A Estranha por ROBERSIM
CapÃtulo 20
Sonia
Acordo bem cedo para a entrevista de emprego, tinha a certeza que ia trabalhar com Abigail e eu não sabia identificar, se aquilo era bom, ou ruim.
Encontro minha mãe, tomando café da manhã. No dia anterior depois de falar com Abigail me tranquei em meu quarto, sabia que quando meu irmão chegasse íamos ter mais uma de nossas discursões, sinceramente já estava cansada daquilo.
-bom dia mae-cumprimento ela com um beijo em sua cabeça, amava aquela mulher que sempre batalhou pelos filhos, mais a pressão em sua casa, por conta de sua falta de emprego a estava deixando desnorteada e precisava mudar.
Minha mãe não aceitaria de bom grato, quando eu resolvesse sair dali. Mais fazer o que? Não aguentava mais meu irmão, se met*ndo em minha vida, querendo a todo custo que eu arrumasse um namorado, dizendo que era uma vergonha ter uma irmã sapatâo como costumava se referir a mim e minhas amigas.
-vai sair filha?
-vou sim mãe, Abigail me arrumou uma entrevista de emprego, na loja que pertence a sua família.
-que bom minha filha...
-que bom que aquela sap...mulher tem alguma utilidade-respiro fundo pra não aceitar as provocações de meu irmão. Era sempre assim, na frente de nossa mãe ele procurava não hostilizar minhas amigas, mas por trás disferia palavreado de baixo escalão quando se referia a nos.
-bom mãe já vou indo, quando voltar quero conversar com a senhora-saiu sem ao menos esperar a resposta de minha mãe ou dar tchau para meu irmão.
A loja já estava aberta quando cheguei, mais somente Ana se encontrava à minha espera. Fiquei um pouco decepcionada, pois esperava que Abi também estivesse ali.
-Bom dia Ana- a cumprimento, ela sorri ao me ver.
-Bom dia Sonia, vejo que é pontual...isso é muito bom- lhe dou um sorriso, mais meus olhos passeiam pela loja o tempo todo, acho que na esperança de Abi sair de uma das salas que tinha ali-Bom a Abi ainda não chegou, ontem à noite não a vi ,quando cheguei da faculdade- Se justifica a garota.
A simples menção do fato, que talvez Abi não tivesse dormido em sua casa me entristeceu, mais não ia deixar me abalar, contava com aquele emprego pra dar um rumo em minha vida.
Ela me indica uma cadeira para que eu sentasse, iniciamos uma conversa maravilhosa, me explica sem muitos detalhes, todo o movimento da loja, me diz que abi iria me colocar mais a par já que tomava conta a mais tempo do local.
Vejo Ana se levantar e me viro no mesmo instante, sabia que alguém havia entrado na loja, meu coração dispara pela simples presença de Abi que chegava na loja afobada.
-desculpa não te acordar Abi, pensei que não tinha dormido em casa, cheguei da faculdade e não te vi em casa.
Mais uma vez me dá raiva, só de imaginar que talvez ela estivesse com a tal Adria.
-Talvez se você fosse ao meu quarto tivesse me visto- ela fala um pouco áspera com Ana--fui dormir logo depois que falei com Sonia.
Saber que ela esteve em sua casa a noite toda me alegrou, apesar de ainda estar um pouco chateada por ter dormido com aquela garota na casa de Leyla.
Ana se despede, iria voltar para casa pois tinha prova na faculdade e me deixa com Abi, ela me mostra a toda a loja, apesar de tocar a algum tempo guitarra, ali tinha alguns instrumentos que não sabia nem como funcionavam, minha experiência com instrumento se limitava aos que tocávamos.
Ela percebe minha curiosidade e me explica como vários instrumento ali funcionavam, a empolgação com que me explicava me deixou maravilhada, até pegou alguns para me demonstrar como funcionavam, ainda não conhecia esse seu lado, mas não estranhei já que seu pai tocava vários instrumentos.
-vocês só trabalham com venda por encomendas? –estava curiosa, apesar de leiga no assunto eu sabia que alguns instrumentos ali, era de difícil acesso no mercado, mais tinha alguns de fácil acesso, instrumentos comprados em qualquer loja de música.
-temos um estoque, com instrumento com maior saída no mercado- ela encaminha pra uma porta a abrindo, fiquei maravilhada. Era um lugar amplo com alguns instrumentos como guitarra, violão, até uma bateria tinha no estoque- temos somente uma bateria por causa do espaço, este aqui já está vendido o dono deve estar vindo hoje ou amanhã pega-lo- me mostra um acordeão, acho que havia visto somente um na vida.
Me aproximo de onde ela estava, pra ver melhor o instrumento, e sem querer nossos braços se tocam, me causando arrepios por meu corpo.
Por alguns segundos ficamos as duas estáticas, se vira-se ficando de frente pra mim, nossos olhares fixos um no outro. Sentia naquele olhar a necessidade de me beijar, e pra ser sincera eu mesma queria muito aquilo. Por instinto passo a língua em meus lábios, seu olhar segue meu gesto ficando algum tempo fixo nele.
Estávamos paradas nos encarando por algum tempo, até ela sair do transe e falar alguma coisa que a princípio não entendi.
- tem cliente na loja-foi então que percebi o som de uma espécie de sino, nos alertando que tinha acabado de entrar cliente.
-ent.. Então vamos- estava meio sem jeito, tinha certeza que Abi havia percebido meu desejo por ganhar um beijo dela.
...
Leyla
Me despeço de Nádia em frente a seu prédio, e aproveito para convida-la a assistir nossa apresentação naquele dia. Não conseguia descrever minha felicidade em tê-la ao meu lado.
Retorno pra casa pois sabia que Otavio queria conversar. quando estou chegando meu celular vibrar indicando que havia chego mensagem.
Leyla *minha noite foi maravilhosa, espero que a sua, tenha sido tão espetacular quanto a minha*
Dou uma risada contagiante, quem visse pensaria que estava louca, mais estava imensamente feliz. Pegou o celular pra responder à mensagem.
Nádia * melhor que a minha...impossível. Você é maravilhosa* entro em casa ainda sorrindo, meu irmão me aguardava na sala.
-pela cara de felicidade, a noite deve ter sido maravilhosa- me jogo no sofá a seu lado- não quis comentar nada no café da manhã, por achar que Nádia estava meio envergonhada.
-ah mano, estou me sentindo tão feliz como a muito tempo não sentia- acho que eu estava reluzente, me sentia tão em paz comigo mesmo. Desde a morte de Val não conseguia mais ver sentido na vida.
-é tao bom te ver assim, acho que nos dois merecemos ser felizes-só agora olho meu irmão, esse também estar reluzente.
-hum pelo jeito, resolveu se dar uma chance pra ser feliz!
-conversei com Joao e resolvemos tentar de novo, sei que errei ao me afastar, mas vou fazer de tudo pra recompensa-lo. E você e a Nádia estão namorando?
-ainda não a pedi, mas pretendo resolver isso o mais breve possível.
Ficamos nos conversando até que resolvi, queria passar no shopping para comprar um presente para Nádia, mais fiquei na dúvida pois nos conhecíamos a pouco tempo, e não conhecia muito bem seu gosto. Acabei optando por lhe comprar uma correntinha de ouro com um pingente com dois bonequinhos abraçados. Achei tão delicada que acabei comprando também um pra mim.
Pela parte da tarde Jack chegou pra me ajudar pois Abi e Sonia so poderiam nos encontrar lá pelas 19:00hr, antes de sairmos para boate ligo para Nádia para confirmar sua presença, a verdade era que queria escutar sua voz, já estava com saudade.
-tudo bem meu anjo, liguei pra confirmar sua presença hoje- fiquei meia sem jeito pois percebi que ela estava um pouco ocupada.
-logico que vou, amei sua ligação já estava morrendo de saudade- dou um sorriso ao ouvi-la, aquilo era tudo que precisava ouvir.
-eu também estava morrendo de saudade, na verdade foi por isso que liguei...precisava escutar sua voz.
Conversamos pouco, ela estava ocupada resolvendo alguma questão relacionada ao trabalho. Marcamos de nos encontrar na boate. Volto a concentrar na arrumação com Jack, tínhamos que levar ainda todos os instrumentos para a van, isso ia demora mais que o costume já que era nos duas. Por volta de das 19:hs as duas chegam juntas, sinto alguma coisa diferente entre elas. Abi estava mais alegre mais em nenhum momento se aproxima de Sonia, depois eu perguntaria o que estava havendo.
-e ai amiga, como foi o encontro com a Nádia-Abi me pergunta quando terminamos de arrumar os instrumentos em cima do pequeno palco.
-foi sensacional- não poderia usar de outra palavra pra descrever meu entusiasmo-como tinha te falado, ao invés de leva-la a um restaurante, organizei um jantar la em casa.
-hum o negócio deve ter sido bom mesmo-eu não conseguia tirar o sorriso dos lábios sempre que o nome de Nádia era citado.
-o jantar foi maravilhoso, o melhor aconteceu depois- dou um sorriso de canto, fazendo minha amiga pater palmas- está Louca Abi!
-então a coisa foi mais profunda do que imaginei...
-foi sim , ela dormiu em casa- suspiro ao lembrar da noite de amor que tive com Nádia-estou completamente apaixonada por ela.
-mas isso eu creio, que já estava antes mesmo de se reencontrarem.
-verdade, desde que a conheci naquela festa do Otavio não consegui tira-la mais da cabeça.
-então amiga aproveite.
-e você. O que aconteceu entre você e a Sonia?
-nos beijamos hoje na loja-olho espantada, mas ao mesmo tempo feliz, queria muito que as duas se resolvesse.
Abi me conta o que havia rolado naquela manhã, eu ouvia minha amiga mais meu olhar não cansava de direcionar a porta da boate na esperança de ver meu amor antes que eu começasse a cantar.
...
Abigail
Assim que minha irmã sai da loja, mostro a Sonia tudo na loja. Percebia seu encantamento por aquele mundo, pois era assim que ficava toda vez que tinha a oportunidade de conhecer um novo instrumento, eu era definitivamente apaixonada por aquele mundo igualmente a meu pai.
Quando estávamos em uma sala que usávamos como deposito a vejo se encantar com um acordeão, que havíamos encomendado para um cliente que viria pegar naquele dia. Quando ela se aproxima para olhar mais de perto nossos braços se tocam causando um arrepio em todo meu ser, meus pelos se arriçaram somente com aquele toque, nos encaramos por alguns minutos. Minha vontade era toma-la pra mim, beija-la como se daquilo dependesse minha vida, meus olhos passeiam por sua boca no momento que a vejo passar a língua em seus lábios me causando uma secura em minha boca, que somente seus beijos pudessem me saciar.
De repente escuto o sino da porta de entrada, custei a me desligar daquele lábios, mas precisava ir. Depois disso não conseguimos mais nos encarar, mas não me saia da cabeça aquela língua passeando sensualmente por seus lábios.
Já estava ficando tarde, e íamos encontrar as meninas na boate, ou seja não daria tempo nem de irmos em casa. Tranco a porta e fui até o pequeno escritório onde deixamos nossas bolsas, Sonia já estava me aguardando la, para que fossemos embora. Como havia acontecido pela manhã novamente nos esbarramos, mas dessa vez nossos corpos. Com isso sua bolsa cai no chão, descemos ao mesmo tempo pra ajuntar ficando nos duas nos encarando outra vez, mas dessa vez não me seguro, a puxo pela nuca a beijando com desespero
Fim do capítulo
boa tarde!
passando para mais uma postagem de A estranha.
bjss
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