Capítulo 1 - One and only
You've been on my mind,
I grow fonder every day,
Lose myself in time,
Just thinking of your face,
God only knows why it's taken me so long to let my
doubts go,
You're the only one that I want,
I don't know why I'm scared,
I've been here before,
Every feeling, every word,
I've imagined it all,
You'll never know if you never try,
To forgive your past and simply be mine,
I dare you to let me be your, your one and only,
Promise I'm worthy,
To hold in your arms,
So come on and give me a chance,
To prove I am the one who can walk that mile,
Until the end starts,
(…)
15 de fevereiro de 2016.
Desde que acordei, estou com essa bendita música em minha mente, se repetindo inúmeras vezes. O tédio está acabando comigo e com a minha beleza. Esse professor não para de falar nem por um misero segundo. Perdi as contas de quantas vezes já olhei no relógio, contando os minutos para ser liberada e poder voltar para casa, para a minha cama e dar uns beijos em meu namorado. Se minha mãe ainda estivesse aqui, eu tenho certeza que não me obrigaria a cursar direito. Ela iria me entender. Aceitaria que não quero viver os sonhos que meu pai criou para mim. Minha mãe faz tanta falta.
Meu pai quer que um dia eu esteja à frente de todos os seus negócios.
- Blá, blá, blá... – revirei os olhos.
Finalmente o fim da maldita aula e o início do meu alívio em poder voltar para o meu doce lar. Disse um ‘até logo’ para os meus amigos e sai andando rapidamente para o estacionamento, quase correndo. Entrei no meu lindo carro, coloquei a bendita música que não saia da minha cabeça e passei a acompanhá-la.
— If I've been on your mind
You hang on every word I say
Lose yourself in time
At the mention of my name
Will I ever know how it feels to hold you close
And have you tell me whichever road I choose, you'll go?
“Ok! Minha voz é horrível... então vou parar de cantar. Adele faz isso mil vezes melhor.”
Dirigia tranquilamente pelas ruas de Curitiba, apesar de não ser a minha cidade natal, aprendi a amar de todo coração. Passei em frente ao escritório de advocacia do tão respeitado doutor Arnaldo Brandão Azevedo, vulgo, meu pai.
Queria manter distância desse prédio o máximo que eu pudesse, pois só em pensar que um dia desperdiçarei a minha juventude nesse lugar, me dá um treco. Cheguei a meu condomínio depois de meia hora dirigindo. Recebi uma mensagem do Leandro, avisando que estava me esperando nu em minha cama. Fiquei animada na mesma hora, afinal, ele era um deus no sex*.
“Não me considere uma pervertida, ok? Amo meu namorado e amo o sex* com ele.”
Entrei e fui direto para o quarto, tirei a minha roupa e me joguei em cima do meu namorado tão maravilhoso e por que não dizer, gostoso?! Passamos a tarde toda explorando nossos corpos e depois de exaustos, tomamos um banho e decidimos descer para comer algo.
- Como foi na faculdade, minha deusa? – descíamos as escadas. – Seu último ano...
- Um saco! Odeio direito. – Leandro gargalhou. – Não há como sentir prazer em sentar e ouvir aqueles homens e mulheres, vestidos de homens de preto, sérios, com cara de quem não faz sex* há anos... – meu namorado riu alto.
- Me deixa excitado quando fala assim... – Ele me direcionou um olhar sacana. – Só você, Alice...
- Hum... – ouvi aquele som, tirei a minha atenção de Leandro e olhei para a figura que tinha um olhar analítico. A idiota que o meu pai tanto babava estava na cozinha, com aquele ar de dona do mundo.
Ângela e Mike não estavam.
- Maria Fernanda. – Leandro sorriu para ela.
Revirei os olhos.
- Leandro. – Ela devolveu o sorriso.
- Senta aí, amor. Vou preparar um sanduiche pra você. – A pobretona deu um risinho. Aquela garota adorava me tirar do sério. – Qual a graça, Maria? – disse o nome dela com o máximo de deboche que encontrei. Nem assim aquela vadia perdeu o sorriso cínico.
- A graça é você saber cozinhar algo, Alice. – Ela abocanhou a maça que tinha em sua mão.
- Por que não se manda? Sabe que odeio estar no mesmo ambiente que você. – Ela ergueu a sobrancelha. – Vai pro seu buraco que você chama de apartamento.
- A casa não é sua. E não ligo à mínima se você não suporta a minha presença. – Sorriu. – Os incomodados que se mudem. Certo?!
“Esse sorriso! Eu odeio essa garota!”
- Meu pai vai saber disso, Maria. – Eu não ia abaixar a cabeça para essa garota insuportável. Ela revirou os olhos.
- Tremendo de medo. Garota insuportável, meu Deus! – continuava me encarando.
- Amor, por que não se dá bem com a Nanda? – Nanda? Era só o que me faltava. Olhei com os olhos em brasa de pura raiva para aquelazinha.
- Até você? – deixei as coisas que peguei da geladeira e deixei em cima do balcão. – Faça você mesmo o seu lanche. – Me sentei de frente para ela.
- Como você é mimada, Alice. – levantou. Arrumou a blusa branca e brega, pegou a bolsa preta. Colocou o blazer e sorriu para mim. – Até breve...
- Vai tomar no...
- Alice! – Leandro me interrompeu.
O meu bom humor pós-sex* foi todo embora depois daquela conversa indigesta com a fulana. Leandro foi embora logo depois, me deixando sozinha na mansão. Decidi me distrair um pouco no ateliê que pertenceu à minha mãe.
Ela morreu quando eu tinha dezesseis anos, deixando o meu pai e eu arrasados. Ela sofreu um acidente quando voltava de uma viagem. Lembro que implorei para ir com ela, pois adorava quando ela saia para fotografar. Dona Clarisse amava fotografar e pintar. Eu passava horas a observando criar quadros com paisagens, rostos...
- Que saudade, mãe. – sentei na poltrona branca, que por diversas vezes ela me teve em seus braços, contando histórias sobre artes e fotografia. Me falando sobre os sonhos que tivera e que não desistiu de ir atrás para realiza-los.
Não sei ao certo quanto tempo passei me recordando de todos os nossos momentos. Duas batidas na porta e logo à voz grave do meu pai ecoou pelo corredor. Ele abriu a porta e me olhou daquela forma que parecia sempre saber sobre meus pensamentos.
- Vamos jantar, filha? – ele não entrou. Ele jamais entrou ali durante esses seis anos que ela se foi, ele nunca teve a coragem.
- Vamos sim... – levantei e sorri ao olhar mais uma vez por todo o amplo espaço. Ela estava em cada mínimo detalhe.
Jantamos somente nós dois e eu agradeci mentalmente por ele não ter convidado àquela menina chata. Não falei nada sobre a minha conversa “amigável” com a Maria Fernanda. Seria um desperdício de saliva, afinal, meu pai adorava a idiota.
- Como está a faculdade? – ele me olhou sorrindo. Controlei com toda a minha entranha para não revirar os olhos.
- Muito bem... – nunca fui tão boa atriz. Ele sorriu mais ainda.
- Logo estará trabalhando em meu escritório e assumindo com a Fernanda. – “Se controlem queridos olhinhos azuis para não dar um giro de 360 graus.”
- Ainda vai viajar para Los Angeles? – mudei totalmente de assunto. Pois de qualquer forma, se eu falasse mal da fulana, ele a defenderia.
- Viajarei dia vinte e nove. Ficará bem sozinha? Não quer que a Nanda te faça companhia? – meu pai não facilita a minha vida. Eu queria mesmo responder o que a minha cabeça estava pensando, mas me segurei.
- Pai... para de me tratar como criança. – Certo que eu adorava ser mimada, mas não dessa forma e não em tão péssima companhia.
- Tudo bem. Só fiz uma pergunta. – Ele sorriu. – Não entendo a sua implicância com ela. Nanda é uma boa menina.
“Santo Cristo! Eu me recuso a ouvir mais alguma coisa sobre ela.”
Olhei séria para ele.
- Não precisa responder. – Ele riu. – Ciumenta... nada de festas.
Não sou ciumenta coisa alguma, simplesmente tenho motivos de sobra para ter uma falta de simpatia com a senhorita perfeita. Desde que meus pais passaram a ser tutores da Maria Fernanda, as comparações por parte do meu tão amado pai, começaram. Minha mãe sempre me incentivou a fazer o que eu sentisse prazer, mas já o senhor Brandão Azevedo, me torturava com essa chatice de direito.
Foi quando ele descobriu a paixão da Maria Fernanda por todo aquele ambiente que rodeava sua vida profissional. Daí por diante, os dois ficaram ainda mais próximos e o grude todo começou.
- Se você diz... – sua risada foi de deboche. – Sem festas.
“Dessa vez.”
Fingi que não notei a provocação e continuei comendo a massa que ele trouxe do restaurante que eu tanto amava. Depois do jantar, subi para o meu quarto e me joguei na cama com o meu celular. Disquei o número do meu namorado e ele demorou um pouco para atender, me deixando chateada.
- Oi, meu amor... – ouvi ao fundo as vozes de homens e mulheres.
- Aonde você tá, Leandro? – perguntei estranhando.
- Estou em um barzinho com alguns amigos, meu amor. – Ele respondeu calmo.
- Em plena segunda-feira? – perguntei incrédula.
- Queria jogar conversa fora, minha linda. – falou carinhoso.
- Oh, meu lindo. – Ele sempre me fazia ficar toda derretida.
Ficamos conversando durante mais alguns minutos e depois nos despedimos, prometendo ele que não demoraria a ir para casa. Tomei um longo banho e me joguei novamente em meus lençóis para dormir, afinal, amanhã teria que acordar cedo para o meu castigo que eu chamo de faculdade.
Quinta-feira, 2 de março de 2016.
Depois que toda aquela euforia do carnaval passou, eu particularmente não era tão fã daquela data, os trabalhos na faculdade pioraram. Estava em meu último ano naquela faculdade e mesmo depois de todo esse tempo, não sentia o mínimo prazer em nada do assunto. O professor João Paulo pediu para que fizéssemos uma simulação de um julgamento. A turma foi dividida em acusação e defesa e o professor deu uma causa diferente para cada dupla.
- E essa cara? – Marilia me perguntou sorrindo.
- Sabe que odeio isso. – falei entediada. Estávamos sentadas no pátio da faculdade.
- Pois nem parece. É tão boa nisso... – olhei para a loira a minha frente.
- Eu? – arqueei uma sobrancelha em dúvida.
- Suas notas são ótimas. Deve tá no sangue. – Espero que não esteja.
- Caso difícil? – Rafael me abraçou e depois beijou o rosto da Marilia, que quase se derreteu.
- O nosso é. – Ronni sentou ao meu lado.
- Muito chato, isso sim. – Resmunguei.
- Que gata. – Ronni falou e eu olhei para a pessoa.
Revirei os olhos ao ver de quem se tratava.
- Aquela não é sua irmã? – Marilia perguntou e eu quase tive um treco.
- Aquela garota não é minha irmã. – Bufei.
- Mas é gata. – Maria Fernanda entrou em uma sala, que eu supus ser de algum antigo colega de sala. A pobretona geralmente ia até lá para ver o Antônio.
- Vamos voltar para o trabalho. – Ignorei os dois, que babavam pela pobretona.
Voltamos a dar atenção ao maldito trabalho que seria entregue em alguns dias. Depois das aulas, voltei para casa imediatamente. Tomei um banho demorado, comi algo rápido e mandei uma mensagem para o Leandro. Ele estava um pouco estranho fazia um tempo e eu já havia tentado descobrir do que se tratava, mas ele sempre negava algum problema.
“Espero mesmo que não seja nada.”
Adormeci com esses pensamentos.
Meu pai passou quatro dias em Los Angeles. Pouco vi a senhorita certinha na minha casa e isso era um alivio. Leandro esteve comigo durante esses dias. Aparentemente, estava tudo certo entre nós. Conheço o Leandro há mais de três anos, somente de um ano para cá que começamos a ficar e depois namorar. Sempre fui apaixonada por ele, mas sabia da fama de pegador. Conheci algumas garotas que se envolveram com ele. Não queria ser mais uma na lista, mas quando ele confessou estar apaixonado por mim, não resisti.
“Seria impossível.”
Fim do capítulo
Notas finais.
Eu voooooooooooooooooooolteeeeeei...
Oie meus amores... estamos de volta.
Uma nova história feita com o mesmo carinho da primeira. Espero sinceramente que agrade a vocês... Estava com muitas saudades... não imaginam o quanto...
Quero agradecer de todo o meu coração à Mariana Banin. Linda, você é a alma desse novo projeto. Obrigada por me aturar e pelo tantos conselhos. Você é um dos presentes que o Lettera me deu.
Luane, você como sempre uma grande parceira. Mais uma história juntas e espero que não pare por aqui...
Será dois ou três caps por semana. Vocês podem escolher os dias se quiserem...
Eu tinha um monte de coisas para escrever, mas acabei esquecendo a maioria...
Me digam o que pensam... Estarei esperando ansiosa...
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Lea
Em: 20/08/2021
Boa tarde aurora
Essa história é uma trilogia??
Tem um livro com 95 capítulos,esse seria o primeiro livro?? Começei pelos livros errados? Li dois (Por que demoramos tanto?,Tudo de nós :Pq demoramos tanto?)
Resposta do autor:
Boa tarde, meu bem.
Sim, começamos por Tudo de nós, Por que demoramos tanto e depois Tudo de nós(PDT).
Bom, a primeira ainda irá passar por uma edição(minha primeira estória, então há aquele ar bem amador), mas fique a vontade para ler.
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Lana Santos
Em: 05/04/2017
Olá Luh e Lêh!
Meu primeiro comentário. ..Me desculpem mas sou afoita de mais pra esperar e ultimamente tenho lido somente histórias já finalizadas! Acabei de ler agora é ainda estou esperando....Sei lá o quê! Kkkkkkkkkk
Concordo com alguém que disse que o final de vocês já virou marca registrada, porque nunca vi algo assim e sinceramente, adorei! Ainda mais sabendo que terá continuação! Kkkkkkk
Mas não poderia deixar de comentar! Amei! Estou apaixonada pelas personagens até agora! E esperando ansiosamente pela segunda temporada! XD
Ahhhhhhhhhhhhh, esse negócio de grupo de whats é real msm ou foi só uma tentativa???? Adoraria conhece - las melhor! E quem sabe não passo a ler a história em andamento se puder ficar cobrando?!kkk?kkkk
Bjos as duas! Fiquem bem! ;)
Resposta do autor:
olá Lana...
seja bem-vinda...
rs... tá esperando tudo que ainda estar por vim...
nossos finais são meio loucões... mas, queriamos fazer diferente... algo que vocês pudessem identificar como nosso... acho que vem funcionando...
nossa segunda temporada irá demorar, mas acontecerá sim... só aguardar meu anjo.
sim... o grupo existe, mas adianto que não é movimentando... é super básico...
bom, mande seu número.
91981044227... esse é o meu...
esperamos por você meu bem;;
um super beijo e muito obrigada por tirar esse tempo para comentar...
Letícia Corrêa
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lay colombo
Em: 29/03/2017
Seria meu sonho a segunda temporada de tudo de nós ?
Mulher te amo serião, só não terminei de ler antes pq meus sobrinhos tavam aqui essa semana, ai eles são meu xodózinho então minha atenção era toda deles , fora o trabalho né (a faculdade gracças a Deus só volta semana q vem), mas tava lendo todo dia antes de dormir e no ônibus. Eu sempre comento qnd gosto de vdd dá história, sei o qnt vcs autores se sentem motivados por comentários, então eu comento em TD kkkkkkk
Bjo minha linda, tenho certeza q vou amar o último cap. E com certeza não vou perder tudo de nós 2.0.
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Luciana
Em: 09/01/2017
ebaaa... que bom que voltaram... amando esse inicio... esperando anciosa pelo proximo.
Espero que essa história seja um sucesso quanto a outra.
Adoro vcs autoras..
Beijos
Resposta do autor:
Poise, não estavamos mais aguentando de
saudade de vcs e de postar a nova história.
obrigada, esperamos também que vcs gostem
e acompanhem como a anterior.
Valeu linda, adoramos vc também
Beijos.
Luh.
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Naahdrigues
Em: 08/01/2017
Por que tão demorando tanto? Kkk-
?
Tem alguém aqui que ama me deixar ansiosa.
Resposta do autor:
Calma guria, pronto vou postar agora. kkk
é quem sabe, é bom ficar com aquele gostinho
de quero mais. rsrsrsr
Bjs.
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laisl
Em: 07/01/2017
Ja diria janice de Friends: "OH MY GOD", vocÊs voltaram tava morrendo de saudade meninas, e já voltaram arrasando com esta estoria, espero q não demorem a postar(sem pressão viu meninas?). Bjs e sempre que der estarei comentando aqui. De sua fã numero 1
Resposta do autor:
Oiiiiie que saudade de vc guria, poise voltamos
com mais essa história pra vcs, estavamos com
saudade de escrever.
obrigada linda por mais uma vez nos acompanhar
nessa jornada...
Beijo
Leh e Luh.
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Naahdrigues
Em: 07/01/2017
O que falar? Tô apaixonada já, acho que já podem postar o segundo capítulo meninas kk, bjs e sucesso.
Resposta do autor:
Satisfeita que tenha gostado do começo....
vou postar agora mesmo.
espero vê - la mais vezes.
Beijo
Luh.
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