Milena~

O dia acordou maravilhoso, apesar de dormir em um quarto de hotel, eu estava amando o rumo que as coisas estavam tomando, nunca me senti tão viva em toda minha vida. Acordei e fui correr na praia, pus minha viseira, um óculos de sol, meus fones, um short tactel curto, tênis e um tope. Enquanto corria, sentia o vento bater em meu corpo me mostrando o quanto era bom estar viva e amando, o cheiro das coisas eram mais intensas, a brisa que vinha do mar me revigorava. Sentei em um quiosque e tomei uma agua de coco, algumas meninas "conhecidas" minhas passavam e me cumprimentava. Depois de uma corrida linda e uma parada melhor ainda, voltei pra casa. Tomei meu banho, Laura ainda dormia em mina cama. Fui ao banheiro e fiz minha higiene, quando saí pedi ao serviço de quarto o café da manha e fui vestir uma roupa. Pus uma calça social colada no corpo, uma blusa branca social e bem justa em meu corpo. Coloquei meu relógio, meus brincos e fiz uma maquiagem de leve, para complementar o look só faltava o blazer e o salto. Fiz um coque em meu cabelo, pois aquela manhã em Miami estava um calor. Laura ainda permanecia dormindo, olhei no relógio e já chegava as 08h00min am, tinha que acorda-la, ate pra ver o que ela faria hoje.

Sentei ao lado em que estava deitada na cama, ela dormia de lado, a coberta estava embaixo de seu braço esquerdo e suas duas mãos embaixo da cabeça, era uma cena muito apaixonante, não resisti e retribui beijos por seu rosto - Lau, acorda - ia beijando mais - baby, vamos - dei uma mordida em seu lóbulo

- se todos os dias você me acordar assim, eu vou ficar mal acostumada - ela disse ao abrir os olhos e me encarar com aquele sorriso lindo.

- adoro mimar você - dei um beijo em seu pescoço

- hmmmmm - saiu uma voz rouca - acordou animada em dona moça - ela semicerrou os olhos e me encarou

- claro, não sei se te contei, mas agora eu to tendo sex* casual com uma amiga ai - dei uma mordida em seu lábio.

- me conta quem é essa mulher que esta te deixando assim todos os dias - ela sussurrava em meus lábios - quero um pouco disso pra mim - descia beijos por meu pescoço

Eu me entregava a cada toque seu, mas ao abrir os olhos e encarar o relógio a minha frente o sangue voltou a circular - amor não vai dar - eu falava, mas ela não parava de beijar - serio querida, precisamos trabalhar - meus olhos reviravam e ela não parava de me beijar

- querida, você é tão linda, tão gostosa - suas mãos desciam pela minha perna, e pelo meu pescoço. - seu cheiro é tão magnifico - sussurrou em meu ouvido e mordeu a cartilagem

- baby, por Fa...faa.. vor - meu coração estava acelerado - você sabe que não resisto - tentava sair, mas ela me puxava mais. Tirou a coberta de seu corpo que estava desnudo em baixo dele, pôs a perna direita em meu colo e a esquerda pelas minhas costas, me dando uma bela chave de perna. Minhas mãos alisavam suas coxas e minha língua ficava em contato com a sua. As coisas esquentaram demais, a puxei bruscamente para meu colo, não tinha nada tampando seus pedaços de pele, o que me excitava. Ela praticamente rebol*va em meu colo, e minhas mãos estavam em sua bunda e em seu peito. Quando estava tudo praticamente perdido, queria sair de seu beijo, mas meu corpo não reagia de acordo com minha mente, mas fui salva, a campainha toca me salvando.

Abro um largo sorriso entre os beijos - nem pense amor, aqui ta tão bom - ela me dava selinho e o sorriso não saia de minha boca

- preciso abrir - falei retribuindo o beijo

- não precisa - descia os beijos pelo pescoço

- é nosso café - respondi sentindo arrepios em meu corpo pelos beijos. Novamente a campainha tocou - querida é serio, depois terminamos - dava pequenos tapas em sua bunda.

- ok - saiu de meu colo contrariada - vai lá com seu café - deitou de pernas abertas em minha frente

- eu te odeio - falei levantando e indo pegar o café

- eu sei - ela respondeu.

Abri a porta e tinha um rapaz que, aparentava ser novo, na porta me esperando - oii, bom dia, desculpa a demora - falei sem graça

- não precisa se desculpar senhora. - falou educado

- por favor - dei passagem e ele entrou. Minha bolsa estava em cima do balcão e eu pegava o dinheiro na carteira para dar a gorjetas. Quando percebo que não tenho trocado e olho para ele que esta arrumando o café na mesa - você tem trocado? - pergunto

- não senhora - ele respondeu ainda colocando as coisas na mesa

- poxa não tenho trocado, como dou a gorjeta? - perguntei pra mim mesmo

- senhora aqui não aceitamos gorjetas - ele falou e levantou a cabeça. Vi seus olhos percorrerem o corredor e sua cor faltar, olhei para o corredor e vi a Laura passa para o banheiro pelada.

- gata não é? - perguntei sarcástica

- sesesenhora, eela éééé muitoto - pigarreou.

- Faz o seguinte, só tira os olhos por aquilo tudo tem dona - sorri sarcástica.

- sim senhora - abaixou a cabeça - me desculpe eu não queri... - se explicava

- naoo - fiz sinal de pare com a mão - tudo bem, agora tome isso aqui - dei 50 dólares - e vaze. - ordenei.

Laura tomou banho e veio em minha direção, eu a esperava para o café.

- hmmmmm, só tem comida boa - ela falou

- é - respondi

- que foi? - perguntou

- nada não - olhei pra ela e passei a língua pelos dentes dentro da boca

- hmmm sei - ela me olhava e eu colocava o café - anda, desembucha - fez sinal de pressa com as mãos

- não sei Laura, - abri um pão - talvez seja porque minha namorada estava pelada - passava manteiga - e ela não percebeu isso, então começou a se exibir no corredor - coloquei queijo e presunto - e um rapaz de aproximadamente 22 anos ficou secando ela enquanto ela seguia para o banheiro - mordi o pão - então não é nada - falei de boca cheia, dando de ombros e mãos. Senti seus olhos revirarem e ela segurou meu pulso tirando meu braço de minha frente que a impedia de se sentar e sentou no meu colo

- amor larga de coisa - me olhava, passando suas das mãos em meus cabelos  

- o que você faria? - olhei em seus olhos

- mataria ele - apertou meu queixo

- sai do meu colo, to com raiva de você - bradei

- para, tava brincando - deu um selinho ­- e ele não viu muita coisa - ela pegou o pão de minha mão e sentou na cadeira ao lado

- não viu porque eu não deixei - tomei um copo de café - e você sabe como homem é, eles não respeitam as mulheres - comia as frutas

- querida, me desculpa, eu não vi e se tivesse visto ia ser um constrangimento para mim - passava seus pés dentre minhas coxas

- larga disso, porque agora não to pra gracinha - falava de boca cheia

- sabe que eu te acho um tesão de roupa social?! - tinha um olhar sexy e sedutor

- sabe que eu te acho um tesão vestida da cabeça aos pês na frente dos outro - arqueie as sobrancelhas

Ela sorria e eu estava uma pilha de nervos - já que estamos abordando o tema ciúmes - ela enchia um copo de suco - já avisou a suas ex-namoradas que são todas piranhas, que você não ta pra peixe? - bebeu um gole

- na verdade irei fazer isso hoje - tomei um gole de café - vou mandar uma cartinha pra todas, avisando que fisguei uma sereia - sorri, encostado um dando um selinho nela.

- acho bom - apontou o dedo pra mim sorrindo.

- agora eu preciso ir - levantei-me e fui ao balcão

- já, amor? - falava com voz manhosa

- sim baby. - certifiquei algumas coisas em meu celular. Calcei meu salto, peguei meu blazer e minha bolsa - preciso ir agora amor - fui a sua direção e dei um selinho.

- não quero deixar você ir agora - ela segurou minha mão me impedindo de andar

- amor é serio, tenho reuniões hoje, preciso ir - falei dando passos para trás. Ela se levantou, colou seu corpo ao meu e me seguia ate a porta, eu andando de costas e ela com os braços em minha cintura

- você ta tão sexy nessa roupa - ela me comia com os olhos - não vou deixar você sair daqui - balançava a cabeça em confirmação com uma cara safada

- unhum - rodei a maçaneta

- tira essa roupa - falava baixinho

- gosto dela onde esta - me escorei na porta a abrindo

- mas eu não - ela abriu um botão da minha blusa e beijou cada seio

- preciso ir querida - sai do ap e a empurrei para dentro e puxei a porta rápido. Segui para o elevador correndo, pra não correr risco de voltar. Desde o final de semana que a Laura não dorme em casa, e eu precisava muito de uma casa pra mim.

Segui para o escritório, pois tinha muito trabalho a fazer.

- bom dia Gloria - sai do elevador falando

- bom dia senhorita Milena - ela me cumprimentou

Eu segui pra sala e me tranquei, tinha muito que fazer. Gloria me passou algumas coisas por e-mail. Tinha contratos a assinar, algumas obras para autorizar e uns projetos pra confirmar e revisar. A manhã estava cheia, e a Gloria como parecia que sempre me conhecia entrou em minha sala as 10h00min am com um café na mão

- sei que você vai passar o dia sem comer - se aproximava de minha mesa - então trouxe um lanche - ela trazia um café e umas rosquinhas

- cara eu te amo tanto - meus olhos brilhavam ao ver aquele lanche - tava morrendo de fome, mas não teria como sair pra comer - falei pegando uma rosquinha do saco.

- fiz um pedido de rosquinha, deixaram lá na cozinha agora, resolvi trazer pra você - sentou a minha frente - mas preciso te contar o que eu ouvi - sussurrou

- unmmm o que? - minha boca cheia

- sabe quem teve aqui na segunda? - me encarou

- an an - balancei a cabeça negativamente

- a Camila - me encarou

- an? - franzi o cenho

- sim minha filha, - Gloria adorava uma boa fofoca.

- ela deve ter vindo pegar algo que esqueceu - tomei meu café

- mas não é só isso, ela veio aqui na sua sala atrás de você - juntou as sobrancelhas

- não vamos nos precipitar Gloria - a adverti

- você a conhece e, sabe como ela é. Você bem sabe - me advertiu

- eu sei, vou tomar cuidado depois da ultima ela pode aparecer para dar a doida - rimos

- mudando de assunto, Ryan esta encantado com o William - comentou

- e acho que é reciproco - mordia meinha segunda rosquinha

- será??? - ela fez cara de interrogativa

- tenho certeza - comentei rindo

- me deixa ir, tenho que mandar aqueles contratos ao Pedro que você me pediu - se levantou e saiu.

Eu fiquei pensativa enquanto a Camila, ela não é má pessoa, só é um pouco desmiolada.

 

>> 2 ANOS ATRAS

- vamos lá Milena mais um copo - Ryan gritava

- não, não, eu não aguento - dizia feliz e levemente alterada.

- qual é, vai pedir arrego agora? - Amy pergunta

- não, mas é que o mundo ta rodando - minha voz de embriagues

- bora menina da mamãe - Gloria me desafia

Estávamos em um Pub, tomando umas depois do expediente, era sábado a noite e resolvi sair com o pessoal e uma das modelos que estava trabalhando com a gente, na verdade tava saindo com ela já fazia um tempo. Estávamos em uma mesa redonda e bebíamos dose de tequila pura. Ryan com a gravata folgada, eu já nem mais estava com a minha, Gloria estava a vontade e a Amy também.

- gente, vou ao banheiro - anuncio

- quer que eu va? - Amy sussurra em meu ouvido

- não precisa gata - sussurro de volta e beijo seu pescoço.

Sigo para o banheiro e ao voltar dele me bato com uma pessoa

- opa, me desculp... - encaro a pessoa

- droga, que porr* você ta pens... - ela me encara - oi Milena, me desculpa eu tava aqui corre...

- Camila, iai? - uma pessoa chega falando

-oiii, - ela virou para um rapaz que não era feio. Eu não tive nem como falar nada com ela, fiquei inerte

- vamos - ele pegou no braço dela e ela o puxou.

- não vou a lugar nenhum - passou o braço por meus ombros - Bryan essa é a Milena - me encarou. - minha namorada! - travei. Fiquei tão sem reação quanto o menino.

- nananamorada? - gaguejei

- amor esse é o Bryan, aquele garoto do meu curso que lhe falei - ela falava tudo ao natural.

- oi Bryan, prazer - estirei a mão.

- oii Milena, prazer - ele apertou minha mão.

- ela é linda não é? - ela perguntou e me deu um selinho

- mais linda pessoalmente, você descrevendo ela nem parece que é isso tudo! - ele dizia encantado

- linda, anda falando de mim pra seus amigos? - questionei, ao entendi o porquê dela falar de mim para os amigos.

- só o quanto eu tenho uma namorada linda e amigável - alisou meu rosto e me deu mais selinhos. 

- então é isso, já que você encontrou sua namorada eu vou indo - o rapaz falou

-NÃO - gritei e fiz sinal desesperadamente de pare pra ele

- o que? - ele me perguntou assustado

- vovoce veio como? - perguntei a Camila sem jeito

- vim com ele - apontou ao rapaz.

- ela esta meio alterada - ele me advertiu

- to vedo - dei um riso amarelo - mas você pode deixar ela em casa! - fui empurrando ela em sua direção

- não amooor - ela gritou contrariada comigo - vou ficar com você - sorria

- acho melhor não querida - dei dois tapinhas sem jeito em seu braço.

- eu te deixo em casa, - o rapaz falou

- não - ela brigou mais um vez e pra minha sorte o som estava muito alto. Veio ao meu ouvido e sussurrou - ele é tarado, não me deixa só com ele. - implorou

Não tive outra alternativa - deixa que eu levo ela - dei um riso amarelo. O rapaz se despediu e seguiu. "e agora, o que eu faço?" eu pensava. Camila estava muito bêbada e rindo atoa. Aproveitou-se da situação constrangedora e me beijo o que eu fiquei irritada. Ryan me via de longe pra minha sorte e com um sinal indiquei que ia levar a Camila e depois voltava, e foi o que eu fiz. Fui de taxi e voltei de taxi..

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2 dias após o acontecido

- senhor Fernando chegou - avisa Gloria e mesmo já entra na sala.

- e ai? - levantei de minha cadeira o cumprimentei

Sentamos em uma salinha que tinha dentro de minha sala, estávamos tratando de negócios e tudo estava tranquilo ate o mesmo dizer que a filha comentou que estávamos namorando, eu engasguei com meu suco

- sesenhor, eeeu e sua filha não estamos namorando - falei sem jeito me ajeitando na poltrona

- eu sei - bateu a mão no ar - você não namoraria ela - ele completou

- senhor, não que sua filha seja feia, pois ela é muito gata - pigarrei - com todo respeito, mas é que eu não sou Fã de relacionamentos - bebi minha bebida

- tranquilo filha - ele ria de meu desespero

Não fiquei confortável ao saber o que ela andava falando. Primeiro ela falava de mim no curso e que éramos namoradas e depois inventa isso para o pai.

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7 dias após a festa

- me bate - Amy pedia

- você quer é? - minha voz embargada de tesão

- quero! - rebol*va sua bunda em meu sex*. Suas mãos estavam presa na maçaneta da porta de meu quarto e sua bunda esticada para trás - bate - pediu mais uma vez

Não me fiz de rogada e meti o tapa naquela bunda perfeita, ela gem*u e mesmo assim pedia mais. Eu estava de calça e com sutiã, ela estava com uma lingerie de tirar o folego. Assim como eu, ela curtia algumas coisas no sex*. - me come - gritava. Sem piedade enfiei dois dedos com força o que a fez gem*r de dor e eu não parei ate ela goz*r em meus dedos. Desamarrei suas mãos da maçaneta e a encaixei em minha cintura, beijava sua boca e descia pelo seu pescoço. A deitei na cama. - vai me meter de verdade agora? - ela me provocava. Dei um riso de canto, quando eu pensei em fazer algo a campainha toca.

- droga - resmunguei e fui ver quem era. Pra meu total desgosto era a Camila - ahh você - resmunguei - o que você quer? - perguntei fria

- falar com você amor - ela era sínica. Nem a convidei e ela já foi entrando

- fala logo Camila - fechei a porta e a encarei

- queria saber qual a nossa posição? - me encarava

- o que? - perguntei incrédula.

- estamos namorando e você me deve explicações! - ela cruzou os braços

- você é louca? - fiz o sinal com a mão - nós - apontava pra ela e pra mim com raiva - nunca tivemos e nunca vamos ter nada.... ooooo sua maluca - bradei

- olha aqui Milena você é min... - no terminou a frase, pois a Amy entra na sala

- gata quem é? - ela encara Camila

- o que essa puta faz aqui? - Camila se altera e ergue o dedo para Amy

- como é que e? - Amy pergunta incrédula

- você! - apontou para a mesma

- Camila, chega - fui a sua direção, mas mais rápido que um raio solar ela avançou em cima da Amy e começaram uma briga. Eram puxões de cabelos, xingamentos e arranhões. Eu tentava a todo custo tirar a Camila de cima da Amy, e a mesma não saia por baixo dava boas porr*das na Camila e eu não impedia. Consegui tirar Camila das mãos da Amy, abri a porta e fui para um corredor que da para o elevador

- VOCÊ É LOUCA - gritei

- você esta me traindo - ela esbravejava

- vai se tratar e me esquece - chamei o elevador - vai, é melhor pra todos - ela chorava, estava escabelada e toda arranhada.

 

Camila~

- sim pai e como eu fico? - perguntava ao meu pai, que estava em seu escritório.

- não sei Camila, você é formada, vá atrás de uma empresa - ele estava bravo

- o que eu fiz? - perguntei incrédula

- você irritou tanto a Milena, a ponto de ela te demitir e nem minha voz dentro da empresa vai fazer você voltar - ele estava bravo comigo, mas mantinha a calma

- ela que não suportou quando eu disse que não a queria, pai - falei

- me poupe Camila, a Milena nunca te deu bola - ele desviou os olhos do jornal.

- eu terminei com ela e depois daquele dia, ela vivi correndo atrás de mim - fiquei irritada - eu não a quero de volta e ela me assediava - falei.

- chega -foi grosso - não fale assim dela, ela não seria capaz - ele brigava comigo.

- o senhor que sabe pai, mas acho que você vai descobrir a verdade cedo ou tarde - levantei-me

- seu primo já tomou seu lugar, conversei com a Milena e ela o amou - ele fumava seu cachimbo

- que bom - desdenhei - e como ela esta? - perguntei

- não sei - lia o jornal - e mesmo se soubesse não é de sua conta - tragou o cachimbo

Sai pisando firme e com muita raiva.

 

Laura~

Depois de sair da casa da Milena, fui direto para uma reunião.

- iai, com ta o romance? - pergunta Diana

- vai tudo taaao bem - minha voz melosa. Eu segurava minha bolsa preta

- to vendo - ela ria

- to tão apaixonada por aquela cabeça dura - suspirava feliz

- eu imagino - ria - pra quem queria mata-la, agora acho que é de outras coisas - desdenhava

- hahahaha, sim. Você se esqueceu de que onde tem ódio, tem amor? - arqueio a sobrancelha

- muito inclusive - rimos

 

Milena~

Depois de um lanche incrível e de memorias de merd*, evolui no trabalho. No horário de meio dia a Gloria passa a ligação da Laura

- oi querida - falo

- oi amor - ela diz bem sorridente - já almoçou? - perguntou

- não, não e você? - via alguns papeis ainda

- que tal ir almoçar comigo? - perguntou

Soltei os papeis e me escorei na cadeira - acho que não! - respondi

- porque não? - ela me surpreendeu ao entrar na sala

- o que? - disse surpresa

- vamos? - me encarou com uma cara sexy e a Gloria veio atrás

- senhora me desculpe, tentei impedir - disse sínica

- eu imagino - fiz cara feia

- anda - deu pressa

- isso é um sequestro? - franzo o cenho

- e relâmpago - ela vem atrás da mesa e me da um selinho - vamos, to com fome - insistia.

- ok - ela sorriu, peguei minha bolsa e meu blazer.

Seguíamos para o almoço, eu não sabia para onde íamos, pois era um sequestro e relâmpago.

- vamos almoçar onde? - perguntei passado a mão em sua coxa, por cima do jeans

- hmmmm - olha com atenção a estrada - surpresa! - falou com espontaneidade e sorriu pra mim e eu retribui

- ok então... - levantei as mãos em rendição - contanto que eu não seja o prato principal - dei de cabeça

- como é? - ela ria - quer dizer que não quer seu meu prato principal? - franziu o cenho e ria

- vovoce sabe que sim - ri - mas agora? - balancei a cabeça negativamente - melhor não - apertei sua coxa

- ok então - focou na direção.

Em menos de minutos estávamos chegando a um restaurante italiano perto da praia, ela como boa garota que é, já tinha reservas. Sentamos na "varanda" do estabelecimento com a vista para o mar. O garçom anota nosso pedido e como aquele dia estava um calor, dobrei as mangas da minha camisa social branca ate perto do cotovelo. Sentada com as pernas cruzadas fora da mesa redonda, bebia minha agua com gelo e a Laura a dela.

- então - ela bebe um gole da agua e me olha - como vão as coisas no tralho? - colocou o copo em cima da mesa

- sabe - meu dedo indicado rodeava a boca do copo - vai tudo tranquilo - olhei e sorri pra ela

- tranquilo como? - cruzou as pernas e me encarava com o copo em sua mão

- tenho mil coisas pra fazer, papeis pra assinar - meus olhos sorriam quando eu a olhava - tenho que fazer um condomínio imenso - me ajeitei na cadeira apoiando meus braços na mesa - você precisa ver, as casas são todas mansões - gesticulavas com as mãos - e eu tenho que fazer uma por uma. Deve ser em torno de umas 43 ou mais mansões nesse condomínio - bebia a agua

- que maravilha amor - ela se apoiou na mesa e segurou minha mão - eu vejo como é lindo seu amor por seu trabalho - alisava as costas da mesma

- é - sorri - mas falando de amor ao trabalho, como vão as coisas? - beijei sua mão

- ahh você sabe... - suspirou - ensaiar, escrever, gravar - falava sorrindo de lábios

- e tem previsão pra viagens? - perguntei receosa

- ainda não - sua voz saiu fraca

- eiiii - apertei sua mão e ela sorriu - o que foi?

- eu acho que vamos entrar em uma turnê - arqueou uma sobrancelha e sua face estava tensa

- sim... - a olhei intensamente - e o que mais?

- você sabe, muitos dias longe de casa, viagens de país em país e por ai vai - ela estava tensa, visivelmente com medo

- ok amor, isso é bom não é? - tentei passar segurança, já sabendo o medo dela

- amor, eu posso viajar pra China e o Japão e passar dias fora de casa - falava incrédula

- sim, eu sei. E qual o problema? Você não ta feliz? - alisava de seu braço a sua mão

- sim - sorriu - eu amo o meu trabalho, mas é que... - ela pausava

- amor... - segurei seu queixo fazendo olhar pra mim - não tem mais "o que" é seu trabalho e eu fico muito orgulhosa de te ver nele, quando você canta eu sorrio - ela me olha apreensivamente - ate as gorduras de minha barriga sorriem - apontei para a mesma e ela sorriu

- para de ser besta - me puxou e deu um selinho

O almoço chegou e fomos matar o desejo de encher a pança. Era uma típica receita italiana o que eu amava. Conversávamos sobre muitas coisas, comentei ate que o Ryan poderia estar apaixonadinho e ela disse que o Jeff apareceu com uma conversa de que conheceu o "homem de sua vida" e que ele salvava vidas.

- tenho alguns minutos ainda - falei olhando para o relógio

- então vamos caminhar pela calçada - ela se levantou e me puxou pela mão.

Seguimos caminhando de mãos dadas, nunca tinha feito isso. Senti alguns paparazzi tirando fotos, mas ela não se incomodou e eu muito menos. Ela ria, batia de ombros comigo. Era nítida sua felicidade, mas não sabia se era mais que a minha de ter uma mulher daquelas comigo.

- então, qual a primeira cidade que vocês vão? - pergunto

- não sei ainda, vai sair à programação - ela dizia cabisbaixa.

- amor - chamo sua atenção, e passei andar de costas e virada pra sua frente - eu to muito feliz com você, to orgulhosa de quem você é. Você vai viajar a trabalho e eu sei, como eu viajo também - a puxei pra um beijo - isso é bom que dá espaço pra sentir saudades - falei sorrindo entre os beijos e caminhando pra trás.

- você é inacreditável - me beijava e caminhava comigo - eu te amo tanto minh... - ela nem terminou a frase, pois sem querer me bati em uma senhora que estava sentada no chão da calçada

- me desculpe senhora - pedia desesperadamente, pegando um copo com seus dinheiros e colocando todos dentro novamente

- que isso minha filha, não tem problema - Milena vê que ela segura uma placa escrita "ajude-me", ela se sensibilizou e tirou uma nota de 50 dólares e a deu

- senhora, tem uma nota de 50 dólares em seu copo - Laura a avisa e a senhora volta sua atenção a ela. Percebo que seus olhos são praticamente todos brancos e então me cai a fixa de que ela é cega.

A senhora tinha uma cara muito seria, mas agradeceu, seu cachorro estava ao seu lado, assim como algumas roupas e comidas de lixo, me deu uma pena ninguém merece passar por isso. Ela tinha cara de que morava na rua, eu queria ajuda-la já que ela era cega, poderia perder os dinheiros facilmente, pois tem gente ruim na vida.

- me desculpa mais uma vez, eu estava andando de costas e não a vi - peço desculpas mais uma vez, mas a senhora nada diz e continua com a cara fechada. Eu estava de coca conversando com ela e Laura em pé ao meu lado. Sinto a mãos de Laura apertar a minha, como quem pede "vamos embora". Olhei em seus olhos e assenti com a cabeça - então é isso, me desculpe - ia levantando, quando sinto uma mão me puxar novamente para baixo, e para não cair, apoio com minha direita no chão, já que ela puxou a esquerda e praticamente colou nossos rostos. Ela nem parecia cega, olhava dentro dos meus olhos como quem podia ver minha alma, me arrepiei de cabeça aos pês.

- nunca vi duas almas tão teimosas em toda minha vida - a senhora falava áspera

- como assim? - pergunto

- vocês duas não podem ficar juntas, todos sabemos disso e ate vocês. O universo trata de colocarem uma em cada lado do país, mas acabam se encontrando. Em nenhuma vida você poderão ficar juntas, coloquem isso na cabeça de vocês, pois em todas as vidas passadas tudo terminou em tragédia - ela dizia com firmeza

- como é que é senhora? - Laura fica assustada

- se separem enquanto ainda é tempo, antes que pessoas inocentes morram, siga sua vida longe dela - olhou para Laura - e você - apontou pra mim - va atrás de outra. - gritava

- eu acho que a senhora não bate certo em - falei o que fez ela me puxar mais pra perto de si e colar sua testa a minha

- na vida passada lhe colocaram como filha de um pirata, e ela como filha de um rei, vocês nunca iam se encontrar ai vocês com tanta teimosia se encontraram e acabaram ficando juntas, mas quando os pais de ambas souberam, foi guerra. O pai dela por não aceitar a filha gostar de uma mulher ainda mais pirata, e seu pai por ver o desprezo do seu sogro com você - ela jogava aquelas informações em cima de mim - você morreu e ela ficou em uma dor profunda pro resto da vida, casou com quem não amava e foi infeliz - apertou meu queixo.

Laura rapidamente me puxou - a senhora é louca - olhava pra mulher

- o que a senhora quer dizer? - pergunto

- se vocês continuarem juntas, já, já irão saber - abaixou a cabeça balançando negativamente - muitos acham que só o amor é capaz de aguentar, mas nunca é o suficiente. Pois tem gente que não quer mesmo vocês juntas - senhora nos olhava, como aqueles olhos que não tinha visão, me parecia me olhar tão intensamente

- mamas quem? - pergunto gaguejando

- mais cedo ou mais tarde vão descobrir - virou o rosto e começou a cantar uma musica em mandarim.

 Laura saiu me puxando, eu fiquei atordoada com tanta informação, me pareceu tão real quanto às lembranças de Laura nua em minha cama mais cedo.

- amor desencana - ela falava

- é né? - perguntei ainda nervosa

- temos a vida toda pra ficar juntas - me abraçou bem em frente à porta do carro - você não vai se livrar tão fácil assim de mim - me deu selinhos

- e quem disse que eu quero? - envolvi meus braços em sua cintura - eu te amo - falei

- eu também - ela envolveu seu braços em meu pescoço

- eu enfrentaria tudo por você, beberia toda agua do oceano, enfrentaria os 300 espartanos, te daria a lua em forma de anel, me mudaria para um mundo bem distante, eu ate te amarraria com a linha do horizonte e desenharia teu rosto lá no céu, mas não largava de você, nem hoje e nem nunca.

- e seu pai pirata? - perguntou fingindo esta brava com cara de seria

- meu pai pirata não é o problema, o problema é o seu que não foi muito bem com a minha cara - sorrimos e nos beijamos.

- besta - seu sorriso era muito lindo - vamos que eu acho que você já esta atrasada - largou-se doa meus braços

- também acho, anda rápido se não vou ser demitida - brinquei.

 

Camila~

Estava olhando alguns anúncios na internet de vagas de emprego em design chefe. Lembrava-me das brigas com Milena, como ela ficava linda quando estava brava comigo, meus olhos fixaram no céu que estava lindo lá fora e como eu estava sem fazer nada e a muito tempo longe da Milena. Estava em casa no 20° andar, sentada em minha cama. Peguei o telefone fixo e disquei o numero da Milena, mas sabia que teria que ouvir primeiro a voz de taquara rachada da Gloria;

- escritório da senhorita Milena Nascimento, Gloria boa tarde - ela falou com aquela voz irritante

- tarde boa pra quem? - perguntei sarcástica - passa para meu amor agora - mandei

- ohh é você inútil vulgo Camila? - ela rebateu

- só passa, oooo imprestável - fiquei iradíssima.

 

Milena~

 

Vejo Gloria dando linha comigo.

- pois não? - pergunto com a atenção em alguns papeis

- a Camila ta na linha querendo falar com você - falou

- o que ela quer? - não dei muita importância

- você a conhece, me maltratou e só fala com você - me disse, tirei minha atenção dos papeis e pegando o telefone do gancho

- passa a ligação - fiquei irritada por ela maltratar a Gloria. - alo....

- meu amor - ela falava com uma voz sínica

- Camila vai logo ao ponto, o que você deseja? - fui grossa

- hmmm - gem*u

- CAMILA - gritei

- sabe, eu estou sentido falta das nossas brigas, me dava uma excitação - gem*u

- você esta com saudades das minhas patadas? Isso é ótimo - falei incrédula

- sinto falta do seu cheiro também - falou manhosa

- desembucha o que você quer - estava irritada

- eu estava com saudades de você, e resolvi ligar e fui bem recepcionada em - estava me tirando do serio - estou ate molhada com o jeito firme que falou comigo.

- me poupe de suas merd*s, eu tenho mil coisas pra fazer aqui - bradei

- olhaaaa - sorriu alto - quem desdenha quer comprar viu - me advertiu

- Camila, você nem de graça eu quero - rebati

- Milena, quanto mais cedo você aceita que fomos feita uma para outra, mais cedo vai me amar assim como eu te amo. - ela realmente me tirava do serio - somos amantes de longa data, e você é só minha e de mais ninguém - senti um arrepio pelo meu corpo após essa informação

- Camila eu tenho o que fazer, não posso ficar falando merd* com você, tenha um bom dia e passar bem - nem esperei a resposta de deliguei o telefone.

A Camila me tirava do serio com muita facilidade ultimamente. Gloria que ouvia a conversa, entrou logo após

- se eu fosse você daria um basta nisso - me advertiu

- eu sei, mas ela não parece má pessoa só é perturbada - cruzei as mãos e apoiei minha cabeça nelas

- pode ate parecer, mas eu acho que essa camélia é doida e vai lhe dar muita dor de cabeça - franziu o cenho

- eu sei Gloria, eu sei - meu coração estava inquieto

 

Camila~

Comecei a rir de seu nervosismo, ela desligou o telefone na minha cara é porque eu a irritei bastante. Mas essa mulher me tira do serio, me faz molhar a calcinha com uma simples patada, eu a quero pra mim e só pra mim, mais ninguém vai ter se não eu.

 

- ahh dona Milena, você vai agradecer aos céus por me ter em sua vida, vai agradecer por eu ser tudo que você sempre sonhou, sou a mulher de sua vida - falava deitada em minha cama, rodeando a antena do telefone sobre a boca. - SÓ MINHA - ria alto. 

Fim do capítulo