--O que você está sentindo?

--Acho que comi alguma coisa que me fez mal, desculpa -Lavou as mãos e saiu do banheiro, encontrou a amiga conversando com a outra garota. – Ka, vou nessa, não estou muito bem, vai com meu carro, já que não bebeu, pego um taxi aqui na frente ela pegou um taxi e foi para casa, lá não entrou sentou numa das cadeira do terraço enquanto olhava para o céu, viu um carro parar na frente da sua casa e a porta da frente abri.

--Ate amanhã Pri

--Obrigada por ter me ajudado Livia, ate amanhã- Livia viu Gaby sentada e foi ate lá despedi-se dela. – Boa noite Gaby, ate mais.

--Ate mais Livia – Disse ficando de pé. – Posso te dá um abraço? – Livia estranhou

--A a... abraço? Po pó... Pode – Abriu os braços e Gaby a abraçou forte, não pode deixar de sentir uma enorme alegria com aquele gesto, seu corpo parecia confortado com aquele toque

--Ate outra hora Li- Gaby disse ainda sentindo o cheiro gostoso do cabelo da  mais jovem. Livia acenou para Priscila que assistia a tudo da porta e foi para o carro do seu pai que a esperava.

 

-- O que foi isso mesmo? – Priscila perguntou para a irmã

--Isso o que?  - Fez-se de desentendida

--Isso que aconteceu agora?

--Não aconteceu nada demais apenas me despedi dela.

--Gaby tem certeza? Porque não foi o que eu vi

-- Você ver coisas demais – Ela falou um pouco alto entrando na casa.

--Gaby, senta um pouco quero conversar com você – Elise disse apontando o sofá.

--Ai mãe, serio? Não tem como deixar para me encher amanha?

--Te encher? Foi isso mesmo que eu escutei? Agora lá no escritório – Elise disse seria.

--Nossa a mãe Lise pegou ar – Priscila disse

--E você fica quieta, senão vai sobrar para você também – Camila disse levantando e seguindo as outras.

--O que diabos estar acontecendo com você Gabriele? Você nunca foi de grosseria conosco, mas parece que agora tá desabrochando . – Elise aproximou-se e sentiu o cheiro de bebida – Você está bêbada? – A menina estava de cabeça baixa

-- Não só tomei uma dose para distrair:

--Distrair do que filha? – Camila perguntou

--Estou estressada apenas isso, desculpa se rude, não tive a intenção

--Estressada filha? O que está te deixando assim?

--Não sei mãe, não sei – Ela começou a chorar.

--Não sabe? Como assim meu amor – Elise a abraçou. – Olha para mim, o que está sentido?

--Não sei mãe começou na festa, eu não sei o que me deu apenas sentir muita raiva,não conseguir segurar – Ela falava aos prantos

--Raiva de que? O que houve para desabrochar essa raiva? – Foi Camila que perguntou

--Não tem explicação mãe só que quando eu vi a Livia com a Bruna eu não segurei e fui para cima, não tem motivos para isso tudo, não posso ficar assim com uma amiga. – Elise olhou para Camila que deu um ar de riso.

--Filha será que ela é apenas sua amiga mesmo, alias será que você não está sentindo nada por ela?

--Eu não, quer dizer eu não sei – Ela chorava.

--Filha calma o amor é assim mesmo, gera duvidas, principalmente quando se é o primeiro.

--Que droga eu não estou apaixonada, ela é apenas uma piralha que tem dezessete anos, nem saiu do ensino médio, não tem nada a ver com as meninas que fico – Gaby levantou e começou a enxugar suas lagrimas.

--Tudo bem filha, se você diz que não está apaixonada por ela não somos nós que vamos fazer você enxergar, agora só te peço uma coisa se controla que ninguém tem culpa dos seus ciúmes, você já falou com a sua terapeuta sobre isso?

--Não, vou lá na quarta-feira – Disse de cabeça baixa.

--Então fale com ela, e tente canalizar essa agressividade, como sempre fizermos. – Camila passou a mão na cabeça dela alisando seus curtos cabelos

--Tudo bem mãe, prometo me controlar, desculpa.

--Peça desculpas a sua irmã e ao seu primo e nunca mais desconte sua raiva em ninguém isso não ajuda em nada filha.

--Eu sei mãe Lise eu tento me segurar, estou trabalhando isso na terapia.

--Ótimo meu amor, agora vai descansar e não pensa que vai ser bebendo que vai resolver seus problemas.

--Eu sei – Abraçou as duas mães de uma única vez – Já disse que amo vocês?

--Não hoje, mas pode repetir que eu gosto – Elise disse beijando a bochecha da filha.

--Agora vai lá descansar que amanhã tem aula logo cedo

--E ainda bem que não é a sua não né dona Camila, sério mãe pegou pesado com aquele seminário.

--Nada, aquilo é moleza, espero que se saiam bem

--Eu também espero, sim e a vó  Emy como ela está? Soube do torcicolo – Gaby disse sorrindo

--Está bem sim apenas uma distensão muscular. – Camila disse segurando o riso.

--Aquelas duas não se aquietam mesmo, meu sonho é chegar aquela idade com aquele fogo todo – Gaby disse sorrindo

--Vai rindo que o que houve com ela pode acontecer em qualquer idade – Camila disse sorrindo

--É mesmo, não vamos rir, porque pode acontecer com  qualquer uma, vou lá dormir, ate amanhã – Gaby disse subindo para o quarto, assim que entrou deitou na cama pegando o celular e viu uma mensagem da Livia.

 

“--Ei você está bem mesmo? Estava tão estranha” – Ela respirou fundo pensando no que responder

--Não foi nada apenas estresse mesmo, desculpa a grosseria – Não passou nem um segundo e ela respondeu.

 -- Pensei que tinha brigado com a namorada

--Eu não tenho namorada.

-- Hum então aquela mancha de batom que eu vi na sua camisa quando sair não foi dela?

--Mancha?  - Ela levantou e correu para frente do espelho e viu que realmente tinha uma marca de batom em sua camisa

-- Deixa para lá não tenho nada a ver com suas conquistas.

--Não, é que realmente não tinha visto, só fui dá uma espairecida mesmo, não foi nada demais

--Espairecida para você sempre é sair e trans*r?

--Nossa, hoje você está bem direta não é mesmo?

--Não apenas pensei alto, boa noite.

--Já vai dormir? Ta cedo

--Já minha mãe já veio conferir se eu estava dormindo ou no celular.

--kkkk Sua mãe deve ser linha dura

--Ela é mesmo, tá aqui no meu pé porque a vó Duda falou que fiquei com a Bruna, agora ela e meu pai quer saber ate o CPF dela. -  Ao Lembrar que ela tinha ficado com a Bruna seu estomago embrulhou

--É coitado do seu namorado.

-Que namorado ? tá louca?

--Aquele que estava te abraçando na frente da escola, se bem que a tarde você estava com aquela garota, fiquei confusa agora

-- Tá louca é? Não tenho namorado ele é meu amigo, e aquela garota conheci hoje.

--Não parecia estavam tão intimas

--Ai Gabriela, sabe de uma coisa? Vai dormir bj

-- Bj -  Livia ficou Off e Gabriela com seus pensamentos – Então quer dizer que aquele babaca não é nada dela – Disse para si, levantou tomou um banho e logo dormiu .

 

 

 

 

 

-- Eu dormir e estou sonhando é isso? – Yasmim perguntou ao ver Estela sentada na poltrona ao seu lado no quarto

--Não você apenas se machucou feio sua engraçadinha- Levantou aproximando-se – Como esta se sentindo?

--Como se estivesse sofrido um acidente de carro – Deu um sorriso amarelo – Me dá o prontuário para ver o que vocês aprontaram comigo – Estela entregou a ela

--Apenas vai ficar de molho uns meses, sua tíbia estava horrível, por pouco não foi uma fratura mais grave.

-- Você que fez a cirurgia, então sei que logo estarei bem, fizeram alguma tomografia?

--Fizemos, tudo ok, apenas está toda arrebentada – Entregou um pequeno espelho a ela.

--Nossa estou horrível, dessa forma não vou conseguir meu intuito -  Disse olhando para o espelho.

--Intuito? Que intuito? – Estela não entendeu

--Vim aqui te reconquistar, mas pelo visto vai ser difícil agora que tenho uma concorrente de peso e uma cara toda arrebentada.

--Yasmim, já disse que não tem mais chance, acabou vamos seguir nossas vidas tá bem? – Estela disse fazendo um carinho em seus cabelos

--Tudo bem, espero que seja assim fácil, sabe eu sou uma idiota, sempre tive tudo o que quis para minha vida de mão beijada e sempre tive o que eu quis, ate você eu tive, mas conseguir destruir  - Ela começou a chorar

--Ei não fica assim, são coisas da vida, se não fosse a traição iria ser outra coisa que nos distanciasse.

--Me abraça? – Yasmim pediu entre lagrimas, Estela não segurou e também chorou, abraçou a mulher que estava deitada, foram interrompidas pela porta que se abriu

--Ai desculpa atrapalhar prima, apenas vim trazer a Elis que estava a sua procura – Rebeca diz com cinismo na voz.

--Oi amor, pode entrar – Estela enxugou as poucas lagrimas que escorriam e aproximou-se de Elis que estava com uma expressão indecifrável.

--Não, apenas vim trazer seu celular esqueceu lá em casa – Estendeu o aparelho. – Não queria atrapalhar – Saiu caminhando rápido

--Vai atrás dela – Yasmim disse também enxugando as lagrimas, deixando Estela um pouco confusa – Estela não trava agora, vai atrás dela – A loira balançou a cabeça em afirmação e quase que correndo atrás da DJ

-- Amor espera, não fica assim- Estela segurou o braço dela no meio do corredor, olhou para o consultório aberto ao lado, viu que estava vazio e entrou com ela. – Ei não foi nada demais, apenas estávamos conversando.

-- Conversando Estela? Vocês estavam abraçadas e chorando – Desculpa, mas não parece ser nada para mim.

-- Segundos antes eu estava explicando para ela que não teríamos como voltar, que estou com você agora – Aproximou-se abraçando a outra.

--Eu sei, mas é difícil.

--Eu e a Yasmim sempre fomos muito amigas, não posso esquecer a amizade que tivemos, porem não tem mais amor ou paixão, nada, não fica assim vai. – Tentou beija-la,mas ela virou o rosto

-- Olha pra mim – Elis segurou o rosto da medica a encarando – Promete não me deixar? Eu não sei se suportaria ficar sem você – Ela olhava fixamente nos olhos de Estela

--Elis eu não sou a Fabiana, não vou te abandonar – Estela colou os lábios, e lentamente um beijo iniciou-se.

--Eu tenho tanto medo de te perder vida – Elis disse abraçando-a

--E você não vai, agora vamos lá para cima – Elas foram para a sala de Estela .

--Não vai tirar essa roupa? – Elis referia-se ao pijama cirúrgico

--Não gostou do tom verde? Fico tão fashion com ele- Estela disse sorrindo

--Ao contrario, adoro te vê assim sensual demais– Deu um selinho nela.

--Não vou trocar agora, mais tarde vou ter que ver como estão as coisas com a Yasmim.

--Tudo bem, deixa eu trabalhar então – Elis caminhou ate sua mesa e começou a folhear os papeis ali presente, após algumas horas o telefone tocou, Elis viu Estela autorizar a entrada de alguém, alguns segundos depois uma mulher alta com os cabelos ruivos e muito elegante entra na sala

-- Não poderia deixar de vim dá um abraço na minha norinha – Estela na hora olha para Elis que apenas abaixa a cabeça.

-- Ola Marina, quanto tempo – Estela abraçou a ex sogra.

--Como você estar minha querida? Depois da palhaçada que minha filha fez, não nos falamos pessoalmente– Ela virou ai percebeu a presença de Elis. – AI desculpa, pensei que estivesse sozinha.

--Não se preocupe, essa é Elis, minha namorada – Estela fez questão de apresenta-la

--Nossa, mas que bom gosto, prazer – Marina disse estendendo a mão. – Desculpa pela historia de nora, é porque mesmo não estando com minha filha ela continua sendo minha nora. – Marina disse sem graça.

--Não se preocupe, vou deixar vocês mais a vontade – Elis levantou iria sair, porem Marina não deixou.

--Não se preocupe, eu vou lá ver o estrago que aquela desajuizada fez agora – Abraçou Estela – Foi um prazer Elis – A mulher saiu

--Amor não faz essa cara vai – Estela caminhou ate ela.

--Queria ver como você reagiria se estivesse em meu lugar – Elis disse ainda com bico.

--Sei que não é legal, mas não fica assim vai – Começou a distribuir pequenos beijos na face de Elis.

--Chefinha – Geraldo bate  na porta e logo em seguida entra. – Desculpa atrapalhar, mas preciso de uma assinatura sua.

--Ge você é um chato sabia? – Foi ate o seu birô sentando para ver o que ele queria.

--E a Yasmim ? Foi feio?

--Foi,mas já está tudo sobre controle, já foi lá?

--Ainda não, vou mais tarde, ela vai ficar muito tempo aqui?

--Espero que não – Elis resmungou, mas os dois escutaram

--Não sei, vou ver como ela está, acho que ela volta com a Marina amanhã, medico pra cuidar dela não vai faltar.- Entregou a folha de papel a ele

--Não mesmo, recebi a mensagem do Thiago, ele foi vê a mãe agora a pouco, disse a ele para leva-la ao hospital e que ele ficasse tranquilo, pedi para ele falar diretamente com o Tony.

--Pode deixar que ela vai, não acho que apenas falar – Geraldo disse sorrindo.

--Como assim?

--Vai dizer que não viu aquela bicha safada de papo com o Thi?

--Serio que o Tony e eles ficaram?

--Não ficaram, isso por causa do Thi, bem que o Tony tentou, mas ele  disse que não iria cair nas garras de um conquistador como o Tony assim do nada, mas não dou três dias para eles estarem trans*ndo loucamente.

--Ai Geraldo você não presta, bicha fofoqueira. – Estela sorriu

--Não presto mesmo, agora me deixa ir que estou cheio de coisa para fazer. – Saiu sorrindo, elas caíram de cara no trabalho e só pararam no final da noite.

--Amor vou dá uma olhada na cirurgia da Yasmim, quer vim comigo?

--Não, vou para casa se quiser ir para lá me encontrar estarei te esperando.

--Hum, então me espera estou louca para acabar com o que começamos ontem – Disse beijando o pescoço de Elis.

--Para com isso, você sabe que me deixa louca vestida assim e fica me provocando – Elis disse sentindo o corpo arrepiar com os toques.

--Bom saber disso – Sorriu e afastou-se.

--Ate mais tarde vida – Elis foi para casa e Estela colocou o jaleco e seguiu para o quarto de Yasmim.

--Como estão as coisas? – Perguntou a Marina que esta entretida no celular.

--Ela dormiu, dei um analgésico a ela, caiu no sono.

--Eu estou indo, se quiser ir para a mansão descansar sabe que as portas estão abertas não é?

--Sei sim, mas vou ficar por aqui hoje, amanhã acho que já dá para ir pra casa, não é?

--Dá sim, vou pedir para o jatinho levar vocês.

--Não precisa se preocupar.

--Marina vamos parar com isso, claro que me preocupo, vai no jatinho do grupo, mas quero que vocês cuidem dela. – Disse alisando os cabelos ruivos.

--Eu fico tão triste de vocês não terem dado certo nem um netinho não me deram – Disse fazendo bico.

--É nunca fechamos nessa historia de filhos, mas deixa-me ir, cuida dela, qualquer coisa me liga você tem livre acesso aqui, já informei a todos.

--Obrigada querida, boa noite- Despediu-se da ex sogra, nem trocou de roupa, queria instigar Elis com aquela roupa, seguiu direto para a casa da DJ.

 

 

-- Tia a senhora esqueceu de tirar a roupa do hospital – Franciele disse ao ver Estela chegar vestida daquele jeito.

--E não foi !– Estela deu um beijo no topo da cabeça da menina. – Sua mãe onde está?

--No estúdio, ela tá esperando a senhora para jantar.

--Vou lá chama-la – Subiu as pequenas escadas e encontrou Elis no estúdio, com seu fone de ouvidos concentrada ela fez-se presente e assim que Elis tirou o fone ela disse—Foi daqui que pediram uma medica ? – Elis sorriu e levantou-se

--Foi daqui mesmo doutora – A dj  beijou com volúpia, um beijo cheio de desejo

--Nossa, assim eu que vou precisar de medico. – Estela sorriu

--Vem, vamos lá para o quarto que faço questão de tirar essa roupa e te dá um banho. – Saiu puxando a loira.

-- Toma banho comigo?

--Com todo prazer desse mundo. – Ela já ia tirar a blusa quando escutou umas batidas na portas.

--Elis vem aqui tem uma coisa para te mostrar – Leo disse batendo na porta.

--Vai lá que mais tarde tomo um banho com você – Disse sorrindo para a DJ que saiu resmungando

 

 

-- O que foi? Para que tanta pressa? – Perguntou olhando para o garoto que a puxou para o seu quarto

--Elis olha eu peguei as correspondências, olha o que achei no meio delas – Entregou uma carta

-- Sim e o que tem isso?

--Olha quem mandou? – Elis virou olhando para arregalar os olhos.

--É da, da – Ficou sem voz.

--É da Fabi – Disse Leo tão nervoso quanto ela.

--Mas faz tanto tempo- Elis sentou na cama

--Está endereçada a você, não vai abrir? – Leo perguntou curioso

--Eu, eu não sei – Elis olhava para a carta, lembrando-se do quanto esperou por isso, quantos anos não buscou informações daquela mulher.

--Abri logo mãe

--É vamos ver  - Ela foi abrindo aos poucos com o coração na mão. – Pronto abrir.

--Ler logo isso  - Leo estava nervoso Elis respirou fundo e começou a ler, não era uma carta longa logo a finalizou – Então o que diz ai?

 

--Quem ela pensa que é para agir dessa forma? – Elis levantou enfurecida.

Fim do capítulo