Cecília ficou sem reação. Abriu a boca várias vezes tentando falar alguma coisa, mas nada saiu. As duas se fitaram até que Sofia não resistiu e a beijou. Lutou para parar, mas o que a cabeça mandava o corpo não obedecia. Com as mãos na cintura de Cecília, a encostou na parede. De início, a morena foi resistente, mas quando sentiu a mão de Sofia em sua nuca, se permitiu entregar-se ao beijo.

Sofia foi encaminhando Cecília para a cama e a deitou. Cecília não pensava em mais nada, se devia continuar ou não, já não sabia mais.

Tirou o camisão de Cecília, que ficou só de calcinha. Enquanto Sofia beijava o pescoço e mordia a orelha da morena, acariciava os seios dela, gerando leves gemidos.

Sofia estava louca de desejo por Cecília e esta parecia sentir o mesmo. Dos beijos no pescoço foram para mordidas e lambidas nos seios e no corpo todo. Tirou a calcinha de Cecília e foi descendo beijando a barriga até chegar ao sex* molhado e pulsante de Cecília, que gem*u alto ao sentir o toque da língua de Sofia, fazendo com que mexesse o quadril acompanhando os movimentos, deixando Sofia cada vez mais louca com aquilo e com os gemidos que ela soltava: às vezes baixo, às vezes alto.

Não demorou muito para Cecília começar a se arrepiar e contorcer o corpo todo, virar os olhos de prazer e goz*r na boca de Sofia.

Sofia deitou ao lado de Cecília, que estava extremamente ofegante.

As duas não se olharam em nenhum momento, porque na hora não estavam cientes do que estavam fazendo, mas o depois fez questão de mostrar o erro que cometeram.

Cecília fechou os olhos e logo adormeceu, já Sofia, não. Não conseguia parar de pensar na besteira que fez e como iria consertar isso... Se é que havia conserto. Dormiu pensando nisso.

****

Acordou cedo, antes de Cecília, que quando acordou, viu Sofia sentada em frente à janela... Fumando. Já sabia que ela estava nervosa.

Trocaram poucas palavras, mas nenhuma sobre a noite passada.

Chegando ao carro, Sofia tentou pedir desculpas:

- Cecília... Eu sinto muito pelo que aconteceu ontem à noite, me desculpe.

Cecília não tinha nada a dizer, pois tinha culpa no cartório também. Por que não parou Sofia?

- Eu não sei o que dizer...

- Não precisa, foi um erro. Isso nunca aconteceu.

Seguiram viagem. Quase não conversavam. Cada uma com um turbilhão de pensamentos sobre a noite passada. Sofia estava muito sem graça, com vergonha do que havia feito, totalmente arrependida.

Eduardo, namorado de Cecília há quase 5 anos era seu melhor amigo desde criança. Cresceram juntos. Com que cara ela iria olhar para ele?

Depois de algumas horas, chegaram à casa de Léo. Foram recebidas por Eduardo, que primeiramente, abraçou e beijou Cecília e depois gritou para Sofia:

- Soooophie!

E a abraçou carinhosamente, levantando-a do chão.

- Oi, Edu.

Um oi tímido, que por pouco, Eduardo não contestou.

- O Léo está lá dentro?

- Está sim.

Sofia entrou na casa, procurando por Léo, que estava na cozinha e que quando a viu, correu para abraçá-la.

- Pensei que não viria mais. Vocês demoraram.

- Pois é. O Edu não falou que nós iríamos parar para dormir?

- Falou, mas ele disse que vocês parariam só por algumas horas. Ei, amiga! Que cara é essa? Cheia de olheiras, não anda dormindo, não? - Indagou colocando o rosto da amaiga entre as mãos.

- Depois preciso te contar uma coisa.

- Ai, meu Deus. Conta logo!

- Depois, Léo.

- Assim você mata o Léozinho de curiosidade.

- Larga de ser viado, bicha! E não, depois eu conto.

Edu e Cecília foram chegando à cozinha e todos começaram a conversar.

Sofia evitava olhar para o casal.

Conversaram um pouco, mas Sofia estava muito calada, constrangida por causa do ocorrido. Tratou de dar uma desculpa para sair dali:

- Vou descarregar o carro.

Logo que saiu, Edu comentou:

- A Sofia tá estranha. Vocês não acham?

- É verdade, vou lá falar com ela.

Léo foi atrás de Sofia para perguntar o que estava acontecendo.

- O que você tem, Sofia?

- Quê?

- Você tá esquisita, o que aconteceu?

- Ai, Léo...

- Fala criatura!

Sofia em um impulso, falou rápido:

- Transei com a Cecília.

Léo pôs a mão na boca e falou espantado:

- PUTA QUE PARIU, SOFIA! Tô chocada!

- Ah, eu sei que fiz merd*. Tô mega arrependida.

- Põe merd* nisso! Como você faz isso com o Edu?

- Eu sei, eu sei. Não resisti. Eu tentei, juro. Levantei da cama, fiquei longe dela, mais daí ela veio... AÍ não resisti.

- Nossa, não tô acreditando. E ela não tentou te parar?

- Não. Foi como se ela quisesse tanto quanto eu.

- Impossível! Você não consegue se controlar, não? Manter essa sua língua e esses dedos quietos?

- Não fala assim, Léo.

- Ai, meu Deus criatura, o que você vai fazer agora?

- Não sei exatamente, mas vou me afastar da Cecília, porque se não, posso não resistir de novo.

Enquanto Sofia conversava com Léo, Cecília escutava Edu falar, mas não prestava atenção, só pensava no que Sofia poderia estar falando para o Léo:

"Será que ela contou? É claro que deve ter contado, são melhores amigos. Aff Cecília, que merd* que você fez, hein?"

Fim do capítulo