--Ele que se cuide senão ate ele vai correr daqui – Ela disse sorrindo – Eu vou dá uma voltinha com minha priminha que parece ser uma pessoa adorável – Thiago sorriu da ironia da loira.

 

--Boa viagem – Disse Thiago ainda sorrindo ao escutar as batidas na porta.

 

--Ola Rebeca, poderia me acompanhar no tur no hospital?

 

--Claro que posso querida, mas me fala como está à tia Carol?

 

--Muito bem, Thiago pedi para baixarem o sistema no seu notebook e pode usar meu acesso enquanto o seu não fica pronto, vamos Rebeca? – Elas saíram pelo hospital Rebeca mostrava todo o lugar tentando explicar como tudo funcionava.

 

--Então Estela vai ficar durante muito tempo?

 

--Não sei ainda estou decidindo, já foi avisada da reunião de amanhã?

 

--Já sim chegou uma circular no meu email.

 

--Que bom, a oncologia infantil é junto com a adulta?

 

--Sim temos uma otimização de espaço, já que 80% dos trabalhos daqui são pelo o SUS.

 

--Isso significa que eles podem esperar um pouco mais e não precisa ter o conforto necessário?

 

--Olha isso, todos tem conforto aqui, nunca que eles poderiam ser tão bem atendidos em hospitais públicos. – Estela viu varias pessoas em pé aguardando atendimento.

 

--Doutora Estela veio nos visitar? – Estela ver a linda morena aproximando-se

 

-- Doutora Laura, estamos um pouco ocupadas aqui. – Rebeca diz de uma forma rude.

 

--Desculpas doutora Rebeca, apenas vim cumprimentar – Disse dando as costas.

 

--Não doutora Laura me apresente à oncologia, por favor, isso se não estiver ocupada. – Estela pediu

 

--Ocupada eu sempre estou doutora, mas acabei de sair do meu plantão de 18 horas posso acompanhar a senhora.

 

-- Esqueça o senhora e vamos lá então, por onde começamos?

 

--Iria começar pela recepção, mas isso a doutora já viu a situação, mas podemos ir para os leitos de quimio. – Elas saíram caminhando entres os cômodos do setor e tudo era mostrado sob um olhar raivoso de Rebeca.

 

--Bem é isso que estamos vendo doutora Estela, adorei o tur ate mais. – Saiu caminhando sem esperar despedidas.

 

--Petulante, não leve a mal só a mantive no quadro, pois a tia Ana gostava muito dela.

 

--Imagino o porquê, agora me leve na clinica ortopédica – Estela ficava cada vez mais decepcionada com a situação que encontrava as coisas, como que em seis meses o hospital poderia ter ficado daquele jeito?

 

--Creio que seja isso, nossa já está escuro – Rebeca disse assim que acabaram as visitas

 

--Tudo bem Rebeca, eu já vou, ate amanhã na reunião – Entrou no elevador, assim que a porta fecha o seu celular toca.

 

--E ai filha como estão às coisas?

 

--Difíceis mãe, o hospital está entregue as baratas, não sei nem por onde começar

 

--Sei que dará um jeito, confio em você

 

--E se eu não conseguir mãe?

 

--Consegui sim filha sei da sua capacidade.

 

--Queria ter essa certeza também.

 

--Já está em casa?

 

--Não estou indo agora.

 

--Então assim que chegar nos ligue, sua mãe quer falar com você

 

--Está bem, beijos nas duas – Desligou na mesma hora que saiu do elevador.

 

--Thiago eu já estou indo, vai agora?

 

--Vou sim estava apenas te aguardando – Começou a arrumar suas coisas--Então como foi o passeio?

 

--Pior de que pensava,me pergunto como eles detonaram o hospital em tão pouco tempo?

 

--Quanto tempo eles estão na gestão? – Já caminhavam para a saida

 

-- Há seis meses, desde que que minha vó faleceu.

 

--É como falam, o boi só engorda aos olhos do dono.

 

--Minha mãe fala a mesma coisa, vai dirigir?

 

--Claro nunca recusaria pilotar uma maquina dessas – Ela sorriu e logo estavam enfrentando o tradicional engarrafamento de Recife.

 

--Ainda bem que chegamos.

 

--Muito cansada?

 

--Um pouco para quem é acostumado a encarar um plantão de doze horas ate que fiquei cansada.

 

--Vou para um banho ainda tenho muitas coisas para ver daqui para amanhã – Eles subiram e depois do jantar ainda trabalharam um pouco, logo após foram dormir.

 

 

 

--Então como estou de executiva? – Ela estava vestida em uma saia lápis preta, e uma blusa com mangas compridas branca de tecido, muito elegante e imponente

 

--Um arraso, vai tocar terror hoje?

 

--Vou sim, quero ver quem vai aguentar – Sorriu

 

--Então vamos em que carro hoje?

 

--Escolha você – Disse para fazer a alegria do rapaz que abriu um enorme sorriso

 

--Vamos no Porsche?

 

--Claro já aprendeu o caminho?

 

--Mais ou menos, ai meu Deus nunca pensei que iria dirigir um Porsche Macan. – Falou feliz

 

--Cara desculpe o comentário, mas você é a bicha menos bicha que eu conheço – O rapaz gargalhou

 

--Como assim a bicha menos bicha?

 

--Sei lá você nunca solta a franga não?

 

--É por que não sou feminino, nem eu acreditei que era gay passei um bom tempo imaginando ser hetero que achava os homem bonitos.

 

--Se mainha escutasse essa nossa conversa diria, “Estelinha já ensinei a vocês que nem tudo que parece é, pois não existe rotulo para nada quando se trata de pessoas” – Ela imitou o jeito que a mãe falava.

 

--É a dona Emile é muito legal, sempre nos tratou muito bem quando ia lá na agencia uma vez ela ficou bebendo conosco no barzinho da frente, enquanto o seu Caio estava em uma reunião.

 

--A mainha tem esse jeitão de moleca mesmo, nem parece ter a idade que tem, às vezes é mais jovem que eu..

 

--E o engraçado foi a sua outra mãe ligando, ela falou que estava em uma festa que a mulher mais nova tinha dezoito anos, todos sorriram da cena e depois ela teve fazer uma transmissão ao vivo para provar que era mentira o que tinha falado, foi muito engraçado.

 

--Aquelas duas morrem de ciúmes uma da outra. – Seguiram conversando e logo alcançaram o estacionamento do hospital.

 

--Agora vamos parar na minha vaga. – Estela perguntou na entrada o local da vaga da presidência e foi informada que já era ocupada por Carlos, ela sorriu e colocou o carro ao lado do dele. – Nunca vi gostar tanto de um status – Disse sorrindo.

 

--Desculpa ti dizer isso,mas ontem quando você saiu ele foi lá tentar colher informações e se mostrou bem assustado com o que pode acontecer.

 

--Eu quero que ele se mije de medo – Disse sorrindo e entrando no elevador com seu scarpin preto alto, entraram no andar da presidência e só quem estava ali era a secretaria de Carlos informando que todos já estavam a sua espera, inclusive uma equipe de algumas pessoas que se identificaram como auditores, eles deixaram seus pertences na sala e foram para o auditório do hospital.

 

--Nossa quantas pessoas – Disse para Thiago assim que entrou e viu aproximadamente cinquenta pessoas.

 

--É agora é você que é a rainha desse império – Thiago ajeitou sua impecável gravata e entrou logo atrás dela, assim que viram a sua entrada triunfal fez-se um enorme silencio na sala, ela cumprimentou alguns com aceno de cabeça e subiu para o pequeno palco.

 

--Bom dia a todos, peço para que todos desliguem o telefone para não nos atrapalhar. – Fez uma pausa.  –Para quem não me conhece meu nome é a doutora Estela, uma das herdeiras e sócia majoritária do grupo Feitosa aqui no Recife, esse é o Thiago será meu assessor direto aqui dentro, bem como não gosto de rodeios vou direto ao ponto, hoje se dará inicio a uma auditoria aqui nesse hospital, onde todos ficaram proibidos de tomar qualquer decisão sem antes ser informado a eles, os auditores vão ter livre acesso para consultas em qualquer área desse complexo, e quem esconder ou recusar as informações que eles solicitarem estarão automaticamente demitido e isso não será uma coisa muito sensata, então estarei sempre a disposição de todos vocês, iremos nos reunir individualmente com cada setor, então peço os senhores fiquem disponíveis que no maximo amanhã irei passar o dia com a vocês, alguma duvida?

 

--O que irá mudar a parti de agora?  - Um deles perguntou

 

--Irá mudar que a partir de agora assumirei a direção geral do hospital e esperaremos o fim da auditoria para ver o que precisa ser ajustado.

 

--Então o doutor Carlos deixa de ser o administrado do hospital?

 

--Não falei isso, ele continua no seu posto, porem a direção geral é minha, e agora peço que apenas a diretoria se encaminhe para a sala de reunião, aos demais um bom dia de trabalho – Ficaram apenas os diretores.

 

--Em que essa auditoria vai ter liberdade de fazer nos departamentos – Carlos perguntou

 

--Total, elas estará livre para analisar e acharem os problemas de todo hospital.

 

--Eu vou continuar o meu trabalho normalmente com sua chegada?

 

-- Carlos como eu disse você ainda é o administrador do hospital, alias Carlos por que você não tira umas férias o que acha?

 

--Férias? Como assim?

 

--Férias Carlos, viajar descansar curti não quer? - Estela disse com sorriso debochado

 

--Só acho que não é o melhor momento para me afastar do trabalho.

 

-- Tudo bem então fique se é melhor para o hospital –Eles passaram um longo tempo ali e quando Estela viu já o dia já tinha dado lugar a noite.

 

 

 

-- Estou exausta, hoje foi corrido – Disse assim que entrou no carro com o advogado.

 

--Eu estou cansado também, tem muito a se interar.

 

 --Estou faminta olha a hora quase dez da noite.

 

--O bom é adiantamos muitas coisas.

 

--Realmente já deixamos muita coisa pronta para os auditores.

 

--Não sei se você percebeu algo, mas eu não gostei daquele Artur.

 

--Ele é muito solicito a tudo, parece que quer demonstra saber de tudo, quem colocou ele como diretor do financeiro?

 

--Não sei ainda, mas amanhã vou puxar a ficha dele por completo.

 

--Agora vamos descansar que estou morrendo de cansado, é comer e cama

 

--Eu estou do mesmo jeito. – Conversaram mais um pouco e logo foram dormir.

 

 

 

--Estava conversando com a minha mãe, ela disse que o Artur foi contratado assim que o diretor financeiro que minha vó tinha total confiança se aposentou, ele foi indicado pela Rebeca, segundo minha mãe ela não chegou a conversar com ele direito pois tinha muito a resolver, porem achou o currículo dele muito bom.

 

--Isso é estranho você não acha? Será que eles são amigos?

 

--Não vi os dois conversando ou algo do tipo.

 

--Pode ser apenas uma coincidência, vamos lá ao trabalho que temos muito a fazer. – Eles voltaram ao trabalho e totalmente sobrecarregados viram a semana passar.

Fim do capítulo