Ficaram me procurando... Alguns gritaram meu nome... Sorri, estava confiante comecei a tocar sendo acompanhados pelos meninos no palco, todos começaram a bater palmas e olhar para ver onde eu estava... Comecei a cantar...

“Eu preciso daquele sorriso
Que me envolve e me deixa quase louca
Deixa eu te sentir
Sua mão vou pedir no meio do povo...”

Sai das sombras e apareci aos fundos de onde todos estavam, o pessoal que estava lá atrás começaram a bater palma e começaram a gritar, alguns amigos ali riam pisquei para eles ainda cantando:

“Eu já preparei tudo, nossas férias de julho
Na beira do mar quero armar a fogueira
Ver a brisa no ar, sentir o forte vento a tristeza levar
Esperar a felicidade chegar

A felicidade chegar”

Fui caminhando diante de meus amigos e familiares cantando e tocando até chegar diante dela... Que escondia o rosto com a mãos, estava chorando... Percebi e fui forte para não me sucumbi também, continuei chegando agora no refrão com os meus amigos no palco me acompanhando e meus irmãos porque formaram um círculo em nossa volta, sorri com todos me seguindo:

“Se hoje tô falando da gente
Tô gritando pro mundo
Quero ser seu presente, passado, futuro
Com você quero tudo!
Se hoje tô fazendo mil planos
Firmando compromissos
Porque vai ser você a mãe dos meus filhos
Então casa comigo!”

Ela me dera o sorriso mais lindo do mundo, minha mãe chegou ao lado dela e toda a minha família e amigos ali a sua volta, nossa família, parei de tocar virei meu violão para as costas, meus amigos tocavam no palco, peguei em suas mãos a trazendo para mim no meio de todos a abracei e cantei novamente o refrão:

“Se hoje tô falando da gente
Tô gritando pro mundo
Quero ser seu presente, passado, futuro
Com você quero tudo!

Se hoje tô fazendo mil planos
Firmando compromissos
Porque vai ser você a mãe dos meus filhos
Então casa comigo!”

Inspirei fundo, para conseguir encontrar palavras naquele momento de pura emoção, me afastei um pouco dela passando os dedos em seu rosto limpando as lágrimas que caiam, depois peguei nas mãos dela e comecei a falar:

-Talvez palavras não possam expressar o tamanho da emoção que estou sentindo em estar aqui na sua frente e na frente de nossa família e amigos fazendo esse pedido meu amor, mas elas por si só, sejam necessárias nesse momento, Fábio meu amigo de tantos anos, jamais em toda a minha vida poderei agradecer por ter tomado aquele “porre” na sua casa no dia em que conhecia a sua irmã.

Dei uma parada por que todos inclusive eu e Jessy estávamos rindo, talvez de nervosismo, mas estava fazendo algo que meu coração estava mandando, meu amigo levantou a taça e me saldou porque minhas palavras ali eram sinceras e verdadeiras e ele sabia, continuei:

-Quero agora pedir a mão de sua irmã em casamento... Sei que falara brincando outro dia em nossa casa sobre a ausências de seus pais era a você que teria que pedir a mão dela, nada mais justo que o faça agora!

Fiz o sinal para minha irmã que entregou o estojo para a pequena Anna me trazer, sorridente ela veio até nós e me entregou o estojo, me ajoelhei diante de Jéssica e perguntei:

-Jessy, você quer casar comigo?

Em um lugar cheio de pessoas nos fundimos uma nos olhos da outra, ela com o rosto banhado de lágrimas e um sorriso maravilhoso que brotou naqueles lábios que eu tanto amava, se abriram para dizer as únicas palavras que importavam naquele momento:

-Sim meu amor, eu aceito!!

Aguem atrás de mim pegou o violão enquanto acompanhando meus amigos cantamos novamente o refrão da música, dessa vez com minha noiva em meus braços lugar o qual ela pertencia:

“Se hoje tô fazendo mil planos
Firmando compromissos
Porque vai ser você a mãe dos meus filhos
Então casa comigo!”

Quando terminei de canta a peguei nos braços selando aquele pedido com um delicioso beijo, ela jogara os braços em volta do meu pescoço me abraçando e me beijando docemente como ela sempre fazia, quando nos afastamos, encostei a testa na dela e sorri sussurrando:

-Eu te amo meu amor!!

Ela sorriu e me olhou de uma forma que não precisou dizer nada, porque consegui sentir na intensidade dos olhos delas, sorri, mas fomos separadas novamente porque nossas famílias e amigos estavam ali para nos parabenizar, entre abraços e beijos não consegui chegar perto de Jéssica porque me levaram para o palco, resisti ao máximo, mas eles não deixaram eu escapar assim tão fácil.

Cantei mais algumas músicas com meus amigos, mas logo anunciaram que o bolo seria cortado e iriamos cantar os parabéns, então naquele momento escorreguei do palco e localizei os olhos verdes da minha pequena afastada de todos e segui até onde ela estava, me aproximei perguntando:

-Está sozinha aqui morena?

-Estou esperando minha noiva, mas ela está demorando muito...

-Noiva é... Não posso lutar contra isso!

Ela me olhou e sorriu comentando:

-Não digo para você ao menos tentar... Porque não iria adiantar... Sou louca por aquela mulher e...

E... Nada, não a deixe que terminasse tomando seus lábios entre os meus, estava com saudades já, a segurei pela cintura intensificando o beijo e quando nos separamos estávamos em êxtase... Sorri escondendo meu rosto no pescoço dela e sentindo o cheirinho delicioso dela, estávamos ali namorando quando Mika passou provocando:

-Deixe para se amarem no quarto longe de todos por favor, tem crianças aqui!!  

-Eu já disse maninha, não precisa sentir ciúmes que vou continuar sendo sua irmãzinha do coração.

Me afastei de Jéssica e agarrei minha irmã pela cintura estralando um beijo em seu rosto, ela sorriu e comentou:

-Olha que pessoa convencida... 

-Deixe de ser estraga prazeres, nem posso fazer um elogio...

-Ei vocês duas...

Olhamos para Jessy que nos apontou para o outro lado dizendo:

-Dona Helena está chamando...

Sorri ainda abraçada a minha irmã estendendo a mão para Jéssica que segurou sorrindo e fomos em direção a minha mãe já diante da mesa com meus irmãos cada um, ao lado dela, os parabéns fora cantado, as velas foram apagadas e o bolo fora distribuído, todos comemorando e alegres, a família perfeita.

Conversando com alguns amigos e vendo que minha irmã levara Jéssica para outro lado da tenda onde estávamos, não desgrudávamos os olhos uma da outra... Tínhamos muito a conversar, mas não precisava pressa, teríamos toda uma vida, juntas para isso.

As horas foram passando e as pessoas se despedindo e indo embora como era domingo e no dia seguinte muitos ali trabalhavam pela manhã, então tiveram que ir... Na escola e no Studio de Ricardo só abriríamos depois do almoço eles ficaram conosco, pois iriamos embora juntos no dia seguinte então ficamos em uma roda conversando.

Estava encostada em uma arvore próxima as tendas conversando com os gêmeos e meus primos quando senti uma puxada na minha calça, olhei para baixo e lá estava a minha pequena pedindo colo, a peguei sendo abraçada pelo pescoço imediatamente, a criança estava toda melada de doce, apertei ela em meus braços enquanto sussurrava para ela:

-Tudo bem doçura?

-To cansada...

-Eu acredito... Você hoje extrapolou...

Ela encostou a cabecinha no meu ombro e sussurrou:

-Mamãe! Quero dormir!

Ela dissera aqui e imediatamente olhei em volta, mas Jéssica não estava por perto, ela levantou a cabeça colocando as pequenas mãozinhas no meu rosto e perguntou:

-Agora que nós vamos casar com você, posso te chamar de mamãe?

Olhei para ela não sabendo lidar com aquela situação, Bianca que estava ao meu lado colocou a mão em meu ombro sorrindo ela ouvira também, sem palavras para descrever aquele momento apenas sussurrei para a criança:

-Claro meu amor! Quando você quiser!

Fim do capítulo