Namoro à noite por Alaya
Capítulo 1
Rodopiam os fantasmas pelas esquinas das ruas. Eu e tu ouvimos as espessas corrente que se arrastam nos caminhos e sorrimos cúmplices . Histórias de amores antigos transpiram nas paredes , palavras murmuradas , carinhos trocados na escuridão. Sentimos ainda a capa a roçar a parede e a mão ansiosa que segura as compridas vestes . O passado todo gira a nossa volta, finais felizes ou não , só restam agora fantasmas , bocados de sombras ...
A tua mão assim na minha dá-me uma imensa paz, mesmo essas vidas perdidas à nossa volta não me perturbam .
Há uma certa nostalgia nessa luz mortiça do candeeiro da rua, ou talvez eu já tenha saudades da tua mão assim na minha como se voássemos pela noite .
Abraço-te, gosto do teu sorriso e nesta noite de verão parece ainda mais bonito . é tão bom beijar-te assim na esquina debaixo do candeeiro, como se fizesse parte de uma história de amor da idade média .
Embalados pelo teu beijo os meus dedos procuram a tua pele , soltam um botão e esquivam-se, tremo , ansiedade , como tocar algi proibido , mas tão desejado.
Imagino o exercito medieval a cercar as muralhas, e meus dedos espalham caricias na tua pele.
Posso ouvir a espadas, os gritos de ordem , o cascos dos cavalos. E sou apenas eu e os meus dedos que afastam a tua roupa intima para alcançar o teu prazer .
Algures uma porta se fecha, e uma janela se cobre e nós no canto da rua como crianças apanhadas numa travessura. Na volta do silêncio e no rodopiar dos fantasmas a minha mão desliza ousada atravessando as muralhas macias da roupa .
Sinto que me puxas para dentro de ti e já nem penso , já não existo neste lugar adormecido pela noite, agora sou um exercito medieval que te conquista com caricias .
Escondes o rosto dentro do meu abraço e transbordas luxuria nas minhas mãos . Pertencemos à noite, ao silêncio , às histórias de amor que ficam por contar naquelas paredes .
Só os nossos olhares falam agora . E por aí os fantasma rodopiam.
Alaya
Fim do capítulo
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