Capítulo 22: TODA HISTÓRIA TEM UM FIM
Minha vida se resumia a trabalho, e por incrível que pareça eu estava bem com isso. Algumas vezes saí com as meninas para uma balada, mas o mundo hetero não me apetecia em nada, por conta disso, Eveline até se dispôs a me acompanhar em uma boate GLS, o que só me rendeu boas risadas com o assédio que ela sofreu. Dan e Diego ainda me visitaram, me mostraram os points gays da minha cidade, mas sinceramente, eu ainda sofria tecendo comparações entre as mulheres que se aproximavam e Marisa.
-- Sardenta isso não é saudável sabia?
-- O que Dan?
-- Você assim ainda tão apegada à Marisa... Já faz quase um ano que ela se foi, eu sei que mulheres são complicadas, mas é injusto com as outras mulheres, ela competirem com a lembrança de uma mulher tão perfeita que não pode mais errar com você, por que simplesmente não está mais aqui...
-- Você não entende Dan, não é por vontade minha, eu simplesmente sinto Marisa diariamente, a sensação é tão forte, tão real, que muitas vezes paro de andar na rua, certa que os olhos dela me acompanham... É como se ela estivesse bem perto de mim...
-- Sardenta, isso deve ter alguma explicação, seja Freud, seja Chico Xavier, alguém deve explicar isso, mas prefiro a minha orientação que é: bicha sai dessa! Abra esse coração, e põe essa perereca na pista de novo!
-- Daniel! – Exclamei pudicamente.
-- Quê que é? Vai me dizer que ela morreu também? Eu sei que não, deve estar louca pra saltar no brejo cheio de sapas de novo...
-- Você é horrível...
-- Posso até ser, mas sabe que estou certo...
Será mesmo que meu amigo estava certo? Foi alvo de muita reflexão e de muitas postagens no site, e uma enxurrada de respostas, cantadas e convites para sair. Beatriz até chegou a marcar uns encontros para mim, e acabei desistindo de todos, seria um processo difícil, tive certeza. Até minha mãe entrou na equipe “arrume uma namorada para Alex”, não posso negar que ver isso foi cômico, minha mãe selecionando fotos de leitoras que me mandavam fotos por e-mail se candidatando a minha nova namorada. Mas todo esforço conjunto não deu em nada.
Pelos jornais e sites de notícias acompanhei com satisfação a prisão de Hector Gutierrez, e uma nova eleição foi convocada em Honduras. Finalmente aquele facínora seria julgado, de certa forma ajudava no processo de conformação dos fatos.
Meu segundo livro estava pronto para ser publicado, e nessa ocasião recebi a triste notícia que minha editora fora substituída, fui chamada para conhecê-la, por telefone ela já me adiantou que gostaria de fazer correções e sugestões, o que já me deixou irritada... Preparei-me para ter a discussão do século com ela, antipatizei sem se quer vê-la, mas quando abri a porta do seu escritório, vi um espetáculo de mulher vestida em um vestido estampado, com decote discreto, colares no pescoço, sandália delicada, uma loira simplesmente maravilhosa, tanto que perdi a voz e a coragem de brigar com uma beldade daquelas...
-- Alexandra Castro?
-- Sim...
-- Carla Matos, sua nova editora.
A loira estendeu a mão para um cumprimento formal, mas a velha Alex atrapalhada ainda estava ali... Ao caminhar para retribuir o cumprimento, chutei uma poltrona, tropicando, caindo apoiada na minha nova editora que para nossa sorte tinha outra poltrona ao seu lado.
-- Ai meu Deus, desculpe-me...
-- Você deveria estar pedindo desculpas a mim que estou com o pé destruído, e não a Deus.
Levantei-me toda desengonçada, ainda pisando nos pés de Carla:
-- Desculpe-me, sou desastrada...
-- Isso eu percebi, ainda bem que você é mais cuidadosa na escrita.
A antipatia da loira só a deixava mais atraente. Pediu que eu me sentasse, e começou listar trechos do livro que ela julgava ser necessário ser modificado e como deveria ser tal modificação, mas quem disse que escutei alguma coisa? Eu só conseguia prestar atenção no movimento de sua boca sensual, desejando calá-la com um beijo ardente...
Alexandra Castro se comporte! Eu mesma me censurava, tentando me concentrar nas orientações, que mais me pareciam ordens.
-- Então Alexandra, recomendei essas alterações, espero que concorde, assim não atrasaremos a publicação.
-- Mas... Essas alterações mudam o perfil das minhas personagens. Não é esse meu desejo.
-- Mas suas personagens precisam ser mais ricas em traços diferentes das personagens do livro anterior, elas são praticamente idênticas na intensidade, nas ações...
-- Por que minhas personagens são inspiradas em pessoas reais, é assim que eu quero que elas sejam, com profissões e histórias de vida diferentes, mas igualmente apaixonantes e apaixonadas, intensas, fortes e sensíveis ao mesmo tempo...
-- Ok ok, não vou entrar nessa de discutir criação com o criador, minha função é aprimorar sua obra para torná-la mais comercial, mais atrativa, e no meu julgamento essas alterações são necessárias.
-- Mas no meu não. A Catarina nunca faria esse tipo de coisa, ela respeitava minha escrita, minha criação.
-- Catarina é uma excelente editora, mas ela não teve grande trabalho no seu primeiro livro, a responsabilidade agora é maior, você tem um fã clube, seguidoras ansiosas por esse livro, sempre se espera mais dos livros posteriores, maior maturidade literária do escritor, inovações...
Levantei-me impaciente com o ar de superioridade da loira.
-- Eu já disse que não... As alterações dizem respeito apenas ao português, formatação, enfim.
Bati o pé, alguém tinha que ceder, mas não seria eu, até que a dona da editora entrou na sala me cumprimentando empolgada com a quinta edição do meu primeiro livro. Bom, com a notícia, minha moral estava mais alta do que nunca, era a hora para fazer exigências e o fiz “não mudar características das minhas personagens”. E assim, Daniele bateu o martelo. Notei Carla fumaçando de raiva brincando com a caneta de maneira nervosa. Saí da sala vitoriosa, mais do que isso, profundamente mexida com Carla.
Entrei no elevador, que por milagre estava vazio, antes da porta se fechar alguém gritou no corredor:
-- “Segura a porta pra mim!”
Assim o fiz, e adivinha, era ela, Carla. Ao me ver sua aparência mudou, aquela antipatia, misturado ao ar de superioridade, naquele rosto afilado, e seus olhos acinzentados a tornava irresistível para mim.
-- Conseguiu o que queria não é? – Perguntou hostil.
-- Eu? Ah... Sempre consigo o que quero...
Desconheci meu descaramento quando disse isso mordendo meus lábios olhando para seu bumbum arrebitado. Ruborizei quando notei que ela percebeu minha afirmação de duplo sentido. Mas, antes que eu me recompusesse, numa fração de segundos, Carla parou o elevador, me jogou contra o espelho, e sussurrou:
-- Eu também...
Tomou minha boca com volúpia, invadindo-a com sua língua, sugando a minha, mordiscando meus lábios, enquanto suas mãos percorriam meu corpo, apalpando-o, arrancando um gemido de mim e despertando a umidade do meu sex*. Quando tentei tocá-la, Carla segurou minhas mãos acima da minha cabeça, empurrou sua coxa entre minhas pernas, me dominando completamente. Provocou-me roçando sua perna no meu sex* e quando estava praticamente suplicando para que ela me possuísse, ela se afastou abruptamente, apertou o mesmo botão e o elevador se abriu. Como se nada tivesse acontecido, saiu do elevador, ajeitando os cabelos e limpando o batom borrado, deixando-me quase pregada nas paredes do elevador, como se tivesse saído do olho de um furacão.
O encontro quente com minha nova editora me tirou a paz, não conseguia tirá-la da cabeça, e pior nem do meu corpo. Sentia-me culpada por me sentir tão atraída por outra mulher, era como se estivesse saindo de um luto mas, o amor que eu sentia por Marisa, continuava intacto como se ela ainda estivesse ao meu lado, assim, minha consciência pesava como se estivesse traindo a mulher que eu amava.
E o caos de sentimentos se instalou, ficava ainda mais confusa quando Marisa me visitava todas as noites em sonho, repetindo que sempre me amaria e que sentia saudades. Acordava arrasada, chorando, e abraçava os travesseiros que enchi com o perfume que ela usava.
Quando meu segundo livro ficou pronto para a publicação, meus encontros com Carla ficaram mais frequentes, mas a loira agia como se nada estivesse acontecido, o que me deixava irritada, mas ao mesmo tempo mais atraída por ela.
Uma semana antes do lançamento oficial, Carla me visitou no meu apartamento para minha surpresa:
-- Carla! O que você faz aqui?
-- Vim te entregar pessoalmente algumas cópias do seu livro, está quentinho ainda... Posso entrar?
-- Claro.
Convidei a sentar-se, e ficamos trocando impressões sobre o resultado final da arte da capa. Eu estava tomando vinho, aceita um cálice?
-- Aceito.
E assim, a noite tomava ares de romance no meu apartamento, algo que me inquietava, me dividia entre meu amor por Marisa e meu desejo por Carla. Depois de quase uma garrafa de vinho, e um monte de assuntos amenos, Carla mostrou seu lado sedutor de uma maneira irresistível: cruzou as pernas deslizando os dedos pelo seu decote, sorveu um gole do vinho, e enquanto eu virei o cálice inteiro, deixando escapar uma gota no canto da boca, a loira colheu delicadamente com sua mão, e fixou seus olhos na minha boca. Bastou isso para que eu sentisse meu corpo estremecer, e dessa vez quem praticamente a atacou fui eu, beijando-a com urgência jogando meu corpo sobre o dela no sofá.
As carícias evoluiriam para o inevitável. Bastou uma frase da loira para apagar meu fogo instantaneamente:
-- Dá pra mim dá...
Era exatamente assim que Marisa sussurrava ao meu ouvido. Levantei-me meio desorientada, desconcertada:
-- Alex, o que foi? Aconteceu alguma coisa?
-- Não... É que...
-- Eu sei... Você está com medo não é?
-- Medo?
-- De se envolver... De ter outra mulher na sua vida...
-- Carla, não é isso...
-- Eu sei o que aconteceu, você perdeu sua namorada não foi?
-- É...
-- Deixa eu esclarecer uma coisa então, vem cá...
Carla me puxou de volta para o sofá e me disse:
-- Eu gosto de você, te admiro, te desejo, e não sou mulher de brincar com outra, não sou tão predadora quanto aparento, isso é puro disfarce, sedução...
-- Acho que dá certo viu...
Carla ruborizou e sorriu:
-- Não adianta tentar me deixar tímida, por que isso fico fácil perto de você, você mexe comigo desde que li seu primeiro conto.
-- Sério?
-- Ahan... Então Alex, se você me der uma chance, eu quero ser mais que sua editora...
O pedido de Carla foi tão fofo, tão sincero, aquela beldade mostrando seu lado sensível me seduziu mais do que seu ar de predadora.
-- Eu fico lisonjeada, você é tão linda, tão...
-- Mas não vai me aceitar não é?
-- Não, não é isso Carla, eu só preciso processar isso direito...
-- Tudo bem, não vou te pressionar, agora deixe-me ir embora, amanhã tenho muito trabalho para preparar a noite de autógrafos.
Despediu-se de mim com um selinho demorado. Naquela noite não dormi, eu queria aceitar a proposta de Carla, mas o sentimento de traição ao que eu sentia por Marisa era mais forte. Decidi voltar ao túmulo de Marisa, em dois dias, seria o aniversário de sua morte, assim, viajei mais uma vez para Porto Alegre, para cumprir outra etapa no meu processo de luto.
Fui direto do aeroporto para o cemitério, e diante do túmulo de Marisa, mais uma vez me emocionei, dessa vez tanto que não tive palavras, apenas chorei, e no meu coração a angústia de ter que aceitar a morte do amor da minha vida e aceitar outra mulher como namorada. Enfim me acalmei, e como se precisasse me expressar para ser ouvida, desabafei:
-- Oi meu amor... Tanta coisa aconteceu em minha vida desde a última vez que vim aqui... E sinto que devo tudo a você... Estou lançando meu segundo livro Mah... Como eu queria você do meu lado... Comemorar com você... Sinto tanto sua falta meu amor, todo tempo, sinto você comigo, mas eu sei que preciso seguir sem você... Mah, conheci alguém, não sei se consigo ter outra mulher na minha vida... Eu ainda te amo tanto...
Enquanto eu desabafava ajoelhada no túmulo de Marisa, ouvi passos se aproximando, ergui minha cabeça e era Larissa, com um flores nas mãos.
-- Alechata?
-- Oi Larissa...
-- Oi... Um ano passa rápido não é?
-- É.
- Li no seu site que você está lançando outro livro, parabéns.
-- Obrigada, o lançamento oficial será daqui a três dias, você está convidada.
-- Obrigada pelo convite... Se eu estiver na cidade, passo por lá. Ah! Alex, você voltou a Nova Esperança esses dias?
-- Não... Por quê?
-- Estranho... Estive lá semana passada e visitei a antiga casa de Lisa, achei-a tão bem arrumada, geladeira cheia...
-- Muito estranho mesmo... Mas, pode ter sido a Elaine...
Sem o mínimo de convicção na minha hipótese, Larissa disse:
-- É. Pode ser.
Despedi-me de Larissa, e saí caminhando pelo cemitério com passos lentos, inexplicavelmente ainda sentia a presença de Marisa perto de mim, parei várias vezes no percurso procurando-a, passei a acreditar em Ghost, espiritismo, tudo para trazer Marisa todo tempo comigo. Mas comecei a achar estranha a história que Larissa contou sobre a casa de Marisa em Nova Esperança, sem pestanejar mudei meu vôo, e a noite eu já estava em Nova Esperança.
A cara de surpresa do Dan quando abriu a porta e me viu foi hilária. Depois de me sacudir muito, com abraços efusivos, acomodou-me e só aí expliquei meu impulso de ir até a cidade depois do comentário de Larissa.
-- Ai cruz credo! Até me arrepiei agora! – Disse Dan se sacudindo.
-- Eu preciso ir lá Dan, você guardou aquela caixa com minhas coisas que estavam no jornal?
-- Sim. Por quê? Tem coisa pra trabalho de macumba lá não né?
-- Ai claro que não doido! As cópias da casa de Marisa, guardei lá.
--Então vamos lá, está no quarto dos fundos.
Com as chaves na mão, peguei o carro do Dan, que se negou a ir comigo, segundo ele, tinha medo de espírito... Rever a casa onde fui tão feliz com meu amor me encheu de emoção, entrei em silêncio acendi as luzes da sala e de fato, não parecia uma casa abandonada. Caminhei até a cozinha e me certifiquei sobre o que Larissa comentou, geladeira cheia, de produtos novos. Ouvi uma movimentação na varanda e cheia de medo, temendo ser algum assaltante, peguei uma casa e caminhei até a varanda me esquivando na cortina.
Quando coloquei a cabeça para fora, eu vi um homem sentado, com um cigarro na boca, na mesinha perto da rede um copo de whisky, aproximei-me afim de ver seu rosto, e pra variar, me enrolei na cortina, para não cair segurei-me nela, mas não o tecido rasgou e caí nos pés do homem misterioso, levantei a cabeça e vi: João Marcos Pimentel.
Esfreguei os olhos duvidando do que eles viam, exclamei:
-- Senhor Joca?
O homem me ajudou a levantar, e respondeu:
-- Na verdade, José Carlos Pimentel, irmão do Joca, e você não me é estranha...
-- Nossa, o senhor é muito parecido com seu irmão... Meu nome é Alexandra Castro, eu era...
-- Namorada de minha sobrinha Lisa, acertei?
-- É. Mas o senhor me conhece? Como?
-- Curiosa como me descreveram... Sente-se Alexandra, vamos conversar um pouco.
Sentei-me na rede que tantas vezes namorei Marisa, e o tio dela me fez revelações interessantes:
-- Conheço você, por que seu nome e suas fotos estão nos relatórios da INTERPOL, sou policial há muitos anos, mas há mais de vinte anos moro em Londres, e desde que meu irmão foi seqüestrado pela organização de Hector Gutierrez, assumi as investigações do caso, por que meu irmão me mantinha informado sobre as ações da guerrilha quando ele ainda era segurança do embaixador Alcides.
-- Marisa nunca me falou de um tio, sempre julgou não ter mais família.
-- A Lisa, não sabia mesmo da minha existência, fui recrutado para trabalhar como agente secreto poucos anos depois que ingressei na polícia federal, o Joca não aceitou minha decisão, brigamos, ele era minha única família depois da morte de nossos pais, enfim, só tive notícias dele quando o encontrei em uma ação na embaixada do Brasil em Honduras, fizemos as pazes, e ele passou a ser meu informante, mas não deu tempo conhecer meus sobrinhos, minha cunhada...
-- Senhor José Carlos, posso saber o que o senhor faz aqui na casa de Marisa?
-- Tirando meu merecido descanso, depois de anos de trabalho e essa operação finalizada com o julgamento de Hector Gutierrez, estou me aposentando...
-- Ah... Por alguns segundos quando vim para cá tive esperança que a morte de Marisa foi só um pesadelo.
-- Já perdi muita gente na vida, amigos, parceiros, família, amores, sei o que você está passando.
Meus olhos cheios d’água evidenciavam meu sofrimento.
-- Ei... Você é uma moça muito bonita para nublar esse rostinho com lágrimas... Você está em Nova Esperança, se inspire com esse nome sugestivo.
Sorri amarelo, e depois de entrarmos na madrugada conversando, eu descrevendo a sobrinha que ele não conheceu, me despedi do tio de Marisa como se ele fosse um velho conhecido. Antes de sair, o senhor Zeca me perguntou:
-- Quando você volta para a capital?
-- Amanhã, estou lançando um livro, em três dias e... Enfim, não posso demorar mais tempo.
-- Que bom, parabéns! Quem sabe eu te visite...
-- Eu adoraria.
Daniel voltou comigo para a capital, dessa vez estaria comigo na noite de autógrafos. Evitei Carla o quanto pude, conhecer o tio de Marisa só me fez ter a certeza do quanto eu ainda estava presa a ela.
Um dia antes da noite de autógrafos, comemorei a condenação de Hector Gutierrez, o julgamento finalmente chegou ao fim, o ditador sanguinário ficaria preso pelo resto da vida.
E mais uma vez, estava pronta para minha segunda noite de autógrafos, estava ainda mais lotado, e olha que era uma livraria bem maior, tenho que confessar, Carla era uma profissional e tanto, o evento estava bem mais organizado. Dessa vez, Carla sugeriu que críticos lessem os trechos mais interessantes e só no final eu discursasse.
-- Quem me acompanha no site, nos meus contos, nos meus livros, sabem o que é o amor para mim, o quanto ele me mantém viva e me inspira. Se não fosse esse amor que está comigo todos os dias de uma maneira sobrenatural, essa obra não seria possível. Deliciem-se com cada personagem, e aprendam a reconhecê-las em sua vida, a felicidade pode estar bem perto e vocês incapazes de enxergar por que julgam que o amor seja complicado, na verdade, o amor vem pra simplificar tudo... Explicar tudo... Realizar tudo, por que amar é tudo... Roberto Carlos já dizia, que a medida do amor é amar sem medida, então queridas, amem, com tudo que vocês são e tudo que vocês tem... Vale a pena. Mah, te amo pra sempre.
Os aplausos emocionados pela minha voz embargada, antecederam uma apresentação de uma cantora que faria o som da festa. Antes de começar a autografar os exemplares, olhei para o mini palco armado, um violonista tocava a introdução de uma música conhecida, me distraí com as fãs declarando sua admiração por mim, mas quando ouvi a voz suave cantar:
Vieste
Na hora exata, com ares de festa
E luas de prata
Vieste
Com encantos, vieste, com beijos silvestres
Colhidos pra mim
Vieste
Com a Natureza, com as mãos camponesas
Plantadas em mim
Vieste
Com a cara e a coragem, com malas, viagens
Pra dentro de mim, meu amor
Vieste
À hora e a tempo, soltando meus barcos
E velas ao vento
Vieste
Me dando alento, me olhando por dentro
Velando por mim
Vieste
De olhos fechados, num dia marcado
Sagrado pra mim
Vieste
Com a cara e a coragem, com malas, viagens
Pra dentro de mim, meu amor.
( Lenine)
Parei imediatamente ao reconhecer a voz, encarei o palco, e minhas pernas tremeram, meu corpo gelou, atônita, com as lágrimas percorrendo meu rosto caminhei até perto do palco encarando a cantora tão conhecida: o amor da minha vida, Marisa.
Fim do capítulo
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marcellelopes0
Em: 12/12/2017
Uaauu...que cap é essee? Não sei se tenho receio ou felicidade com a chegada da Mah. Mas feliz q ela voltou....
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Rafaela L
Em: 11/12/2017
Como assim,Marisa !!!! E assim em público???
Ou a Alex tá alucinada,ou a aparição da Marisa vai ser bem foda.Se for de fato ela, difícil vai ser é da Alex perdoar.A menos q tenha uma mais q perfeita explicação!
Poxa Mell.....posta um extra!
Só 1!
Quem tiver informações extras ,do próximo capítulo eu aceito negociações rs
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