Desculpa pessoal recado importante no final.
Capítulo 9 Ela
Quando ela terminou de limpar meu rosto pude ver algumas manchas vermelhas no pano, sentia minha cabeça zonza e latejando, meus olhos doíam nas orbitas e ainda tinha a visão desfocada ou embaçada. Abaixei minha cabeça tentando manter uma linha de raciocínio que não fosse dor ou confusão. Levantei a cabeça chacoalhando para tentar voltar ao normal, mas sem sucesso.
- Calma – Ela colocou a mão sobre meu ombro – Já vai voltar ao normal.
Longos minutos se seguiram até que senti minha cabeça voltar ao normal, os pensamentos se organizaram. Levantei e fui apoiando pelas paredes até o banheiro me apoiei sobre a pia olhando a porcelana branca. Minha visão parecia estar restabelecida, olhei o eu rosto no espelho e pressionei tentando entender o que se refletia. Meus olhos estavam completamente negros, esfreguei os olhos e o que refletia não mudara abri a torneira em desespero e joguei agua em abundancia sobre o rosto tentando de algum jeito voltar ao normal, quando voltei a fitar meu rosto no espelho os olhos negros permaneciam ali intactos.
- Alameth? – Gritei.
- O que foi? – Ela surgiu na porta confusa.
- Por que isso não some? – Olhei para ela e apontei para o espelho visivelmente assustada.
Ela se aproximou a passos lentos e voltou seus olhos para o espelho confusa, eu olhei para ela olhando o reflexo e depois para mim mesmo e ainda permanecia ali o olho completamente negro.
- Está vendo né? – Questionei já impaciente.
- Diga exatamente o que eu deveria estar vendo? – Ela olhou pra mim através do espelho.
- Não é obvio meus olhos... – engoli em seco – por que eles estão assim?
- Ah... – Ela inclinou a cabeça analisando – Entendi, venha aqui – Me aproximei ficando lado a lado com ela e olhando pra o reflexo dela – Esta sentindo o sangue pulsar – Franzi a testa sem entender como isso iria ajudar em algo – Serio? O que esta sentindo?
- Basicamente uma ardência nos olhos e nada mais – Constatei analisando a mim mesmo.
- Ok, se concentrar em se acalmar e respira devagar – ela olhou meu reflexo – sente o ar entrando e saindo – Ela começou a respirar alto junto comigo – Sinta a ardência nos seus olhos aos poucos diminuindo.
Enquanto ela falava eu fui respirando e pouco a pouco meu olho foi parando de arde e o preto foi diminuído e voltando ao normal, mas antes de voltar ao seu completo eu pisquei e por um milésimo de segundo vi o que parecia o olho de uma águia em mim, logo em seguida lá estava meus olhos normalmente castanho escuro como jabuticaba já dizia minha mãe.
- Pronto – Ela cruzou os braços sobre o peito seria - Tem que tomar cuidado isso pode acontecer varias vezes.
- Que? – Eu cocei a cabeça nervosa com o que isso poderia significar.
- Esse olho liga e desliga assim por dizer, precisa aprender a usar só quando necessário – Ela falou seria e tão naturalmente como se aquilo fosse uma terça- feira comum.
- Ta de brincadeira? – Olhei irritada – Como eu vou ligar isso? E pior se estiver em casa?
- Só você aprender a controlar – Deu de ombros.
- Como liga esse negocio e para que serve? – indaguei ainda irritada com a naturalidade que ela estava em relação a isso.
- Assim – senti uma ardência enquanto meu rosto se deslocava para o lado e os estalo do tapa sobre minha face, senti raiva e indignação.
- Tá Louca? – Passei minha mão sobre o local do tapa olhando para ela com raiva.
- Olhe – Indicou o espelho com a cabeça, olhei e vi o olho voltar ao seu totalmente negro e senti uma ardência leve que parecia estar diminuindo - Agora respira – Respirei lentamente e me concentrei na imagem dele voltando ao normal e assim foi acontecendo.
- E para que serve esse olho esquisito? – Meu olhou voltou a normal completamente.
- Agora eu não posso te contar – Ela foi saindo do banheiro comigo no seu encalço - Mas ele é bem útil.
Ouvi uma voz familiar chamando e Alameth parou estática no meio do caminho e novamente a voz chamando no portão.
- O que... – Ela olhou seria pra mim com o dedo indicador sobre os lábios.
Ela foi até a geladeira e pegou uma garrafa com aquele liquido preto estranho e tomou um gole generoso, fui até o sofá e sentei em silencio enquanto ela colocava a garrafa no lugar e fechando a geladeira com cuidado e o silencio absoluto se fez presente.
- Era o Bernardo Chamando – Ela sentenciou.
O resto daquele dia na escola foi normal se existe algo de normal nisso. Kaique passou o intervalo inteiro questionando Bella sobre a Alameth entre outras coisas, Gabriel estava atento observando tudo e eu podia jurar que ele estava desconfiado de alguma coisa, mas permaneceu calado sem expor seus pensamentos. Depois da ligação havia uma sensação entranha de conexão com os outros mesmo não sabendo onde Lucas estava eu sentia que ele estava em casa e provavelmente cansado com algo. Os dias que seguiram dali foram bem desgastante Edmundo me deu um caderno com muitas coisas escritas e receitas estranhas, ele disse se tratar de um grimorio o guardei a sete chaves em casa. Também me ensinou assim como o Gabriel a sair do corpo para o mundo astral durante o sono, não demorou muito e aprendemos, Lucas teve algumas dificuldade serias em executar as habilidade que para mim e Gabriel parecia fáceis e de rápida absorção, isso o deixava sem paciência e mal humorado e quase sempre gerava discussão entre os dois. Kaique ainda estava com a gente em poucas vezes dizendo que estava lendo sobre alquimia em casa e desenvolvendo as habilidades sozinho que para ele era mais fácil. Gabriel ainda jogava olhares desconfiados e questionava o fato dele não ter o laço conosco o que tornava mais difícil entender as atitudes.
Três meses haviam se passado desde que havíamos feito o laço. Gabriel agora tinha deixado o cabelo mais curto estava com o corpo mais definido com músculos surgindo, Lucas também havia finalmente largado aquele corte tigela e deixado mais curto poderia dizer que normal; o corpo também estava mais definido que o do Gabriel e os dois estavam treinando na academia algumas lutas. Kaique aparecia de vez enquanto para se atualizar na nossa situação e pouca coisa dizia sobre si e seu treinamento. Ele estava mais magro e o cabelo emo estava maior sempre com olheiras e expressão cansada. Bella havia perdido alguns quilos se exercitando diariamente comigo seus longos cabelos cacheados que eram castanhos escuros agora tinha uma tonalidade ruiva sobre o sol mais ainda preservado os longos cachos. As habilidades de Gabriel se estendiam em grande resistência física, uma habilidade de cicatrização razoavelmente rápida em vista de todos nos, ele já conseguia executar algumas magias e tinha uma forte ligação com o Guardião da lua o que por vezes o fez trocar o dia com noite. Bella estava mais hábil em controlar qualquer tipo de energia e já estava avançada na alta magia criando seu próprio grimorio, fluente em muitas linguagens com o próprio alfabeto dos magos, enoquiano e Latim vai entender como ela aprendeu tudo isso em três meses. Lucas estava apanhando ainda das habilidades simples, mas já dominava a energização e o astral tão bem quanto qualquer um de nos. Bom eu estava terminando o enoquiano, a magia do caos, energização, o bônus do olho sinistro que vinha com um super persuasão difícil de controlar não era uma hipnose era realmente um persuasão e a capacidade de ver a áurea das pessoas, total controle no astral. Desde que eu tinha 6 anos meu pai me incentiva a participar de qualquer luta, comecei com a capoeira na escola e não fui muito longe, então comecei em seguida com karaté junto dos meus primos e sai quando estava na faixa verde, mudando para o judô onde permaneci até a conquista da faixa laranja e me estabelecendo no boxe chinês até então, incrivelmente meu reflexos ficaram mais rápidos, assim como a força e resistência. Meu metabolismo havia acelerado o que me deixa com fome toda hora, além de uma mania louca por doces esses efeitos estavam apenas em mim e no Gabriel. Bella havia adquirido uma mania de tomar chá quase toda hora.
Bernardo e a turma dele haviam tentado sem muito sucesso se aproximar de nos mais permanecíamos distante o possível sem levantar suspeitas, o mais próximo era o João por causa do Grupo na igreja e outros amigos em comum, mas ele parecia normal se não fosse o olhar vazio e uma obsessão em ficar colado no Gabriel.
Em um fim de semana havia levado Lucas comigo para o Anarquia bar e encontramos com Joao, Kaique, Marcos que estavam em uma onda de andar de Skate agora para todo o lado da cidade. Perto do Bar passava uma linha do trem que funcionava apenas para cargas de carvão em trens a vapor vez ou outra, me lembro de quando era criança e sempre ver um passando do terminal de ônibus quando ia ao centro da cidade com meus pais. Havia uma grade separando os trilhos do asfalto. A rua do bar sempre foi movimentada antes do Anarquia; tinha um Bar chamado Duetos ele era Lgbt e muito frequentado, tanto que pessoas da cidade vizinha compareciam em peso no sábados a noite, ninguém ficava dentro bar na verdade ficavam na rua em grupos com a Augusta em São Paulo, as pessoas entravam para pegar bebidas e saiam. Nas poucas vezes que fui não via nenhuma tipo de confusão ou briga. Com o tempo o bar fecho e não sei o motivo e pessoal migrou para o Blanko ou Bk no bairro nobre da cidade ou para o Pub dividindo assim o pessoal. Agora um cara havia comprado o estabelecimento e feito um bar para o pessoal roqueiro já que não havia nenhum, o pessoal mais novo Lgbt migrou de uma praça para esse bar pouco a pouco, logico que eu frequentava a praça e logo já estava batendo carteirinha todo sábado com meus amigos.
Logo o Anarquia começou a atrair o olhar do pessoal por digamos vender bebidas para menor de idade. As rondas da policia não eram frequentes ali; o bar ficava em uma rua paralela a uma Avenida próxima ao centro da cidade e também próxima a um shopping já meio ultrapassado, se levarmos em consideração atualmente. Havia uma meia rua paralela que fazia um triangulo escaleno com e mais acima a avenida já mencionada. Essa rua era basicamente as costa de uma escola particular de manhã e a tarde, já no período noturno parte de uma conceituada universidade da cidade.
Naquela noite de sábado tudo estava tranquilo; Jennifer havia voltado a frequentar nossos roles no Bar assim como era antes na praça após a fadiga insistência de Bianca pela mudança de ares. Terminar relacionamentos da nesse tipo de coisa ou simplesmente perseguir o próximo romance, tenho para mim que é mais a segunda opção levando em conta tudo que virar a seguir. Se existe uma coisa que aprendi com tudo isso e especificamente nesse momento que não é crucial para os outros, mas em mim alterou todo o curso de uma vida ou varias, se eu estivesse no filme efeito borboleta com toda a certeza se fizesse qualquer coisa diferente mudaria a vida de todos naquela noite. Provavelmente eu não estaria aqui te contando tudo isso.
Chegamos e como sempre rodada de tequila pra começar a noite no balcão do bar simples, parecia uma casa com aquelas galerias comercias embaixo de bar de bairro. Aqueles bares de cachaceiro, mas a diferença era decoração havia muitos pôsteres de ícones do rock pelas paredes uma mesa de bilhar e outra de pebolim. Banheiros no canto separados por uma pilastra redonda; balcão simples feito de tijolos e mármore logo atrás muito prateleiras com bebidas e sobre o balcão aqueles divisores de vidro para doce aqui no caso era cigarro e halls preto, azul, vermelho e verde; e na garagem por que em cima realmente havia uma casa simples tinha um Datashow passando na parede varias clips e shows de bandas de rock no dia tocava Acdc e um pouco de Pantera. Portão médio de ferro pintado de preto e a rua pacata com algumas lojas no fim e escola de dança na outra ponta, tinha no final do triangulo na direção do centro uma pequena praça com bancos por causa da universidade e a gente se concentrava ali pra não fazer nada além de beber e conversa sobre assuntos inúteis. Sentamos nos bancos esperando o resto do pessoal de sempre. Lucas já estava bem familiarizado com a Biah e Jeh tanto que foi surpreendente como se deram bem, claro Lucas sempre foi bem carismático. Sentada pensando distraidamente sobre que beberia a seguir vi ao longe um grupo se aproximar de imediato pensei em nada além de mais cuecas para o role, mas um click na mente e pude ver nítido Bernardo se aproximava com João, Marcos, Kaique, Alison e Samara. Não reconheci algumas das meninas junto deles e conforme o eles se aproximavam o clima no lugar pesava.
- Lucas? – Ele estava distraído com Jeh nas costas fazendo palhaçadas, ele olhou para mim e para trás de onde estava vendo o início da rua com aquele grupo vindo, o sorriso dele morreu e ficou serio olhando para mesmo ponto que eu.
- Ei vocês dois? – Biah passou a mão na frente dos meus olhos estáticos.
Jeh olhou para o mesmo ponto que nos dois curiosa pela reação de ambos.
- Vocês conhecem a galera do Skate vindo?
- Pode se dizer que sim – Desviei o olhar para encarrar a Jeh curiosa – Acho que ta na hora do Uísque com energético ne Lucas?
Ele desviou o olhar e assentiu para mim sorrindo para Biah.
- E você Biah vai querer algo? – Ele perguntou.
- Morango sangrento - Biah tirou da mochila uma nota toda amaçada de cinco reais e entregou para mim.
- A gente já volta.
Lucas e eu as deixamos lá conversando e descemos ate o bar e pedimos as duas bebidas e saímos tranquilamente até dar de cara com João e Marcos do outro lado da rua olhando para nos dois, pela formalidade nos dirigimos a eles os cumprimentado educadamente como se nada de estranho estive ali acontecendo. Minhas costas doíam como se eu realmente estivesse com algo pesado sobre as costas. Voltamos para as meninas e notamos que o grupo havia aumentado, na verdade era Gabes ex namorada da Biah eu particularmente a chamava de Barney porque ela andava com uma mochila roxa nas costas e amava todo mundo. Ela me odiava porque quando Biah terminou com ela por telefone eu a beijei logo em seguido, perdão estava esperando minha vez na fila um bom tempo não perdi nenhum segundo. Vou contar para vocês:
O terminal tinha ruinas da antiga fabrica de tecidos que revolucionou a pequena cidade que hoje é uma das metrópoles do interior do estado. As ruinas em tijolos do estilo inglês de 1881 escondiam um arco e uma passagem escondido onde as pessoas fumavam maioria jovem, já que agora era proibido fumar em local publico. Chovia e passava das 22:00Hs a praça havia sido um saco até então, por causa da chuva muita gente não tinha ido por isso voltamos mais cedo em parte porque Biah estava sendo ignorada pela Gabes que aparentemente estava mais interessada no pessoal da Tayane (Gente o nome dela é assim mesmo) e isso deixou Biah não muito feliz. Semanas longas que vinha falando para ela que se situação estava tão ruim deveria larga e seguir o barco, mas Bianca como todo Leonino que se presa estava domada pela garota que realmente me irritava. Acho que foto de não gostar tanto dela é porque secretamente nutria sentimentos pela namorada que era minha amiga até então. Tinha mencionado algumas vezes para Jennifer sobre o assunto e ela coitada até tentou me ajudar sem muito sucesso tendo em vista que ela também não gostava muito do Barney.
Naquela noite a gente estava lá embaixo de arco de tijolos conversando enquanto a Graciele fumava seu cigarro. Biah despejava sua frustração amaldiçoando a namorada.
- Aquela garota é uma idiota, só porque esta de amizades com Tayane acha que pode me fazer de idiota, não posso mais ficar nessa situação se ela me ligar hoje eu vou terminar... – Ela passou a mão pelos cabelos nervosa- Não vou mais beber e passar mal como naquele dia por causa dela, pra mim já chega?
- Acho bom – Graah olhou pra ela soltando a fumaça do cigarro – Ninguém aguenta mais o seu vomito rosa – Era uma piada interna que toda vez que Biah bebia até passar mal não sei como seu vômito era rosa e não importava o que ela bebia.
- Cala a boca Graciele – Jeh tentou fazer uma voz seria, mas o riso de canto era difícil de esconder – Bé (Abreviação de Best que elas inventaram)já disse que não gosto da Gabes, a garota é muito estranha... sei lá acho já passou da hora de você deixar para lá.
Nesse mesmo instante a chuva se intensificou e ficamos ali mais juntas para não se molhar esperando o horário de ônibus das duas. O ônibus delas era a cada 40 minutos, Já o da Graah demorava 30 ou 20 minutos já o meu tinha de 10 a 15minutos por isso sempre esperava com elas.
Biah se aproximou e batendo o queixo de leve realmente estava esfriando por causa da chuva eu a abracei e ficamos ali no aquecendo Graah tinha acabado seu cigarro e apenas observava a chuva caindo em pingos grossos pelo chão. O celular de Biah começou a tocar ela se afastou para atendê-lo. Jennifer chegou mais perto de mim e olhou de forma estranha.
- Eu vi como estava olhando para minha Bé – Ela deu um sorriso de canto estranho.
- Para Jeh sabe que respeito o namoro da Biah – dei de ombros olhando Biah nos olhando de rabo de olho enquanto falava com alguém brava.
- Sei disso, mas acho que você deveria deixar para lá, minha Bé não vai larga a Gabes assim tão fácil com ela diz.
As palavras dela de certa forma me machucaram naquele momento embora não estivesse perdidamente apaixonada pela Biah sabia que sentia algo mais forte que amizade e isso poderia acabar com um beijo e amizade reinar. Por vezes também nutria o mesmo sentimento pela Jennifer, mas sabia que ela havia se machucado muitas vezes e era perdidamente apaixonada pela Graciele que também era minha amiga; sabia que ela não queria nada serio com ninguém conhecia bem a vibe dela porem para Jennifer isso era invisível e ela sofria por não pode ter algo mais fixo com ela. Jennifer sempre me dava apoio não entendi bem porque ela estava mudando de opinião logo agora que parecia tão perto de alcançar o objetivo.
- Digo o mesmo sobre – Olhei pra Graah, não queria magoa-la, mas no momento me pareceu justo já que me sentia incomodada pelo desencorajamento.
- Eu sei – Ela abaixou os olhos e soltou um suspiro pesado e naquele momento eu me arrependi do que tinha dito, quis abraça-la e, mas me contive diante do olhar de reprovação da Graciele.
- É assim então – Biah gritou chamando nossa atenção.
- Biah pare de adiar o inevitável e fiquei solteira logo para o bem da nação – Graah debochou da situação enquanto pegava outro cigarro do maço e tentava acender.
- Gabes deu ok – Biah veio na minha direção e se apoio em meus braços como quem pede para ser abraçado – Sim... Entenda com quiser – Eu a abracei e percebi de imediato quanto ela estava gelada e provavelmente com frio – Não, não tem o que conversa te dei muitas oportunidades hoje agora pouco.
- Meu Deus que novela – Graah revirou os olhos – Termina logo com esse Barney ninguém do grupo gosta dela.
- Graah deixa minha bé, por favor – Jeh cruzou os braços seria olhando para mim e Biah.
- Você também não gosta do Barney – Graah provocou.
Ia começar ata e não desatada daquelas duas embora fosse muito sincera e despegada a qualquer coisa existe algo ali entre aquelas duas que não vinha apenas de Jennifer mais uma pequena parte dela também. Nunca ouvi falar que ela havia gostado de alguém, a conheci nessa vibe e tem sido assim há bastante tempo o pega mais não se apega. Uma vez ela tinha me dito que tentaria dar uma chance para Jeh pela minha insistência, mas não conseguia pensar na Jennifer como alguém para se levar a serio e para evitar maior sofrimento às vezes a beijava por achava bonita ou por tedio. Errado eu sei e todo mundo sabia incluído a própria, mas o amor próprio não existia aparentemente na Jeh; não naquela época.
- Graciele você se acha a dona da verdade...
- Gabes acabou – Quando essas palavras saíram em um grito serio da Biah, Jeh parou estática e Graah apenas sorriu maliciosamente tento em mente o que significava. Ela desligou o aparelho e colocou no bolso – Eu disse que ia termina hoje – Biah falou vitoriosa como quem vence um desafio a pouco lançado, ela se virou pra mim – Agora eu estou solteira.
- Está mesmo solteira? – Eu sei, eu sei pra que pergunta ne gente? Ela já tinha dito com todas as letras, mas eu sempre insegura queria me certificar que nada estava errado. Posso garantir minha mente gritava beija logo.
- Estou – Ela sorriu e eu não resisti.
- Já que está solteira finalmente posso fazer isso – Puxei sua cintura e beijei com toda a vontade e sentimentos que não entendia acumulados. Soube naquele momento que faria qualquer coisa que ela me pedisse.
Foi desse momento que a Gabes passou a me odiar sem motivos não acham? Então voltando Gabes estava lá com a Julia uma garota de cabelos castanhos até o ombro, baixa, meio gordinha com uma camiseta do Marilyn Manson branca. Seguida por Jim Helen garota de aparência meiga bem baixa, óculos, cabelos curtos meio emo castanho escuro, saltitante usando um macacão. Juntos delas uma garota de Cabelos castanho claros quase dourado liso até meio das costas, com bochechas daquelas que da vontade de aperta, características mais marcante até aquele momento Lábios vermelho como apetitosas maçãs de filmes vestia uma camiseta mais leve branca simples sem desenho algum mais bem justa.
Subimos a pequena escada para os bancos e cumprimentei todas com um beijo rápido, entreguei a bebida para Biah que agora parecia muito animada com a chegada das meninas. Jim resolveu que queria beber e desceu para Bar com a Garota loira que não tinha prestado atenção no nome, Lucas prontamente se ofereceu para ir junto com ela interessado claro na garota Loira. Aparentemente todos ficaram vidrados nela menos eu que não achei tudo isso.
- Não sabia que conhecia a Jim?
- Ah... Conheci ela no Parque das aguas domingo passado com o pessoal do Skate – Julia falou se sentando ao lado da Biah – Vocês deviam começar a colar lá dia de Domingo.
- O que tem lá? – Biah perguntou curiosa.
- O mesmo que aqui, pessoal bebendo e agora Skate – Ela deu de ombros como quem diz o obvio.
- Quero ir ao banheiro – Jeh falou levantando do chão- Rafa vamos comigo?
- Acabei de voltar de lá – Fiz falsa manha.
- Por favor, custa nada – Pegou minha mão já me arrastando escada abaixo.
- Já volto Biah – Sai falando enquanto Jeh me puxava para descer a rua – Calma Jeh estou indo.
- Hoje eu vou ficar com Jim e você vai me ajudar – Revirei os olhos imaginado a cena das duas anãs se pegando.
Jeh era realmente baixa 1,52 de altura, cabelos pouca abaixo do ombro e negros sempre de lado com uma franja emo que não saia nunca, olhos castanhos grandes e um jeitinho todo atrapalhado, mas às vezes parecia aqueles Pinschers bravos dava até pena era minha umpa luma.
- Serio? – Falei com desdém.
- Sim.
Ela foi ao banheiro e fiquei ali perto analisando Lucas conversando todo animado sorridente para as duas garotas, analisei bem a postura delas que não representava muita coisa. Se me pedir para explicar hoje porque eu me senti tão desinteressada eu não sei responder pra mim eu era a única que não babava por elas.
Voltamos um tempo depois não sem tomar mais uma tequila e pegar mais um copo de uísque com energético. Lucas estava do outro lado da Rua conversando com Marcos o que me deixou levemente irrita, por ele ser o anjo era o mais fácil de si poluir com energia negativa ainda mais já estando meio alterado pelo álcool. Cruzei os braços olhando tudo a minha volta serio o álcool tinha efeito rápido em mim, demorava a subir e quando acontecia em uma hora estava sóbria de novo e isso me deixa irritada. Bebi mais gole do meu copo pensativa até Biah Tocar meu ombro e ter minha total atenção.
- Ta brava?
- Não, por que eu estaria brava? – Dei de ombros bebendo outro gole.
- Parece.
- Biah eu sou seria, sempre parece que to brava – Sorri
- Isso é verdade... Então quero um favor – La vem – Sabe a Fernanda?
- Fernanda – Olhei confusa sem ligar o nome a ninguém.
- A garota loira com a Jim hoje.
- Sei, o que tem? – Fernanda agora eu tinha gravado.
- Você vai me ajudar a ficar com ela – Ela falou com olhar de uma criança que pede um brinquedo novo e desejado na loja.
- Ta me zoando né? – Cruzei os braços incrédula, mal conhecia a garota.
- Não ia zoar uma coisa dessas, não é hoje – Acho que ela percebeu o motivo de eu estar incrédula ao pedido – Quero que me ajude sabe a colar essa ideia para depois entende? – Ela foi gesticulando com um sorriso safado estampado na cara.
- Biah serio? A menina parece a Barbie hetero – Choraminguei querendo fugir do pedido e não querendo me envolver na situação – Pede pra Julia que já é amiga delas.
- Não posso – Ela me puxou pra mais perto – Vou ficar com Julia hoje – Ela falou baixo como um segredo.
- Mais essa, não tenho que arranjar nada entre vocês hoje né? – cocei a cabeça em sinal de irritação.
- Não, Não já esta no esquema Rafa desde quarta-feira – Ela deu um tapinha leve no meu braço.
- Ótimo – Falei satisfeita em não me envolver nessa situação – Sabe pelo menos se a menina curte?
- Bem ela anda com Jim e ela com a Julia no mínimo são Bi – Deu de ombros.
- Não sei por que isso não me parece muito confiável – soltei irônica.
- Da um desconto vai? – Ela apontou para o outro lado rua embaixo das arvores – A Jeh já confirmou metade da historia.
Olhei onde ela apontava e vi as duas anãs se beijando timidamente encostadas na arvore, Jim poderia até ser do nosso time mais minha intuição dizia o contrario da Tal Fernanda. Lucas e Biah interessados na mesma garota mais quem ia levar? Poderia trapacear e usar minha super persuasão, mas não seria justo.
- Não garanto nada sobre a tal Fernanda – Olhei buscando a loira pelo pessoal ali enquanto virava o liquido do copo todo de uma vez.
- Relaxa temos tempo pra você ajeita essa – Ela falou depositando toda a confiança em mim.
- Você vai ficar me devendo essa – Soltei um suspiro claramente insatisfeita com o pedido.
- Te dou um beijo e ta tudo resolvido – Ela picou sacana.
- Não pense que será tão fácil assim – Sai andando.
- Onde você esta indo?
- Começar meu trabalho.
Fui até o bar pegar mais uma bebida aproveitar pra procura a menina e não vi até a o caminho de ida. Já na volta vi ela sentada lá perto nos bancos na rampa sentada no chão conversado com um rapaz de cabelos médios cacheados e roupa largada, respirei fundo juntando toda disposição mas naquele momento olhando pra ela eu a detestei muito, não sei o motivo mais vê-la ali me fez querer sair correndo para outro lado. Ela parecia feliz demais, meiga demais irritante. Subi os degraus e fui na direção dos dois.
- Cadê a Gabes? – Perguntei casual.
- Não sei – Olhou em volta procurando – Ela estava aqui agora pouco.
- Verdade – O rapaz olhou em volta junto com ela – Vou procura-la, Preciso falar com ela já volto – Ele se levantou – Caso eu não volte aparece lá no Domingo é legal – Ela assentiu com um sorriso gentil e pude ver ela usava aparelho por isso das bochechas fofas.
- Domingo? – Perguntei curiosa.
- Ah... O Role do parque das aguas, os meninos estão me chamando só que... – ela pareceu pensar em algo e excitou em continuar a frase – não sei... Não to muito afim entende?
- Acho que sim – Sentei ao lado dela – Mas eu não estou afim por causa do pessoal que vai e você? – Tinha que fazer amizade com ela mesmo me parecendo que a resposta dela seria de mimada.
- Meu problema não é a Galera – Ela começou a enrolar a alça da mochila e desviar o olhar com quem escolhe cuidadosamente cada palavra – Só não vejo muita utilidade nisso aqui, sair, beber, beijar essas coisas entende?
Aquilo realmente me surpreende pensava do mesmo jeito, mas com o tempo consegui me abstrair isso da minha mente fazer como os outros. No inicio eu sentia o vazio, um vazio existencial como se faltasse alguma coisa é estar nesses lugares era uma forma de acabar com isso. Sentia que somente quando eu fosse a esses lugares encontraria o que poderia levar ao fim de uma busca da qual eu sem sabia o que realmente buscava.
- De certo modo entendo – Sorri tentando mostrar gentileza e ela retribuiu.
- Sabe não é que não goste... não sei se vou encontrar o que estou procurando agora?
- E ta procurando o que exatamente? – Perguntei curiosa
- Vou saber quando achar – Ela deu de ombros sorrindo.
- Sobre o que estão conversando? – Lucas perguntou subindo a rampa e sentando perto dela.
- Sobre busca – Ela falou sincera.
- Que tipo de busca? – Ele indagou com voz meio mole.
- A busca do vinho que vou fazer agora - Pegou a mochila e levantou rapidamente.
- Quer companhia?
- Não precisa Lucas – Ela olhou docemente para ele e eu queria vomitar naquele momento céus! Não ia conseguir há poucos segundo ela conseguiu me fazer ter interesse e pensar não ser uma tarefa árdua e fútil mas agora tudo voltara a futilidade – Já volto.
O tempo passou e eu fique calado... ops... Brincadeira. Mas o tempo passou e ela não voltou sai dali e fui na linha do trem procurar alguém já que todo mundo sumiu após enfiar a língua na garganta uma das outras. Encontre a Jim com a Julia sentada no trilho e fui até elas.
- Cadê a Jeh e a Biah?
- Elas foram ao banheiro agora pouco – Jim parecia levemente alterada esbanjando sorrisos – viu a Nanda?
- Sim, ela foi pegar um vinho bar, mas faz um tempo.
- Vou trazer ela pra cá – Ela levantou meio torta – ás meninas estão voltando.
Virei meu corpo e dei de cara com ela vindo cuidadosamente pelo trilho com copos plásticos na mão.
- Se vocês prometerem ficar aqui eu procuro a Fernanda e trago ela aqui – Ofereci constatando que ela não seria capaz de tal tarefa.
- Vamos ficar aqui prometo – Ela sentou.
Virei-me indo para a saída na grade até ouvir os Gritos de Bianca.
- Onde você vai?
- Já volto – Gritei de volta acenado.
Olhei em volta na rua e tinha muitas pessoas agora bem diferente de quando chegamos, olhei na direção das arvores próximo a grade e ela sentada mexendo com um graveto no chão, a bolsa sobre o colo e copo cheio no chão próximo a ela. Fui a passos vagarosos na direção dela e por um segundo eu tive pena de vê-la ali sozinha.
- Você foi fazer o vinho? – Cruzei os braços dando um tom de brincadeira.
- Eu voltei, mas você não estava mais ali – Ela levantou a cabeça para me fitar ali de pé – E não achei mais ninguém.
- Eu fui procurar as meninas.
- Onde elas estão?
- No trilho – Apontei.
- É eu não olhei lá – Ela continuo a desenhar no chão e isso me deixou curiosa, como ela podia ser simpática carismática e ao mesmo tempo tão desinteressada e solitária.
- Ta tudo bem? – Perguntei mais seria como se me preocupasse com o estado dela.
- Quando alguém pergunta isso na verdade não quer uma resposta sincera é na verdade uma pergunta automática para amenizar o clima de desconforto com resposta pronta – Ela me fitou por poucos segundos e desviou o olhar para as pessoas rindo próximo a um carro na rua.
- Todas as vezes que eu pergunto isso é sincero – Sentei ao lado dela e olhei os prédios da cidade pela grade – quero saber se algo está errado.
- Então você é raridade.
- Acha que seus amigos, sua mãe perguntam isso no automático? – Me perguntei o porquê dela estar falando aquelas coisas, mas tinha minha suspeitas e até balancei a cabeça internamente.
- Meus amigos sempre, minha mãe talvez – Ela deu de ombros – Não é por maldade é apenas que fazemos no automático.
- E então você está bem? –Insisti.
- Se eu disser que não? – Ela me encarrou seria.
- Eu te perguntaria por quê?
- E se eu não quisesse te dizer?
- Eu diria que poderia confiar em mim – Na real ninguém devia confiar em mim, mas espantosamente as pessoas se abriam livremente para mim então eu ouvia desde o Clã isso tinha aumentado muito.
- Dizer isso não iria ajudar muito – ela sorriu gentilmente e naquele sorriso eu poderia jurar que conhecia.
- Às vezes sim.
- São coisas bobas – Ela soltou um suspiro como se tirasse o peso das costas.
- Nada é bobo se te afeta.
- Fala a real você quer ser psicóloga? – indagou divertida.
- Não – Tentei passar toda a sinceridade naquele simples não.
- Parece – Ela olhou os prédios como se pensasse em algo, ela parecia não conseguir me encarar por muito tempo.
- Você esta sendo evasiva e fugindo de justificar a resposta para minha pergunta.
- Isso é uma coisa que só quem pergunta pra valer iria notar – Ela apoiou a cabeça sobre a mão e deixou seus cabelos loiros sacudirem me encarando docemente como quem se encanta por algo. Podia ver claramente seus olhos castanhos claros como mel me fitando curiosos – Vamos até as meninas?
- Tem certeza que quer encerrar a conversa? – Questionei com uma ponta de preocupação.
- Tenho – Ela pegou o copo e tomou um pequeno gole e levantou – Vamos.
Levantei e fui seguindo ela ate abertura da grade, segurei o copo dela para ela se apoiar e passar pelo furo na grade.
As meninas estavam rindo alto e pareciam realmente alteras pelo álcool .
- Finalmente – Julia gritou.
- A volta das que se perderam? – Jeh brincou.
- Por que vocês duas sumiram tanto tempo hein? – Jim falou maliciosamente.
Biah lançou um olhar fuzilante para mim e neguei com a cabeça rapidamente esperando que ela entendesse o recado.
- Estava conversando – Fernanda falou simples bebendo um gole do copo.
- Conversando? Sei? – Ela sorriu – É um código pra outra coisa?
- Não – Tomei a frente – Conversando como agora.
- Ta bom – Biah sentencio.
Sentamos junto delas e conversamos amenidades.
Continua...
Fim do capítulo
Desculpem minha ausencia mas o Enem ta batendo na minha porta e eu precisava tirar um tempo pra estudar.
Espero que esse capitulo aplaque a minha ausencia se alguem notou ahuhaua
bjs
Ps: Pra quem ta no mesmo barco que eu Boa sorte nas provas.
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