Juliana

- Não me diga... que consistência não ? Afinal, nós também iremos! 

- Se não fôssemos tão parecidas, te chamaria de louca Elis. Sabe que já tinha pensado nisso? Em dar uma passadinha em Arraial?- Digo sorrindo.

- Tenho certeza que sim, amiga! Tomara que dê praia não é ? Estou precisando tomar um bronze.- Graceja Elis.

- Sei o que você quer  na praia safada! Te conheço, você quer ver é a Carolzinha de biquini que eu sei. 

- Ué, e você não quer ver a Diana semi nua não ? Eu quero ver, Carol, Diana, Bianca...

- Só quero ver a Diana, Elis. E não me importo que olhe pra ela não, pode olhar a vontade. 

- Hahaha Desde que ela não retribua o olhar né ? Para de show Juh, sabemos que somos ciumentas. Mas também, com esse monumento de mulher que ela tem, certeza que não verá mais ninguém.

- Sua doida! Não sou mulher de ninguém.

- Por que ela não quer né?!

- Acha que ela não quer ? Acha que sou apenas uma curiosidade pra ela?

- Impressionante ! Desde quando você é insegura Juliana? É sério, as vezes eu tenho minhas dúvidas quanto ao que você sente por essa garota, acho que essa fascinação irá acabar depois que realizar com ela suas fantasias sexuais, porém, em momentos como esse, vejo que a Diana te ganhou completamente. Quando na vida, imaginaria, Juliana Fábregas se questionando se seria ou não apenas curiosidade para uma mulher ? Em outros tempos você torceria para que fosse. 

- Essa guria me desestruturou Elis. Não me reconheço mais. 

- Nossa! Que feitiço foi esse ? Ela te deu água de calcinha foi ? Quero isso pra mim não! Isola. - Disse e bateu na madeira.

- Eu não sei o que ela fez, só sei que quando a olho parece que tudo faz sentido,  entende?

- Não, não entendo. Tudo faz sentido... ? Pra mim nada faz sentido não! Esse papo não faz sentido. Vamos falar de sex* pra eu me localizar.

- Hahaha Sua louca. Não tenho como explicar, só espero que algum dia você sinta isso. Essa necessidade de outra pessoa.

- Necessidade de trans*r com a outra pessoa serve ? Ta, não precisa fazer essa cara de exterminador do futuro, já entendi. E só digo uma coisa, vai rogar essa praga pra outra. Prefiro curtir minha vida sem me preocupar se a hetero que vou pegar, vai só me considerar uma curiosidade.

- Você é péssima. Hahaha 

- Você também era. 

Diana


- O que foi aquilo Carol? Vai realmente fugir da Elis ? - Questiono assim que a encontro no vestiário.

- Já disse que sim, Di. 

- E faz muito bem! - Disse Bianca.

- Você quem sabe, não me meterei. Você sabe o que é melhor pra você!

- Quero ir logo para Arraial. Quero ficar com algum boy gostoso e tirar essa ...gostosa, digo, feiticeira, da cabeça.

- Aí, aí, Carolina, também não é assim né? Ah, como é difícil ser a única sensata dessa turma.- Dramatiza Bianca.

- Só eu mesmo pra aguentar vocês duas. Vamos trabalhar, que ganhamos mais. 


              Estávamos trabalhando e eu imaginando como seria esses dois dias em Arraial. A verdade é que já sentia falta daquele lugar. Da pequena cidade, das belas e inesquecíveis praias. Meu pai amava aquele lugar. Adorava sair para pescar... saudades de tempos que não voltam mais.



- Diana seu celular está vibrando! - Disse Joyce tirando-me de meus devaneios.

- Sim, desculpe, posso atender? - Questiono ao ver número desconhecido no visor.

- Claro, vai lá!

- Obrigada. Alô?! Quem é ? - Atendo enquanto saio da sala.

- Se adivinhar ganha um beijo! - Que voz maravilhosa.

- Engraçadinha! Quem disse que estou interessada neste beijo? 

- Ah, não está ? 

- Não  sei... esse beijo é gostoso? 

- Que tal você experimentar e descobrir?

- Quero! Haha

- Dou! Jura que iria pra casa sem vir me ver ? 

- Uai, como eu faria isso ? Esqueceu que tenho um cão de guarda em cima de mim?

- Não sei, dava uma fugidinha e vinha me ver.

- E o Henrique?

- Está viajando. E mesmo se não estivesse. Me deixou o dia todo com vontade de você. Da próxima não vou correr atrás. Já notou que sou sempre eu a te procurar?

- Sério isso? Nunca notei...- Digo enquanto me encaminhava ao escritório.

- Muito sério. E como disse, não correrei mais atrás. - Abro a porta sem bater e a vejo massageando a nuca.

- Como faço para me redimir de tão grave falha? Uma massagem resolveria?- Pergunto ainda segurando o celular na orelha, ela olha em minha direção e abre o sorriso que nos últimos tempos, tenho achado o mais lindo do mundo. E como alguém pode ser tão perfeita? Ela estava com uma blusa de seda branca de alcinha,  por dentro de uma saia preta, que se moldava perfeitamente ao seu corpo.

- Como você entra sem bater no escritório da sua chefe assim Diana? - Pergunta em tom de brincadeira, finalizando a ligação.- Saiba que por muito menos muitas foram demitidas.

- Sério chefe? - Pergunto enquanto me aproximo.

- Muito sério! Então, acho que vai ter que me subornar pra eu ser boazinha, aceito a massagem, mas só se for em meu corpo inteiro. - Safada. Hahaha

- Por isso que o Brasil não vai pra frente. - Digo fingindo indignação.

- Senta aqui. - Ela disse batendo em suas pernas. - Me estressei muito hoje, preciso de carinho. - Disse assim que me sentei em seu colo.

- Não sei se você merece não! Então quer dizer se eu não vier, você também não vai atrás? - Digo enquanto massageio suavemente sua nuca.

- Mereço muito. E não irei, porque não é justo, ser sempre eu a te procurar. - Juh disse e apertou minha cintura, puxando-me mais para junto de si.

-  Que manhosa. - Disse e a puxei colando nossos lábios em um beijo faminto, forais.

- Ui, que dominadora! - Ela fala e dá leves mordidas em meu lábio inferior.

- Ué, vai me dizer que você não gosta? - Me coloco em posição de Amazonas e começo a rebol*r lentamente  em seu colo.

- Com você gosto de tudo garota! Será que ainda não percebeu que já estou irremediavelmente dominada? - Ela fala com a respiração já ofegante. 

- Não  sei se acredito em você! - interrompo a massagem e  vagarosamente retiro sua blusa de dentro da saia e coloco ambas as mãos por dentro, a procura de  seus seios, a fazendo  suspirar com um gemido contido que me faz arrepiar. Céus! Essa mulher ainda vai acabar comigo.

- O que eu tenho que fazer para você acreditar? - Ela pergunta me olhando com um desejo esfaimado. Ainda bem que estou sentada em seu colo, minhas pernas tremem tanto que eu não sei se seria capaz de ficar em pé.

- Eu preciso que você me diga o quanto gosta! - digo enquanto aperto seus seios maravilhosos , sinto seu corpo ansiar pelo meu toque e eu quero mais do que tudo tê-la, mas decido continuar a brincadeira - Me fala o quanto você gosta.

              Ela respira fundo e morde o canto dos lábios enquanto passa as mãos pelos cabelos em um gesto de desespero.


- Ah, garota! Eu não vou falar...- Ela me puxa para mais perto e sussurra no meu ouvido -   Prefiro te mostrar.


              Juliana pega  minha mão direita e a conduz até o meio de  suas pernas.


- Acha que isso é suficiente para você? - Ela pergunta ao me ver fechar os olhos deliciada e extremamente excitada com o que encontrei.



              Não mais conseguindo prosseguir com a brincadeira, com um movimento rápido afasto a sua calcinha com uma mão,  enquanto com a outra  aperto com vontade seu seio direito. Sinto toda a tensão de momentos atrás se esvaindo através dos meus dedos que exploram cada pedacinho dentro dela. Juh segura-se contra a cadeira e parece esforçar-se para não gritar, e isso só faz me deixar mais extasiada e com ganas de ter seu gozo pra mim, então aumento a intensidade de meus movimentos. Não tenho forças para responder sua última pergunta, seus gemidos já tomam a sala me levando a loucura, sem perceber já a acompanho, também gem*ndo,  minha mão desliza com facilidade e os movimentos se tornam mais velozes. Ela se contorce na cadeira e quando escuto seu grito de prazer chegando,  a calo com um beijo.



- Acho que você gosta bastante mesmo !- Digo satisfeita ao vê-la sem forças em meus braços.



              Assim a semana passou, com muito trabalho e deliciosas visitas a sala da Juh. Bem, agora ela não pode reclamar que eu não vou até ela né?! Essa mulher me deixa maluca cara. Parece que quanto mais a tenho, mais a quero! 



- Finalmente o grande dia, partiu Arraial! - Disse Wiil assim que entramos no carro.

- Eu que diga mano, mulheres de biquíni, lá vamos nós! - Comenta Léo.

- Boys de sunguinha, lá vamos nós seus lindos! - Grita Carol. 

- Uhul! - Comemora Bianca. Bem, eu... acho que estou com os meninos nessa. Não que vá reparar as mulheres de biquíni e tals, porém os boys de sunguinha não me animam em nada.

- No meu carro ninguém fala de macho não Carolina. - Disse Wiil. - Aqui só comentamos de beldades .

- Cala a boca Will, eu falo do que eu quiser! E agora quero falar daqueles saradões de sunguinha, ê maravilha! 

- Essas minas são demais mano. Por que a gente atura elas mesmo? - Questiona Léo.

- E eu que sei mano, acho que porque nós gostamos um tantinho delas. - Responde Will.

- Um tantinho é o cacete, vocês não vivem sem a gente, isso sim! - Digo e dou-lhe um pedala Robinho. - Agora toca logo essa banheira... ainda quero comer camarão na orla quando chegar lá.

- Caralh*, doeu Diana! E mais respeito com meu carro. Banheira é o cacete. - Disse Will revoltadinho.

- Toca a banheira! - Gritaram, Carol e Bianca.

- Brother! Mulheres... nós merecemos! - Disse Léo.



              O caminho foi feito entre risadas e discussões bem construtivas, por exemplo, sobre quais músicas escutaríamos. Os malas queriam ouvir funk, mesmo sabendo que nós odiávamos. Apesar de curtir alguns funks das antigas, os, melodys, os da atualidade não rola mesmo. Chegamos por volta das 22: 50h. Pegamos um engarrafamento horrível. Tenho a impressão que todo final de semana o povo parte pra cá, porque não é possível.



- Então, ainda vamos no calçadão? - Pergunta Léo assim que nos acomodamos.

- Não, estou cansada, melhor vocês irem e trazerem lanche pra gente, o que acham meninas? Ou querem ir? 

- Estou com você Di, não aguento nem me mexer! - Disse Bianca.

- Eu também não! Vão lá rapazes, façam algo que preste, comprem nossos lanches.

- Que bando de exploradoras, brother... só vocês que estão cansadas né? - Reclama Will.

- Vão logo criaturas. Até parece que os dois não estão doidos para vagabundiar. - Digo e me jogo no sofá.

- Beleza então, vamos logo mano, antes que as dondocas  dêem chilique. - Disse Léo.

- Ah... antes de sassaricar por aí, venham nos alimentar! Se esquecerem de nós, terão as cabeças devoradas quando voltarem. 

- Sai pra lá Carolina! - Disse Will. - Já voltamos, chatas!  

- É o Bruno, Di! - Bianca disse me entregando o celular.

- Aff, deixa tocar, amanhã de manhã retorno pra ele. 

- Ele deve está querendo dormir aqui, não é Di? 

- Sim, Carol. Ele disse isso com todas as letras! 

- E agora ? Ele deve está querendo trans*r ! 

- E agora que eu não vou trans*r com ele Bianca! Se a situação ficar insustentável, terei que terminar. 

- Como Juliana reagiu quando soube que você viria? Aliás, como vocês estão? Como é estar com uma mulher ? 

- Reagiu bem Carol, ah amiga, ela não me cobra nada. Estamos ótimas eu acho, eu não fico pensando nisso como, ah, estou ficando com uma mulher, saca? Eu penso que estou vivendo momentos maravilhosos, ao lado de alguém incrível! 

- Nossa! Mas conta, o beijo é diferente? A pegada? Essas coisas... ain gente, fala logo o preto no branco Diana! 

- Bianca, "safadenha"! Hahaha - implica Carol.- Bianca quer saber como são os finalmente com uma mulher. Quem come quem? Se as duas se comem?  É isso, né Bianquinha? 

- Ah gente, não vou contar nossa intimidade né, safadas? Só posso dizer, que a pegada dela é a melhor das pegadas, o beijo, o mais gostoso do mundo, e o sex*... apesar de não ter tido muitas experiências, ou melhor ... só ter tido um parceiro, tenho certeza que ninguém faz melhor do que ela. Ain ela é per-fei-ta.

- Nossa veada, nunca te vi tão babona na vida. - Comenta Bianca.

- O que um bom sex* não faz, não é mesmo ? Ain quero fazer amor, vem aqui Bianca! Vamos nos pegar e dar um fim a nossa carência. - Disse Carol e começa perseguir  Bianca pela casa.

- Sai pra lá, Carolina, que dar um fim na nossa carência o que? Quem te disse que estou carente? E mesmo se estivesse, preferia morrer com teia de aranha. - Bianca falava enquanto tentava  esquivar-se  de Carol. 

- Vem aqui sua gostosa, que morrer com teia de aranha o que ? Vamos colar nossos velcros . - Conseguiu alcançá-la e caíram no sofá. - Da uma beijo gostoso aqui. 

- Me solta sua tarada! - Bianca se debatia enquanto tentava se livrar da tentativa de beijo da Carol. E eu ? Não aguentava mais de tanto rir dessas loucas.

- Aff, Bianca pior amiga! Nem pra me ajudar com a colação de velcro ela serve. Chateada. - Disse Carol saindo de cima dela.

- Chama a Elis pra te ajudar com isso, sua tarada! - Disse Bianca sorrindo.

- Está vendo Diana? Não se fazem mais amigas como antigamente! 

- Verdade Carol, verdade! - Digo enquanto tento recuperar meu fôlego.

- Do que estão rindo suas loucas? - Pergunta Will. Finalmente nosso lanche chegou.

- Estávamos falando que é mais fácil uma de nós três pegar uma mulher, do que um de vocês dois, que não pegam nem resfriado! - Digo e nós três gargalhamos.

- Aí, aí, estou vendo uma aposta no ar ? - Pergunta Léo.

- Boa mano! Aposta! Aposta! - Grita Will. Porr*, eu e minha boca gigantesca.

- E em que consiste exatamente essa aposta? - Interessa-se Carol.

- O negócio é o seguinte... se uma das três pegar uma mulher antes de nós dois, levamos as bonitas durante um mês de carro pro trampo. E se nós ganharmos, hum...queremos rango de graça durante um mês! Ta bom mano? 

- Topo! - Disse Will.

- Estou fora desse absurdo! - Digo espantada. Mas gente... aposta?

- Pó, pó, pó, pó! - Os idiotas começam a imitar galinhas. Eu mereço.

- Eu topo! - Oi ? Carol bebeu e eu não vi? 

- Topa? - Questiona Bianca.

- Topamos! Você e eu, só deixo Diana fora, porque ela é comprometida. - Essa eu quero ver.

- Nem vem Carol...

- Bianca, não precisa trans*r ok? Isso será um bônus, um beijo e ganhamos desses manés! 

- Um beijão, tem que ser de tirar o fôlego, ou nada feito! - Disse Will.- E só aceitamos se Diana também fizer parte. Afinal de contas, qualquer uma que conseguir, já estará valendo.

- Ok gostosão, eu topo também! 

- Isso! -  Comemora Carol. Céus, ! Espero que ela tenha a situação sob controle . Apertamos nossas mãos e firmamos a tal aposta. 




              Dormimos por volta das 00h e acordamos ás 09h pra preparar tudo e aproveitarmos o dia que por sorte está com sol. Às 10:30h saímos de casa, e seguimos para a praia do pontal. Estava perfeita como sempre, como da ultima vez que estive ali com meus pais e Rods. Estendemos nossas cangas na areia, e enquanto estávamos passando o protetor, praticamente paraliso, o tempo pareceu ficar em câmera lenta, quando olhei em direção ao mar e vi Juliana saindo da água, vestida com um biquíni branco que contrastava perfeitamente com sua pele bronzeada. Caminhava imponente, distribuindo charme e graciosidade... os homens paravam para vê- lá passar, simplesmente perfeita, com seu porte de rainha e... mas que porr* ela está fazendo aqui?


- Sereia. Que sereia...- Will comenta hipnotizado . 

Fim do capítulo