Capítulo 11
Assim que entrei na casa de minha mãe havia uma comitiva familiar me esperando. Estavam todos sentados na sala e quando me viram parecia até que eu estava desaparecida a anos e anos.
Roseli – Graças Deus você chegou minha filha! – disse vinte até mim e me abraçando apertado. Senti uma dorzinha leve em meu corpo.
Fernanda – Cuidado mãe! – disse e ela afrouxou o abraço – Ainda estou dolorida – disse olhando-a.
Carlos – Que bom que está bem meu amor – meu pai se aproximou de mim me abraçando carinhosamente e me mantendo em seus braços.
Fernanda – Não queria preocupa-los pai! Infelizmente o assaltante levou meu celular com ele e eu praticamente fiquei incomunicável. Se não fosse pela Laura eu nem o que teria acontecido comigo – disse sorrindo ao lembrar de seu rosto.
Roseli – Faço questão de conhecer essa moça! Afinal de contas ela salvou a sua vida né!
Fernanda – Ela não só salvou minha vida como pagou todas as minhas despesas no hospital mãe. Laura foi um verdadeiro anjo em minha vida!
Roseli – Então você precisa traze-la aqui filha.
Fernanda – Eu trarei mãe. – passei um tempo sentada com meus pais e seus companheiros. Contei-lhes tudo que havia acontecido, omitindo é claro as parte que envolvia Nicole e eu, contei apenas o que interessava a eles. Depois de algum tempo acabei indo me deitar. Já na cama eu revivia aqueles momentos várias vezes em minha mente. A abordagem, o empurrão e o rosto da enfermeira quando abri os olhos, Laura, Nicole.
Fernanda – Ah Nicole! – suspirei. Nicole estava mexendo com meus sentimentos de um jeito inesperado. Sua preocupação comigo me deixou encantada. Me senti uma idiota por julgá-la tão precocemente naquele dia. Pensar nela acabava me deixando mais calma. Eu ainda podia sentir o gosto do seu beijo em minha boca. Ninguém nunca me beijou como ela. Eu sentia meu corpo todo se arrepiar só de lembrar nossos beijos. Como era possível eu estar sentindo isso por outra mulher? Eu só podia estar ficando louca. Era a única explicação plausível em minha cabeça. Eu estava enlouquecendo. Enlouquecendo por ela. De tanto pensar nisso acabei dormindo tarde.
No dia seguinte, quando finalmente abri meus olhos e olhei para o relógio, já passava das 11:00hrs da manhã. Segui até a cozinha e encontrei minha mãe começando a preparar o almoço.
- Bom dia mãe! – disse dando-lhe um beijo no rosto.
- Bom dia meu amor. Dormiu bem?
- Dormi sim. A senhora poderia ter me acordado mais cedo mãe!
- Você estava dormindo tão tranquila que eu achei melhor deixar você descansando filha.
- Eu estava muito cansada mesmo. – confessei.
- Senta que eu vou te servir o café. – disse apontando a mesa. Sentei-me e comi um pouco enquanto conversávamos. Fazia um tempo que eu tinha momentos assim com a minha mãe. Minha vida andava tão corrida que eu poderia dizer que esse assalto foi até uma coisa boa que me aconteceu. Pelo menos eu teria uns dias de folga. É claro que eu ainda teria muita coisa para fazer. Eu precisava ir até a delegacia dar queixa do meu carro, dos meus documentos e tudo mais. Mas eu poderia fazer isso amanhã. Hoje eu iria apenas descansar. E foi o que fiz. O dia todo eu aproveitei para relaxar e curtir os mimos de minha mãe. Meu pai apareceu por lá na hora do almoço levando com ele um novo aparelho de celular para mim. Agradeci o presente e no mesmo instante entrei em contato com minha operadora. Informei do assalto e solicitei o bloqueio do aparelho antigo e a transferência do meu número para o novo chip.
Depois do almoço dormi mais um pouco e quando era por volta as 18:30hrs da tarde minha mãe me chamou no quarto. fui até a sala e quando entrei dei de cara com Nicole de pé, de costas pra mim, observando uma foto minha de quando eu era criança.
Fernanda - Nick! – chamei e ela virou-se me olhando. Abriu um sorriso lindo.
Nicole - Oi! – disse vindo até mim e me cumprimentando com um beijo no rosto – Eu disse que viria né! – sorri para ela. Receber sua visita era maravilhoso. Fiquei tão encantada que até me esqueci de apresenta-la a minha mãe. Só me lembrei que ela estava ali quando ouvi a voz dela.
Fernanda - Mãe essa é a Nicole. Ela é filha do Dr. Roberto, meu chefe, e é minha amiga – disse a minha mãe. – Nick essa é a minha mãe Roseli – apresentei-as.
Nicole - É um prazer conhece-la Sra! – Nicole disse educada.
Roseli - Ora por favor, nada de Sra. Me chame apenas de Roseli. – disse sorrindo e Nick sorriu com ela.
Nicole - Como você está? – voltou sua atenção para mim.
Fernanda - Estou melhor. – respondi.
Roseli - Vou deixar vocês a vontade – minha mãe disse – Nicole sinta-se em casa! – saiu da sala nos deixando a sós.
Nicole - Atrapalho você – perguntou-me.
Fernanda - Não! Eu estava deitada apenas. Lendo um pouco!
Nicole - Se quiser posso voltar amanhã – disse.
Fernanda - Não! – disse rápido e ela sorriu. Sorri também, meio sem jeito – Não vá! Vem comigo! – disse me aproximando e segurando sua mão. Levei-a comigo até o quarto onde eu estava hospedada em minha mãe e entramos. Fechei a porta assim que passei para não correr o risco de alguém aparecer ali de surpresa. Minha mão continuava a segurar a dela e aquele contato já mexia com meu desejo. Olhei em seus olhos e como se pudesse ler meus pensamentos Nicole se aproximou de mim.
Com a mão que estava livre ela tocou meu rosto me fazendo fechar os olhos. Seus dedos deslizaram devagar pelo meu rosto e percorreram meus lábios, contornando-os delicadamente.
Nicole - Você tem a boca mais linda que eu já vi! – disse baixinho. – Estou morrendo de vontade de te beijar – confessou.
Fernanda - Então me beija... – eu disse abrindo meus olhos e encontrando os dela. – Me beija! – Pedi. Ela sorriu e aproximou seu rosto do meu parando a milímetros de distância. Eu podia sentir seu hálito quente tocar meu rosto. Entreabri minha boca esperando a dela e fechei meus olhos quando senti seus lábios doces tocarem os meus. Sua língua invadiu minha boca percorrendo-a por inteiro, com calma e tranquilidade. Aquele era um beijo diferente. Era carinhoso. Não era um daqueles beijos fogosos e cheios de desejo, era tranquilo, pacifico. E ele fazia meu coração disparar. Quando minha língua se encontrou com a dela foi como se tempo tivesse parado. Tudo e nada faziam sentido. Era como se o beijo dela tivesse sido desenhado para se encaixar unicamente com o meu. Um quebra cabeça de duas peças que havia sido montado.
Quando ela se afastou de mim e abriu seus olhos eles brilhavam intensamente. Sorri olhando-os. Ela sorriu comigo. Toquei seu rosto com minha mão e levei-a até sua nuca. Senti os pelinhos de seu pescoço se arrepiarem com meu toque e senti meu desejo crescer dentro de mim. Eu me sentia excitada por provocar aquelas sensações nela, e eu gostava de me sentir assim. Enrosquei meus dedos em seus cabelos e puxei-a colando nossas bocas outra vez. Dessa vez o beijo não foi calmo. Foi explosivo. Nossos corpos se colaram. Ela pressionou-me levemente contra a porta e senti sua perna forçar levemente meu sex*. Gemi em sua boca com o contato e busquei sua língua com minha boca, ch*pando-a devagar e provocativa. Nicole gem*u baixo e desceu sua boca para o meu pescoço. Suas mãos se entrelaçaram as minhas levando-as para o alto de minha cabeça e se mantiveram-se assim. Eu sentia sua boca explorar meu pescoço delicadamente. Meu sex* molhou com aquela boca e aquela língua em minha pele. Eu arfava baixo a cada beijo, mordida ou ch*pada que ela me dava. Ela voltou a beijar minha boca e nossas línguas passaram a disputar espaço, a jogar uma com a outra uma partida provocante, excitando nossos corpos a cada encontro delas. Do nada, Nicole interrompeu o beijo e afastou-me mais de mim. Abri meus olhos sem entender o que tinha acontecido. Será que eu tinha feito algo errado?
Fernanda - O que aconteceu? – perguntei a ela.
Nicole - Nada! – Respondeu respirando profundamente – Não posso me esquecer onde estamos – disse simplesmente me fazendo recordar de que estávamos na casa da minha mãe.
Fernanda - Você me faz esquecer de tudo! – disse a ela timidamente.
Nicole - Você também me deixa assim... perdida do tempo! – olhou-me e se aproximou colando nossas testas. – Senti falta desse beijo o dia todo! – disse e eu achei tão lindo a forma como ela me olhou.
Fernanda - Eu também senti! Fica um pouco comigo? – pedi e ela balançou a cabeça concordando. Levei-a até a cama e nos deitamos. Ela me colocou em seu peito e ficou fazendo carinho em minha cabeça. Ficamos conversando sobre os nossos dias. Na verdade, ela me contou sobre o dia dela, já o que meu havia sido apenas comer e dormir. Combinei com ela que voltaria ao trabalho em dois dias. Ela se ofereceu para me acompanhar na delegacia no dia seguinte e aceitei sua companhia. Ao lado de Nicole, o tempo parecia voar. Quando me dei conta já are praticamente 22:00 hrs da noite e ela ainda estava ali deitada comigo. Nos despedimos com um beijo e eu a acompanhei até a porta. Eu não queria que ela se fosse. Por mim eu passaria a noite toda em seus braços, mas eu não estava em minha casa então não tinha muita escolha. Contudo, eu dormiria feliz por tê-la visto hoje e por saber que eu amanhã eu a veria outra vez. Eu só queria que a noite passasse logo para que eu a encontrasse novamente. Nicole era a minha chefe e a mulher que estava me deixando completamente apaixonada por ela.
Fim do capítulo
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