-- Vida tá cedo, para onde você vai? – Elis reclamou ao ver a mulher levantar da cama

--Me despedir do pessoal, creio que já estejam tomando café para partirem.

-- Vou com você – Elis levantou – Nossa minha cabeça está um caco

--Também, bebeu todas ontem.

--Mas foi divertido, você bem que se aproveitou da pobre bêbada aqui. me agarrou – Elis disse caminhando com a namorada para o banheiro.

-- Você me ataca e diz que eu que te agarrei? Santinha – Elis sorriu, fizeram suas higiene matinal e desceram, encontraram uma algazarra na sala de jantar. – Bom dia pessoal – Disse para todos da mesa.

-- Bom dia, seria pedi demais se para vocês não gritarem tanto? – Emy disse abaixando a cabeça no ombro de Carol que estava sentada ao seu lado.

-- Eu apoio a Emy – Disse Camila

-- Quem mandou encherem a cara – Carol reclamou, eles comeram e logo depois partiram para casa.

 

-- Vida eu vou levar os equipamentos depois vou preparar umas coisas para o Tom, ele quer ver o que tenho para a viagem.

--Eu vou para o hospital tem um monte de coisas para resolver – Abraçou a namorada que já estava pronta para sair --Nossa já é na semana que vem, tinha esquecido, vou morrer de saudades – Beijou DJ --A  Fran vai ficar aqui comigo e a Paola mesmo?

--Ela disse que queria iria ficar, está super animada para isso, mas também tem a Fabi, a Yasmim disse que ela teria alta no final de semana, parece q a cirurgia será feita amanhã, agora vou lá para baixo quando eu estiver acabando aqui te aviso. – Elis desceu para arrumar o seu som que estava perto da piscina e Estela arrumou-se para ao hospital.

 

 

 

-- Boa tarde Ge, senti sua falta ontem lá em casa – Estela disse para o amigo assim que ele entrou na sua sala.

-- Eu estava resolvendo umas coisinhas – Sorriu para a amiga, que quando ia perguntar sobre as tais coisinhas escutaram as leves batidas na porta, logo após Robson entrar.

-- Estela tem uma senhora chamada Cássia disse que tem uma coisa urgente para tratar, como não estava na sua agenda vim perguntar se vai atende-la

--Vou sim, pode manda-la entrar.

--Certo

--Robson, por que não foi ontem? – O rapaz ficou um pouco nervoso, abaixou a cabeça depois olhou para Geraldo.

-- Er... eu estará resolvendo umas coisas – Disse sem olha-la

--Umas coisas é? – Olhou para Geraldo – Tudo bem mande a Cássia entrar – O secretario saiu rápido

--Quero saber disso direitinho – Estela disse sorrindo para Geraldo

--Saber o que? Vou para minha sala não tenho nada para falar – Ele saiu rápido deixando estela sorrindo

--Ola doutora, tudo bem?

- - Ola Cássia, estou tudo bem e você?

--Eu estou levando

--E as crianças?

--Todos estão bem, mas é que eu vim falar a senhora que vão fechar a Creche o estado não quer mais manter o local.

--Como assim, mas não é uma ONG?

--É sim, mas nasceu com o intuito de receber as crianças que eles mandam para lá, como já lhe disse crianças que eram maltratadas ou os pais ou responsáveis estão presos, mas o problema não é esse, parece que aquele terreno vinha de uma briga judicial, um dono pediu reintegração do local, algo assim.

-- Nossa, mas não podemos fazer nada ?

--A senhora já fez demais, deu aquelas crianças uma grande alegria nesses últimos meses, não tem o que fazer, não sei o que farão com as crianças.

-- E o Esdras? Para onde ele vai?

--Não sei doutora, como ele é uma criança doente possivelmente vai ser transferido para um abrigo e dificilmente será adotado.

--Mas não podemos fazer nada?

--Creio que não as crianças mais velhas serão transferidas hoje à tarde e as mais novas no Maximo ate sexta.

-- Mas o Esdras precisa de cuidados e se o lugar que ele for não cuidar dele?

-- Não sei o que fazer, foi tudo muito rápido fiquei sabendo ontem à noite. – A mulher disse triste.

-- E se eu quiser adotar o Esdra?- Estela já estava com aquela ideia há muito tempo.

--Não é assim tão rápido, existe um cadastro que a senhora tem que fazer, mas seria melhor falar com um advogado, eu não conheço ninguém com interesse em crianças com aquele perfil, então creio que não será tão difícil ao menos eu acho, o fato da senhora ser solteira atrapalha um pouco.

--Vou chamar o Tiago, vamos resolver isso agora – Ligou chamando o Advogado. – E você para onde vai?

-- No momento vou para a casa dos meus pais, passar um mês lá no interior, depois volto e vou tentar arrumar um emprego.

-- Assim que voltar me procure talvez eu possa te ajudar. – Tiago bateu e entrou

--Me chamou Estela?

--Thi quero adotar uma criança – Disse na lata

--OI? Você que o quê? – Não entendeu

-- Você lembra do Esdras? – Ele afirmou com a cabeça – Bem ele ta para ser transferido, eu já estava com essa ideia, mas minha vida aqui estava tão tumultuada que fui adiando, mas agora eu tenho pressa, como faremos?

-- Eu não sou dessa área, mas posso me informar.

--Se preciso contrate alguém, veja isso o mais rápido que puder, não quero perder o contato com o Esdras e outra, é segredo – Sorriu amarelo.

--Tudo bem – Tiago deu um leve sorriso – Você é totalmente louca – Saiu da sala sorrindo.

-- Será que ele vai conseguir? – A mulher falou levantando

--Espero que sim, você vai para onde agora?

-- Para a creche.

--Posso ir com você? Estou morrendo de saudade dele.

--Claro que pode, vamos? –Estela sorriu e saiu com a mulher

--Robson só volto amanhã. – Avisou e saiu, passou o resto da tarde ali com o menino que brincava sorrindo com a loira.

 

 

 

 

-- By você vem pra cá hoje?

-- Desculpa gata, mas hoje tenho aula o dia todo e estagio no samu a noite, amanhã te pego na escola.

--Vou ficar com saudades – Fez voz de choro no telefone

--Owo, minha gatinha, não faz essa vozinha que sou capaz de matar aula.

-- Não, eu me controlo, mas tarde eu te ligo.

- - Vou esperar com ansiedade.

-- Ate mais tarde vou pega o ônibus aqui.

--Vai lá um beijo bem gostoso e cuidado – Desligou o celular e recebeu uma bolinha de guardanapo na cara.

--Nossa você tá insuportavelmente doce, olha ate melou a blusa de suco – Kaline disse zoando da amiga.

-- Droga foi mesmo, vou lá limpar. – Disse indo para o banheiro, lá tirou a blusa para limpar a sujeira ficando só com um top preto

--Nossa assim eu gamo – Gaby levantou a cabeça para ver Naiara encostada na porta de um dos reservados, não deu atenção e voltou a lavar a blusa – Sabia que sou louca por essa barriguinha – Colou o corpo nas costas de Gaby e alisou a barriga dela.

--Você está louca? Me solta garota – Disse empurrando aquela garota que Gaby tinha verdadeiro ódio.

-- O que foi não gosta mais de mulher é?

-- Gosto e muito, mas não do seu tipinho e outra tenho namorada. – Colocou a blusa molhada mesmo

-- Não tenho ciúmes – Sorriu e piscou o olho para ela. – A ia esquecendo, vai ter troco aquilo que sua mãe fez – E saiu do banheiro.

--Ei volta aqui – Saiu e não encontrou mais a garota, queria saber se aquilo era uma ameaça.

-- Que bicho te mordeu Gaby?

-- A Naiara Ka, me agarrou no banheiro depois disse que ia se vingar por minha mãe ter falado para o pai dela o que ela aprontou.

-- Que louca agarra sua mãe depois do que fez, ainda diz que sua mãe foi responsável?

--Pois é, vou tentar tirar isso a limpa com ela na sala– Acabaram de comer e foram para a sala de aula.

-- Eu odeio esse professor, esses trabalhos monstruosos dele me tira o saco.

--Olha ele ai – Disse Gaby vendo o professor entrar na sala.

--Bem turma teremos um trabalho metade da nota, em grupo de cinco, para entregar na sexta – Todos já foram formando seus grupos.

--Que disse que será assim? Desfaçam os grupos, eu irei sortear e será irrevogável – Começou a formar os grupos ate chegar à vez de Gaby. – Gabriela, Pedro, Rui, Naiara e Vinicius.

-- Como? Professor gostaria de trocar de grupo – Gaby pediu

--Você escutou quando eu disse que seria um sorteio e irrevogável a senhorita não escutou essa parte?

--Desculpa professor, mas não posso formar um grupo com... – O professor a interrompeu

--Não me importa, seja ao menos profissional também na vida acadêmica, é bom que vai aprendendo que nem tudo na vida é tudo como se quer, agora posso acabar aqui?

--Sim senhor – Gaby disse com visível raiva.

--Ótimo. – Continuo a formar os grupos enquanto Gaby olhou para Naiara que deu um sorriso de vitoriosa.

--Ei Gaby depois da aula nos vamos para a biblioteca? – Vinicius um dos garotos disse a Gaby

--Tudo bem Vini, encontro vocês lá – Ela voltou a atenção ao seu caderno anotando o que o professor pedia.

 

-- Gaby cuidado, não vai fazer besteira, esse trabalho vale metade da nota. – Kaline disse assim que o professor acabou a aula

-- Que saco isso, se eu não tivesse tirado um 7 na primeira prova juro que não faria esse trabalho.

--Mas tem que fazer, agora vai lá e não entra na pilha dela.

-- Vou tentar, ate amanhã que tenho estagio hoje – Saiu para a biblioteca, lá já encontrou todo mundo, ela sentou e apenas dava respostas monossilábicas ao que era falado.

--Então tá certo assim, vou formar um grupo no Waits pra vermos o andamento de tudo, ate amanhã pessoal – Despediram-se, mas Gaby fez questão de ficar ate eles saírem, já que a garota não levantou-se da cadeira.

--Mundo pequeno esse não é? Nos duas no mesmo grupo de trabalho – Sorriu sínica

--Garota, só peço uma coisa, não fala comigo, não quero ser sua amiga, alias não quero nenhum tipo de contato com você, estou com você nesse grupo porque fui obrigada, entendeu?

--Nossa bravinha, só dá vontade de te beijar – Disse sorrindo.

-- E que historia foi aquela de volta? Você está ameaçando minha mãe é isso?

--Não, eu não quero mais saber daquele velha, se tenho uma coisa melhor pra pegar para mim  -Saiu caminhando pela biblioteca.

--Ei volta aqui – Gaby a segurou pelo  braço.

--Pra quem não queria contato, está regredindo no eu intuito – Disse olhando para a mão de Gaby que estava em seu braço.

-Só te aviso, que não sou tão boazinha como a minha mãe.

--Ai que delicia, acho que molhei a calcinha com você assim tão bravinha. Gaby a soltou voltando para mesa, a garota saiu sorrindo enquanto Gaby pegava sua bolsa, foi para o posto do SAMU, depois de uma noite corrida que nem deu tempo de ligar para a namorada, foi para casa dormiu a manhã toda, já que não tinha aula, ao acordar foi buscar Livia, aproveitou a casa vazia pois os gêmeos teria uma viagem da escola e Pediu pra Pri inventar alguma coisa pra não ir para casa aquela tarde, saiu arrastando Livia para seu quarto, amaram-se por toda tarde.

 

-- Vou pegar alguma coisa para comermos, está com fome? – Gaby disse colocando uma roupa para ir ate a cozinha.

-- Vai sim, estou faminta – Gaby deu um beijo nela e saiu do quarto, alguns minutos depois Livia escutou o toque do celular da namorada, como o não mostrava o numero atendeu. – Alô!

-- Oi Gaby, saudades – Livia fechou a cara.

-- Quem é?

-- Não reconhece mais minha voz amor?

--Quem está falando ?- Falou brava.

--Ai desculpa, pensei que estava falando com minha namorada a Gabriele, acho que me enganei, pensei que esse era o numero dela.

--Sua namorada? – Livia estava em choque.

--Isso mesmo, minha namorada, alias ela me fez esse pedido ontem depois de uma noite linda que passamos juntas, mas desculpa liguei errado mesmo – Desligou, Livia sentiu o coração apertar, não poderia ser, ela não teria feito isso com ela.

-- Gata acho que esquentei demais bem que a mãe Lise poderia colocar o tempo – Gaby disse entrando no quarto com uma bandeja.

-- Gabriele onde você estava ontem a noite?

-- No estagio, que cara é essa – Disse vendo a cara feia da namorada.

--Não menti para mim Gabriele, NÃO MENTI – Gritou.

--Não estou mentindo, o que houve. – Livia jogou o celular para na cama .

-- A garota que você passou a noite ontem acabou de ligar. –Levantou e começou a se vestir.

--Garota? Mais que garota? – Pegou o celular e viu a ultima chamada o numero estava restrito, já tinham ligado umas cinco vezes e ela sempre desligava, não atendia ligações com numero restrito.

-- Não me faça de idiota, eu sabia que isso iria acontecer, fui uma imbecil em pensar que você me amava– Começou a chorar.

--Eu não sei do que você está falando, eu passei a noite ontem dentro de uma ambulância, quem foi que ligou? – Gaby estava ficando desesperada.

-- Você nem lembra mais com quem trans* não é? – Pegou sua mochila, mas Gaby a segurou pelo braço.

--Não transei com ninguém, porr* Livia me explica o que está acontecendo que eu não sei do que você está falando

-- Não se faça de boba aliais não me faça de boba, solta meu braço.

--Não enquanto você não me falar o que está acontecendo. – Ela puxou o braço para mais perto

--Solta meu braço agora, está me machucando – Gaby olhou nos olhos dela e arrependeu-se da força que usou.

--Desculpa Li, perdão não queria te machucar – Pegou o braço mais delicado, viu que ficou um pouco vermelho o local. – Por favor me desculpa, vem me deixa colocar um gelo.

--Esse não foi o lugar machucado Gabriele, isso não é nada em comparação aqui – Colocou a mão no coração. – Aqui está doendo mais – Enxugou uma lagrima e saiu do quarto.

--Livia, não sai assim, vamos conversar, me explica o que houve, o que lhe disseram? – Disse indo atrás dela.

-- Me deixa, não conseguirei falar nada agora – Saiu batendo a porta, Gaby sentou no sofá e viu a irmã entrando com o primo.

--Nossa o que houve? Vi a Livia entrando em um taxi nem nos respondeu – Mateus disse jogando a mochila no chão e sentando no sofá.

-- Ei o que tá acontecendo? – Priscila percebeu as lagrimas da irmã

--Não sei, pelo que eu entendi alguém ligou para mim e falou alguma coisa para ela, me falou um monte de coisas e saiu – Gaby enxugou suas lagrimas.

-- Você aprontou alguma coisa Gaby?

--Que merd* Priscila, não fiz nada para de me julgar. – Ela gritou

-- Não precisa gritar, eu só perguntei – Falou no mesmo tom de voz da irmã.

-- Ei que gritaria é essa? - Elise perguntou entrando com os gêmeos.

-- Sabe de uma coisa deixa para lá, eu sempre estou errada mesmo – Saiu subindo as escada.

-- Explicações? – Elise disse olhando para Priscila

--Sei lá parece que ela brigou com a Livia, eu só perguntei o que ela tinha aprontado e ela gritou comigo.

--Foi só isso mesmo? – Elise olhou para Mateus

-- Foi sim tia – Ele confirmou com um aceno de cabeça

--Vou lá ver o que houve, coloca os meninos no banho – Priscila balançou a cabeça em afirmativo e viu a mãe subir.

-- Ei – Elise entrou no quarto da filha – O que houve? – Sentou na cama ao seu lado.

--Não sei mãe, ela mal me explicou, sei que ela atendeu uma ligação de alguém que não sei quem é, me chamou de um monte de coisa e saiu.

-- Não sabe o que falaram para ela no telefone?

--Algo sobre eu ter passado a noite com alguém, acho que foi isso.

-- Entendi, calma filha deixa ela esfriar a cabeça.

--Como vou ter calma mãe? Ela nem me deixou falar, não me explicou nada, como eu terei calma? – Disse exaltada

--Gabriele, não vai resolver nada assim, agora senta aqui – Elise falou duro e a garota atendeu.

--Alguém falou alguma coisa para ela, não sabe quem foi?

--Não estavam ligando para mim... – Parou de falar ao ver o celular tocando novamente – Olha estão ligando novamente – Atendeu

--Nossa, a namoradinha deve ter ficado bravinha – Escutou uma gargalhada no outro lado da linha

--Quem é que está falando? – Gaby perguntou sentindo o corpo ferver de raiva.

-- Nossa já disse que minha calcinha molha só em pesar como você fica gostosa brava? – Gaby respirou fundo para o sangue esfriar, mas não teve jeito.

-- Eu vou te matar garota, vou acabar com você – Ela gritou no celular, Elise tomou o celular das mãos da filha, ia perguntar quem era, mas a ligação foi encerrada—Eu vou matar aquela garota mãe – Gaby andava de um lado para o outro no quarto, parecia que estava enjaulada.

-- Você não vai matar ninguém, agora senta aqui – Elise segurou o braço da filha

-- Me solta mãe, eu vou acabar com a raça daquela vadia –Disse livrando-se da mão que mãe a segura e ia saindo

-- Gabriele estou mandando você sentar nessa cama agora! – Elise gritou com ela, viu a garota parar com a mão na maçaneta da porta.

--  Eu não posso deixar aquela infeliz impune – Gaby falou em um tom mais alto.

-- Abaixe o tom e senta nessa cama agora – Elise disse também alto encarando a filha de frente, viu Camila entrar no quarto, mas ela nada disse, olhou para Gabriele que sentou na cama de cabeça baixa --  Agora me explica o que houve, quem era? -Perguntou em pé na frente da filha.

--A Naiara, ela deve ter falado alguma mentira para a Livia – Falou baixo sem encarar as mães.

-- Novamente essa garota – Camila disse bufando de raiva.

-- E você queria fazer? Ir lá bater na garota é isso? – Falou Elise um pouco alterada. – Olha para mim Gabriele  - Gaby levantou a cabeça.

-- Eu só queria... – Elise a interrompeu.

--Você só queria fazer uma besteira, você acha mesmo que é assim que vai resolver as coisas? Você não é nenhum galo de briga que vai resolver tudo no braço.

--Eu só queria dá o troco do que ela fez.

--Você nem sabe o que ela fez, o que você esperava? Ia lá socaria a cara dela depois ela iria na delegacia e você seria presa por agressão, ou pior se te conheço bem quando está com raiva. – Gaby nada falou – Não é assim que vai conseguir nada, já tentamos de varias formas te mostrar isso, mas parece que não aprende, sabe de uma coisa? Quer ir bater nela? – Caminhou ate a porta e a abriu – Vai Gabriele, vai lá soca a cara dela ate sua raiva passar depois espera a policia vim te buscar e você perder sua liberdade, alem de perder sua namorada. – Gaby olhou para Camila como se estivesse pedindo ajuda, mas essa nada falou.

-- Desculpa – Gaby Limitou-se a falar abaixando a cabeça.

--Não quero seu pedido de desculpas, apenas quero que pense se essa agressividade vai te levar a algum lugar, você parece não pensar quando está com raiva, tão inteligente e fica burra quando algo sai do seu controle, cresça e aprenda que na vida nem tudo gira em torno de você, quer fazer aquela patricinha pagar pelo que fez? Seja inteligente, não uma burra colocando sua liberdade em risco porque está com raiva. – Elise sentou ao lado da filha.

-- Você não sai desse quarto hoje entendeu?

--Eu preciso falar com a Livia, saber o que houve – Gaby chorava.

--Amanhã você saberá agora esfria essa cabeça – Elise saiu do quarto, Camila sentou ao lado da filha.

--Mãe eu só queria resolver as coisas.

--Eu sei, mas sua mãe está certa, não é dessa forma que você conseguirá  nada, imagina se entre um soco e outro acontecesse algo com sua mão? Sua carreira de cirurgiã poderia está comprometida por um momento de raiva. – Ficou um tempo calada

-- Eu sei, a mãe Lise ficou brava, será que está com raiva de mim? – Camila quase sorriu, a filha mostrar preocupação pelo que a mãe estava sentindo numa hora como aquela mostrava o quando ela amava  mãe.

-- Ela estava brava, mas não ficou com raiva, só queremos seu bem meu Gaby, agora vai tomar um banho esfria a cabeça e descansa.

-- Tá certo – Disse levantando.

-- Amanhã quero saber de tudo, vamos pensar em algo para resolver essa situação com aquela garota mimada – Camila ficou de ponta de pé para alcançar a testa da filha, beijou e saiu do quarto, antes de ir para o banho Gaby tentou ligar para Livia que não atendeu suas ligações, ela deitou ficou ali olhando para o teto por um bom tempo ate escutar as batidas na porta.

-- Ei posso entrar? – Priscila perguntou colocando a cabeça para dentro da porta

--Pode sim – disse afastando-se um pouco para a irmã deitar, ela deitou na cama e ficou olhando para o teto igual à irmã fazia.

-- Como você está?

--Péssima, ela não me deu a chance da duvida, alias eu nem sei ate agora ao certo o que aquela louca disse.

--Você já sabe quem foi?

--A Naiara.

-- Aquela que fez aquilo com a mãe Mila? –Ela sentou na cama olhando para a irmã.

--Isso mesmo, ela ligou debochando da minha cara depois.

--Cara, vou ligar para Livia e dizer a ela quem é essa garota.

--Você falou com ela?

--Falei, ela está arrasada. – Gaby nada disse. – Ela me contou o que a desgraçada falou no telefone, disse que você passou a noite com ela e a pediu em namoro.

-- E a Livia acreditou cegamente – Gaby deixou uma lagrima escorrer.

--Ela ficou nervosa. – Gaby nada falou apenas virou de lado fechando os olhos.

--Vou conversar com ela, explicar direitinho. – Gaby ficou calada, Priscila saiu quase que correndo para o celular,

 

 

--Oi Pri – Livia disse com uma voz triste ao atender a ligação

--Descobri quem era a vadia, você não pode acreditar nela – Priscila disse confiante.

--Como assim? Melhor, como pode ter tanta certeza?

--Essa vadia está com raiva, ela agarrou a  mãe Mila no laboratório, como ela a rejeitou ela foi dizer que minha mãe tinha a agarrado, mas parece que minha mãe tinha provas que não foi como ela disse, parece que foi castigada e tá se vingando.

-- Você tem certeza disso?

--Eu não acobertaria se tivesse alguma duvida da inocência da minha irmã, sei que a Gaby sempre teve esse jeito cafajeste, mas duvido que ela teria alguma coisa com essa garota, ela a odeia, deu maior confusão, a mãe Lise ate gritou com ela, isso nunca aconteceu, ela ficou brava porque a Gaby queria tirar satisfação com aquela piranha.

-- Ainda bem, eu pensei mesmo que ela tinha me traído, obrigada Pri. – Respirou aliviada.

--Agora mais uma coisa, você sabe que pisou feio na bola não é?

-- Eu? Lógico que não, você queria que eu não acreditasse?

-- Livia você não a deixou se explicar, não vai ser tão fácil assim ela está magoada com você.

-- Ai Pri e agora?

-- Amanhã você vem aqui e fala com ela, mas venha certa que ela está mal.

 

--Tá certo, obrigada amiga, vou pensar no que fazer. – Despediram-se e Livia ficou pensando no que falar, sentiu um alivio por tudo ter se esclarecido, olhou para o braço que ainda estava vermelho, lembrou do desespero que viu nos olhos da namorada ao ver que tinha apertado seu braço, depois de muito pensar enfim conseguiu dormir.

Fim do capítulo