Capitulo 97

Isabella.

               Ficar sem fazer amor até o casamento foi de longe a pior ideia que minha mãe teve, se bem que eu que aceitei essa barbaridade. Mas sempre que estou perto de Larissa é impossível não me excitar, vai ser uma tarefa difícil me controlar, mas ainda quando ela faz questão de me provocar. Meu senso de humor estava algo insuportável até para mim.

              Aproveitamos que Milena e Isac iriam levar Ali para a escola e saímos para a empresa. O cumulo do meu dia foi ter que ouvir piadinhas de Samantha no elevador, meu humor me ajudou a dar-lhe uma resposta à altura. Beijei Lari e sai do elevador com Bia junto, ela andava apressada tentando me acompanhar. Entrei na sala e logo começamos a trabalhar, Bia não fez nenhum comentário a respeito do ocorrido no elevador, o que muito me agradou. Isac chegou um pouco atrasado.

-Desculpa a demora. – tentou se justificar.

            Em um movimento rápido de mãos, gesticulei para que ele se calasse e fosse analisar os papeis que estavam em sua mesa. Por mais que eu não estivesse olhando para os dois sabia que eles se encaravam assustados. Nem vi o avançar das horas, ouvi a voz de Lari. Isac e Bia iam sair para almoçar, eu estava apenas terminando um documento e depois iria almoçar também.

-Já é hora de ir buscar Alice? – lembrei da pequena. Perguntei sem tirar os olhos da tela.

- Não, sua mãe vai buscar ela. Termina aí e vamos para casa. – respondeu tranquila.

- Porque mamãe que vai busca lá? – questionei lhe olhando.

- Eu pedi, ela concordou. E você é eu teremos um almoço romântico e poderemos namorar um pouco. – sorri para mim.

- Não vamos...- pensei logo que ela queria seguir o conselho de Samantha.

- Eu não falei em sex*, disse que a gente vai namorar. – ela levantou, caminhou em minha direção lentamente. Ficou atrás de mim, colocou suas mãos em meus ombros os massageando. – Você está tensa, precisa relaxar.

            Fechei meus olhos e inclinei minha cabeça, sentindo a massagem. Um arrepio correu meu corpo quando seus dedos tocaram meu pescoço. Ela me provocou, logo depois sentou-se em minha frente novamente. Meus olhos acompanham atentos o movimento que sua perna fez. Seria quase impossível me concentrar agora, mas se queria ir para casa tinha trabalho a fazer. Voltei minha atenção a tela, alguns minutos se passaram até que saímos da empresa.

           Já em nosso quarto comecei a tirar minha roupa na frente de Lari, meu corpo ardia só em saber que seu olhar era de puro desejo. Me virei colocando minhas mãos em seu pescoço, ela segurou minha cintura. Convidei-a para um banho de banheira. Mordi o lábio, e não dei tempo para que ela pensasse mais. Minhas mãos buscaram com agonia se desfazer de toda sua roupa. Parei na porta e mandei que ela entrasse na banheira. Meu corpo vibrou logo eu ouvi seu gemido, quando a agua tocou seu corpo. Me sentei em cima dela, logo que sentiu o quanto eu estava molhada ela gem*u alto.

        Ouvir ela dizer que tinha um diabinho mandou ela abusar de mim me deixou ainda mais acesa. E o que se seguiu foram muitos carinhos, que de certa forma me enlouqueciam mas me deixavam um pouco satisfeita. Não sei em que momento acabei dormindo. Quando despertei nos arrumamos e descemos para o almoço. Mal nos sentamos e Lari teve que ir atender uma ligação.

         Almoçamos em um clima gostoso, deitamos na rede logo depois, e mais uma vez acabamos dormindo. Senti um beijo suave em meus lábios, parecia até sonho, mas reconheci o cheiro de Larissa. A falta de sex* com certeza estava me deixando maluca, com rapidez me coloquei em cima dela. Intensifiquei o beijo, que se tornou mais urgente a cada segundo. Ela pareceu se assustar mas foi rápido, pois senti suas mãos em minha bunda, apertando-a com certa força.

         Porem bastou ouvir a voz de Milena nos mandando arrumar um quarto que eu parei o beijo, escondendo meu rosto no pescoço de Lari. Depois de ouvir as gracinhas de meu irmão e Mile fui tomar meu banho. Tomei um longo banho, escolhi um vestido, assim que o coloquei senti a presença de Lari no quarto, mesmo eu estando de costas para a porta. Me aproximei para que ela fechasse o vestido, sabia que ela estava completamente nervosa.

          Depois de me contar que Alice não quis colocar o vestido eu a deixei sozinha e fui arrumar os cabelos da nossa pequena. Claro que ainda estava pensando na ideia de um dia Ali namorar, isso só não quer dizer que eu tenha que aceitar, ao menos por enquanto. Bati na porta e Ali me mandou entrar.

-Uau, você está lindona. – sorriu já me abraçando.

-Obrigada meu amor, você também está muito linda. Agora senta aqui, pra mama arrumar seu cabelo.

          Ela fez exatamente o que pedi, terminei de arrumar e descemos, na sala Isac e Milena já estavam nos esperando.

-Como minha sobrinha é linda. – falou meu irmão empolgado, colocando Alice no colo.

-Sou sim, mas tio me põe no chão que eu não sou criança. – fez bico. Nos três caímos na risada.

-Claro que é criança. Ainda mais quando faz esse bico. – Isac provocou, colocando ela no chão em seguida.

-Linda vai chamar sua mammy. Já estamos atrasados. – falei e ela logo correu escada a cima.

         Isac e eu emendamos em uma conversa sobre trabalho, Milena se atirou no sofá reclamando:

-Vocês só falam de trabalho. – começou a mexer no celular.

          Não demos muita bola para sua reclamação e voltamos a conversar.

-Amanhã iremos ver isso em audi...- parei no meio da frase logo que senti o cheiro de Lari invadir minhas narinas. Me virei em direção a escada e fiquei de boca aberta com a linda mulher em minha frente.

          Nem me importei com a provocação de meu irmão, o que eu queria mesmo era beijar aquela boca linda da minha futura esposa.  Me aproximei dizendo que ela estava linda, beijei o canto de sua boca. Em seguida um comentário de Alice chamou a atenção de todos os adultos. Tive que explicar que não se pode namorar duas pessoas ao mesmo tempo.

         Pior foi ouvir Milena perguntar se Alice tinha parentesco com Sam e Alana, como a pequena não conhece Alana ficou logo curiosa para saber quem ela era. Depois de contornar a situação criada por Milena, nos saímos.  No carro mal entrei e meu celular tocou. Falei rapidamente com Maísa e seguimos para o restaurante.

- Mama, essa semana tiro meu gesso. Posso trazer minha bicicleta da casa da vovô?

- Não, podemos deixar lá, e comprar outra pra ficar aqui. – Larissa falou se tirar a atenção da estrada.

- Amor, que exagero. Ela só fica a tarde lá, pode brincar com outras coisas. – falei não me agradando dessa ideia.

          Parando no sinal ela me olhou, sorrindo.

-E qual o problema de ela ter duas bicicletas?

-É qual o problema? – Alice completou, sentia o olhar das duas sobre mim.

-O problema é que é um gasto desnecessário, e não quero lhe educar assim, vai acabar ficando mimada. – falei seria.

- Amor, quanto exagero, é apenas uma bicicleta. – Lari disse balançando a cabeça. – Mas se você quer assim, faremos do seu jeito. Nada de bike nova para você, filha.

-Ahhh! – bufou Alice no banco de trás.

        O restante do percurso foi feito em silêncio. Cada uma perdida em seus pensamentos. Na entrada do Santé Andressa nos recebeu.

- Nunca pensei que pudesse fazer tanto S-E-X-O na vida. – Maísa contou olhando para Alice que não entendeu a palavra soletrada.

- Enquanto isso a Lari está de castigo até o casamento. – Milena comentou rindo.

- Não vai demorar tanto assim, apenas umas semanas. – tentei amenizar.

- Mas e essa fase mãe de vocês como está sendo? – Olhou Alice que brincava com um boneco na cadeira.

- Perfeita, nunca me senti assim.

- Nunca nos sentimos assim. – encarei Lari segurando sua mão.

- Estou com fome. – reclamou.

- Tem parentesco com Milena essa menina? – Benjamim brincou.

- Tenho sou sobrinha dela. – Alice respondeu sapeca.

                Nosso jantar chegou, Larissa auxiliou Alice com os talheres. Enquanto Benjamim e Maísa falavam sobre a viagem. Minha vida estava completa, ali naquela mesa esta boa parte das pessoas que amo e quero ao meu lado. Alice cochilava no colo de Milena, depois que comeu adormeceu em seguida.

- É sempre assim, acho que nos já vamos. – falei já pedindo a conta.

- Amanhã começaremos a trabalhar mais uma vez. – Maísa falou se levantando.

- E a casa? – Larissa perguntou antes de entramos nos carros.

- É perfeita, só um pouco grande apenas para nós dois, mas logo teremos muitas crianças correndo por lá.

                 Maísa apenas sorriu, não comentou nada, nos despedimos e seguimos para casa. Milena e Isac foram para uma festa.

- Você precisa ir buscar seu vestido amanhã.

- Eu sei, é tanta coisa para arrumar.

- Amor, pelo menos está acabando. – tentei consola-la.

- Verdade, terei minhas noites livres para vocês duas. – sorriu acariciando minha perna.

- Ruan e Marta vão vir?

- Acho que sim. Apesar de Marta está muito envolvida com as coisas da ONG.

                 Chegamos em casa Alice acordou assim que paramos na garagem.

- Chegamos? – bocejou.

- Sim meu amor chegamos.

- Eu estou morrendo de sono, amanhã preciso ir para a escola? – perguntou deitando no ombro de Larissa.

- Claro, ainda é quinta, tem mais dois dias de aula.

- E se eu não conseguir acordar? – fez manha.

- Você consegue. – brincou Larissa.

              Levei nossas coisas para o quarto, Lari tirou a roupa da pequena e nos a colocamos na cama. Depois de beijarmos sua testa fomos nos deitar.

- Juro que preciso de férias. – comentei me atirando na cama.

- Eu estou esgotada, final de obra parece que o trabalho dobra. – suspirou.

- Te amo.

- Também te amo minha Bella.

                O cansaço era nítido tanto em Larissa quanto em mim, quase final de ano, parecia que todo o trabalho se acumulava. Lari terminaria a obra daqui a alguns dias, como estava perto das festas de fim de ano nós teríamos um recesso. O qual eu tentaria ao máximo aproveitar para descansar e curtir minha família. Sem falar no casamento, ainda bem que minha mãe estava mesmo cuidando de tudo.

- Bom dia meu amor. – se espreguiçou ao meu lado, ficando completamente a mostra.

- Bom dia, você já começa assim me provocando. – passei a mão por suas pernas.

- Amor, nem fiz por mal. – fez bico.

- Aí Deus como amo você. – sorri lhe beijando. Ouvimos batidas na porta. – Acho que alguém acordou cedo.

- Espera eu me vestir. – se levantou colocando o roupão.

- Bom dia meu amor. Dormiu bem? – falei pegando-a no colo.

- Não sei, tive pesadelo e estou sentindo dor. – reclamou.

- Você está quente filha. – constatei colocando a mão em sua testa.

- Não é por que acordou agora? – Larissa se preocupou.

- Não amor, vou buscar o termômetro. – sai do quarto as pressas. – Deixa um tempinho até fazer barulho. – falei colocando debaixo de seu braço.

- Tudo bem. – ela falou baixinho fechando os olhos.

- Vamos ligar para a sua mãe?

- Vamos sim, espera só eu conferir a temperatura, peço para ela vir dá uma olhada.

- Tudo bem, deve ser apenas um resfriado.

- Possivelmente. – o termômetro apitou e eu segurei para conferir a temperatura. – Trinta e nove, está alta. Acho melhor levarmos ela ao hospital.

                 Nos trocamos rapidamente, porém o sacrifício maior foi trocar o pijama dela. Quando saímos de casa, Larissa ligou para mamãe.

- Helena?

- Oi Lari, bom dia. Está tudo bem?

- Sim, quer dizer mais ou menos, estamos indo para o hospital. Alice está com febre.

- Resfriado?

- Não sei. Ela foi dormir bem ontem a noite.

- Tudo bem, peça para Isa leva-la ao doutor Nogueira, vou telefonar avisando que estão indo.

- Certo, obrigada. – Encerrou a ligação. – Você ouviu.

                Larissa olhava Alice no banco de trás, a pequena dormia profundamente, estava enrolada em sua coberta preferida. Pelo retrovisor sempre que parávamos em um sinal eu também lhe olhava, não sabíamos o que estava acontecendo, mães de primeira viagem.

- Vamos filha. – Falei assim que estacionamos na clínica.

- Não quero ir. – reclamou com os olhinhos cheio de lágrimas. Nesse momento meu coração ficou apertadinho.

- Mas precisamos ir meu anjo, você precisa ficar boa para irmos no aniversário do seu amiguinho. – Larissa amenizou fazendo carinho em seus cabelos.

- Tudo bem.

               Assim que entramos Nogueira já nos aguardava.

- Vamos ver o que há de errado com essa princesa linda? – falou gentil.

- Ela já acordou com febre. – Larissa falou aflita.

- Vou leva-la para examinar, querem ficar presente?

- Sim. – respondemos igual.

- Como é seu nome pequena?

- Alice. – respondeu sem sair dos meus braços.

- Alice, que lindo nome. Vamos nos sentar aqui, assim posso te olhar melhor, o que acha? – Ela deu de ombros, eu a sentei na maca.

                 Larissa se pôs ao meu lado segurando minha mão, seu olhar estava aflito. Por mais que fosse apenas uma febre era horrível ver nossa filha doente. O médico fez todos os exames.

- Olha Alice, você se comportou muito bem. – ela o encarou com os olhos brilhando. – Se você se comportar assim até o final vai ganhar um presente.

- Sério? – respondeu animada.

- Sério, mas agora vem a parte mais chata, tomar os remédios. Você tem medo de agulhas?

- Não, só a mama Lari. – sorriu sapeca.

- Não acredito, sua mãe tem medo de agulha, vamos mostrar para ela como é ter coragem? – ela concordou balançando a cabeça. – Vou levar ela para tomar a medicação, alguma de vocês quer ir?

- Pode ser as duas? – perguntou dengosa.

                    Fomos para a sala onde ela iria ser medicada. Era uma injeção, Alice me olhou.

- Pode segurar minha mão? A mama Lari tem medo de agulha. – sorriu sapeca.

- Posso sim meu amor. – Enquanto eu me sentei segurando a mão de Ali, Larissa foi falar com o médico.

- Não vai doer nada. – a enfermeira falou. Alice fez sinal com a cabeça e fechou os olhinhos. Senti ela apertar minha mão, assim que a agulha tocou sua pele.

                   Larissa voltou com o médico e Alice chorava baixinho deitada em meus braços.

- Já passou meu amor.

- Muito bem Alice, você vai ganhar um presente agora. – o doutor falou pegando um ursinho de pelúcia.

- Como é que diz? – Larissa encarou a pequena.

- Obrigada. – agradeceu sorrindo. – Olha quem chegou.

- Como vai Nogueira? – mamãe cumprimentou o amigo.

- Bem, e sua neta vai melhorar logo. – bagunçou os cabelos de Alice que sorriu.

- Eu vou acertar a conta e pegar a receita com a medicação. – Larissa falou seguindo Nogueira.

- Como você está? – mamãe se aproximou de Alice.

- Só foi uma picadinha. – fez careta.

- E você foi corajosa?

- Sim, ganhei até presente. – sorriu mostrando o urso.

                    Fomos para casa, Alice dormiu de novo estava sem febre. O que de certa forma nos tranquilizava.

- Foi apenas uma virose, o doutor a mandou ficar em casa pelos próximos dias.   

- Então nem adianta leva-la mais, afinal já estão quase ficando de férias.

- Verdade, nossa nunca pensei que pudesse ficar tão aflita assim. – Lari falou fechando os olhos.

- Eu sei amor. Mas temos que passar por isso.

                      Larissa foi o percurso inteiro fazendo carinho em minha perna. Colocamos Alice em nosso quarto, assim poderíamos olha-la.

- Amor, vou ligar para a escola. – Lari beijou meu ombro.

- Tudo bem. – sorri para ela.

                       Não tive escolha a não ser pedir para que Isac e Bianca levassem os trabalhos lá para casa. Muita coisa ainda estava por ser resolvida, não poderia me dá o luxo de ficar um dia sem ir a empresa. Pelo menos em casa tinha como cuidar de Alice caso fosse preciso.

- Isac e Bianca estão te esperando no escritório.

- Já vou descer, você se importa de ficar com ela? – lhe encarei.

- Não meu amor, qualquer coisa te chamo.

- Obrigada. – Nos beijamos e segui para o andar de baixo.

- Como está, minha princesa?

- Melhor, ficou dormindo Larissa está com ela. Podemos começar?

                         Por mais que eu tentasse não conseguia me concentrar. Hoje entendi todas as preocupações que minha mãe teve conosco quando éramos pequenos. Além de todo o trabalho acumulado, ainda havia a formatura de Larissa, nosso casamento. Muita coisa para tão pouco tempo.

- Nossa, já está anoitecendo. – Bianca falou.

- Acho que por hoje já deu. Vão jantar conosco?

- Não temos prova hoje. – suspirou Isac.

- Boa sorte. – sorri.

- Já íamos te chamar. – Larissa estava na escada com Alice no colo.

- Oi meus amores. – beijei de leve os lábios de Lari, depois o topo da cabeça de Alice. – Como você está? – a segurei no colo.

- Estou melhor, só com muitaaaaaa fome. – sorriu.

- Vamos comer então?

                          A mesa já estava arrumada, Larissa sentou Alice depois puxou uma cadeira para que eu sentasse.

- Conseguiu resolver tudo?

- Ao menos a metade. Você tem ideia de quanto de trabalho terei até o final da semana?

- Tenho sim, mas não adianta se desgastar tanto, sábado eu termino a faculdade, na sexta seguinte nos casamos. Depois disso é férias.

- Férias? Mas e minha escola?

- Você também vai ficar de férias da escola. – Larissa falou limpando sua boca que estava suja.

- Ah, entendi. – sorriu sapeca e Lari fez careta para ela.

- Nós vamos viajar.

- É mesmo? Posso levar todo mundo?

- Como assim todo mundo filha?

- A vovó e o vovô, o tio Isac e a tia Mile, a tia Andressa e a tia Adisa, o Benjamim e a Maísa. Todo mundo.

- Nossa quanta gente. – sorriu Larissa.

- Vamos convidar eles.

                   Alice sorriu satisfeita, a verdade é que pretendíamos casar na fazenda que era dos meus avós. E passar o natal e o réveillon por lá mesmo. Pois possivelmente a viagem para Nova York seria adiada. Deitamos Alice no meio de nos duas. Ela se esparramava na cama, colocando os pés em minha barriga e a cabeça encostada em Larissa.

- Como é folgada. – sorri lhe cobrindo.

- Imagina quando forem mais amor.

- Você quer mesmo mais filhos?

- Claro, você não?

- Não por enquanto, podemos esperar tipo uns dez anos. – sorri.

- Quanto tempo você achar que devemos esperar minha linda. – fez uma pausa. – Amor já estão especulando quem é Alice. Uma fonte do jornal contou a Maísa que tem algumas fotos nossas deixando ela na escola.

- Estava demorando. – suspirei.

- Não quero que saia fotos dela, não quero holofotes nessa adoção.

- Muito menos eu, mas o que podemos fazer?

- Podemos fazer do jeito certo, não teremos controle sobre isso. Mas sabemos bem todos os riscos que ela vai correr por ser nossa filha.

- Eu sei, não gosto nem de imaginar. – comentei aflita.

- Henrique e minha mãe quase foram raptados uma vez. A sorte é que meu pai nunca facilitou, vou contratar seguranças até mesmo para nós duas.

- Isso não é exagero?

- Claro que não, amor não vou arriscar perder vocês. Farei o possível para proteger as duas.

- Tudo bem amor. Faça como achar melhor.

                   Nos beijamos, Larissa tinha razão em se preocupar, afinal com todo o dinheiro que tinha não era seguro. Por mais que eu não gostasse da ideia de alguém me seguindo vinte e quatro horas por dia.

 

 

 

 

Fim do capítulo