Drama e Humorismo
Em um barzinho no centro de São Paulo, o garçom se aproxima da mesa 7 e diz:
- Aquela moça loira, acomodada na mesa 11, pediu para entregar este bilhete.
- Obrigada! (Adélia agradeceu pegando da mão dele um pedaço de papel que estava dobrado).
O garçom se retira e volta a atender os outros clientes que estavam no estabelecimento.
Na mesa 7, Adélia estava em dúvida se abria o tal bilhete. Helena, que estava sentada ao seu lado, já estava morrendo de curiosidades.
- Adélia, você conhece a loira que te mandou este bilhete? (Investigou).
- Sim! Já saímos juntas algumas vezes e tivemos um rolo intenso.
- Muito bonitona (falou observando a mulher da mesa 11).
- Concordo. Ela também é interessante e intrigante.
- Amiga, você não vai ler? (Quis saber apontando para o papel).
- Estou criando coragem (revelou entornando a cerveja que restava no copo).
- Bebeu tudo de uma vez, agora vai! (Helena zombou).
Passado mais alguns segundos, Adélia finalmente desdobra o papel.
- Não acredito que fiquei aqui morrendo de curiosidade em vão (reclamou Helena que espiava o bilhete).
- Qualquer dia sua curiosidade te mata! (Afirmou Adélia).
Por longos minutos, as duas amigas ficaram em silêncio observando a loira da mesa 11, que se levantou, empurrou a cadeira, pagou a conta e em seguida deixou o bar.
- Me explica! O que isso significa?
- Complicações femininas (disse Adélia completando o copo com mais cerveja).
- Criatura, não tem nada no papel. Totalmente em branco; com nada escrito.
- Deve ser porque brigamos da última vez que ficamos e nem estamos nos falando.
- E eu achando que meus rolos eram complicados. Amiga, se benze!
- Já estou acostumada. Tem mulher, que só pela Deusa, haja paciência.
- Sendo assim, vamos continuar bebendo.
- Um brinde a nós que habitualmente estamos “de copo sempre cheio, coração vazio”.
Fim do capítulo
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