou não vale apena se embebedar por isso.
Olhei seria pra mulher ao meu lado -Pareço estar bêbada por acaso estou rindo a toa ou me jogando em cima de você.
-Não.
-Então não estou bêbada.
A aeromoça trouxe meu remédio bebi e disse que não queria mais nada, Aline voltou pro seu livro enquanto todos dormiam.
Suspirei pesadamente me sentia uma idiota burra como me deixei levar, de nada adiantou vou pedir pro meu advogado dar entrada nos papeis do divorcio.
-Não vejo à hora de chegar em casa.
A voz da Aline e doce e calma parecia um lago calmo, mas as pessoas não tinham culpa do fim do meu casamento.
-Para onde estamos indo mesmo ?
Ela arregalou os olhos e ficou de boca aberta - Perai estar me dizendo que não sabe pra onde estar indo ?
-Sim, peguei o primeiro vôo queria deixar nova York o quanto antes.
-Bom, estamos indo pra Boston.
-Há que bom, procurarei um hotel pra ficar.
-Se quiser pode ficar na minha casa.
Olhei novamente pra mulher bem vestida ao meu lado, mas não cairia na mesma armadinha novamente.
-Sabe quem eu sou ?
-Sei Rafaela Villela por que ?
-Quem te mandou se aproximar de mim ?
-Que do que estar falando ninguém me mandou me aproximar de você.
Largou o livro guerra e paz e voltou sua direção pra mim, me sentia tensa com raiva ódio vontade de gritar e quebrar tudo, mas meu estilo de vida não me permitiria esse tipo de coisa.
-Prove quem é.
Disse firme e dura usando minha postura de antes.
Ela bufou e pegou sua bolsa tirando a carteira e me entregando sua identidade e sua identificação da empresa a onde trabalha.
Aline Junqueira 28 anos
Secretaria da empresa mundial de nova York.
-Ta vendo não sou uma espiã nem jornalista ou assassina.
-É apenas um regulamento meu, que dei uma pausa me lembrando de quem era antes da Gabriela. - Pra me proteger.
Entreguei suas coisas e voltei ao inicio com minhas frustrações e idéias pra novos livros.
-Moro afastada do centro, mas se for pra um hotel fotógrafos vão estar lá 24 horas.
Ela tinha razão precisava de umas férias longe de tudo - Posso ir pra uma pousada não se preocupe.
Ela riu a encarei seria tentou disfarça com o livro o gesto era fofo, apesar da idade Aline parecia uma criança com seu rostinho redondo e maças do rosto grande.
-Olha não vai ter problema, pelo menos você já me conhece é bom como você fica com isso de querer fiscalizar as pessoas que chegam perto de você, não vai poder fazer isso com todo mundo da pousada.
-Estar bem me convenceu. Sorri da sua tática de observação .
-Eba tocou em minha mão olhei praquele gesto e tentei não ser tão fria com ela.
Acordei com uma dor de cabeça muito forte peguei o telefone e liguei pra Fabrício contanto o que tinha acontecido, mas ele me revelou que sabia que a Rafaela tinha deixado o hotel estava em todos os noticiários.
Disse que precisava voltar pra casa pediu pra que esperasse por ele que iria resolver tudo, arrumei minhas coisas fiquei um pouco chorosa ao relembra dos nossos dias em toscana.
-Desgraçado!
Depois que arrumei a mala fui ao banheiro trocar de roupa ao me olhar no espelho a marca do arranhão a onde bati com a cabeça não era feio, mas passei uma maquiagem pra cobrir.
Fiquei sentada olhando a noite fria lá fora quando ouvi batidas na porta, ao abrir era Fabrício ele me abraçou revelando que não entendia o que tinha acontecido.
-Ela não atende minhas ligações.
-A Rafaela é assim daqui a pouco ela aparece.
Ele pegou minha mala e pagou a estadia no hotel deixei nova York na mesma noite onze horas de vôo não seria o suficiente pra por minha vida em ordem.
chegamos ainda era madrugada pegamos um taxi e fomos pra sua casa no subúrbio, durante o caminho Aline me disse que nem sempre é uma pessoa formal ou elegante, a olhei um pouco desconfiada isso a deixava ainda mais linda.
-Pra você ter uma noção minha roupa favorita e um cobretudo com uma calça legging e tênis é uma echarpe.
-Meu Deus.
Ela riu o motorista disse que estávamos chegando Alice fez questão de pagar não aceitando o meu dinheiro.
Ao descermos do carro a fachada muito simples com um muro de tijolos a frente com uns arbustos e porta de madeira era simples e elegante ao mesmo tempo.
-Melhor entrarmos caso contrario vamos morrer de frio.
Assim entramos apesar de passar pouco tempo em seu lar tudo estava arrumado e com cheiro de lavanda.
Sem muita delicadeza jogou algumas coisas em cima do sofá e a mala deixou em em algum canto perto da escada.
Começou a tirar o tênis e a jogá-lo contra um armário disse que estava exausta - Fica a vontade a casa é sua.
E sumiu num corredor longo ainda no primeiro andar deixei minha mala perto do sofá e me sentei, suspirei era estranho não estar num hotel, mas será que isso tinha sido uma boa idéia.
Ela apareceu agora usando um moletom e um casaco disse que iria preparar um chocolate quente pra gente, mas antes iria me levar pra conhecer o meu quarto.
A segui pelo mesmo corredor que passou ao virar a esquerda encontrei o quarto a onde iria me instalar.
-Olha é simples, mas tem um banheiro pra você.
Estava tão cansada que não reparei nos detalhes apenas me sentei na cama ela sorriu mais uma vez pra mim e disse que iria prepara algo pra gente comer.
Ao sair fechou a porta peguei o celular que estava no bolso o liguei o visor revelou 15 chamadas da Gabriela, e alguns do Fabrício.
O joguei em cima da cama me levantando pegando umas peças de roupa e entrando no banheiro pequeno a água era quente, mas não aquecia o meu corpo da maneira que precisava.
Lembrei dos nossos banhos me permiti chorar em baixo daquela água, o mais torturante de tudo que restou eram essas lembranças.
O cheirinho de chocolate com biscoitos parecia estar uma delicia entrei na cozinha e a vi adoçando o chocolate.
-Adoçante ?
-Há não açúcar.
-Bom pedido se aproxime, do jeito que a situação estar um pouco de doce não fará mal.
Sentei-me na cadeira enquanto me servia sua cozinha possuía moves de madeira e o seu forninho elétrico e uma gracinha.
-Pela primeira vez o mundo não sabe a onde estou.
Sorri enquanto recebia sua atenção me servindo de biscoitos que por sinal estavam muito gostosos.
-Pode ficar o tempo que quiser sorri.
-Obrigada apesar de tudo.
Toquei em sua mão e ela sorriu mais ainda, disse que pra uma possível amizade estávamos evoluindo.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Sem comentários

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook: