Capítulo 9
Laura – Boa tarde Carolina! – disse chamando a atenção de minha secretária.
Carolina – Boa tarde Senhorita Laura! O seu cliente das 15:00 horas já está lhe aguardando na sala.
Laura – Obrigada Carolina! A você poderia me fazer a gentileza de remarcar com o meu cliente das 18:00hrs?
Carolina – Sim Senhorita.
Laura – E sua mãe? Está melhor? – perguntei a jovem de cabelos lisos e negros a minha frente. Eu sabia que a mãe não estava muito bem da suade nos últimos dias.
Carolina – Não muito Senhorita. A senhorita sabe como os hospitais públicos estão péssimos hoje em dia. Estamos esperando uma vaga para um exame que a médica pediu mas, pelo visto a espera será longa. Eu até pensei em pagar um particular, mas o preço é muito alto então teremos que esperar mesmo.
Laura – Não se eu puder ajudar você! – disse e ela me olhou surpresa.
Carolina – Senhorita Laura eu não quero...
Laura – Não ouse negar minha ajuda Carolina – interrompi-a. – Me deixe ajudar ok? Quanto custa o exame? – disse abrindo minha bolsa e retirando dela o meu talão de cheques.
Carolina – Mais Senhorita eu...
Laura – Sem mais Carolina! Quanto? – os olhos dela marejaram com minha atitude. Carolina era uma jovem brilhante. Tinha 22 anos e trabalhava para sustentar a mãe. Era esforçada e muito competente.
Carolina – Mil e quinhentos reais, Senhorita. – ela disse envergonhada. Preenchi o cheque e entreguei a ela.
Laura – Quero que você vá ate a minha agencia e saque o valor ok? Esta dispensada dos seus afazeres hoje! Apenas remarque com meu cliente das 18 e pode ir entendido?
Carolina – Obrigada Senhorita! E eu prometo que lhe devolverei o dinheiro! – disse emocionada.
Laura – Não se preocupe com isso agora! Esse dinheiro não me fará falta alguma. Preocupe-se apenas com a sua mãe! – peguei minha bolsa e segui para a minha sala. Tinha um reunião importante e queria retornar o mais breve possível para o hospital para ver como Fernanda estava. Eu havia deixado o local a pouco menos de uma hora e já estava sentindo uma falta enorme dela. Era como se houvesse um buraco em meu peito, e esse buraco só se preenchia quando ela estava ao meu lado.
A reunião foi ótima e acabei conseguindo outro investimento excelente. Assim que sai do meu escritório segui direto para o hospital. Fernanda estava acordada e sorriu assim que me viu chegar. Eu estava encantada por aquele sorriso.
Laura – Como você está se sentindo? – perguntei me aproximando dela.
Fernanda – Estou ótima. Achei que você não viria mais aqui hoje.
Laura – Eu disse que voltaria e sempre cumpro minha palavra.
Fernanda – Uma mulher de palavra então – disse me olhando séria – Gostei de saber disso! – disse quando um senhor de cabelo grisalhos e usando um jaleco entrou no quarto.
Médico – Boa tarde! – cumprimentou-nos e respondemos a ele juntas. - Sou o Dr. Rogério Tomazi, responsável pelo seu caso Fernanda!
Laura – Ela está bem Dr.? – perguntei.
Médico – Sim está sim. Os exames não mostraram nenhuma alteração que exija sua permanência aqui por mais tempo por isso a senhorita poderá ir para casa. A única recomendação é que não fique sozinha pelos próximos 7 dias e em caso de dores agudas de cabeça retorne imediatamente ao hospital. A senhorita possui familiares ou alguém que possa ficar com a senhorita?
Fernanda – Sim! Tenho meus pais.
Médico – Otimo. Sendo assim assinarei sua alta médica e a senhora pode retornar para casa.
Fernanda – Obrigada Dr. Rogerio. Por todo cuidado que vocês tiveram comigo nesses dias.
Médico – Não tem de que. Cuide-se! – disse antes de deixar o quarto.
Laura – Fico feliz por você estar bem e poder ir para casa.
Fernanda – Ai meus Deus! Meus pais! – ela disse com a expressão assustada – Eu me esqueci completamente deles. Nesses dois dias que estive aqui eles devem ter me ligado inúmeras vezes e eu não estou com meu celular.
Laura – Toma usa o meu – disse entregando o aparelho a ela que o pegou.
Fernanda – Não sei como contar isso a ela?
Laura – Conte apenas o necessário. Você está bem e é isso que e importa. Seus pais entenderão!
Fernanda – Você diz isso por que ainda não conhece os meus pais. Minha mãe é a rainha do drama – disse dando um sorriso. Discou os números e esperou. Eu não pude entender direito a conversa já que depois que Fernanda disse a sua mãe que estava no hospital ela praticamente ficou monossílaba. Tudo que ela respondia era sim mãe ou não mãe. Pouco tempo depois ela desligou o celular.
Laura – E então? – sentei-me ao seu lado da cama.
Fernanda – Ela surtou! A essa hora deve estar convocando meus pai, minha madrasta e todos os meus irmãos para estar lá em casa quando eu chegar.
Laura – Pois então aproveite muito bem esse mimo todo. A melhor parte da nossa vida é nossa família! – disse segurando sua mão. Fernanda me olhou com carinho compreendendo o que eu queria dizer.
Fernanda – Laura você fez muito por mim nesses dias! Eu sei que não tenho o direito de te pedir mais nada mas, será que você poderia ir comigo até a minha casa e depois me acompanhar até a casa da minha mãe? – pediu timidamente e suas bochechas coraram levemente.
Laura – Claro que sim. Ou você achou mesmo que eu te colocaria num taxi qualquer e te despacharia para casa. – disse fazendo-a rir. Fernanda apertou minha mão que segurava a sua e sem que eu esperasse me puxou para um abraço que durou alguns segundos. Assim que a enfermeira entrou no quarto trazendo a alta dela nós saímos de lá. No meu carro, acomodei-a no banco do passageiro e coloquei uma musica suave no som. Ela me passou o endereço de sua casa e seguimos conversando.
Fernanda me contava alguns dos dramas que seus pais já fizeram em sua vida e eu ria de tudo que ela me falava. Levamos alguns minutos para chegar ate onde ela morava. Desci primeiro e dei a volta para abrir a porta para ela. Assim que ela desceu e fechei a porta do meu carro fomos abordadas por uma moça loira, muito bonita por sinal.
Nicole – Fernanda! – chamou-a. - Precisamos conversar! – ela disse encarando Fernanda. Ela tinha um nervosismo e uma ansiedade no olhar que me deixaram curiosa.
Fim do capítulo
Participação da minha amiga PriHh na minha história com duda.
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