--Amor não sei se pega bem eu ficar vindo constantemente aqui, seu pai pode estranhar. – Patrícia disse sentada ao lado da morena no quarto dela.

--Pati eu vou conversar com ele, de qualquer forma, se ele desconfiar e vier perguntar algo eu falo a verdade.

--Tudo bem, agora comi, está enganando e não está comendo.

--Eu estou cansada de comer sopa e papa.

--São prescrições medicas, por enquanto apenas comidas leves, e de fácil digestão.

--Estou parecendo uma velha que não tem dentes.

--Você ficará uma velha linda, rabugenta, mas linda – Patrícia disse sorrindo

--E você irá está lá aturando minhas caras feias com bastantes beijinhos.

--Vou sim com todo prazer do mundo. – Deu um selinho.

--Eu sei que vai, falando nisso a Ana está melhor?

--Está sim a visitei hoje a tarde, a cirurgia foi um sucesso  parece que amanha de manhã ela já vai para casa.

--Que bom, espero que ela volte a andar logo.

--Eu também, conseguir adiantar a liberação das férias da San assim ela poderá cuidar dela.

--É minha amiga vai cuidar dela direitinho.

--Vai sim agora acaba logo essa sopa.

--Ela está enganado novamente para comer? Patrícia sabe o que ela fez hoje de manhã? – Dona Maria entrou no quarto já falando. —Ela subornou o Rodrigo para trazer um sanduiche para ela dentro da mochila, só não comeu porque eu sentir o cheiro e impedi.

--Lucy que coisa mais feia, onde já se viu uma coisa dessas? Parece criança. 

--Eu só queria mastigar alguma coisa e outra já estou quase boa, os pontos já estão sequinhos consigo levantar, sentar e ate ir ao banheiro sozinha não iria fazer mal. – Protestou.

--O medico disse que depois de vinte dias você estaria liberada, faltam apenas dois dias, então controle-se, olha o remédio das dez horas. – Deu o comprimido a filha.

--Tudo bem eu vou me controlar, prometo.

--Filha o Rafinha ligou, disse que não veio jogar vídeo game com você por conta da chuva – Lucio disse entrando no quarto.

--É melhor mesmo, está chovendo muito – Olhou pela janela.

--E eu já vou para não ficar ruim de voltar.- Patrícia disse levantando.

--Por que você não fica Pati? Dormi aqui, afinal as ruas devem está tudo alagadas, essa cidade não pode ver uma aguazinha que parece que vai acaba-se.

--Não sei seu Lucio, não quero incomodar e outra vou para a delegacia amanhã cedo.

--Não se preocupe, você não incomoda, Maria pega os lençóis eu vou pegar um colchão para ela dormir aqui ao menos elas ficam de papo ate tarde – O homem disse saindo do quarto.

--É Pati fica ao menos eu não ficarei rolando na cama ate tarde, de dia se eu deitar consigo dormir, já a noite fico rolando ate o sono chegar – Lucy pediu.

--Tudo bem se não tiver nenhum problema – Olhou para Maria para se certificar que não iria incomodar.

--Não irá incomodar – Disse e saiu do quarto

--Oba! estava com muitas saudades de dormir contigo – Lucy disse sorrindo, Logo os senhores chegaram e uma cama estava pronta para a ruiva.

--Não é uma cama de luxo, mas dá para dormir tranquilamente. – O senhor disse sorrindo.

--Não se preocupe, não tenho luxo, obrigada pela gentileza.

--Não tem gentileza nenhuma, amiga da Luluzinha é nossa amiga também agora eu vou dormir velho não é para está de pé depois das dez.

--Benção pai, mãe.

--Deus te abençoe ate amanhã meninas – Saiu do quarto.

--Bem, juízo as duas – Maria disse e saiu do quarto fechando a porta.

--Anjinha tranca a porta, quero uns beijinhos seus.

--Tudo bem, mas trate de se comportar -  Deitou-se ao lado da morena e começou um beijo lento e delicado.

--Anjinha creio que semana que vem vou conversar com meu pai, não quero mais esconder de ninguém.

--Eu sei amor, eu te amo sabia? – Fez carinho no rosto da morena.

--Saber, saber eu sei, mas acho que você poderia mostrar em um beijo – Puxou a ruiva pelo pescoço a beijando com volúpia, o beijo acendeu ambos os corpos, fazendo com que eles acendessem, a ruiva deu um leve gemido sentindo a morena apertar um dos seus seios por cima da blusa.

--Amor, para não me tortura assim – Falou quando a detetive desceu a boca para seu pescoço dando leves mordidas.

--Parar por que tá tão gostoso – Continuou com as caricias.

--Lu você não pode amor, AHH! – Gem*u ao sentir a mão da morena romper a barreira da blusa e do sutiã  e apertar o bico do seu seio.

--Deixa rolar, se doer eu paro. – Continuou com as caricias.

--Não é melhor parar – Levantou rápido

--Não anjinha vem aqui vem? Estava tão gostoso – Fez cara de manha

--Não ! Fica ai quieta você não pode se esforçar  – Levantou pegou um blusão da morena e foi para o banheiro, tomou um banho frio e quando voltou viu a morena de olhos fechados, suspirou em alivio pois sabia que seria difícil resistir as investidas da morena, resolveu nem deitar na cama, ajeitou-se no colchão e mesmo sentindo o sex* latejar de desejo resolveu relaxar e tentar dormir, na cama Lucy via a sua morena deitada e inquieta Lucy virou-se bem lentamente e com bastante cuidado deitou-se por trás da ruiva que não teve tempo nem de reclamar, agilmente a morena a puxou pra si e colocou a mão dentro de sua calcinha.

--Você fica uma delicia com esse blusão – Beijou o pescoço da delegada e sentiu o quando seu sex* estava úmido, não tardou em começar uma massagem lenta em seu clit*ris já durinho.

--Amor você não... Aii que delicia!! – A ruiva se entregou ao desejo e não conseguiu mais parar, puxou o lençol para a boca afim e abafar os gemidos que soltava.

--Amo você assim molhadinha para mim minha cabelo de fogo gostosa – Falou e invadiu o sex* molhado com dois dedos sedentos pela sua umidade, com movimentos rápidos levou a loira ao auge do prazer.

--Amor vai, assim, eu vou... – Voltou a colocar o lençol na boca deixando apenas um gemido abafado ser escutado no quarto.

--Gostosa – Lucy disse após tirar os dedos suavemente de dentro dela e os levar a sua boca – Estava morrendo de saudade do seu gosto. – A ruiva virou-se e encontrou os olhos da detetive que estava faiscando.

--Você é louca sabia? Não pode se esforçar assim -  Deu um selinho nela

--Não me esforcei, o mais importante é te ver com essa carinha linda – Deu um selinho nela – Sabia que você fica mais linda depois que goz*? –Patrícia sorriu

--Olha só, quem ti viu quem ti ver, quem era toda encabulada para falar em qualquer coisa relacionada a sex* falando assim, está me saindo melhor que a encomenda- Sorriu e a beijou docemente.

--Sua culpa que me fez ver o lado bom da vida – Disse sorrindo.

--Eu acho que corrompi sua pureza – Sorriram  -- Agora é minha vez, mas quero que você diga se algum momento doer me avisa tá bem? – Disse ajoelhando-se e retirando o short juntamente com a calcinha da morena.

--Aviso sim – Lucy disse sem tirar os olhos dos movimentos da ruiva que retirava a roupa sua roupa.

--Hum que delicia, toda molhadinha assim – Passou dois dedos sobre o sex* da morena e os levou a boca, gesto esse que fez o tesão da morena elevar instantaneamente, a delegada abaixou-se e começou a beijar o joelho, depois as coxas repetiu o gesto na outra perna e subiu um pouco mais, quando foi afastar a blusinha que Lucy usava foi detida pela mão da morena que não se sentiu confortável em expor os pontos que ainda estavam ali.

--Não sobe a blusa anjinha  - Pediu e a Ruiva entendeu na mesma hora, sem dizer nada voltou-se para o centro de prazer que latej*v* de tesão, desceu a boca ate os grandes lábios passando levemente a língua, levando a detetive a soltar um gemido rouco, sem demorar mais a ruiva abocanhou com vontade aquele sex* pulsante e delicioso, em um vai e vem lento da língua que fazia o corpo da morena suspender um pouco, sem demora para não torturar a morena ela aumentou o ritmo levando a morena a um orgasmo demorado, após sugar tudo que foi oferecido a ela subiu lentamente ate alcançar a boca com a respiração ainda pulsante.

--Estava morrendo de saudades do teu gosto – deu um selinho –Do teu cheiro – Outro selinho.

--Eu realmente estava precisando disso – Abriu um sorriso largo.

--Você é louca, poderia ter machucado—Deitou-se o braço da morena.

--Eu sei, mas valeu o risco agora vem aqui que eu quero...- A ruiva não deixou ela acabar

--Não quer nada, já está bom por hoje, agora relaxa e descansa.

--Não estou cansada, muito pelo contrario, estou louca cheia de tesão – começou a passar a mão no seio da ruiva.

--Então vai continuar cheia, eu quero muito, mas também quero você bem, imagina só amanha termos que explicar para seus pais que os pontos estouraram?  Nada disso fica quieta e vamos dormir – Puxou o lençol cobrindo-as

--Você é chata sabia?

--Sabia, agora dormi – Acomodou-se no braço da morena que sorriu e começou a fazer leves carinhos nos cabelos acobreados.

--Eu te amo muito – Sussurrou para a ruiva que já estava adormecendo.

--Tia? –Escutaram a batidas na porta.

--Lu, amor acorda – Pati sacudia levemente a mulher que dormia  --Amor Acorda – Falou mais alto e ela apenas resmungou. –Lucy acorda! – quase gritou e Lucy abriu os olhos levemente.

--Oi anjinha tá cedo dormi mais um pouco – Falou virando

--Amor seu sobrinho está ai ao menos tenta levantar para sua cama.

--Esta bem, me ajuda a levantar? – Disse com a cara feia, Patrícia a ajudou a deitar em sua cama e foi abrir a porta do quarto.

--OI Rafinha o problema vai ser acordar ela – Patrícia disse vendo o menino entrar. –Fica com ela que vou trocar de roupa – Pegou suas roupas nem lembrou que estava apenas de blusa e calcinha.

--Ual!  Que gostosa!– Rodrigo disse olhando para a ruiva entrar no banheiro do quarto.

--Ela tem uns pernão! – O mais novo disse também olhando.

--Aii! – Gritaram ao sentir um travesseiro atingi-los

--Ei olha o respeito moleques – Lucy disse com a cara fechada

--Desculpa tia, é que ela estava só de calcinha, não sou cego. – Rodrigo disse com um sorriso safado

--Ela estava de blusa e acordou as pressas e outra ela poderia está nua isso não dá o direito de nem você nem homem nenhum agir assim entendeu? –Falou com grosseria.

--Desculpa tia – Rodrigo disse envergonhado – Eu não sabia que ela estava aqui e vim ti dizer que não vai dá para trazer o esquema

--Tudo bem agora fecha a matraca – Gesticulou para ele não falar mais nada, ele entendeu perfeitamente e ficou calado.

--Tia eu vou ficar o dia todinho aqui com a senhora – Deitou o mais novo na cama com a tia.

--Oba! Vai ser muito bom ter meu bebezinho o dia todinho comigo. – Abraçou o menino e começou a beijar o menino

--Está entregue, e Rafa lembre-se do que a mamãe disse nada de pular na tia, nem brincar de luta, agora eu vou comer e depois pegar o ônibus, estou atrasado para o curso.

--Onde é seu curso Rodrigo? – Patrícia perguntou saindo do banheiro já arrumada

--No centro – Falou envergonhado

--Eu te dou uma carona estou indo para a delegacia, vai querer?

-- Vo vou sim – Estava envergonhado

--Já ganhou carona, agora vai comer e você também – Deu uma tapinha na bunda do menino que levantou rindo – Fecha a porta quando sair – Os meninos saíram fechando a porta.

-- Amor não poderei voltar hoje, estou no plantão da noite amanha eu venho ti ver. – Deu um selinho rápido nela.

--Tudo bem, hoje vou dá uma caminhada aqui na rua mesmo.

--Não exagera, te amo adorei a noite – Sorriu e saiu, logo depois que comeu por exigência de Maria, coisa que ate estranhou, mas não falou nada saiu com o garoto em direção ao seu trabalho.

--Bom dia desculpe o atraso, como está Aninha? – Disse entrando em sua sala na delegacia.

--Está bem, daqui a pouco vou busca-la, nossa que sorriso é esse? – Sandrele disse ao ver a delegada sentar com um largo sorriso na sua mesa.

--Isso tem cara de sex*. – Ricky disse em tom de brincadeira.

--Não tem como esqueceu que a Lu está doente e na casa dos pais – Sandrele disse olhando para a ruiva que não segurou um sorrisinho de lado.

--É tinha esquecido disso – Ricky disse e a ruiva mantinha o mesmo sorriso

--MENTIRA!  - Sandrele disse com uma cara surpresa – Suas loucas como fizeram isso? Aquele quarto é mais movimentado de que fila de promoção de loja.

--Eu não falei nada, apenas dormir bem – A ruiva disse rindo o quase escândalo da detetive.

--Definitivamente sua noite foi boa, agora desembucha que está escrito em sua testa “transei horrores” – Ricky disse sorrindo

--Eu não transei horrores apenas dormi abraçadinha com minha morena – Disse assinando uns documentos.

--Cara vocês são loucas, como conseguiram essa proeza?

--A chuva que fez essa proeza para nós, pronto San está de férias a partir de hoje.

--Adoro, agora deixa-me ir buscar minha esposa, vou leva-la para casa, amanhã já começa a fisioterapia – levantou para sair – Ei não morram de saudades de mim hein – Sorriu.

--Agora quero detalhes – Ricky disse gesticulando com as mãos

--Não tem detalhes nenhum, só que por causa da chuva acabei dormindo na casa da Lucy, e pasme fui super bem tratada pela sogrinha hoje de manhã – Disse sorrindo.

--Isso é muito bom, que bom que ela está tão bem, e pela sua cara tenho certeza que vocês duas... – Foi interrompido por pequenas batidas na porta, após a delegada aprovar a entrada um dos agentes coloca a cabeça.

--Henrique sua sobrinha está aqui, querendo falar com você.

--Minha sobrinha ? –Ficou surpreso e assim que levantou viu a menina entrar correndo o abraçando. – O que houve gata? – Estranhou, pois a menina começou a chorar, ele olhou sem entender para a menina com cabelos loiros e mechas rosas, a levou ate o sofá e levantou o rosto da menina, notou os lábios inchados e um dos olhos com uma marca roxa. –Meu Deus Milena quem fez isso com você – Patrícia aproximou-se com um copo de água.

--Toma um pouquinho de água. – Entregou a menina.

--Fala Milena quem fez isso com você ? – Falou exaltado

--Foi o – Abaixou a cabeça

--Fala Milena – Gritou

--Ricky Calma – Patrícia pediu. – Ei fica calma, você quer conversar? – Olhou para a menina que chorava, ela olhou para a mulher e balançou a cabeça em afirmativo. –Ricky me espera lá fora

--Como assim? Eu quero saber o que houve

--Henrique lá fora – Foi bruta, ele ainda ia falar, mas com o olhar da delegada ele saiu da sala.

--Ei calma, agora você está segura ok? – Alisou o cabelo da menina –Quem fez isso com você?

--O meu pai – Ela disse insegura – Meu tio vai querer arrancar o coro dele.

--Tudo bem, mas por que ele fez isso?

--Eu, eu... – Não parou de falar

--Vamos fazer uma coisa, eu te prometo só falar ao seu tio o que você autorizar, sei que sou quase uma estranha, mas te prometo só contar o que você deixar.

--Ta certo – respirou fundo – Ele me pegou com uma...- Travou novamente.

--Com uma? – Tentou incentivar a menina alisando o cabelo dela.

--Ele me viu beijando uma menina – Disse com a cabeça baixa. –Eu sei que é errado, mas eu gosto dela – Disse voltando a chorar.

--Ei quem disse que é errado?

 --Meus pais e meu irmão

-- A pergunta é só uma você acha errado? – A menina balançou a cabeça negativamente. – Então, é a sua vida você não escolheu ser assim e deixa eu te confessar uma coisa, pode ter certeza que as garotas são melhores que os garotos, digo com experiência própria – Disse depois sorriu com a cara que a menina fez.

--Serio que você? Caraca! – Disse impressionada

--Nossa por que a surpresa?

--É que a senhora é assim toda meninha, sei lá nunca imaginei.

--Então aprenda uma coisa, nunca tire conclusões por roupas, cortes de cabelo ou jeito de ser, tudo bem? – Ela balançou a cabeça afirmando –Agora me diz uma coisa, por que você não quer falar para o seu tio?

--Estou com medo dele se afastar de mim – Disse com a cabeça baixa.

--Ei – Levantou a cabeça dela – Não pense assim, seu tio te ama e seria a ultima pessoa a virar a cara para você, eu te garanto isso.

--Você conta comigo?

--Você prefere que eu esteja aqui?

--Prefiro – Sentia confiança na ruiva.

--Tudo bem vou chama-lo – Saiu e chamou o detetive que estava andando de um lado para outro perto da porta.

--Então agora podem me dizer o que houve?

--Ricky acalme-se e sente, ela vai contar o que houve.

--Tudo bem – Sentou-se ao lado da sobrinha e fez um carinho no rosto dela.

--Tio é que hoje de manhã – Respirou fundo e olhou para Patrícia que deu um olhar de apoio. –O pai me viu beijando uma garota lá perto de casa, dai ele saiu me arrastando ate em casa e lá me bateu – Falou bem rápido deixando o homem estático

--Espera ai volta a fita e fala devagar – Ele pediu meio confuso

--Ricky você escutou bem o que ela disse.

--Como assim aquele idiota te bateu? – Levantou –Eu vou ensinar a ele a não fazer isso com você, eu vou matar aquele desgraçado – Começou a andar de um lado para o outro na sala.

--Ricky acalme-se e você não vai matar ninguém – Patrícia disse pegando no ombro dele.

--Tio você escutou o que eu falei? – Ela perguntou

--Sim Milena eu escutei aquele desgraçado, sempre quis resolver tudo na violência, mas em você eu não vou permitir não vou mesmo.

--Tio o senhor escutou que eu  gosto de meninas?

--Sim e qual a novidade nisso? Me poupe Mille já sei disso a mais de um ano – Disse como se fosse a coisa mais natural do mundo

--Como assim o senhor sabe? – Ficou surpresa

--Sabendo, mas me diz como ele deixou você sair?

--Eu fugir pela janela, ele me trancou no quarto – Falou de cabeça baixa.

--Ótimo, não vai voltar para aquela casa, aquele miserável.

--O que o senhor vai fazer?

--Vou bater muito nele depois pegar suas coisas e te levar para minha casa.

--Mas tio eu ainda tenho dezesseis anos, se ele não deixar?

--Ele não tem o que deixar – Falou levantando

--Tem sim Henrique, ele é pai dela e ela é de menor tem que pensar no que fazer.

--Mas eu conheço aquele troglodita se ela voltar para lá ele vai bater nela novamente ate ela prometer que nunca mais vai chegar perto de nenhuma menina.

--Calma, Milena você quer morar com seu tio minha linda? – Ela balançou a cabeça em positivo. –Pronto, Ricky chama dois policiais, vamos fazer um boletim de ocorrência, e com isso você entra com pedido de guarda da menor e você não vai bater nele me escutou? – Patrícia falou

--Ele vai ser preso?

--Ele tem antecedentes Ricky?

--Que eu saiba não

--Pronto vou autuar como Maria de Penha, não se preocupe eu estipulo uma fiança ele paga e responde em liberdade, isso se você quiser – Ela olhou para a menina que apenas balançou a cabeça afirmando. – Henrique?

--Por mim aquele infeliz mofava na cadeia – Falou com raiva.

--Pronto, agora vai chamar os policiais, Ricky leva ela para fazer o corpo de delito e a leve para casa, estarei te esperando aqui – Ele afirmou e foi fazer o que ela pediu, antes de sair a ruiva a chamou –Ricky aproveite e fala pra ela também.

--Mas agora?

--Não vejo hora melhor isso vai ajuda-la e você poderá esclarecer muitas duvidas dela.

--Vou ver se eu consigo.  – Ele saiu com a menina

--Tio como o senhor descobriu de mim?

--Gaydar – Disse com toda naturalidade que foi possível.

--Como assim? – Ela perguntou surpresa olhando para ele que dirigia atentamente.

--Ai Mille vai dizer que não sabe o que é gaydar?

--Saber eu sei, só não imaginei que você saberia.

--Pois eu sei, e o meu é super apurado.

--Como é que é? – Ela gritou

--Isso mesmo, essas rachas são tudo devagar – Falou afeminado.

--Meu Deus – Falou olhando para frente

--O que foi?

--O mundo é gay – Ela disse como se tivesse feito uma grande descoberta

--Isso faz tempo gatinha, agora é serio, só não me assumir ainda por que conheço o seu pai e sei que se ele descobrisse iria me afastar de você, mas agora eu ti prometo que ele não vai te fazer mal. – Fez um carinho na cabeça loira.

-Tio esse enxame, estou com medo.

--Não se preocupe, o medico apenas irá ver os machucados e a gravidade deles, não terá muito trabalho pois está bem aparente. – Ela balançou a cabeça e logo chegaram ao IML, lá eles fizeram os enxames e assim que saíram ele guiou o carro para a casa dele.

--Tio o senhor tem namorado?

--Eu mesmo não, isola – Respondeu  com trejeitos.  – E você tem namorada?

--Ainda não, a gente ficou e tudo mais, mas tipo acho que ela não me quer.

--Depois vemos isso, agora quero que você fique bem aqui, promete não ir para lugar algum? – Disse entrando na garagem do seu prédio.

--Prometo, vou dormir um pouco. – Abriu a porta do carro para sair mais voltou – Tio eu te amo muito, obrigada – Abraçou o tio que não coseguiu segurar e chorou.

--Eu também te amo, agora vai lá e não abri a porta para ninguém – Ela balançou a cabeça em afirmativo e saiu.

 

--Então fez o enxame? ´- Patrícia perguntou assim que o detetive entrou na sua sala

--Fiz, o laudo está aqui, já mandou busca-lo?

--Já espero que o encontre.

--Essa hora ele estará no trabalho, é bom que faz vergonha para aquele calhorda.

--Não pensei que ele fosse assim

--Pois é, você não sabe o quando eu sofri na mão dele, mesmo eu nunca me assumindo, quando eu era adolescente na idade da Mile se eu falasse um pouco mais fino ele me batia junto com meu pai, que dizia que filho dele tem que falar igual a homem, meu presente de dezoito anos foi uma prostituta que ele levou pra meu quarto, por que ele descobriu que eu nunca tinha trans*do com uma mulher antes.

--Então você transou com ela?

--Nada ficamos uma hora falando baixinho de novela, às vezes ela soltava uns gemidos altos e eu falava umas sacanagens para disfarçar, ela disse que foi o dinheiro mais fácil que já tinha ganho.

--Imaginei – Patrícia disse sorrindo.

“--Pronto agora dá pra me soltar? – Escutaram uns gritos no corredor “

--Olha ai meu maninho- disse olhando para a delegada.

--Vamos tirar essa marra dele agora. – Levantou, colocou a arma na cintura e foi ate a porta –Que confusão é essa aqui? – Perguntou aos policiais que estavam com o homem.

--Esse senhor que está violento doutora.

--Tragam ele – Voltou para sua sala disse olhando para o homem que era muito parecido com o irmão mais novo

--Henrique? Que bom que você está aqui cara, eu não sei o que está acontecendo não fiz nada para esses imbecis me prenderem. – Disse olhando para os policiais.

--Olha a boca senão acrescento desacato – A delegada disse e ele a olhou com raiva

--Senta e fica calado Gustavo – Disse autoritário

--Mas eu não fiz nada por que me prenderam.

--Senhor Gustavo não estamos lhe prendendo, ainda – Patrícia deu um sorriso cínico.

--Me prender por quê?

--Estamos te enquadrando na lei 11.340 de 2006, o senhor sabe o que isso significa?

--Não faço ideia, só sei que não fiz nada e se você continuar querendo me deixar aqui eu procuro meus direitos e acabo com você -Disse levantando e batendo na mesa da delegada, os policiais logo aproximaram para conte-lo

--Primeiro abaixe o tom de voz e sente-se, segundo me respeite senão a sua situação só vai piorar. – Patrícia colocou o dedo na cara dele, ele olhou para o irmão.

--Henrique me ajuda, eu não sou criminoso.

--Não é? Você é um escroto miserável – Segurou ele pela gola da camisa, os dois policiais mexeu-se para separar, mas com um gesto de mão Patrícia disse que não.

--Do que você está falando?- Perguntou confuso

--Eu estou falando da sua covardia de bater em uma garota, você não é tão valente? Bate em mim vamos lá me bata! Não vai me bater não é? Sabe por quê? Você é um nada, um imbecil que só levanta a mão só para indefesos, foi sempre assim um medroso – O detetive cuspia na cara dele o que estava guardado.

--Eu só fiz o que um bom pai faria quando os filhos fazem algo de errado, e ela é minha filha eu que mando nela, e faço o que eu quiser. – Disse tentando solta-se do irmão

--Não fez não, solte-o – Patrícia disse ao lado dele tocando o braço do detetive. Que respirou fundo e atendeu. – Gustavo o senhor está sendo autuado por ter agredido a menor Millena Batista.

--Ela é minha filha eu não me arrependo de ter batido nela, me diga onde eu assino e me deixe ir, sei que é só isso que a delegada pode fazer, eu não tenho ficha suja não vou ser preso por dá umas tapas naquela... naquela

--Naquela? – Ela perguntou encarando ele

--Naquela menina mimada que acha que pode ser uma depravada, mas na minha casa não vai ser do jeito que eu quero.

--Bem Gustavo, o que eu tenho a te dizer é que infelizmente não tem nada para assinar, você tem direito a uma ligação e arrume um advogado logo, ficará detido  – Patrícia falava com toda calma do mundo

--  Quem você pensa que é para me prender, eu só dei um tapa nela isso não é motivo para prisão.

--Eu sou a delegada que está com seu futuro nas mãos, e sabe o que é pior? Sou uma depravada que vai adorar te deixar mofar numa cela, levem esse merd* daqui.

-- Calma você não pode me prender por agressão

--Não estou ti autoando por agressão e sim pela lei Maria da Penha seu imbecil.

--Mas eu não bati na minha mulher – Estava surpreso

--Eu sei, mas a lei não se restringe a violência de marido e mulher e sim para agressão a mulheres em seu âmbito familiar, então trate de arrumar um advogado e que ele seja muito bom.

--Mais eu não posso ser preso, por favor, Ricky me ajuda

--Tem uma coisa que você poderá fazer. – Olhou para Ricky que apenas balançou a cabeça em positivo – A partir de hoje a menor ficará morando com o tio e nunca – Levantou e chegou bem perto do rosto dele. –NUNCA mais você vai chegar perto dela, se isso acontecer eu te jogo numa cela e faço questão que você vire mulher de vários caras na cadeia, você me escutou?

--Como assim morar com ele?

--Morar comigo, vou cuidar dela já que você não sabe educar ninguém a não ser um animal, alias animal não pois isso seria uma vergonha para os animais.

--Se você que ficar com ela fique, mas saiba que não pago  mais nada, nem a escola, se vire com os mimos para aquela mimada.

--Tudo bem, mas não invente de chegar perto dela outra vez, dessa vez a Patrícia me impediu de te matar, mas na próxima vez eu não garanto isso. – Olhou firme para o irmão.

--Pronto estamos resolvidos, o senhor vai querer contratar um advogado ou posso de estipular uma fiança, você paga e vai embora responder em liberdade entendido?

--Tudo bem – Disse com a cabeça baixa.

--Estamos resolvidos, aqui está o valor, peça para alguem pagar, por enquanto você vai ficar numa sala aqui ao lado, e sem gracinha senão eu mesmo vou abaixar sua bola entendido? – Ele apenas balançou a cabeça e saiu junto dos policiais.

--Será que ele vai dá problema?

--Não sei Ricky, mas se ele a quiser novamente brigue na justiça, você ganhará fácil à guarda dela.

--Que bom,  posso ir para casa? Estarei de folga o resto da semana mesmo.

--Pode sim, se cuida lembre-se que agora você será o pai daquela garota.

 

--Eu sei, acho que consigo, muito obrigada por tudo Paty – Sorriu e abraçou a delegada.

Fim do capítulo