Débora e Isadora aproveitaram o intervalo das aulas para conversarem sobre Melissa. 

-- Então é verdade Isadora? –  Débora ficou surpresa com a revelação da amiga. Isadora só havia contado que tinha partido dela a iniciativa de investir na morena, em momento algum falou sobre aposta, este seria um segredo entre ela e Melissa.

-- E não me arrependo de nada. – estava feliz.

-- E como ela é? Foi bom para primeira vez? Ah, você terá de experimentar com outras pessoas, assim terá certeza que foi tão bom com ela.

-- Ei, calma! – pediu assustada – Eu não quero outra pessoa, já tenho uma feita só para mim.

-- Diz isso agora, aposto que quando começarem as primeiras brigas e obstáculos à lua de mel acaba. Toda relação é assim.

-- A minha não será. – olhou para longe, e pensou alto – Melissa é carinhosa, divertida, inteligente... Ela consegue demonstrar uma pessoa diferente para o mundo, mas, para mim, continua sendo a doce Mel que conheci anos atrás... A única que entrou no meu coração e fez um ninho e... O meu potinho de mel.

-- A única capaz de lhe amar feito uma louca e morrer por este amor. – Melissa interrompeu emocionada, após ouvir a declaração de amor de Isadora.

-- Mel? Faz tempo que está ai? – perguntou envergonhada.

-- Tempo suficiente para ouvir a mais linda declaração que alguém me fez. – respondeu com uma abobalhada.

-- Bem meninas, eu acho que estou sobrando e preciso ir atrás do Júnior.

-- Não Débora, por favor, fique. – Melissa pediu surpreendendo Isadora que lhe olhou com uma expressão de dúvida – Pode ficar. Eu só apareci para dizer a Isa que vou demorar um pouco hoje. – voltou a olha-la – Amor, eu preciso concluir um trabalho e assim que acabar irei para casa.

-- Tudo bem. – respondeu com um falso sorriso, não queria demonstrar sua decepção.

-- Você ainda tem uma aula? - passou o dorso da mão na face da sua pequena.

-- Sim. – respondeu com o mesmo tom de decepção.

-- Então, assim não vai esperar tanto. – olhou para Débora e sorriu – Cuida dela. – pediu com um sorriso – Vou lá, não quero me atrasar hoje. – beijou a testa da loirinha e foi embora.

-- Viu o que quis dizer? – perguntou percebendo a decepção da amiga. - Isa, você parou para pensar que está fazendo a contramão do normal?

-- Como assim? Contramão?

-- Todos os casais começam com flerte, vem o namoro, alguns depois ficam noivos e depois casam, e outros casam direto... - sorriu - Vocês começaram com amizade, e agora um relacionamento. Será que é mesmo namoro? - viu a expressão de dúvida na amiga - Vocês moram juntas, andam sempre juntas... Saem juntas, dormem juntas tudo o que fazem são juntas... Olha amiga, tem que ter cuidado, porque com anos de namoro, quando um casal resolve viver juntos é complicado, imagina um namoro recente com as duas juntas quase vinte e quatro horas por dia.

-- Eu nunca parei para pensar nisso... Eu e Mel sempre fomos amigas, nunca houve qualquer briga ou dúvida.

 -- Vocês não era um casal ainda, vai ver como são as coisas - falou demonstrando uma experiência que não tinha. - Apenas observa, porque agora vem o ciúme excessivo e o sentimento de posse. Aquela coisa que vocês antes compartilhavam o que acontecia, isso não vai mais existir. E, além disto, você vai ter que aceitar e compreender as suas limitações. Melissa até ontem era heterossexual. - observou a expressão de Isadora - Vai aguentar?

-- Eu não quero que as coisas mudem. - concluiu com pesar. - Vamos para aula? – respondeu após um suspiro, e cortou o assunto.

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Melissa saiu com um sorriso imenso, e Isadora não percebeu. Ela queria preparar o cenário antes que sua pequena chegasse. Havia passado em um sexy shop, e comprou alguns acessórios que considerou necessário para noite.

Isadora chegou desanimada, sabia que estava sozinha. Débora havia chamado para fazer um lanche, mas ela não quis, não queria mais ouvir a opinião da amiga. Tinha criado várias expectativas depois de retornar para casa, onde Melissa estaria esperando-a, mas agora, estava sozinha. Ela entrou no apartamento, estava escuro, ligou a iluminação da sala, e passou direto para a cozinha, pegou um copo com água e voltou para o quarto que dividia com a morena, e não percebeu o abajur aceso. Ela estranhou e foi até o outro lado da cama, assustando-se com a cena que viu. Melissa estava curvada no chão com uma coleira presa ao pescoço, as mãos algemadas, vestia uma camisa velha rasgada e um short por baixo, fazendo reverências a Isadora, como se ela fosse uma deusa. 

-- Minha ama e senhora... – a olhou nos olhos - Estava aguardando-a. - disse ainda reverenciando-a.

-- Mel, o que você andou aprontando agora? – perguntou sorrindo e se divertindo com a cena.

-- Senhora, sou sua escrava, faça de mim o que quiser. – fez uma careta - Mas, por favor, faça logo porque esta posição começa a doer as minhas costas. – olhou a loirinha que permanecia sorrindo.

-- Venha minha escrava. – ajudou a se levantar, ainda as gargalhadas com a cena. – Sente-se, eu permito.  Você algemou as mãos?– viu uma corrente presa às algemas - Essa corrente... A coleira também está com cadeado? – perguntou após acompanhar a corrente até a barra da cama.

-- Tinha que prender-me, ou poderia fugir. Imagina se minha dona chega e não me encontra. – respondeu com um sorriso. Isadora achou interessante a brincadeira, ainda mais porque Melissa não podia se movimentar muito.

-- Bem, já que é minha escrava e eu, apenas sua dona, não se importará se eu tirar a roupa e ficar nua na sua frente. – foi retirando a roupa, peça por peça, de forma lenta e sensual, percebendo o quanto a morena estava ficando inquieta – Não pode desejar a sua dona... Não pode ter ciúme, ou qualquer outro sentimento. Isso tudo é impróprio para escravos. – após concluir a frase, terminou de tirar a calcinha, balançando-a em um dos dedos. Ficou nua, e desfilou de um lado a outro do quarto, fazendo poses e insinuações. Melissa a observava com desejo.

-- Isadora, por favor, eu... – foi empurrada com o pé.

-- Isadora? Eu sou a senhora, sua dona. – permaneceu com o pé sobre ela. – Peça perdão ou terei de puni-la. – Melissa achou interessante a ameaça.

-- Qual punição esta serva teria? – perguntou erguendo a sobrancelha com um sorriso malicioso.

-- Que tal essa? – foi em direção ao banheiro – Tomar um banho, demorado, sozinha e me tocar, pensando na minha namorada, que, infelizmente não pode me acompanhar.

-- Isa... - percebeu um olhar de repreensão - Senhora desculpe, mas banho é uma função exclusiva dos escravos... – olhou com súplica para a loira que fingia indiferença – É função da escrava esfregar as costas da sua dona. – Isadora fingiu pensar um pouco - Tudo bem, vou solta-la, mas se o serviço não me agradar, terei de ser severa na punição. - franziu o nariz da forma que Melissa amava, e, com uma expressão cheia de malícia concluiu – Seja cuidadosa, minha namorada é MUITO ciumenta.

-- Eu farei bem feito... – falou com malícia e uma voz rouca – Prometo. – lançou aquele sorriso de lado, cínico e cheio de malícia que Isadora amava. – Sei trabalhar de uma forma que sua namorada nunca perceberá meus serviços.

-- Antes preciso mostrar como quero que me banhe... – aproximou-se da morena e revelou – Quero que pegue o sabonete líquido e passe-o sobre minha pele, desta forma. – mostrou em si mesma como queria que fizesse. Deixou Melissa cada vez mais excitada com a cena. – Depois você poderá passa-lo por aqui... – desceu por seu abdômen, chegando ao centro de suas pernas – Aqui, prefiro que faça uma massagem assim...  – massageou com delicadeza e sensualidade, para deleite e loucura da morena que implorava para ser solta. Isadora colocou uma perna sobre a cama e outra apoiava seu corpo ao chão, o que começou com uma simples massagem, estava se tornando algo mais prazeroso. Masturbava-se com muita sensualidade, o que deixou Melissa com o seu sex* encharcado e muito desejo. Ela gemia e fazia gestos com a boca e com a outra mão livre, explorava um dos seus seios.

-- Isa, por favor, isso não vale... Solta minha mão... – pediu em súplica com a cena da loira se tocando na sua frente – Isadora... Isa... Amor, por favor... – remexia o corpo tentando se livrar da coleira e das algemas. – Mas que droga! Entreguei o galinheiro para o coiote. - Quando a mão da loirinha atingiu seu objetivo, levando-a a uma sensação de êxtase, Melissa, ainda boquiaberta, perdeu sua sanidade momentaneamente. Ela não acreditou no que assistiu. – Mas... Mas você fez tudo sem minha ajuda? Não precisou de uma ajudinha? – perguntou com pesar.  – I...I..Isa... – tentou pronunciar.

-- Melissaaaaa! – gritou de prazer caindo depois sobre a cama. Melissa permanecia incrédula com o que ela havia feito, e com muito esforço, pediu mais uma vez, que lhe soltasse.

-- Isa, solta aqui. – depois de um pequeno espaço de tempo, mas que parecia séculos, Isadora a soltou, sendo em seguida, abraçada e beijada. – Eu quero você, agora, neste instante. – sem dar tempo para argumentos ou qualquer outra coisa, a morena tomou posse do corpo menor, beijando-lhe e invadindo com uma língua curiosa aquela umidade. Não demorou muito, e novamente estavam as duas chegando ao ponto máximo do prazer, selando, em absoluto, a comunhão daqueles corpos.

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-- Mel, como vai ser agora nossa vida? - lembrava-se das palavras de Débora - Quer dizer... Você tem seu avô... Tem sua família... Seus...

-- Ei, que mania é essa de pensar coisas ruins depois de fazermos amor? Vou precisar de terapia. - percebeu um sorriso forçado na loirinha - Você é minha, eu nunca vou abrir mão do nosso amor para satisfazer alguém.

-- Sabe que vamos enfrentar muita coisa e muita gente vai ser contra? - passou a mão pelo rosto da namorada - Tem seu avô, meu pai... Mel, eu morro de ciúme de você, fico pensando que até dois dias você era uma heterossexual convicta.

-- Convicta? 

-- Não era?

-- Há anos deixei de ser convicta. – as duas estavam deitadas lado a lado na cama, segurando uma a mão da outra - Isadora, como eu posso ser convicta quanto a minha sexualidade se antes tinha duvidas e depois a certeza que lhe amava? Eu estava, aliás, estou condenada a viver o resto da minha vida envolvida, caída, arrematada por este amor que sinto por você. - olhou a loirinha nos olhos - Estou viciada na sua boca... – sorriu com malícia - Eu me controlei feito uma louca hoje para não beija-la na universidade.

-- Meu potinho de mel... - sorriu enquanto passava a mão, ainda entrelaçada a de Melissa, por seu rosto. - Fico tão insegura quando o assunto é nossa vida. Morro de medo das nossas famílias invadirem nossa privacidade.

-- Eu não estou nem ai para família. – beijou-lhe o rosto - Com meus pais me importo, não vou mentir... – colocou o dedo no queixo pensando - Quem importa mais para mim? – pensou mais um pouco - Vô Eliezer. - neste instante Isadora voltou a olha-la.

-- Seu avô não lhe importa, mas meu avô sim? - estava surpresa.

-- Sim. Não estou nem ai para a opinião do meu avô, o que ele acha ou deixa de achar, mas com o vô Eliezer eu me importo, muito.

-- Pois não se importe mais. – sorriu - Ele descobriu que eu lhe amava antes mesmo de ter essa certeza. - foi à vez de Melissa lhe olhar surpresa, ela sorriu e beijou a mão e depois a boca de Isadora. - Amor tem Enrico, ele além de seu amigo é seu segurança.

-- Isadora, você acha que uma coisa assim passaria em branco pelo Enrico? Ele me enchia há tempos para que eu me declarasse. – Isadora sorriu.

-- Agora entendo as ironias que soltava para meu lado... – sorriu - Engraçado, ele é tão machão, grandão e cara de mal, pensei que fosse um machista convicto. - concluiu pensativa.

-- Isa, você lembra quando me disse que era lésbica? - recebeu um sinal de sim com a cabeça - Eu falei que não tinha preconceito porque meu melhor amigo também era gay e você...

-- ENRICO? - interrompeu após pular para cima de Melissa 

-- Sim. - sorriu 

-- Mel que loucura! Eu nunca havia percebido - estava admirada. 

-- Não percebeu nem comigo. - fez um bico com a boca que logo foi capturada pela loirinha.

-- Fiz essa malvadeza com você? - recebeu como resposta um "fez" - Então tenho que começar a me redimir imediatamente. - a beijou com carinho, e logo estavam excitadas, novamente.

O banho de Isadora demorou mais do que ela poderia imaginar, sua escrava cumpria a risca as exigências de sua senhora e ama, passando sabonete líquido em cada centímetro daquele corpo loiro e bem definido, massageando-o e beijando-o.

Fim do capítulo