Nicole

Me chamo Nicole Lopes, tenho vinte e seis anos, sou a filha mais velha de três irmãos, e isso me trás muitas responsabilidades, como assumir a empresa que é da minha família, porém esse nunca foi meu grande sonho, mas como meu pai sempre me ensinou a cuidar da administração e projetos da empresa, eu acabei optando por cursar administração nos Estados Unidos para um dia poder assumir todo o "império" do meu pai, e ser uma grande mulher que minha família sempre sonhou. Me recordo das tardes que meu pai me levava para empresa e me mostrava todos os seus projetos e como a empresa funcionava, os olhos dele brilhavam, e ele sempre me falava, "Minha filha, isso tudo um dia será seu, e tenho total certeza que você irá governar com êxito", e hoje aqui estou eu, dentro de um avião, voltando para o Brasil, para assumir a presidência de uma das maiores empresas do país, Lopes Arquitetura.

Assim que o avião aterrissou, e eu senti o vento tocando no meu rosto eu soube que uma nova etapa da minha vida estava começando, que agora eu não era apenas uma simples universitária, apaixonada por livros e festas, queagora minha  preocupação não seria apenas o que eu iria jantar, ou tentar me esconder das meninas que corriam atrás de mim na faculdade, e então eu senti medo, e me perguntava, " será que meu pai tinha razão e eu realmente vou governar com êxito!? Será que não vou falhar!?"- e foi no meio desses pensamentos que avistei um homem muito sério e bem vestido, ele estava com uma placa em sua mão e havia meu nome escrito na mesma, então eu me conduzir até aquele homem e ele abriu um sorriso amarelo e disse.

" Boa Tarde senhorita Lopes, espero que tenha feito boa viagem, sou motorista da sua família e por causa de alguns imprevistos seu pai não pode vir lhe buscar e ordenou que eu fizesse isso para ele" - não era surpresa para mim meus pais não ter tempo para a família, minha mãe era médica e praticamente morava no hospital, e meu pai sempre teve muitas reuniões e problemas para resolver, depois desse meu pensamento eu respondi o motorista

" Boa Tarde, pode me chamar de Nicoli ou Nick, a viagem foi ótima, e já que meu pai não pode comparacer eu acho melhor a gente ir direto para casa dos meus pais"

"Claro senh.., Nicoli! deixe-me ajudar você com as malas, devem estar pessadas"

" Obrigada, podemos ir!?"

Depois de arrumarmos minhas malas no carro, finalmente estavámos nos direcionando à mansão dos meus pais, quando aqueles grandes portões se abriram e entramos no jardim da enorme casa dos meus pais um filme passou pela minha cabeça, toda a minha infância tinha sido nessa casa, eu e meus irmãos brincavámos de correr pelo jardim, na pescina ou até mesmo com os empregados da casa, meus pais sempre foram muito ausentes nas nossas vidas, e fomos praticamente criados pelos os funcionários da casa, e por isso sempre aprendi a respeitar à todas as pessoas, não importa a cor, a classe social ou até mesmo a opção sexual, se me tratar com educação eu com certeza irei trata-lo da mesma forma.

O carro parou na frente da grande porta de entrada da mansão, e eu nem tinha descido do carro e ja escutei os gritos da minha irmã, Natalía, ela me agarrou pela cintura fiquei sem ar e tive que fugir de seu abraço para poder respirar 

"Nossa como você está linda, Nick! Eu estava com saudades de você faz quase seis meses que não à vejo" - disse Natalía com um grande sorriso.

" Eu também estava com saudades de você mana, mas Newton ja comprovou que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço, você me matou asfiquiciada sua louca " -falei rindo da empolgação da minha irmã

" Tantos anos nos Estados Unidos e continua a mesma garota abusada e engraçadinha" - Natalía falou fingindo estar chateada, elas passaram o resto da tarde contando as novidades de cada uma. 

Ja era quase noite quando os pais de Nicole chegaram, eles a receberam tão felizes quanto Natalía e  se desculparam por não poderem ir busca-lá no aeroporto mais cedo, Nicole se sentia bem em estar novamente no seu país de origem, mas ainda sentia o frio na barriga por ter que assumir tantas responsabilidades.

Fim do capítulo